sábado, 9 de abril de 2022

Caridade difícil


Caridade habitualmente incompreendida e sempre difícil de ser praticada — o amparo em regime de repetição.

Ergue-se a casa, elemento a elemento. Realiza-se a viagem passo a passo. Entretanto, frequentemente exigimos a recuperação de criatura determinada, de momento para outro, qual se as realizações da vida interior fossem estranhas às funções do tempo.

Se te encontras num problema assim, de cuja solução esperas segurança e paz, não te aflijas pela obtenção do fruto nos esforços a que te empenhas, nem esmoreças ante as situações que te solicitam tolerância e paciência.

 O companheiro que se te afigura incorrigível pelos desgostos que te impõe é um enfermo da alma a pedir-te doses reiteradas de compreensão e socorro, de modo a refazer-se.

 E a pessoa querida que te pareça ingrata pelos golpes com que te alanceia o coração, é doente da alma a solicitar-te medicamentos renovados de ternura e entendimento, a fim de restaurar-se.

Quase sempre, antes da corporificação em novo berço terrestre, rogamos à Divina Providência para que se nos confie a laboriosa tarefa da assistência espiritual, em benefício de alguém que só o tratamento longo na reencarnação consegue melhorar ou recuperar.
🍄🌺🍄
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Amanhece
🍄🌺🍄

09 de Abril

Um majestoso templo só pode ser construído sobre sólidas fundações.

Não se pode construir o novo céu e a nova terra sem amor; o amor que se tem uns pelos outros e o amor por Mim.

O amor começa nas pequenas coisas e se espalha.

Plante sementes de amor onde quer que você vá e observe-as crescer e florescer.

Sementes de amor plantadas nos mais duros corações começarão eventualmente a crescer; pode levar algum tempo até elas germinarem, mas se forem tratadas com amor e carinho, acabarão por desabrochar.

Não desanime com ninguém; simplesmente derrame seu amor e não deixe que seu coração se endureça.

Pare de tentar justificar-se ou às suas ações.

Pare de culpar os outros.

Procure em seu coração, entenda-se e encontre a perfeita paz de coração e mente.

Aí então você poderá seguir em frente com verdadeira liberdade e alegria, irradiando cada vez mais amor.

Amor nunca é demais. Deixe que ele flua livremente.
🍄🌺🍄
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
🍄🌺🍄





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MENSAGEM DO ESE:

Fazer o bem sem ostentação

Tende cuidado em não praticar as boas obras diante dos homens, para serem vistas, pois, do contrário, não recebereis recompensa de vosso Pai que está nos céus. — Assim, quando derdes esmola, não trombeteeis, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens.

Digo-vos, em verdade, que eles já receberam sua recompensa. — Quando derdes esmola, não saiba a vossa mão esquerda o que faz a vossa mão direita; — a fim de que a esmola fique em segredo, e vosso Pai, que vê o que se passa em segredo, vos recompensará. (S. MATEUS, cap. VI, vv. 1 a 4.)
Tendo Jesus descido do monte, grande multidão o seguiu. Ao mesmo tempo, um leproso veio ao seu encontro e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, poderás curar-me. — Jesus, estendendo a mão, o tocou e disse: Quero-o, fica curado; no mesmo instante desapareceu a lepra. — Disse-lhe então Jesus: abstém-te de falar disto a quem quer que seja; mas, vai mostrar-te aos sacerdotes e oferece o dom prescrito por Moisés, a fim de que lhes sirva de prova. (S. MATEUS, cap. VIII, vv. 1 a 4.)

Em fazer o bem sem ostentação há grande mérito; ainda mais meritório é ocultar a mão que dá; constitui marca incontestável de grande superioridade moral, porquanto, para encarar as coisas de mais alto do que o faz o vulgo, mister se torna abstrair da vida presente e identificar-se com a vida futura; numa palavra, colocar-se acima da Humanidade, para renunciar à satisfação que advém do testemunho dos homens e esperar a aprovação de Deus. Aquele que prefere ao de Deus o sufrágio dos homens prova que mais fé deposita nestes do que na Divindade e que mais valor dá à vida presente do que à futura. Se diz o contrário, procede como se não cresse no que diz.

Quantos há que só dão na esperança de que o que recebe irá bradar por toda a parte o benefício recebido! Quantos os que, de público, dão grandes somas e que, entretanto, às ocultas, não dariam uma só moeda! Foi por isso que Jesus declarou: “Os que fazem o bem ostentosamente já receberam sua recompensa.” Com efeito, aquele que procura a sua própria glorificação na Terra, pelo bem que pratica, já se pagou a si mesmo; Deus nada mais lhe deve; só lhe resta receber a punição do seu orgulho.

Não saber a mão esquerda o que dá a mão direita é uma imagem que caracteriza admiravelmente a beneficência modesta. Mas, se há a modéstia real, também há a falsa modéstia, o simulacro da modéstia. Há pessoas que ocultam a mão que dá, tendo, porém, o cuidado de deixar aparecer um pedacinho, olhando em volta para verificar se alguém não o terá visto ocultá-la. Indigna paródia das máximas do Cristo! Se os benfeitores orgulhosos são depreciados entre os homens, que não será perante Deus? Também esses já receberam na Terra sua recompensa. Foram vistos; estão satisfeitos por terem sido vistos. É tudo o que terão.

E qual poderá ser a recompensa do que faz pesar os seus benefícios sobre aquele que os recebe, que lhe impõe, de certo modo, testemunhos de reconhecimento, que lhe faz sentir a sua posição, exaltando o preço dos sacrifícios a que se vota para beneficiá-lo? Oh! para esse, nem mesmo a recompensa terrestre existe, porquanto ele se vê privado da grata satisfação de ouvir bendizer-lhe do nome e é esse o primeiro castigo do seu orgulho.

As lágrimas que seca por vaidade, em vez de subirem ao Céu, recaíram sobre o coração do aflito e o ulceraram. Do bem que praticou nenhum proveito lhe resulta, pois que ele o deplora, e todo benefício deplorado é moeda falsa e sem valor.

A beneficência praticada sem ostentação tem duplo mérito. Além de ser caridade material, é caridade moral, visto que resguarda a suscetibilidade do beneficiado, faz-lhe aceitar o benefício, sem que seu amor-próprio se ressinta e salvaguardando-lhe a dignidade de homem, porquanto aceitar um serviço é coisa bem diversa de receber uma esmola. Ora, converter em esmola o serviço, pela maneira de prestá-lo, é humilhar o que o recebe, e, em humilhar a outrem, há sempre orgulho e maldade. A verdadeira caridade, ao contrário, é delicada e engenhosa no dissimular o benefício, no evitar até as simples aparências capazes de melindrar, dado que todo atrito moral aumenta o sofrimento que se origina da necessidade. Ela sabe encontrar palavras brandas e afáveis que colocam o beneficiado à vontade em presença do benfeitor, ao passo que a caridade orgulhosa o esmaga. A verdadeira generosidade adquire toda a sublimidade, quando o benfeitor, invertendo os papéis, acha meios de figurar como beneficiado diante daquele a quem presta serviço. Eis o que significam estas palavras:

“Não saiba a mão esquerda o que dá a direita.”

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, itens 1 a 3.)

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OLVIDA E SEGUE


Não percas tempo, lamentando:

o afeto que desertou;

o parente que te desconhece;

o dinheiro que perdeste;

a incompreensão do ambiente;

a injúria sofrida ou a mágoa de ontem.

Age, serve e caminha para frente.

O dia de hoje é uma nova criação de Deus.
🍄🌺🍄
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Recados do além
🍄🌺🍄 

Em Tudo


“Tornando-nos recomendáveis em tudo: na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias”. – Paulo. (2ª Epístola aos Coríntios, 6:4.)

A maioria dos aprendizes do Evangelho não encara seriamente o fundo religioso da vida, senão nas atividades do culto exterior. Na concepção de muitos bastará frequentar, assíduos, as assembleias da fé e todos os enigmas da alma estarão decifrados, no capítulo das relações com Deus.

Entretanto, os ensinamentos do Cristo apelam para a renovação e aprimoramento individual em todas as circunstâncias.

Que dizer de um homem, aparentemente contrito nos atos públicos da confissão religiosa a que pertence e mergulhado em palavrões no santuário doméstico? Não são poucos os que se declaram crentes, ao lado da multidão, revelando-se indolentes no trabalho, desesperados na dor, incontinentes na alegria, infiéis nas facilidades e blasfemos nas angústias do coração.

Por que motivo pugnaria Jesus pela formação dos seguidores tão-só para ser incensado por eles, durante algumas horas da semana, em genuflexão? Atribuir ao Mestre semelhante propósito seria rebaixar-lhe os sublimes princípios.

É indispensável que os aprendizes se tornem recomendáveis em tudo, revelando a excelência das ideias que os alimentam, tanto em casa, quanto nas igrejas, tanto nos serviços comuns, quanto nas vias públicas.

Certo, ninguém precisará viver exclusivamente de mãos-postas ou de olhar fixo no firmamento; todavia, não nos esqueçamos de que a gentileza, a boa-vontade, a cooperação e a polidez são aspectos divinos da oração viva no apostolado do Cristo.
🍄🌺🍄
EMMANUEL
(do livro “Pão Nosso” – psic. Chico Xavier)
🍄🌺🍄

sexta-feira, 8 de abril de 2022

Filhinhos desencarnados



 Nossos filhinhos desencarnados estão bem amparados. Não devemos supor que tivessem partido antes da época própria.

 Acima de nós está Deus, e o Pai sabe sempre o melhor.

 Não nos inquietemos tanto assim. Lembremo-nos que eles voltaram para o verdadeiro lar, de onde foram concedidos às nossas experiências em família, só por algum tempo. 

 Aí no mundo tudo se destina à transformação. Pensemos nisso e estaremos restabelecidos, como se faz indispensável. Tenhamos calma e procuremos fortalecer-nos em Deus que tudo pode.

 Que Deus nos ajude a todos, são as rogativas de sempre.
🌾🥀🌾
Margarida Soares
Chico Xavier
Obra: Aceitação e vida
🌾🥀🌾

08 de abril

Não se apoie em ninguém.

 Você não precisa de bengalas e afirmações exteriores porque tudo que você precisa está em seu interior.

 Todos anseiam pela paz interior e é lá que ela sempre está.

 Você se dá um tempo para conseguir enxergar a verdade ou você aceita gratuitamente tudo o que ouve e vê?

Quando você tem uma certeza interior, nada nem ninguém, poderá afetá-lo.

 É algo tão verdadeiro para você que, mesmo que o mundo todo fosse contra, nada abalaria sua crença.

 Você seria capaz de continuar calmamente o seu caminho sem ser perturbado ou abalado. 

Esta é a alegria e a força da sabedoria interior. 

É o que pode lhe proporcionar paz além de toda imaginação. 

Portanto, quando você estiver em dúvida, recolha-se e procure pela verdade e Eu a revelarei para você; e então, você poderá seguir seu caminho em paz e com confiança.
🌾🥀🌾
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
🌾🥀🌾




🌾🥀🌾 

MENSAGEM DO ESE:

Aborrecer Pai e Mãe

1 – E muita gente ia com ele; e voltando Jesus para todos, lhes disse: Se alguém vem a mim, e não aborrece a seu pai e sua mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e ainda a sua mesma vida, não pode ser meu discípulo. E o que não leva a sua cruz, e vem em meu seguimento, não pode ser meu discípulo. – Assim, pois, qualquer de vós que não dá de mão a tudo o que possui, não pode ser meu discípulo. (Lucas, XIV: 25-27, 33).

2 – O que ama o pai ou a mãe, mais do que a mim, não é digno de mim; e o que ama o filho ou a filha, mais do que a mim, não é digno de mim. (Mateus, X: 37).

3 – Certas palavras, aliás muito raras, contrastam de maneira tão estranha com a linguagem do Cristo, que instintivamente repelimos o seu sentido literal, e a sublimidade da sua doutrina nada sofre com isso. Escritas depois da sua morte, desde que nenhum evangelho foi escrito durante a sua vida, podemos supor que, nesses casos, o fundo do seu pensamento não foi bem traduzido, ou ainda, o que não é menos provável, que o sentido primitivo tenha sofrido alguma alteração, ao passar de uma língua para outra. Basta que um erro tenha sido cometido uma vez, para que os copistas o reproduzissem, como se vê com freqüência nos fatos históricos.

A palavra odiar, nesta frase de Lucas: “Se alguém vem a mim, e não odeia a seu pai e sua mãe”, está nesse caso. Ninguém teria a idéia de atribuí-la a Jesus. Seria, pois, inútil discuti-la ou tentar justificá-la. Primeiro, seria necessário saber se ele a pronunciou, e, em caso afirmativo, se na língua em que ele se exprimia essa palavra tinha o mesmo sentido que na nossa. Nesta passagem de João: “Aquele que odeia a sua vida neste mundo a conserva para a vida eterna”, é evidente que ela não exprime a idéia que lhe atribuímos.(1) .

A língua hebraica não era rica, e muitas das suas palavras tinham diversos significados. É o que acontece, por exemplo, com aquela que, no Gênese, designa as frases da criação e servia ao mesmo tempo para exprimir um período de tempo qualquer e o período diurno. Disso resultou, mais tarde, a sua tradução pela palavra dia, e a crença de que o mundo fora feito em seis dias. O mesmo acontece com a palavra que designa um camelo e um cabo, porque os cabos eram feitos de pelos de camelo, e que foi traduzida por camelo, na alegoria da agulha. (Ver cap. XVI, nº 2)(2)

É necessário ainda considerar os costumes e as características dos povos que influem na natureza particular das línguas. Sem esse conhecimento, o sentido verdadeiro de certas palavras nos escapa. De uma língua para outra, a mesma palavra tem um sentido mais enérgico ou menos enérgico. Pode ser, numa língua, uma injúria ou uma blasfêmia, e nada significar, nesse sentido, em outra, conforme a idéia que exprima. Numa mesma língua as palavras mudam de significação com o passar dos séculos. É por isso que uma tradução rigorosamente literal nem sempre exprime perfeitamente o pensamento, e, para ser exata, faz-se por vezes necessário empregar, não os termos correspondentes, mas outras equivalentes ou circunlóquios explicativos.

Estas observações aplicam-se especialmente à interpretação das santas Escrituras, e em particular aos Evangelhos. Se não levarmos em conta o meio em que Jesus vivia, ficamos sujeitos a enganos sobre o sentido de certas expressões e de certos fatos, em virtude do hábito de interpretarmos os outros de acordo com as nossas próprias condições. Assim, pois, é necessário não dar à palavra odiar (ou aborrecer) a acepção moderna, que é contrária ao espírito do ensinamento de Jesus. (Ver também o cap. XVI, nº 5 e segs.).

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(1) No original francês, o verbo empregado é odiar, motivo porque o mantivemos no teto de Kardec. O texto evangélico acima reproduzido não é tradução do francês, mas da nossa tradução clássica da Bíblia, de Figueiredo, que emprega o verbo aborrecer. (Nota do Tradutor).


(2) Non odit, em latim; Kai ou misei, em grego, não quer dizer odiar, mas amar menos. O que o verbo grego misein exprime, o verbo hebreu, que Jesus deve ter empregado, o exprime ainda melhor, pois não significa apenas odiar, mas também amar menos, não amar igual a outro. No dialeto siríaco, que dizem ter sido o mais usado por Jesus, essa significação é ainda mais acentuada. É nesse sentido que ele é empregado no Gênese (XXIX: 30-31). “E Jacó amou também a Raquel, mais que a Lia, e Jeová, vendo que Lia era odiada…” É evidente que o verdadeiro sentido neste passo é: menos amada, e é assim que se deve traduzir. Em muitas outras passagens hebraicas, e sobretudo siríacas, o mesmo Raquel, mais que a Lia, e Jeová, vendo que Lia era odiada…” É evidente que o verdadeiro sentido neste passo é: menos amada, e é assim que se deve traduzir. Em muitas outras passagens hebraicas, e sobretudo siríacas, o mesmo verbo é empregado no sentido de : não amar tanto quanto a outro, e seria um contra-senso traduzi-lo por odiar,que tem outra acepção bem determinada. O texto de São Mateus resolve, aliás, toda a dificuldade. ( Nota de M. Pezzani).

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

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No clima da prece 


Acalme seu coração.

Dificuldades são ensinamentos importantes.

Se você caiu, apóie-se no trabalho edificante para reerguer-se.

Se a doença o visita, encare-a sem revolta nem desânimo, recorrendo aos recursos necessários para a volta ao equilíbrio.

No mundo, a noção de saúde ainda se limita à visão parcial do corpo físico.

Há, porém, doentes saudáveis, do ponto de vista espiritual, assim como existem pessoas em plena posse das energias físicas, entretanto doentes do espírito.

Lembre-se que a vida gera mais vida.

Lutas, dores, decepções e tristezas formam o quadro abençoado de experiências que nos ensinam a perseverar sempre.

Em qualquer situação prossiga trabalhando no bem.

Rejeite os pensamentos negativos no clima da prece, e você sentirá a presença do Mais Alto amparando-o.

No final, tudo passará e você se descobrirá feliz e capaz de muitas realizações.
🌾🥀🌾
Scheilla
Extraído do livro “A Mensagem do Dia”
 Psicografia: Clayton Levy
🌾🥀🌾

QUISERMOS 



Não estacione à margem do caminho para acalentar lembranças amargas.

Qualquer que seja o erro que tenhamos cometido;

seja esse ou aquele desgosto a causa do que sofremos;

provas difíceis terão desabado sobre nós;

estejamos, talvez saindo de quedas escabrosas...

Entretanto, se quisermos servir em auxílio aos outros, estejamos certos de que a Misericórdia do Senhor nos doará forças para retomar a estrada do Bem e prosseguir na jornada de elevação outra vez.
🌾🥀🌾
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Pronto Socorro
🌾🥀🌾

quinta-feira, 7 de abril de 2022

IMPRESSÕES DEPOIS DA MORTE


 Recebi sua pergunta,

Meu caro Tito Belém,

Sobre os momentos primeiros

De nossa vida no Além.

*

 A pergunta é pequenina,

No assunto como se aponta.

Mas a resposta, a rigor,

Seria livros sem conta.

*

 A morte é assim, qual a vida:

Renovação sem atraso…

Cada vida — nova história,

Cada morte — novo caso.

*

 Embora o pouco que diga

Naquilo que eu não sabia,

Posso falar, de algum modo,

Sem muita filosofia.

*

 Entre os que deixam a Terra,

Vê-se enorme diferença;

Cada pessoa que parte

Está naquilo que pensa.

*

 Quem viveu para o trabalho,

Sempre em serviço constante,

Estudando e construindo,

Não para, segue adiante…

*

Entretanto, a maioria

Continua, muitas vezes,

Nos caprichos preferidos,

Por muitos e muitos meses.

*

 Recorde nessa matéria,

O nosso amigo João Pio:

Morreu no abuso da pesca

E vive à beira do rio.

*

Anita do apego aos ouros,

No Roçado das Giboias,

Sem corpo vive atracada

Em velha caixa de joias.

*

 Finou-se em brasas da ira,

O nosso Adálio Godinho.

Hoje, é um fantasma de casa,

Gesticulando sozinho.

*

Morreu apostando em bichos

O nosso Cecílio Luz.

Desencarnado ele clama

Por touro, cabra e avestruz…

*

Atarracado à cobiça

O Antonico do Hemetério,

Sem corpo, enxerga diamantes

Nas pedras do cemitério.

*

 Bebia em caneco grande

Teotônio de Xique-Xique.

Desencarnado, deitou-se

Quase à frente do alambique.


 Agarrado a bois de preço

Finou-se Juca Beiral.

Sem corpo, é um rondante aos gritos

Fiscalizando o curral.


 Vivendo de sombra e rede,

Morreu Flausina da Granja.

Hoje é um fantasma de leito,

Pedindo prato de canja.


 Tiro lá, tiro de cá,

Tombou Lino Santarém.

Desencarnado, quer briga,

Mas já não acha com quem.


 Morreu perseguindo a muitos

Nhô Nico de João da Venda.

De tanta culpa ele é hoje

Assombração na fazenda.

*

 Parada em sono e doença

Faleceu Joana Mangaba.

Depois da morte, carrega

Doença que não se acaba.

*

Sempre fugiu do trabalho

Dona França da Abadia.

Sem corpo, ela própria clama

Que sofre paralisia.

*

 A Lei de Deus, caro amigo,

É clara, simples, segura…

Tudo o que temos na vida

É aquilo que se procura.

*

 Deus nos inspire e nos guarde,

A verdade é isso aí…

Cada qual acha na morte

Aquilo que fez de si.
🌷🌵🌷
Cornélio Pires
Chico Xavier
Obra: Amanhece
🌷🌵🌷

07 de abril

Somente expandindo sua consciência você se tornará aberto e receptivo para o novo que está à sua volta e poderá se sintonizar com os novos pensamentos, novas ideias e estilos de vida.

 Prepare-se para enxergar além do imediato até as mais altas dimensões, os ramos mais elevados, e abra-se para o Espírito. 

Você é capaz de compreender e aceitar muita coisa instintivamente, mas não mentalmente, portanto, por que perder tempo tentando destrinchar tudo em sua mente?

 Por que não viver e agir através da intuição e da inspiração?

 Agindo assim você funciona num estado elevado de consciência e se torna receptivo para o que é novo.

 Você se torna um canal límpido por onde o novo pode se realizar.

 Eleve sua consciência do negativo para o positivo, do destrutivo para o construtivo, da escuridão para a luz, do velho para o novo, e veja o que acontece.

 Você verá que o velho será deixado para trás, e as glórias do novo serão reveladas.
🌷🌵🌷
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
🌷🌵🌷



🌷🌵🌷

Mensagem do ESE:

Diferentes Estados da Alma na Erraticidade

1 – Não se turbe o vosso coração. Crede em Deus, crede também em mim. – Há muitas moradas na casa de meu pai. Se assim não fosse, eu vo-lo teria dito; pois vou preparar-vos o lugar. E depois que eu me for, e vos aparelhar o lugar, virei outra vez e tomar-vos-ei para mim, para que lá onde estiver, estejais vós também. (João, XIV:1-3).

2 – A Casa do Pai é o Universo. As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito, oferecendo aos Espíritos desencarnados estações apropriadas ao seu adiantamento.

Independentemente da diversidade dos mundos, essas palavras podem também ser interpretadas pelo estado feliz dos Espíritos na erraticidade. Conforme for ele mais ou menos puro e liberto das atrações materiais, o meio em que estiver, o aspecto das coisas, as sensações que experimentar, as percepções que possuir, tudo isso varia ao infinito. Enquanto uns, por exemplo, não podem afastar-se do meio em que viveram, outros se elevam e percorrem o espaço e os mundos. Enquanto certos Espíritos culpados erram nas trevas, os felizes gozam de uma luz resplandecente e do sublime espetáculo do infinito. Enquanto, enfim, o malvado, cheio de remorsos e pesares, freqüentemente só, sem consolações, separado dos objetos da sua afeição, geme sob a opressão dos sofrimentos morais, o justo, junto aos que ama, goza de uma indizível felicidade. Essas também são, portanto, diferentes moradas, embora não localizadas nem circunscritas.

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
🌷🌵🌷 

Meu Coração é uma Estrela


"O lírio que floresce no lodo é uma estrela de Deus que brilhando no charco, jamais se contamina."

Meu coração é uma estrela, e eu fui criado para o bem e para a luz!...

Não fui criado para o mal, nem para a corrupção.

Não recebi uma alma para transfigurá-la em espectro do lodo.

Não fui feito para o vício e a degradação.

Meu corpo é santuário sagrado criado para a exteriorização do amor e da luz.

Meus sentimentos são pérolas que não devo dividir com a imundície.

Meu pensamento é matéria sutil que devo dirigir para as criações superiores.

Minha vontade é alavanca que deseja meu Deus me projete no rumo da paz e da glória.

Situou-me Ele no mundo para que eu me livre do animal que ainda sou e não que o perpetue em mim.

Preparou-me Ele o espírito para a perfeição da angelitude e não para a degradação infamante da forma.

Soprou-me na mente o progresso e não o gelo da estagnação.

Portanto, estou no mundo em aprendizado e não em escravidão; em busca da luz e não das trevas; forjando a sublimação e não o retrocesso.

Situa-me, Senhor, dentro desta verdade, e me ampara os caminhos para que eu não ceda às tentações do mundo.

Que eu sirva quanto esteja em mim servir; que eu ame quanto possa; que estenda as mãos e ampare sempre; que esteja próximo quando necessitado; que eu caminhe distribuindo o melhor de mim; que possam contar comigo todos os irmãos do mundo, mas te peço Pai:

não permite que eu me iluda, me vicie e me perca nele, por ingenuidade ou invigilância, e assim, cego, equivocadamente substitua valores e me afaste de Ti, cada vez mais, para meu próprio prejuízo e infelicidade!...

Assim seja!
🌷🌵🌷
Prece ditada por André Luiz
Instituto de Estudo,Pesquisa e
Divulgação Espírita André Luiz Curitiba, PR
🌷🌵🌷

quarta-feira, 6 de abril de 2022

Anote hoje



Anote quanto auxílio poderá você prestar ainda hoje.

 Em casa, pense no valor desse ou daquele gesto de cooperação e carinho.

 No relacionamento comum, faça a gentileza que alguém esteja aguardando conforme a sua palavra.

 No grupo de trabalho, ouça com bondade a frase menos feliz sem passá-la adiante.

Ofereça apoio e compreensão ao colega em dificuldade.

 Estimule o serviço com expressões de louvor.

 Quanto puder, procure resolver problemas sem alardear seu esforço.

 Em qualquer lugar, pratique a boa influência.

 Desculpe faltas alheias, consciente de que você também pode errar.

Observe quanto auxílio poderá você desenvolver no trânsito, respeitando sinais.

 Acrescente paz e reconforto à dádiva que fizer.

 Evite gritar para não chocar a quem ouve.

 Pague a sua pequena prestação de serviço à comunidade, conservando a limpeza, por onde passe.

Sobretudo, mostre simpatia e reconhecerá que o seu sorriso, em favor dos outros, é sempre uma chave de luz para que você encontre novas bênçãos de Deus.
🍄🌱🍄
André Luiz
Chico Xavier
Obra: Caminhada
🍄🌱🍄

06 de abril

Existem muitas coisinhas no dia a dia que facilmente causam desunião e desarmonia. 

Eleve-se acima delas e concentre-se no que realmente importa na vida: em seu amor por Mim, seu amor pelo próximo, seu trabalho pelo bem do todo, seu desapego do ego e de todas as mesquinharias que alimentam rixas pessoais.

 Quando uma alma sente com firmeza que esta é a maneira certa e se recusa a ser influenciada, mais cedo ou mais tarde alguma coisa tem que acontecer. 

Se você esticar um elástico até seu ponto máximo ou ele arrebenta ou, se é solto de repente, pula de volta e machuca você. 

Mas se você lentamente o recolocar na posição inicial, sem arrebentá-lo ou soltá-lo, ele não causará dor ou sofrimento desnecessário. 

Por que não abrir seu coração e relaxar lentamente a tensão? 

Amor e compreensão sempre ajudam a suavizar o caminho.
🍄🌱🍄
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
🍄🌱🍄



🍄🌱🍄

Mensagem do ESE:

O homem de bem.

3. O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem.

Deposita fé em Deus, na sua bondade, na sua justiça e na sua sabedoria. Sabe que sem a sua permissão nada acontece e se lhe submete à vontade em todas as coisas.

Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.

Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar.

Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça.

Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa.

O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus.

Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam.

Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à ideia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do senhor.

Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado.

É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: “Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado.”

Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal.

Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera.

Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros.

Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado.

Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões.

Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram.

O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente. (Cap. XVII, nº 9.)

Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da natureza, como quer que sejam respeitados os seus.

Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz.

Evangelho segundo o Espiritismo > Capítulo XVII — Sede perfeitos > O homem de bem.

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Cuidado com o desprezo pela família


Cuidado com o desprezo pela família, e cada um dos elementos que a constituem.

A pessoa que está a seu lado é um anjo oculto, muitas vezes, tolerando-o, amando-o apesar de seus defeitos, vistos de perto, sem a proteção das convenções sociais.

Abrace-a, ouça-a, beije-a, sinta-a, e, principalmente: valorize-a.

Muito natural que menoscabemos os que seguem ao nosso lado, justamente por estarem ao nosso lado.

Somente quando se perde é que se percebe o quanto se era feliz.

Não sonhe com relações ideais, não especule como seria sua vida com outrem.

Isso são meras conjecturas.

Não dizem respeito à realidade.

E a realidade é que, não sendo você ideal, os problemas que enfrenta hoje muito provavelmente seriam transplantados para o relacionamento com quem julga ideal, talvez em medidas ainda mais desconfortáveis.
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Selma e Eugênia.
Por Benjamim Teixeira.
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terça-feira, 5 de abril de 2022

Credores no lar



No devotamento dos pais, todos os filhos são joias de luz, entretanto, para que compreendas certos antagonismos que te afligem no lar, é preciso saibas que, entre os filhos-companheiros que te apoiam a alma, surgem os filhos-credores, alcançando-te a vida, por instrutores de feição diferente.

Subtraindo-te aos choques de caráter negativo, no reencontro, preceitua a eterna bondade da Justiça Divina que a reencarnação funcione, reconduzindo-os à tua presença, através do berço. É por isso que, a princípio, não ombreiam contigo, em casa, como de igual para igual, porquanto reaparecem humildes e pequeninos.

Chegam frágeis e emudecidos, para que lhes ensines a palavra de apaziguamento e brandura.

 Não te rogam a liquidação de débitos, na intimidade do gabinete, e sim procuram-te o colo para nova fase de entendimento.

 Respiram-te o hálito e escoram-se em tuas mãos, instalando-se em teus passos, para a transfiguração do próprio destino.

Embora desarmados, controlam-te os sentimentos.

Não obstante dependerem de ti, alteram-te as decisões com simples olhar.

De doces numes do carinho, passam, com o tempo, à condição de examinadores constantes de tua estrada.

Governam-te impulsos, fiscalizam-te os gestos, observam-te as companhias e exigem-te as horas.

 Reaprendem na escola do mundo com o teu amparo, todavia, à medida que se desenvolvem no conhecimento superior, transformam-se em inspetores intransigentes do teu grau de instrução.

 Muitas vezes choras e sofres, tentando advinhar-lhes os pensamentos para que te percebam os testemunhos de amor.

Calas os próprios sonhos, para que os sonhos deles se realizem.

Apagas-te, a pouco a pouco, para que fuljam em teu lugar.

 Recebes todas as dores que te impõem à alma, com sorrisos nos lábios, conquanto te amarfanhem o coração.

E nunca possuis o bastante para abrilhantar-lhes a existência, de vez que tudo lhes dás de ti mesmo, sem faturas de serviço e sem notas de pagamento.

 Quando te vejas, diante de filhos crescidos e lúcidos, erguidos à condição de dolorosos problemas do espírito, recorda que são eles credores do passado a te pedirem o resgate de velhas contas.

Busca auxiliá-los e sustentá-los com abnegação e ternura, ainda que isso te custe todos os sacrifícios, porque, no justo instante em que a consciência te afirme tudo haveres efetuado para enriquecê-los de educação e trabalho, dignidade e alegria, terás conquistado em silêncio, o luminoso certificado de tua própria libertação.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Luz no lar
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05 de abril

Quando uma criancinha aprende a andar, seus primeiros passos são hesitantes, até que ela adquire confiança e os passos se tornam mais firmes e seguros e, eventualmente, ela consegue andar sem cair. 

Depois a criança aprende a correr e a pular, mas cada etapa é vencida a seu tempo. 

Assim também a fé. 

Ela deve se desenvolver gradualmente, não de uma vez só. 

A medida que você for testando a sua fé, ela irá crescendo, até que você viverá totalmente por ela porque sua segurança está enraizada em Mim. 

Você sabe que pode fazer qualquer coisa coMigo, porque sou Eu que trabalho em você e através de você, e sem Mim sua própria força seria insuficiente. 

Sempre reconheça a fonte de onde vem a ajuda, a força e a inspiração, e nunca deixe de dar graças por estes dons. Nada acontece gratuitamente, reconheça a Minha mão em tudo.
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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

A paciência

A dor é uma bênção que Deus envia a seus eleitos; não vos aflijais, pois, quando sofrerdes; antes, bendizei de Deus onipotente que, pela dor, neste mundo, vos marcou para a glória no céu.

Sede pacientes. A paciência também é uma caridade e deveis praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas. Outra há, porém, muito mais penosa e, conseguintemente, muito mais meritória: a de perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência.

A vida é difícil, bem o sei. Compõe-se de mil nadas, que são outras tantas picadas de alfinetes, mas que acabam por ferir. Se, porém, atentarmos nos deveres que nos são impostos, nas consolações e compensações que, por outro lado, recebemos, havemos de reconhecer que são as bênçãos muito mais numerosas do que as dores. O fardo parece menos pesado, quando se olha para o alto, do que quando se curva para a terra a fronte.

Coragem, amigos! Tendes no Cristo o vosso modelo. Mais sofreu ele do que qualquer de vós e nada tinha de que se penitenciar, ao passo que vós tendes de expiar o vosso passado e de vos fortalecer para o futuro. Sede, pois, pacientes, sede cristãos. Essa palavra resume tudo.

— Um Espírito amigo. (Havre, 1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IX, item 7.)

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Irresponsabilidade


Somos nós mesmos que fazemos os nossos caminhos e depois os denominamos de fatalidade.

Não é coerente que cada um de nós trabalhe para alcançar a própria felicidade? Não é lógico que devemos nos responsabilizar apenas por nossos atos? Não nos afirma a sabedoria do Evangelho que seríamos conhecidos, exclusivamente, pelas nossas obras?

Fazer os outros seguros e felizes é missão impossível de realizar, se acreditarmos que depende unicamente de nós a plenitude de sua concretização. Se assim admitimos, passamos, a partir então, a esperar e a cobrar retribuição; em outras palavras, a reciprocidade. Não seria mais fácil que cada um de nós conquistasse sua felicidade para que depois pudesse desfrutá-la, convivendo com alguém que também conquistou por si mesmo? Qual a razão de a ofertarmos aos outros e, por sua vez, os outros a concederem a nós? Por certo, só podemos ensinar ou partilhar o que aprendemos.

Assim disse Pedro, o apóstolo: “Não tenho ouro nem prata; mas o que tenho, isso te dou.”

Dessa maneira, vivemos constantemente colocando nossas necessidades em segundo plano e, ao mesmo tempo, nos esquecendo de que a maior de todas as responsabilidades é aquela que temos para com nós mesmos.

Os acontecimentos exteriores de nossa vida são os resultados direta de nossas atitudes internas. A princípio, podemos relutar para assimilar e entender esse conceito, porque é melhor continuarmos a acreditar que somos vítimas indefesas de forças que não estão sob o nosso controle. Efetivamente, somos nós mesmos que fazemos os nossos caminhos e depois os denominamos de fatalidade.

“Haverá fatalidade nos acontecimentos da vida, conforme ao sentido que se dá a este vocábulo? (…) são predeterminados? E, neste caso, que vem a ser do livre-arbítrio?”, pergunta Kardec aos Semeadores da Nova Revelação. E eles respondem: “A fatalidade existe unicamente pela escolha que o Espírito fez, ao encarnar (…) Escolhendo-a, instituiu para si uma espécie de destino…”

É inevitável para todos nós o fato de que vivemos, invariavelmente, escolhendo. A condição primordial do livre-arbítrio é a escolha e, para que possamos viver, torna-se indispensável escolher sempre. Nossa existência se faz através de um processo interminável de escolhas sucessivas.

Eis aqui um fato incontestável da vida: o amadurecimento do ser humano inicia-se quando cessam suas acusações ao mundo.

Entretanto, há indivíduos que se julgam perseguidos por um destino cruel e censuram tudo e todos, menos eles mesmos. Recusam, sistematicamente, a responsabilidade por suas desventuras, atribuindo a culpa às circunstâncias e às pessoas, bem como não reconhecem a conexão existente entre os fatos exteriores e seu comportamento mental. No íntimo, essas pessoas não definiram limites em seu mundo interior e vivem num verdadeiro emaranhado de energias desconexas. Os limites nascem das nossas decisões profundas sobre o que acreditamos ser nossos direitos pessoais.

Nossas demarcações estabelecem nosso próprio território, cercam nossas forças vitais e determinam as linhas divisórias de nosso ser individual. Há um espaço delimitado onde nós terminamos e os outros começam.

Algumas criaturas aprenderam, desde a infância, o senso dos limites com pais amadurecidos. Isso os mantém firmes e saudáveis dentro de si mesmas. Outras, porém, não. Quando atingiram a fase adulta, não sabiam como distinguir quais são e quais não são suas responsabilidades. Muitas construíram muros de isolamento que as separaram do crescimento e da realização interior, ou ainda paredes com enormes cavidades que as tornaram suscetíveis a uma confusão de suas emoções com as de outras pessoas.

Limites são o portal dos bons relacionamentos. Têm como objetivo nos tornar firmes e conscientes de nós mesmos, a fim de sermos capazes de nos aproximar dos outros sem sufocá-los ou desrespeitá-los. Visam também evitar que sejamos constrangidos a não confiar em nós mesmos.

Ser responsável implica ter a determinação para responder pelas consequências das atitudes adotadas.

Ser responsável é assumir as experiências pessoais, para atingir uma real compreensão dos acertos e dos desenganos.

Ser responsável é decidir por si mesmo para onde ir e descobrir a razão do próprio querer.

Não existem “vítimas da fatalidade”; nós é que somos os promotores do nosso destino. Somos a causa dos efeitos que ocorrem em nossa existência.

Aceitar o princípio da responsabilidade individual e estabelecer limites descomplica nossa vida, tornando-os cada vez mais conscientes de tudo o que acontece ao nosso derredor.

Escolhendo com responsabilidade e sabedoria, poderemos transmutar, sem exceção, as amarguras em que vivemos na atualidade. A auto responsabilidade nos proporcionará a dádiva de reconhecer que qualquer mudança de rota no itinerário de nossa “viagem cósmica” dependerá, invariavelmente, de nós.
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Espírito: HAMMED
Médium: Francisco do Espírito Santo Neto
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