domingo, 31 de dezembro de 2023

Buscando mais luz


Ergue-se o caminho da fé por subida incessante. Jornada de quem demanda os cimos, buscando mais luz e ampliando os horizontes da própria visão.

 Qual ocorre em qualquer viagem para o Alto, dificuldades e riscos surgem à mostra. Em semelhante escalada, a queda é conhecida por desilusão, a tempestade é o tempo de angústia, o frio se expressa como sendo negação ambiente e o cansaço traz, frequentemente, a chancela de tristeza ou monotonia.

 Os degraus da fé, porém, são nomeados por perseverança e serviço. Perseverança no trabalho e serviço aos semelhantes.  Apoia-te ao corrimão da esperança e eleva-te constantemente, auxiliando e construindo, compreendendo e amando sempre.

 De furnas distantes chegarão as vozes daqueles que pararam no início ou a meio do caminho, incitando-te a descanso indébito por se referirem à crueldade e abandono, discórdia e incompreensão. Não te detenhas. Todos os que se interromperam na estrada tornarão à marcha. Com a fé, procura a luz da verdade e todos se voltarão para a luz da verdade, agora, hoje, amanhã ou no grande futuro.

 Se ocorrências amargas te constituem a cruz da provação nos ombros frágeis, prossegue mesmo assim.

Se tropeças e cais, não desesperes. Levanta-te e continua.

 Triunfar não quer dizer avançar sem erros ou falhas, mas sim reconhecer que, apesar de nossas falhas e erros, é preciso seguir adiante, de coração inflamado na confiança, com a certeza de que a Divina Justiça a todos nos observa e nos retribuirá, a cada um, segundo as nossas próprias obras. Sejam quais sejam os obstáculos, prossegue à frente, estendendo o bem.

Na essência, a coragem da fé significa chama viva no próprio coração, clareando o caminho. E quem jornadeia com a bênção da luz não deve e nem necessita amedrontar-se à face das sombras. Recordemos, nesse sentido, que todas as trevas da noite, se forem condensadas e arremessadas de um só jato, não conseguirão apagar a simples irradiação de uma vela. 

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Emmanuel 
Chico Xavier
Ora: Cartas do Alto 
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31 de dezembro

Se você der um passo à frente com fé, não olhe para trás, nem se lamente pelo que deixou.

Simplesmente espere pelo futuro mais maravilhoso e observe-o se realizar.

Deixe o que é velho para trás; está acabado.

Seja grato pelas lições aprendidas e pelas experiências por que passou; elas o ajudaram a crescer e aumentaram sua compreensão, mas não se apegue a elas.

O que o aguarda é muito melhor do que aquilo que você deixou para trás.

Nada pode acontecer de errado se você colocar sua vida sob a Minha direção.

Mas se você dá um passo à frente e se pergunta se agiu certo, você permite que dúvidas e temores o invadam, e se curvará sob o peso de sua decisão.

Portanto, solte-se, liberte o passado e caminhe para a frente com o coração repleto de amor e gratidão.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

O mandamento maior. Fazermos aos outros o que queiramos que os outros nos façam. Parábola dos credores e dos devedores

Os fariseus, tendo sabido que ele tapara a boca dos saduceus, reuniram-se; e um deles, que era doutor da lei, para o tentar, propôs-lhe esta questão: — “Mestre, qual o mandamento maior da lei?” — Jesus respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. — Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.” (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 34 a 40.)

Fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos façam, pois é nisto que consistem a lei e os profetas. (Idem, cap. VII, v. 12.)

Tratai todos os homens como quereríeis que eles vos tratassem. (S. LUCAS, cap. VI, v. 31.)

O reino dos céus é comparável a um rei que quis tomar contas aos seus servidores. — Tendo começado a fazê-lo, apresentaram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. — Mas, como não tinha meios de os pagar, mandou seu senhor que o vendessem a ele, sua mulher, seus filhos e tudo o que lhe pertencesse, para pagamento da dívida. — O servidor, lançando-se-lhe aos pés, o conjurava, dizendo: “Senhor, tem um pouco de paciência e eu te pagarei tudo.” — Então, o senhor, tocado de compaixão, deixou-o ir e lhe perdoou a dívida. — Esse servidor, porém, ao sair, encontrando um de seus companheiros, que lhe devia cem dinheiros, o segurou pela goela e, quase a estrangulá-lo, dizia: “Paga o que me deves.” — O companheiro, lançando-se aos pés, o conjurava, dizendo: “Tem um pouco de paciência e eu te pagarei tudo.” — Mas o outro não quis escutá-lo; foi-se e o mandou prender, par tê-lo preso até pagar o que lhe devia.

Os outros servidores, seus companheiros, vendo o que se passava, foram, extremamente aflitos, e informaram o senhor de tudo o que acontecera. — Então, o senhor, tendo mandado vir à sua presença aquele servidor, lhe disse: “Mau servo, eu te havia perdoado tudo o que me devias, porque mo pediste. — Não estavas desde então no dever de também ter piedade do teu companheiro, como eu tivera de ti?” E o senhor, tomado de cólera, o entregou aos verdugos, para que o tivessem, até que ele pagasse tudo o que devia.

É assim que meu Pai, que está no céu, vos tratará, se não perdoardes, do fundo do coração, as faltas que vossos irmãos houverem cometido contra cada um de vós. (S. MATEUS, cap. XVIII, vv. 23 a 35.)

“Amar o próximo como a si mesmo: fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós”, é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem para com o próximo. Não podemos encontrar guia mais seguro, a tal respeito, que tomar para padrão, do que devemos fazer aos outros, aquilo que para nós desejamos. Com que direito exigiríamos dos nossos semelhantes melhor proceder, mais indulgência, mais benevolência e devotamento para conosco, do que os temos para com eles? A prática dessas máximas tende à destruição do egoísmo. Quando as adotarem para regra de conduta e para base de suas instituições, os homens compreenderão a verdadeira fraternidade e farão que entre eles reinem a paz e a justiça. Não mais haverá ódios, nem dissensões, mas, tão-somente, união, concórdia e benevolência mútua.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XI, itens 1 a 4.)
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LIVRO NOVO


Quando 2023 começou, ele era todo seu.

Foi colocado em suas mãos. 

Podia fazer dele o que quisesse.

Era como um livro em branco, e nele podia colocar:
um poema, um pesadelo, uma blasfêmia, uma oração.

Podia...

Hoje já não pode; não mais é seu. 

É um livro já escrito...

Concluído.

Como que um livro que tivesse sido escrito por si.

Um dia ser-lhe-á lido, com todos os pormenores, e não poderá corrigi-lo. 

Estará fora de seu alcance. 

Portanto, antes que 2023 termine, reflita, pegue no seu velho livro e folhei-o com cuidado.

Deixe passar cada uma das páginas pelas mãos e pela consciência. 

Leia-o para si mesmo. 

Leia tudo. Aprecie aquelas páginas da sua vida em que empregou o seu melhor estilo.

Leia também as páginas que gostaria de nunca ter escrito.

Não, não tente arrancá-las.

Seria inútil.

Já estão escritas.

Mas pode lê-las enquanto escreve o livro novo que lhe será entregue. 

Assim, poderá repetir as boas coisas que escreveu e evitar repetir as más. 

Para escrever o seu livro novo, contará novamente com o instrumento do livre arbítrio e, para o preencher, terá toda a imensa superfície do seu mundo.

Se tiver vontade de beijar o seu velho livro, beije-o. 

Se tiver vontade de chorar, chore sobre ele e, a seguir, coloque-o nas mãos do nosso Deus... 

Não importa como está.

Ainda que tenha páginas negras, entregue e diga apenas duas palavras: 
obrigado e perdão!

E, quando 2024 chegar, ser-lhe-á entregue outro livro, novo, limpo, branco, todo seu, no qual irá escrever tudo o que desejar...

FELIZ ANO NOVO! FELIZ LIVRO NOVO!

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(autor desconhecido)
Texto adaptado
Colaboração Junia Rios 2015/2016
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