domingo, 31 de dezembro de 2023

Buscando mais luz


Ergue-se o caminho da fé por subida incessante. Jornada de quem demanda os cimos, buscando mais luz e ampliando os horizontes da própria visão.

 Qual ocorre em qualquer viagem para o Alto, dificuldades e riscos surgem à mostra. Em semelhante escalada, a queda é conhecida por desilusão, a tempestade é o tempo de angústia, o frio se expressa como sendo negação ambiente e o cansaço traz, frequentemente, a chancela de tristeza ou monotonia.

 Os degraus da fé, porém, são nomeados por perseverança e serviço. Perseverança no trabalho e serviço aos semelhantes.  Apoia-te ao corrimão da esperança e eleva-te constantemente, auxiliando e construindo, compreendendo e amando sempre.

 De furnas distantes chegarão as vozes daqueles que pararam no início ou a meio do caminho, incitando-te a descanso indébito por se referirem à crueldade e abandono, discórdia e incompreensão. Não te detenhas. Todos os que se interromperam na estrada tornarão à marcha. Com a fé, procura a luz da verdade e todos se voltarão para a luz da verdade, agora, hoje, amanhã ou no grande futuro.

 Se ocorrências amargas te constituem a cruz da provação nos ombros frágeis, prossegue mesmo assim.

Se tropeças e cais, não desesperes. Levanta-te e continua.

 Triunfar não quer dizer avançar sem erros ou falhas, mas sim reconhecer que, apesar de nossas falhas e erros, é preciso seguir adiante, de coração inflamado na confiança, com a certeza de que a Divina Justiça a todos nos observa e nos retribuirá, a cada um, segundo as nossas próprias obras. Sejam quais sejam os obstáculos, prossegue à frente, estendendo o bem.

Na essência, a coragem da fé significa chama viva no próprio coração, clareando o caminho. E quem jornadeia com a bênção da luz não deve e nem necessita amedrontar-se à face das sombras. Recordemos, nesse sentido, que todas as trevas da noite, se forem condensadas e arremessadas de um só jato, não conseguirão apagar a simples irradiação de uma vela. 

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Emmanuel 
Chico Xavier
Ora: Cartas do Alto 
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31 de dezembro

Se você der um passo à frente com fé, não olhe para trás, nem se lamente pelo que deixou.

Simplesmente espere pelo futuro mais maravilhoso e observe-o se realizar.

Deixe o que é velho para trás; está acabado.

Seja grato pelas lições aprendidas e pelas experiências por que passou; elas o ajudaram a crescer e aumentaram sua compreensão, mas não se apegue a elas.

O que o aguarda é muito melhor do que aquilo que você deixou para trás.

Nada pode acontecer de errado se você colocar sua vida sob a Minha direção.

Mas se você dá um passo à frente e se pergunta se agiu certo, você permite que dúvidas e temores o invadam, e se curvará sob o peso de sua decisão.

Portanto, solte-se, liberte o passado e caminhe para a frente com o coração repleto de amor e gratidão.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

O mandamento maior. Fazermos aos outros o que queiramos que os outros nos façam. Parábola dos credores e dos devedores

Os fariseus, tendo sabido que ele tapara a boca dos saduceus, reuniram-se; e um deles, que era doutor da lei, para o tentar, propôs-lhe esta questão: — “Mestre, qual o mandamento maior da lei?” — Jesus respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. — Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.” (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 34 a 40.)

Fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos façam, pois é nisto que consistem a lei e os profetas. (Idem, cap. VII, v. 12.)

Tratai todos os homens como quereríeis que eles vos tratassem. (S. LUCAS, cap. VI, v. 31.)

O reino dos céus é comparável a um rei que quis tomar contas aos seus servidores. — Tendo começado a fazê-lo, apresentaram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. — Mas, como não tinha meios de os pagar, mandou seu senhor que o vendessem a ele, sua mulher, seus filhos e tudo o que lhe pertencesse, para pagamento da dívida. — O servidor, lançando-se-lhe aos pés, o conjurava, dizendo: “Senhor, tem um pouco de paciência e eu te pagarei tudo.” — Então, o senhor, tocado de compaixão, deixou-o ir e lhe perdoou a dívida. — Esse servidor, porém, ao sair, encontrando um de seus companheiros, que lhe devia cem dinheiros, o segurou pela goela e, quase a estrangulá-lo, dizia: “Paga o que me deves.” — O companheiro, lançando-se aos pés, o conjurava, dizendo: “Tem um pouco de paciência e eu te pagarei tudo.” — Mas o outro não quis escutá-lo; foi-se e o mandou prender, par tê-lo preso até pagar o que lhe devia.

Os outros servidores, seus companheiros, vendo o que se passava, foram, extremamente aflitos, e informaram o senhor de tudo o que acontecera. — Então, o senhor, tendo mandado vir à sua presença aquele servidor, lhe disse: “Mau servo, eu te havia perdoado tudo o que me devias, porque mo pediste. — Não estavas desde então no dever de também ter piedade do teu companheiro, como eu tivera de ti?” E o senhor, tomado de cólera, o entregou aos verdugos, para que o tivessem, até que ele pagasse tudo o que devia.

É assim que meu Pai, que está no céu, vos tratará, se não perdoardes, do fundo do coração, as faltas que vossos irmãos houverem cometido contra cada um de vós. (S. MATEUS, cap. XVIII, vv. 23 a 35.)

“Amar o próximo como a si mesmo: fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós”, é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem para com o próximo. Não podemos encontrar guia mais seguro, a tal respeito, que tomar para padrão, do que devemos fazer aos outros, aquilo que para nós desejamos. Com que direito exigiríamos dos nossos semelhantes melhor proceder, mais indulgência, mais benevolência e devotamento para conosco, do que os temos para com eles? A prática dessas máximas tende à destruição do egoísmo. Quando as adotarem para regra de conduta e para base de suas instituições, os homens compreenderão a verdadeira fraternidade e farão que entre eles reinem a paz e a justiça. Não mais haverá ódios, nem dissensões, mas, tão-somente, união, concórdia e benevolência mútua.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XI, itens 1 a 4.)
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LIVRO NOVO


Quando 2023 começou, ele era todo seu.

Foi colocado em suas mãos. 

Podia fazer dele o que quisesse.

Era como um livro em branco, e nele podia colocar:
um poema, um pesadelo, uma blasfêmia, uma oração.

Podia...

Hoje já não pode; não mais é seu. 

É um livro já escrito...

Concluído.

Como que um livro que tivesse sido escrito por si.

Um dia ser-lhe-á lido, com todos os pormenores, e não poderá corrigi-lo. 

Estará fora de seu alcance. 

Portanto, antes que 2023 termine, reflita, pegue no seu velho livro e folhei-o com cuidado.

Deixe passar cada uma das páginas pelas mãos e pela consciência. 

Leia-o para si mesmo. 

Leia tudo. Aprecie aquelas páginas da sua vida em que empregou o seu melhor estilo.

Leia também as páginas que gostaria de nunca ter escrito.

Não, não tente arrancá-las.

Seria inútil.

Já estão escritas.

Mas pode lê-las enquanto escreve o livro novo que lhe será entregue. 

Assim, poderá repetir as boas coisas que escreveu e evitar repetir as más. 

Para escrever o seu livro novo, contará novamente com o instrumento do livre arbítrio e, para o preencher, terá toda a imensa superfície do seu mundo.

Se tiver vontade de beijar o seu velho livro, beije-o. 

Se tiver vontade de chorar, chore sobre ele e, a seguir, coloque-o nas mãos do nosso Deus... 

Não importa como está.

Ainda que tenha páginas negras, entregue e diga apenas duas palavras: 
obrigado e perdão!

E, quando 2024 chegar, ser-lhe-á entregue outro livro, novo, limpo, branco, todo seu, no qual irá escrever tudo o que desejar...

FELIZ ANO NOVO! FELIZ LIVRO NOVO!

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(autor desconhecido)
Texto adaptado
Colaboração Junia Rios 2015/2016
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sábado, 30 de dezembro de 2023

Questões a meditar


Você dominará sempre as palavras que não disse, entretanto, se subordinará àquelas que pronuncie. 

Zele pela tranquilidade de sua consciência, sem descurar de sua apresentação exterior. 

No que se refere à alimentação, é importante recordar a afirmativa dos antigos romanos: “há homens que cavam a sepultura com a própria boca.”

Tanto quanto possível, em qualquer obrigação a cumprir, esteja presente, pelo menos dez minutos antes, no lugar do compromisso a que você deve atender.

 A inação entorpece qualquer faculdade.

O sorriso espontâneo é uma benção atraindo outras bençãos.

 Servir, além do próprio dever, não é bajular e sim ganhar segurança.

Cada pessoa a quem você preste auxílio, é mais uma chave na solução de seus problemas. 

É natural que você faça invejosos, mas não inimigos.

Cada boa ação que você pratica, é uma luz que você acende, em torno dos próprios passos.

Quem fala menos ouve melhor, e que ouve melhor aprende mais.

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André Luiz
Chico Xavier
Obra: Sinal verde
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30 de dezembro

Você representa Minhas mãos e Meus pés.

Eu tenho que trabalhar em você e através de você para revelar Meus prodígios e Minhas glórias.

Eu tenho que usar você para trazer para o mundo o Meu reino, para realizar o novo céu e a nova terra.

Enquanto você não perceber que Eu preciso de você, você continuará a ouvir falar sobre este maravilhoso novo céu e nova terra, mas você não os verá, não viverá neles e não será testemunha de como eles funcionam.

De que adianta sonhar com a Utopia?

É preciso concretizá-la e isso só será possível quando você parar de falar sobre ela e começar a vivê-la.

Se você vê uma pessoa se afogando, não adianta ficar em terra firme berrando instruções.

É preciso se jogar na água e fazer algo a respeito.

Portanto, não adianta nada ficar lendo como criar um novo céu e uma nova terra. Você tem que começar já a vivê-los para conseguir concretizá-los.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Bem-aventurados os aflitos. Justiça das aflições

Bem-aventurados os que choram, pois que serão consolados. — Bem-aventurados os famintos e os sequiosos de justiça, pois que serão saciados. — Bem-aventurados os que sofrem perseguição pela justiça, pois que é deles o reino dos céus. (S. MATEUS, cap. V, vv. 5, 6 e 10.)

Bem-aventurados vós que sois pobres, porque vosso é o reino dos céus. — Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados. — Ditosos sois, vós que agora chorais, porque rireis. (S. LUCAS, cap. VI, vv. 20 e 21.)

Mas, ai de vós, ricos que tendes no mundo a vossa consolação. — Ai de vós que estais saciados, porque tereis fome. Ai de vós que agora rides, porque sereis constrangidos a gemer e a chorar. (S. LUCAS, cap. VI, vv. 24 e 25.)

Somente na vida futura podem efetivar-se as compensações que Jesus promete aos aflitos da Terra. Sem a certeza do futuro, estas máximas seriam um contra-senso; mais ainda: seriam um engodo. Mesmo com essa certeza, dificilmente se compreende a conveniência de sofrer para ser feliz.

É, dizem, para se ter maior mérito. Mas, então, pergunta-se: por que sofrem uns mais do que outros? Por que nascem uns na miséria e outros na opulência, sem coisa alguma haverem feito que justifique essas posições?

Por que uns nada conseguem, ao passo que a outros tudo parece sorrir? Todavia, o que ainda menos se compreende é que os bens e os males sejam tão desigualmente repartidos entre o vício e a virtude; e que os homens virtuosos sofram, ao lado dos maus que prosperam. A fé no futuro pode consolar e infundir paciência, mas não explica essas anomalias, que parecem desmentir a justiça de Deus. Entretanto, desde que admita a existência de Deus, ninguém o pode conceber sem o infinito das perfeições. Ele necessariamente tem todo o poder, toda a justiça, toda a bondade, sem o que não seria Deus. Se é soberanamente bom e justo, não pode agir caprichosamente, nem com parcialidade. Logo, as vicissitudes da vida derivam de uma causa e, pois que Deus é justo, justa há de ser essa causa. Isso o de que cada um deve bem compenetrar-se. Por meio dos ensinos de Jesus, Deus pôs os homens na direção dessa causa, e hoje, julgando-os suficientemente maduros para compreendê-la, lhes revela completamente a aludida causa, por meio do Espiritismo, isto é, pela palavra dos Espíritos.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, itens 1 a 3.)
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Reflexão: Pai Nosso


Se em minha vida não ajo como filho de Deus, fechando o meu coração ao amor,

será inútil dizer: PAI NOSSO.
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Se os meus valores são representados pelos bens da Terra,

será inútil dizer: QUE ESTAIS NO CÉU.
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Se penso apenas em ser, cristão por medo, superstição e comodismo,

será inútil dizer: SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME.
*****
Se acho tão sedutora a vida aqui, cheia de supérfluos e futilidades,

será inútil dizer: VENHA A NÓS O VOSSO REINO.
*******
Se no fundo o que quero mesmo é que todos os meus sonhos se realizem,

será inútil dizer: SEJA FEITA A VOSSA VONTADE.
********
Se prefiro acumular riquezas, desprezando os meus irmãos que passam fome,

será inútil dizer: O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAI HOJE.
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Se não me importo em ferir, injustiçar, oprimir e magoar aos que atravessam o meu caminho,

será inútil dizer: PERDOAI AS NOSSAS DÍVIDAS, ASSIM COMO PERDOAMOS OS
NOSSOS DEVEDORES.
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Se escolho sempre o caminho mais fácil, que nem sempre é o caminho de Cristo,

será inútil dizer: NÃO NOS DEIXE CAIR EM NOVAS TENTAÇÕES.
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Se por minha vontade procuro prazeres materiais e tudo o que é proibido me seduz,

será inútil dizer: MAS LIVRA-NOS SENHOR DE TODO O MAL.
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Se sabendo que sou assim, continuo me omitindo e nada faço para me modificar,

será inútil dizer: AMÉM

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Não sabemos a autoria
(Publicado no Boletim GEAE Número 346 de 25 de maio de 1999)
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sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

Conto simples


 Malaquias Furtado, conhecido libertino, reconhecendo enfim que mais valia o dever bem cumprido que as aventuras mundanas, rendeu-se à necessidade imperativa de renovação espiritual para a reforma da vida. Para isto, confugiu à inspiração do Padre Elias Gomes, famoso cura de almas, imaginando nele o guia ideal.

 Recebido cordialmente pelo sacerdote, confessou-lhe as deploráveis experiências em que se emaranhara, obtendo calorosa doutrinação, como o vaso imundo em processo de lavagem na tina de água fervente.

 Malaquias arrependeu-se do passado e chorou, abatido. Visceralmente transformado, cumulou-se de juras e promessas, que procurou cumprir com sinceridade e rigor.

Quando a tentação lhe assaltava o espírito honesto, voltava a ajoelhar-se aos pés do mentor, suplicando:

— Bom amigo, sinto-me perturbado por desejos inferiores… Tenebrosos pensamentos agitam minha alma… Que fazer para encontrar o caminho do Céu?

Padre Elias logo respondia, calmo:

— Filho, consagre-se a Deus e olvide Satã. Guarde castidade, cultive humildade, paciência e pobreza. A salvação cabe àqueles que trilham a subida escabrosa da virtude.

O convertido voltava à arena cotidiana e sufocava os reclamos da carne indignada, curtindo provações duras que aos poucos lhe burilavam o espírito.

Trabalhava, servia sem alarde e procurava suportar toda espécie de infortúnio com inexcedível heroísmo.

Eis, porém, novo dia de mais vivas tribulações, e Malaquias regressava ao orientador, exclamando:

— Devotado protetor, tenho sofrido calúnia e ingratidão. A ideia de vingança domina-me. Tenho fogo na alma. Que fazer para sustentar-me no roteiro do Paraíso?

O ministro da fé esclarecia, sereno:

— Tenha paciência, meu filho, muita paciência. Para consolidarmos em nós a tranquilidade, é imperioso perdoar infinitamente. Não nos esqueçamos dos velhos ensinamentos. Desculpemos até setenta vezes sete, ( † ) oremos pelos nossos inimigos e perseguidores… ( † ) Quem ofende, condena-se; quem exerce a tolerância fraterna, exalta-se.

Malaquias aceitava, confiante, as ponderações ouvidas e tornava, confortado, às lides que o Céu lhe reservara.

Devolvia o bem pelo mal e continuava, na condição do discípulo fervoroso, experimentando os conselhos obtidos, disciplinando os seus sentimentos, sorrindo para os algozes, cedendo aos adversários e mantendo inalterável submissão ao que considerava como sendo as imposições divinas.

Ressurgiam, porém, outras ocasiões de conflito para o criterioso aprendiz, e logo se apressava ele em conchegar-se à sabedoria do pastor, clamando, ansiado:

— Meu padre, acho-me fatigado, enfermo, sem rumo certo… Familiares, aos quais prestei assistência e socorro em outros tempos, abandonaram-me sem comiseração pelas minhas fraquezas e sofrimentos. Minha esposa, vendo-me quase imprestável, receou o sacrifício que a nossa união lhe impunha e aliou-se aos nossos filhos maiores, hoje casados, contra mim… Vivo sem ninguém… Por ninharias, antigos credores de minha casa me cercam de ameaças sem termo… Tenho a impressão de que o inferno se instalou dentro de mim. Debalde busco a claridade da oração, e não mais a encontro. Padre, padre, que fazer para não me desviar da estrada celeste?

 O guia, na atitude convencional dos grandes inspirados; emitindo a palavra doce e fitando os olhos no céu, respondia, convicto:

— Não se deixe enredar em ciladas e tentações! A fé remove montanhas! ( † ) Quem se sentirá só, depois de encontrar na Humanidade a grande família? Nossos pais e nossos filhos respiram em toda parte. Onde alguém esteja lutando, aí possuímos nosso irmão. Não se perca no desânimo destrutivo. Quem se dirige para Deus não perde os minutos na peregrinação do bem. Se há dificuldades e sofrimentos, a coragem é o sustento do espírito na estrada para o mais alto. Sobretudo, meu filho, não creia na enfermidade. A doença é alguma coisa que depende de nós. A imaginação superexcitada improvisa monstros para o nosso corpo, mas a alma robusta na confiança, embora viva de pés na Terra, mantém o coração voltado para o Senhor, cada dia servindo mais intensamente na sementeira de luz e de amor. Não se agrilhoe a simples ninharias…

O crente leal contemplava o instrutor, como quem se via agraciado pela presença de um plenipotenciário divino.

Verteu copiosas lágrimas e indagou, por fim:

— E se eu pautar pensamentos e atitudes nessas linhas, encontrarei a passagem para o Céu?

— Como não? — Falou o sacerdote, complacente e bem-humorado.

E numa definição espetacular:

— A virtude é divino passaporte para o Paraíso.

Malaquias tornou à luta e aplicou o que aprendera.

Olvidou a moléstia e dedicou-se ao trabalho constante; transformou a solidão em serviço a todos e, cultivando a oração e a bondade, acabou seus dias, de consciência tranquila.

Aguardava-o à cabeceira um anjo, que, presto, o arrebatou ao País da Luz.

Participando, agora, do séquito de santos anônimos, o antigo devoto era raramente lembrado na Terra. Vivera servindo, não obstante as deploráveis experiências do início, e, por isto, de tempo não dispusera para cuidar da propaganda do seu nome. Era, contudo, um dos príncipes mais felizes da Corte Celestial. Não contava tempo, nem era forçado à contemplação das misérias humanas.

 Acontece, porém, que um dia se ouviu entre as estrelas um chamado insistente para ele. Vinha do Inferno, diretamente da moradia de Satanás.

Malaquias não se fez rogado.

Solicitou permissão e desceu, desceu, desceu… E quando se viu no Círculo das trevas infernais, encontrou quem lhe invocava o nome: era justamente o Padre Elias Gomes, que lhe estendia os braços e suplicava:

— Malaquias! Malaquias! Compadeça-se de mim! Ensine-me! Onde encontrarei o caminho para o Céu?!…

Acautele-se no mundo quem oriente, quem dirija e quem aconselhe. Quase todos nós, os que sabemos indicar o bom caminho aos pés alheios, esbarramos, além do túmulo, com a mesma surpresa do sacerdote.

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Paulo Barreto
Chico Xavier
Obra: Falando à Terra
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29 de dezembro

Abra seu coração e aceite todos os Meus perfeitos dons.

Eles estão à sua disposição, mas muitas almas não conseguem simplesmente abrir seus corações e estender as mãos para receber o que é delas por direito.

Elas têm medo, ou se sentem indignas, ou simplesmente não acreditam que os dons estão à disposição delas e, portanto, rejeitam o que está esperando para ser tomado.

Se você tem dinheiro no banco mas prefere ignorar isso e se recusa a sacar e gastar, é você mesmo que vai sofrer pela falta das coisas que lhe são necessárias.

Meus armazéns estão transbordando e tudo que Eu tenho é seu.

Você não pode querer viver esta vida espiritual sem acreditar nisso e sem se apossar do que é seu.

O novo céu e a nova terra já estão aqui.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Indissolubilidade do casamento

Também os fariseus vieram ter com ele para o tentarem e lhe disseram: Será permitido a um homem despedir sua mulher, por qualquer motivo? Ele respondeu: Não lestes que aquele que criou o homem desde o princípio os criou macho e fêmea e disse: Por esta razão, o homem deixará seu pai e sua mãe e se ligará à sua mulher e não farão os dois senão uma só carne? — Assim, já não serão duas, mas uma só carne. Não separe, pois, o homem o que Deus juntou.

Mas, por que então, retrucaram eles, ordenava Moisés que o marido desse à sua mulher um escrito de separação e a despedisse? — Jesus respondeu: Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés permitiu despedísseis vossas mulheres; mas, no começo, não foi assim. — Por isso eu vos declaro que aquele que despede sua mulher, a não ser em caso de adultério, e desposa outra, comete adultério; e que aquele que desposa a mulher que outro despediu também comete adultério. (S. MATEUS, cap. XIX, vv. 3 a 9.)

Imutável só há o que vem de Deus. Tudo o que é obra dos homens está sujeito a mudança. As leis da Natureza são as mesmas em todos os tempos e em todos os países. As leis humanas mudam segundo os tempos, os lugares e o progresso da inteligência. No casamento, o que é de ordem divina é a união dos sexos, para que se opere a substituição dos seres que morrem; mas, as condições que regulam essa união são de tal modo humanas, que não há, no inundo inteiro, nem mesmo na cristandade, dois países onde elas sejam absolutamente idênticas, e nenhum onde não hajam, com o tempo, sofrido mudanças. Daí resulta que, em face da lei civil, o que é legítimo num país e em dada época, é adultério noutro país e noutra época, isso pela razão de que a lei civil tem por fim regular os interesses das famílias, interesses que variam segundo os costumes e as necessidades locais.

Assim é, por exemplo, que, em certos países, o casamento religioso é o único legítimo; noutros é necessário, além desse, o casamento civil; noutros, finalmente, este último casamento basta.

Mas, na união dos sexos, a par da lei divina material, comum a todos os seres vivos, há outra lei divina, imutável como todas as leis de Deus, exclusivamente moral: a lei de amor.

Quis Deus que os seres se unissem não só pelos laços da carne, mas também pelos da alma, a fim de que a afeição mútua dos esposos se lhes transmitisse aos filhos e que fossem dois, e não um somente, a amá-los, a cuidar deles e a fazê-los progredir. Nas condições ordinárias do casamento, a lei de amor é tida em consideração? De modo nenhum. Não se leva em conta a afeição de dois seres que, por sentimentos recíprocos, se atraem um para o outro, visto que, as mais das vezes, essa afeição é rompida. O de que se cogita, não é da satisfação do coração e sim da do orgulho, da vaidade, da cupidez, numa palavra: de todos os interesses materiais. Quando tudo vai pelo melhor consoante esses interesses, diz-se que o casamento é de conveniência e, quando as bolsas estão bem aquinhoadas, diz-se que os esposos igualmente o são e muito felizes hão de ser.

Nem a lei civil, porém, nem os compromissos que ela faz se contraiam podem suprir a lei do amor, se esta não preside à união, resultando, freqüentemente, separarem-se por si mesmos os que à força se uniram; torna-se um perjúrio, se pronunciado como fórmula banal, o juramento feito ao pé do altar. Daí as uniões infelizes, que acabam tornando-se criminosas, dupla desgraça que se evitaria se, ao estabelecerem-se as condições do matrimônio, se não abstraísse da única que o sanciona aos olhos de Deus: a lei de amor. Ao dizer Deus: “Não sereis senão uma só carne”, e quando Jesus disse: “Não separeis o que Deus uniu”, essas palavras se devem entender com referência à união segundo a lei imutável de Deus e não segundo a lei mutável dos homens.

Será então supérflua a lei civil e dever-se-á volver aos casamentos segundo a Natureza? Não, decerto. A lei civil tem por fim regular as relações sociais e os interesses das famílias, de acordo com as exigências da civilização; por isso, é útil, necessária, mas variável. Deve ser previdente, porque o homem civilizado não pode viver como selvagem; nada, entretanto, nada absolutamente se opõe a que ela seja um corolário da lei de Deus. Os obstáculos ao cumprimento da lei divina promanam dos prejuízos e não da lei civil. Esses prejuízos, se bem ainda vivazes, já perderam muito do seu predomínio no seio dos povos esclarecidos; desaparecerão com o progresso moral que, por fim, abrirá os olhos aos homens para os males sem conto, as faltas, mesmo os crimes que decorrem das uniões contraídas com vistas unicamente nos interesses materiais. Um dia perguntar-se-á o que é mais humano, mais caridoso, mais moral: se encadear um ao outro dois seres que não podem viver juntos, se restituir-lhes a liberdade; se a perspectiva de uma cadeia indissolúvel não aumenta o número de uniões irregulares.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXII, itens 1 a 4.)
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Faze luz


Quando te confias à maledicência, despedes da própria alma raios de treva e perturbação que, de retorno, te impõem dolorosa e indefinível tortura íntima a exprimir-se em obscuros processos de enfermidade.

Quando te entregas às sugestões da calúnia, exteriorizas da própria mente forças destrutivas que, de volta, te impelem à comunhão com as inteligências perversas que a veiculam, adquirindo invisíveis passaportes para os abismos da obsessão e do crime, da loucura e da morte.

Quando desces à crítica venenosa, na preocupação de ensombrar o caminho dos que te cercam, expulsas do próprio espírito dardos intangíveis e penetrantes de sofrimento e desânimo que, de regresso, te imobilizam os passos na noite da dificuldade e do desalento, de vez que, procurando salientar as deficiências e chagas alheias, não fazes mais que levantar a antipatia gratuita dos outros contra a segurança e a paz de teu próprio caminho…

Lembra-te de Jesus, cuja Infinita Misericórdia nos acompanha em todos os passos e auxilia sempre.

Recorda quantas vezes foram teus erros apagados pela Bondade Divina e não olvides o culto incessante que todos devemos à Humana Bondade.

Faze luz no próprio roteiro para que a luz nos encontre.

Suportemos as faltas do próximo como desejamos sejam as nossas entendidas e toleradas.

E, desculpando infinitamente, alcançaremos, em nossa marcha, o Sol do Infinito Amor, cujos Raios Celestiais nos asseguram todas as bênçãos da vida e que somente aguarda a nossa compreensão e nossa boa vontade para investir-nos na posse dos sublimes tesouros da Glória Excelsa.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: A verdade responde
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quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Em equipe


“Se todos, porém, fossem um só membro, onde estaria o corpo?” — PAULO (1 Coríntios, 12.19)

 Na edificação espírita-cristã auxiliemos cada companheiro a perceber o valor do esforço que se lhe atribui.

 Nunca será demais repetir que todos, encarnados e desencarnados, atendendo aos interesses da própria evolução, na obra da Doutrina Espírita, funcionamos em equipe, visando a um fim — a consolidação do bem geral.

Cada tarefeiro é situado no lugar certo, para a cooperação exata.

 Este retém a palavra vibrante, aquele conserva com mais segurança o senso da direção, outro escreve de modo convincente, outro ainda, com mais propriedade, fornece a energia curadora… Há quem se responsabilize pela escola, pelo conforto moral, pela assistência aos necessitados, pela enfermagem da alma…

 Todo trabalho a fazer, quanto ocorre a cada peça de determinado engenho, é de suma importância. Em razão disso, não existem privilégios ou distinções na construção da Espiritualidade Superior.

 O colaborador requestado à produção de fenômenos espetaculares ou aos efeitos brilhantes da inteligência, não é maior que o obreiro encarregado de lenir feridas ou suprimir aflições na retaguarda.

 O apóstolo Paulo, em se reportando ao assunto, articulou esta feliz expressão: “Se todos, porém, fossem um só membro, onde estaria o corpo?”

Os olhos não substituem os ouvidos e nem as mãos tomam para si os deveres dos pés; contudo, trabalham todos, interligados, em proveito da personalidade real.

 Aprendamos com a Natureza e, sustentando-nos na posição que nos é própria, aprimoremos, quanto possível, a nossa capacidade de servir, reconhecendo sempre que a seara do bem pertence ao Senhor.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Benção de paz
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28 de dezembro

Que haja unidade na diversidade.

Perceba que muitos caminhos levam ao centro, a Mim, cada um diferente do outro, mas todos conduzindo à mesma direção.

Quanto mais eles se aproximam do centro, mais unidos ficam, até que todos se tornam um em Mim e não mais existe diversidade, mas somente uma completa unidade.

É o que está acontecendo com os centros de luz espalhados pelo mundo.

À medida que a situação do mundo se toma mais escura, a luz derramada pelos centros se toma mais brilhante até chegar o momento quando ela suplantará toda escuridão.

É bom ver um quadro amplo do que está acontecendo, mas é muito importante perceber que tudo começa dentro de você.

Entenda que o que acontece dentro do indivíduo se espalha pelo mundo e reflete na situação do mundo.

E por isso que é tão essencial que dentro de você exista paz no coração e na mente, harmonia, compreensão e um profundo amor que flua entre você e todos que o rodeiam.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

A indulgência (III)

Caros amigos, sede severos convosco, indulgentes para as fraquezas dos outros. É esta uma prática da santa caridade, que bem poucas pessoas observam. Todos vós tendes maus pendores a vencer, defeitos a corrigir, hábitos a modificar; todos tendes um fardo mais ou menos pesado a alijar, para poderdes galgar o cume da montanha do progresso. Por que, então, haveis de mostrar-vos tão clarividentes com relação ao próximo e tão cegos com relação a vós mesmos? Quando deixareis de perceber, nos olhos de vossos irmãos, o pequenino argueiro que os incomoda, sem atentardes na trave que, nos vossos olhos, vos cega, fazendo-vos ir de queda em queda?

Crede nos vossos irmãos, os Espíritos.

Todo homem, bastante orgulhoso para se julgar superior, em virtude e mérito, aos seus irmãos encarnados, é insensato e culpado: Deus o castigará no dia da sua justiça. O verdadeiro caráter da caridade é a modéstia e a humildade, que consistem em ver cada um apenas superficialmente os defeitos de outrem e esforçar-se por fazer que prevaleça o que há nele de bom e virtuoso, porquanto, embora o coração humano seja um abismo de corrupção, sempre há, nalgumas de suas dobras mais ocultas, o gérmen de bons sentimentos, centelha vivaz da essência espiritual.

Espiritismo! doutrina consoladora e bendita! felizes dos que te conhecem e tiram proveito dos salutares ensinamentos dos Espíritos do Senhor! Para esses, iluminado está o caminho, ao longo do qual podem ler estas palavras que lhes indicam o meio de chegarem ao termo da jornada: caridade prática, caridade do coração, caridade para com o próximo, como para si mesmo; numa palavra: caridade para com todos e amor a Deus acima de todas as coisas, porque o amor a Deus resume todos os deveres e porque impossível é amar realmente a Deus, sem praticar a caridade, da qual fez ele uma lei para todas as criaturas.

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— Dufêtre, bispo de Nevers. (Bordéus)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, item 18.)
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CIÊNCIA DE BEM VIVER


Tranquilamente, confiante, avança, passo a passo, pelo caminho da evolução.
Não busques, nem fujas dos fenômenos da existência física.
Intenta ser o controlador dos teus impulsos e sentimentos, de maneira que o insucesso não te infelicite nem o êxito te exalte.

Na paz interior descobrirás a libertação das dores, porque lograrás vencer as paixões.
Utilizando-te de uma consciência equânime, aceita as ocorrências positivas e negativas com a mesma naturalidade, sem sofreguidão nem indiferença.
Mantém-te interiormente livre em qualquer circunstância, adquirindo a ciência verdadeira do viver.

A ilusão fascina, mas se desvanece.
A posse agrada, porém se transfere de mãos.
O poder apaixona, entretanto, transita de pessoa.
O prazer alegra, todavia é efêmero.
A glória terrestre exalta e desaparece.
O triunfador de hoje, passa, mais tarde, vencido...
A dor aflige, mas passa.
A carência aturde, porém um dia se preenche.
A debilidade orgânica deprime, todavia, liberta da paixão.
O silêncio que entristece, leva à meditação que felicita.
A submissão aflige, entretanto engrandece e enrija o caráter.
O fracasso espezinha, ao mesmo tempo ensina o homem a conquistar-se.

Todas as situações no mundo sensorial passam, mudam de posição e de forma.
A essência da realidade, porém, permanece sempre a mesma.

Nada é definitivo na aparência.
Apenas o que tem valor intrínseco é duradouro.
Quem, espontaneamente, se abstém dos sentidos e das exterioridades, sem mágoa nem frustração, encontrou a ciência de bem viver.
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Joanna de Ângelis
Divaldo Franco
Obra: Momentos de meditação
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quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Aula viva


Contemplo-te, roseira, em vagas de perfume…

A exaltação da cor resplandece e domina…

Pétalas de rubis na touca esmeraldina,

Toda a beleza em ti como que se resume!…

Surge o Homem, porém… Lâmina em fino gume,

Decepa a veste em luz que te guarda e acetina…

Relegada à nudez, mutilada e mofina,

Suporta na raiz nova carga de estrume!…

No entanto, estranha ao lodo e aos podões agressores,

Recobres-te de verde e lanças novas flores,

Leal à vida em si que te nutre e socorre!…
……………………………………

Alma, fita a roseira humilde, atenta e boa,

Embora o fel do mundo, ama, serve, abençoa

E encontrarás com Deus o amor que nunca morre.

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Narcisa Amália
Chico Xavier
Obra : Servidores no Além
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27 de dezembro

Muitas vezes você terá que agir baseado somente na fé, sem entender a razão daquela ação, mas não hesite se você sauber interiormente que aquilo é o certo.

Você tem que ter fé para se aventurar no desconhecido, pois circunstâncias externas podem estar deixando você cheio de dúvidas.

É neste momento que você precisa aprender à se recolher e reconhecer que você está sendo guiado por Mim, e que tudo vai dar certo.

É preciso muita fé e coragem para dispor- se a seguir estas orientações interiores, especialmente quando o que você faz parece uma arrematada tolice para os outros.

É por isso que você não conseguiria fazê-lo sem absoluta fé e sabedoria interior.

A escolha está sempre em suas mãos.

Portanto, escolha, e escolha certo, colocando sua mão firmemente na Minha mão.

Eu jamais o ignorarei ou rejeitarei, mas Eu guiarei cada um de seus passos.

🌿🌷🌿
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
🌿🌷🌿




 


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MENSAGEM DO ESE:

Caracteres da Perfeição

2. Pois que Deus possui a perfeição infinita em todas as coisas, esta proposição: “Sede perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celestial”, tomada ao pé da letra, pressuporia a possibilidade de atingir-se a perfeição absoluta. Se à criatura fosse dado ser tão perfeita quanto o Criador, tornar-se-ia ela igual a este, o que é inadmissível. Mas, os homens a quem Jesus falava não compreenderiam essa nuança, pelo que ele se limitou a lhes apresentar um modelo e a dizer-lhes que se esforçassem pelo alcançar.

Aquelas palavras, portanto, devem entender-se no sentido da perfeição relativa, a de que a Humanidade é suscetível e que mais a aproxima da Divindade. Em que consiste essa perfeição? Jesus o diz: “Em amarmos os nossos inimigos, em fazermos o bem aos que nos odeiam, em orarmos pelos que nos perseguem.” Mostra ele desse modo que a essência da perfeição é a caridade na sua mais ampla acepção, porque implica a prática de todas as outras virtudes.

Com efeito, se se observam os resultados de todos os vícios e, mesmo, dos simples defeitos, reconhecer-se-á nenhum haver que não altere mais ou menos o sentimento da caridade, porque todos têm seu princípio no egoísmo e no orgulho, que lhes são a negação; e isso porque tudo o que sobreexcita o sentimento da personalidade destrói, ou, pelo menos, enfraquece os elementos da verdadeira caridade, que são: a benevolência, a indulgência, a abnegação e o devotamento. Não podendo o amor do próximo, levado até ao amor dos inimigos, aliar-se a nenhum defeito contrário à caridade, aquele amor é sempre, portanto, indício de maior ou menor superioridade moral, donde decorre que o grau da perfeição está na razão direta da sua extensão. Foi por isso que Jesus, depois de haver dado a seus discípulos as regras da caridade, no que tem de mais sublime, lhes disse: “Sede perfeitos, como perfeito é
vosso Pai celestial.”

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Evangelho segundo o Espiritismo > Capítulo XVII - Sede perfeitos > Caracteres da perfeição
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Más companhias


Seleciona as tuas companhias.

Os maus companheiros tornam-se presenças inconvenientes na tua vida e perturbam-te a marcha.

Ninguém é tão independente e pleno que não corra o perigo de contaminar-se, com aqueles que estagiam e se comprazem na delinquência ou na insensatez viciosa.

Sê gentil com os maus e estúrdios, porém, não te imiscuas com eles, seu comportamento, suas atividades e filosofia de vida.

As enfermidades morais também contagiam os incautos que delas se aproximam.

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Joanna de Ângelis
Divaldo Franco
Obra: Vida feliz
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