sábado, 7 de novembro de 2015

10 Maneiras de Ajudar com Segurança



Não discuta.

Se você é aprendiz do Evangelho, não ignora que o Divino Mestre permanece atento, na redenção do mundo, e que devemos estar vigilantes na execução do serviço que nos compete.
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Não critique.

Observemos o setor de nossas obrigações e realizemos o melhor na obra geral, usando as possibilidades ao nosso alcance.
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Não reclame.

Contentarmo-nos com o ato de servir é simples dever e quem centraliza a mente na tarefa que lhe é própria não dispõe de tempo para formular queixas inoportunas.
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Não condene.

Reparemos a parte aproveitável nas situações difíceis e esqueçamos todo mal.
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Não exija.

Coopere sem rogar a colaboração alheia, de vez que a responsabilidade pertence a todos e cada um de nós será examinado de acordo com as próprias obras.
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Não fuja.

Jamais olvide que o problema é a lição da vida. O aluno que teme o ensinamento, descerá naturalmente à retaguarda.
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Não se precipite.

Usemos a serenidade. O trabalhador que sabe aproveitar os minutos e respeitá-los, nunca sofre os castigos do tempo.
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Não tema.

Quando fixamos o cérebro e o coração em Cristo somos simples agentes d’Ele e quem cumpre a Vontade do Mestre, não deve nem pode recear coisa alguma.
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Não se engane.

Ninguém precisa aplicar os raios candentes na verdade, a propósito dos mínimos acontecimentos da vida, desfigurando a alegria que deve imperar nos domínios da sementeira e da esperança, mas não perca de vista o que é essencial ao seu progresso, à sua felicidade e à sua redenção para o grande caminho.
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Não se entristeça.

Lembre-se de que o Nosso Mestre é o Salvador pela Ressurreição. Sofrimento, amargura e morte são sombras. A cruz do Amigo Divino era degrau para a Glória Celeste. Seja esse pensamento uma luz permanente em nossa alma que jamais deve abrir-se ao desânimo. A certeza de que somos os seguidores felizes do Cristo Imortal é para nós motivo de soberana resistência e de eterno júbilo.
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André Luiz
  Francisco Cândido Xavier





sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Paz em nós



"Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência…” Paulo (II Coríntios, 1:12)
 
Abraçando a renovação espiritual para a conquista da luz, quase sempre somos
contraditados pelas forças da sombra, qual se tivéssemos o coração
exposto a todas as críticas destrutivas.

Cultivas bondade e afirmam-te idiota.

Mostras paciência e imaginam-te poltrão.

Esqueces os golpes sofridos e chamam-te covarde.

Praticas a humildade e apontam-te por tolo.

Falas a verdade e supõe-te obsesso.

Exerces brandura e julgam-te preguiçoso.

Auxilias fraternalmente e envenenam-te o gesto.

Confias e dizem-te fanático.

Cumpres obrigações e há quem zombe de ti.

Entretanto, a despeito de todas as dúvidas e impugnações que te cerquem os passos,
segue para diante, atendendo aos deveres que a vida te preceitua, conforme o testemunho
da consciência, na convicção de que felicidade verdadeira significa, em tudo, paz em nós.
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Emmanuel
Chico Xavier 




quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Cânticos de Louvor


Quando a vida começava no mundo, os pássaros sofriam bastante.

Pousavam nas árvores e sabiam voar, mas como haviam de criar os filhotinhos? Isso era muito difícil.

Obrigados a deixar os ovos no chão, viam-se, quase sempre, perseguidos e humilhados.

A chuva resfriava-os e os grandes animais, pisando neles, quebravam-nos sem compaixão.

E as cobras? Essas rastejavam no solo, procurando-os para devorá-los, na presença dos próprios pais, aterrados e trêmulos.

Conta-se que, por isso, as aves se reuniram e rogaram ao Pai Celestial lhes desse o socorro necessário.

Deus ouviu-as e enviou-lhes um anjo que passou a orientá-las na construção do ninho.

Os pássaros não dispunham de mãos; entretanto, o mensageiro inspirou-os a usar os biquinhos e, mostrando-lhes os braços amigos das árvores, ensinou-os a transportar pequeninas migalhas da floresta, ajudando-os a tecer os ninhos no alto.

Os filhotinhos começaram a nascer sem aborrecimentos, e, quando as tempestades apareceram, houve segurança geral.

Reconhecendo que o Pai Celeste havia respondido às suas orações, as aves combinaram entre si cantar todos os dias, em louvor do Santo Nome de Deus.

Por essa razão, há passarinhos que se fazem ouvir pela manhã, outros durante o dia e outros, ainda, no transcurso da noite.

Quando encontrarmos uma ave cantando, lembremo-nos, pois, de que do seu coraçãozinho, coberto de penas, está saindo o eterno agradecimento que Deus está ouvindo nos céus.

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  Meimei
  Chico Xavier




terça-feira, 3 de novembro de 2015

A GRANDE INCOERÊNCIA


Quando o Mestre veio ao mundo, deixou-nos a mensagem e o exemplo de paz, amor e trabalho.

E os homens... passando ao largo, guerrearam, semearam a discórdia e a incompreensão.

Ao invés do amor, fizeram uso do ódio, acumulando rancores, semeando a desordem mental, o desequilíbrio.

Ao invés do trabalho que reergue, edifica e constrói, fizeram os irmãos de escravos ou se fizeram escravos do prazer e da luxúria.

E as bestas foram soltas; as feras atacaram os desprevenidos e os pseudopreocupados. O circo pegou fogo.

Os atropelos continuaram e estamos no mesmo barco.

Barco de náufragos, onde poucos sobrevivem ou sobreviverão.

E a mensagem transmitida há dois mil anos serviu para poucos.

Poucos a assimilaram, poucos a compreenderam e poucos a executaram.

O Senhor chegou e encontrou os servos despreparados...
E dois mil anos se passaram...
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Acervo Espiritual do CEFAK, em 20/06/1980





domingo, 1 de novembro de 2015

O ANJO SILENCIOSO



No cimo da cruz, reconhecia o Senhor que, em verdade, no mundo, não havia
lugar para Ele...

Sem asilo para nascer, fora constrangido a valer-se do ninho dos animais e, sem
pouso para morrer, içavam-no ao lenho dos malfeitores.
 
Agora, porém, que se isolara mentalmente na gritaria em torno, espraiava-se-lhe
a visão...

Fitava, em espírito, os grandes palácios da Terra, ocupados pelos poderosos que
se vestiam de púrpura e ouro, cercados de mulheres escravas e servos infelizes, e notou
que dominavam os quatro cantos do globo, prestigiando os verdugos do sangue humano
e os falsos profetas que lhes entorpeciam as consciências...

Mas, entre os altos muros que os apartavam, viu também o Senhor os que 
viviam desajustados quanto Ele mesmo...

Assinalou os mártires da justiça, encarcerados nas prisões; as vítimas da
calúnia, açoitadas em praça publica; os heróis da fraternidade, em postes de martírio; os
lidadores do bem, cedidos em pasto às feras; os amigos da educação popular, sob o
cutelo de carrascos inconscientes; os perseguidos, condenados a ferros em regiões
inóspitas; as mães desamparadas, cujo pranto caía como orvalho de fel sobre a terra
seca; os velhos sem esperança; os caravaneiros da nudez e da fome; os doentes sem
leito e as crianças sem lar...

Entre os homens igualmente não havia lugar para eles.

Como outrora, à frente de Lázaro morto, Jesus chorou...

Chorou e suplicou a Deus a vinda de alguém que o representasse ao pé dos
aflitos... Alguém que lenisse chagas sem recompensa, que enxugasse lágrimas sem
queixa e servisse sem perguntar...

E o Pai Misericordioso enviou-lhe toda uma coorte de anjos que o louvavam,
felizes, transformando o madeiro numa apoteose de luz, com exceção de um deles que,
ao invés de adorá-lo, procurou-lhe respeitoso, os lábios trementes, como quem lhe
buscava as derradeiras ordenações.

Não percebeu a multidão desvairada o que se passou entre o Cristo agonizante
e o mensageiro sublime; no entanto, de imediato, o nume celeste, sereno e compassivo,
desceu do monte para os vales humanos, nos quais, desde então, até hoje, converte o
ódio em amor, a expiação em ensinamento, a dor em alegria, o desespero em consolo e o
gemido em oração...

Esse anjo silencioso é o Anjo da Caridade.


Por isso, toda vez que lhe ouvis a inspiração divina, abraçando os sofredores ou
amparando os necessitados, ainda mesmo através da mais leve migalha de pão ou de
entendimento, é a Jesus que o fazeis.

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Euripedes Barsanulfo
Chico  Xavier