sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Rusgas Domésticas

      
De pequena rusga doméstica pode nascer extensa torrente de rixas e aversões.
       Aprender a ouvir sem contradizer, para aclarar ponto obscuro em momento adequado, é sinal evidente de compreensão e sabedoria.
       Auxilie a criança não apenas a sorrir, mas também a educar-se.
       Respeitar os parentes é valioso preventivo contra desajustes positivamente desnecessários.
       Evite criticar essa ou aquela minúcia menos agradável, cooperando em silêncio para que os senões desapareçam.
       Em vez de alterar-se e censurar, colabora na solução dos problemas.
       Silenciar sobre questões nevrálgicas em família impede a explosão de conversas ofensivas ou inúteis.
       Não reviva os mal-entendidos de ontem ou de qualquer fase do passado, para que faltas e erros no lar sejam realmente esquecidos.
       Aprendamos a não gritar, e sim a conversar.
       Não esqueça: a união começa de casa, mas a calma, em geral, começa em você mesmo.
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Emmanuel
Chico Xavier
 










segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

A Família ONTEM e HOJE




ONTEM, atraiçoamos a confiança de um companheiro, induzindo-o à derrocada moral.

HOJE, guardamo-lo na condição do parente difícil, que nos pede sacrifício incessante.

ONTEM, abandonamos a jovem que nos amava, inclinando-a ao mergulho na lagoa do vício.

HOJE, têmo-la de volta por filha incompreensiva, necessitada do nosso amor.

ONTEM, colocamos o orgulho e a vaidade no peito de um irmão que nos seguia os exemplos menos felizes.

HOJE, partilhamos com ele, à feição de esposo despótico ou de filho-problema, o cálice amargo da redeção.

ONTEM, esquecemos compromissos veneráveis, arrastando alguém ao suicídio.

HOJE, reencontramos esse mesmo alguém na pessoa de um filhinho, portador de moléstia irreversível, tutelando-lhe, à custa de lágrimas, o trabalho de reajuste.

ONTEM, abandonamos a companheira inexperiente, à míngua de todo auxílio, situando-a nas garras da delinqüência.

HOJE, achâmo-la ao nosso lado, na presença da esposa conturbada e doente, a exigir-nos a permanência no curso infatigável da tolerância.
ONTEM, dilaceramos a alma sensível de pais afetuosos e devotados, sangrando-lhes o espírito, a punhaladas de ingratidão.

HOJE, moramos no espinheiro, em forma de lar, carregando fardos de angústia, a fim de aprender a plantar carinho e fidelidade.

À frente de toda dificuldade e de toda prova, abençoa sempre e faze o melhor que possas.

Ajuda aos que te partilham a experiência, ora pelos que te perseguem, sorri para os que te ferem e desculpa todos aqueles que te injuriam...

A humildade é a chave de nossa libertação.

E, sejam quais sejam os teus obstáculos na família, é preciso reconhecer que toda construção moral do Reino de Deus, perante o mundo, começa nos alicerces invisíveis da luta em casa.
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Emmanuel
 Chico Xavier