sábado, 11 de fevereiro de 2017

Infeliz deles!


Que pensar dos que abusam da superioridade da posição social, para oprimirem o fraco sem proveito?

- Esses merecem o anátema: Infelizes deles! Serão oprimidos, por sua vez, e renascerão numa existência em que sofrerão tudo o que fizeram sofrer.
(“O Livro dos Espíritos” nº 807)

Os espíritos superiores foram incisivos na resposta dada ao codificador: Os que oprimem serão oprimidos.

Infelizes deles, então, os espíritos encarnados que se constituem em obstáculo ao progresso
espiritual daqueles que Deus lhes confiou à tutela!

Infelizes deles, os que escravizam mentes e corações, impedindo o crescimento de quantos se lhe vinculam ao caminho.

Infelizes deles, os que não hesitam em tirar proveito do semelhante, sem qualquer preocupação com a felicidade que lhes diz respeito!...

Infelizes deles os que manipulam os outros, deformando-lhes o caráter e criando-lhes viciações na personalidade!...

Infelizes deles, os que negam ao trabalhador a oportunidade de trabalho; á criança, o acesso à escola; ao jovem, a formação moral!...

Infelizes deles, os que corrompem os sentimentos da mulher que se torna mãe, que realizam promessas afetivas que não cumprem, que descartam quantos não mais lhes atendam aos instintos!...

Compungidos pelo remorso e constrangidos pela lei, quantos abusam do poder, da posição social que transitoriamente ocupam entre os homens e dos recursos amoedados que detém, bem como de seus atrativos físicos e sagacidade intelectual, renascerão em condições lamentáveis, completamente inversas, indo de um extremo ao outro nas experiências kármicas que lhes são imprescindíveis!

Renascerão na idiotia e na obsessão, na invalidez e na miséria, expostos á perturbação alheia, vítimas de si mesmos, ante a indiferença dos que observam, de braços cruzados, os padecimentos...

Renascerão na orfandade, corrompidos desde criança, adquirindo hábitos negativos, contra os quais lutarão na reconstrução do mundo íntimo.

Renascerão para inspirarem piedade nas almas tão insensíveis como eles próprios o foram...

Renascerão para experimentarem as mesmas frustrações que impuseram, para verterem as mesmas lágrimas que fiz eram derramar, para, enfim, anularem em si toda e qualquer inclinação para o mal...

A lei não é de punição: É de educação! Renascerão, para aprenderam com os próprios equívocos, sentindo nas entranhas da alma as consequências do sofrimento; renascerão para se redimirem,
para que o ódio se transforme em amor e, de algozes da humanidade, se tornem benfeitores.

O delinquente de hoje será, amanhã um exemplo de homem de bem; os mais tenazes adversários do Cristo foram os que se converteram, ao longo do tempo, nos seus mais ardorosos defensores; as almas altruístas de agora, antes que sejam reverenciadas na condição de missionários da caridade, são os espíritos em grande comprometimento cármico...

Os agentes das trevas são os agentes em potencial da luz!...

O arrependimento opera prodígios de renovação sobre a alma que não mais se lhe opõe!...

Bem-aventurados, portanto, os que da cruz dos próprios padecimentos alçam voos no infinito, fortalecendo as asas ainda frágeis na ação incessante da Caridade.
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Irmão José
  Carlos A. Bacelli   


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(...) "A questão da violência carece de ser discutida em suas raízes. É um desafio para que o homem se torne mais solidário e participativo, colocando de lado a sua indiferença social. Não é problema unicamente afeto às autoridades constituídas.

Sem o envolvimento religioso, independentemente de credo religioso, partido político ou formação sectária, a violência urbana não se extinguirá.

Imprescindível maior atenção à família – que pais e filhos estreitem os laços e preservem o sagrado instituto do lar.

Evidentemente que no combate a marginalidade, não se deve descartar as medidas chamadas de impacto, todavia sem que se combatam suas causas, os efeitos persistirão.

Os espíritos que deixam o corpo em estado de agressividade pertencem à economia espiritual do planeta – mais cedo ou mais tarde retornarão à liça terrestre na mesma condição, dando sequência à sua trajetória infeliz.

Educação – Eis a solução espiritualmente menos onerosa para o homem erradicar os altos índices de criminalidade.
Quando os institutos penais, de fato se transformarem em escolas e oficinas, a humanidade respirará aliviada".

psicografia Carlos A. Bacelli - espiríto Irmão José

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Oração da Cura



 Pai celestial, que habitais o meu interior, impregna com a Tua Luz vital cada célula de meu corpo, expulsando todos os males, pois estes não fazem parte de meu ser.
 Na minha verdadeira realidade, como filho de Deus perfeito que sou, não existe doença; por isso que se afaste de mim todo o mal, todos os bacilos, micróbios, vírus, bactérias e vermes nocivos, para que a perfeição se expresse no meu corpo, que é templo de Divindade.

Pai teu Divino filho Jesus disse: pedi e recebereis, porque todo aquele que pede recebe, portanto, tenho absoluta certeza de que a minha oração da cura já é a própria cura. 
Para mim agora, só existe esta verdade: a cura total. 
Mesmo que a imagem do mal permaneça por algum tempo no meu corpo, só existe em mim agora a imagem mental da cura e a verdade da minha saúde perfeita.

Todas as energias curadoras existentes em mim estão atuando intensamente, como um exército poderoso e irresistível, visando os inimigos, fortalecendo as posições enfraquecidas, reconstruindo as partes demolidas, regenerando todo o meu corpo. 
Sei que é o poder de Deus agindo em mim e realizando o milagre maravilhoso da cura perfeita.

Esta é a minha verdade mental. Esta portanto é a verdade do meu corpo.

Agradeço-te, oh  pai, porque Tu ouvistes a minha oração.

Dou-te graças, com toda alegria e com todas as forças interiores porque Tua vontade de perfeição e saúde aconteceram em mim, em resposta ao meu pedido.
Assim é e assim será. 
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Dr. Manoel Dantas






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🙏JOVEM SUICIDA🙏

Querida Mamãe, estou pedindo o seu perdão e a sua bênção.
Mais de um ano passou, mas a minha saudade e o meu sofrimento ainda não passaram.
Não chore mais, Mãezinha.
Sei que a minha ingratidão foi grande demais.
Compreendi tudo, mas era tarde.
Creia que amanheci naquela terça-feira, quatro de maio, pensando em descobrir como iria encontrar um presente para o seu carinho no Dia das Mães.
Pensava nas aulas, em minha professora Juvercídia e procurava concentrar-me nos livros para estudar; entretanto, quando vi o veneno, uma força estranha me tomou o
pensamento.
Avancei para o suicídio quase sem conhecimento, embora muitas vezes não ocultasse o desejo de morrer.
Tudo sem motivo, sem base.
A senhora me deu tudo - amor, segurança, tranqüilidade, proteção.
Não julgue que me faltasse isso ou aquilo.
O que eu sentia era uma tristeza que só aqui, no Plano Espiritual, vim a entender...
O assunto é tão longo e o tempo é tão curto.
Se pudesse, desejava formar as minhas letras com lágrimas para que a senhora me perdoasse pelo arrependimento que trago:
Não sei, Mamãe, não sei ainda.
A princípio, me vi numa nuvem com a garganta em fogo e uma dor que não parecia ter fim.
Talvez exagerasse as cousas que eu sentia, talvez guardasse impressões da vida que eu não devia guardar.
O que é mais doloroso é que provoquei a morte do corpo, sem razão.
Sofrimentos no mundo são problemas de todos.
E por isso quando me vi na sombra que me envolvia toda, vozes me perguntavam porque, porque fizera aquilo se eu estava consciente de que a morte não mata ninguém...
Chorei muito, mais do que choro hoje, até que me vi no regaço de uma senhora que me disse ser a Vovó Ana. Ela me ensinou a orar de novo, porque a dor não me deixava trabalhar com a memória. Amparou-me e como que me limpou os olhos para que eu enxergasse a luz do dia.
Então reconheci que as trevas estavam em mim e não fora de mim.
Fui internada numa escola-hospital, onde muitas crianças estão sob a vigilância daquele amigo que nos deu nome à casa de ensino Jerônimo Carlos Prado,- e com a bênção dos muitos amigos que encontrei aqui, vou melhorando.
Faltava-me vir até o seu coração e rogar a sua tolerância de mãe.
Venho pedir-lhe para que não deseje morrer.
Viva, mamãe, e viva tranqüila.
As lutas da vida são lições.
Creio saber que a senhora já sofreu muito.
Sofra agora com a sua filha a pena de não ter sabido esperar.
Para mim, a sua paz será a minha paz.
Nós duas éramos as companheiras uma da outra.
Sei que Teodoro, Divino, Adelícia e os outros corações queridos são todos seus filhos abençoados, mas eu, Mamãe, não
sei porque, fiquei aflita para que o tempo passasse e caí pela rebeldia.
Não soube guardar a fé, mas a sua bondade fará o que não fiz.
Terá a senhora paciência bastante para tudo tolerar e compreender.
Agradeço as suas preces e as orações das amiguinhas que não me esqueceram.
Agradeça por mim a Santa Terezinha e a todas as irmãs o amparo que me enviaram e ainda me enviam.
Por enquanto, trago comigo a faculdade de ouvir todas as repreensões e queixas, perguntas e comentários em torno de mim.
E, particularmente, ouço a senhora constantemente a falar que perdeu o gosto de continuar a viver.
Ajude-me.
Não pense assim.
Dê-me os seus pensamentos de paz e de alegria.
Preciso de você, Mamãe, como a senhora não pode imaginar.
Aqui é um lugar que pode ser distante, mas há um processo de intercâmbio, pelo qual ainda estamos juntas.
Ampare-me, amparando a senhora mesma.
Os Benfeitores daqui me aliviam e me abençoam, mas estou nas dificuldades que criei. Deus, porém, nos sustentará para que,
um dia, eu possa ser útil ao seu carinho.
Mamãe, receba o meu coração de filha faltosa e abençoe-me.
Sua paciência e seu amor são bênçãos que chegam até aqui.
Ore por sua filha e compadeça-se.
Amanhã, serei melhor.
Até lá, preciso de você e de seu amparo, como o faminto sente necessidade de pão.
Não posso escrever mais.
Os amigos que me socorrem e guiam me dizem que é preciso terminar.
Mãezinha, ame-me ainda.
Sou mais necessitada agora do que antes.
E guarde o coração de sua filha faltosa e reconhecida,
Lúcia. 
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(Uberaba, 12 de junho de 1972)
CHICO XAVIER

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Insatisfações


"Nada é bastante para quem considera pouco o que é suficiente." Confúcio (Kung-Fu-Tse)
122 pares de sapatos e ela não encontrava um que servisse para aquela festa.

20 ternos e ele estava achando todos um lixo.

Geladeira cheia e o menino batia a porta por não encontrar uma coisa gostosa.

Calmante forte, com tarja preta e receita, mas eles não conseguiam dormir.

Carro do ano na garagem, mas não sabiam para onde ir.

Casa de luxo na praia, mas estava fechada há mais de meses...

Celular último tipo.........

DVD, Karaokê, Notebook, Câmera digital, Vídeo Game In Box, jogos de última geração, e muita, muita insatisfação.

Estamos nos armando de tudo o que é tipo de tranqueira material para suprir o vazio que nada preenche.

Vamos ao supermercado esperando encontrar felicidade nas prateleiras, mas voltamos frustrados, com o carro cheio e a alma vazia.

Nunca o homem teve tanto acesso a Deus e nunca ficou tão distante como agora, tantos templos, tantas religiões, tantas definições e ideologias, e mesmo assim, o homem se afasta cada vez mais do seu Criador.

Por isso a carência afetiva, as doenças nervosas, a violência que se espalha, o consumismo que gera as diferenças sociais tão brutais.

E nada sacia o homem, quanto mais ele acumula, quanto mais possui, mais vazio vai se tornando.

Aproveite seu dia, busque encontrar Deus pelo caminho, na pessoa que sentou-se ao seu lado no ônibus, no vizinho que você não cumprimenta já faz tempo, no animal abandonado e que você quase atropela, na árvore que seca bem em frente à sua casa, no cidadão deitado no banco da praça , no filho que se embriaga e você nem vê, na filha que sofre a desilusão do primeiro amor e você não sabe.

Quantos gritam onde está Deus?, cegos pelo orgulho que não permite ver que Ele nunca se ausentou, sempre esteve na sua vida, no seu dia, na sua família, mas nunca foi chamado, a não ser nas desgraças e nos momentos de dor e sofrimento.

Você convidou Jesus para almoçar com você hoje?

No dia do seu casamento você mandou o primeiro convite para Ele?

Na sua formatura Ele estava presente?

Hoje ao levantar-se você falou com Ele?

Você contou do seu amor, da sua alegria no trabalho?

Você quer saber onde está Deus?

Olhe para a sua vida, como você trata os seus, olhe para a sua casa, reveja suas atitudes diárias. Os atos falam mais do que as palavras e tudo o que fazemos, são às verdadeiras orações que levamos até Ele.

Por isso, antes de fazer sua oração repetida, velha e cansada da mesma ladainha, coloque um "fogo novo" na sua vida: convide Jesus para participar de todos os seus momentos, e assim, você será preenchido, saciado, envolvido pelo amor que nunca acaba, pela água que sacia a tua sede, e então, mesmo com muito pouco, serás plenamente feliz, porque Ele veio para que todos tenham vida, e tenham vida com abundância.
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Paulo Roberto Gaefke


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A ARTE DOS PEQUENOS PASSOS

Não peço por milagres, Senhor, peço por força para a vida diária.
Ensina-me a arte dos pequenos passos.
Torne-me seguro na correta distribuição do tempo.
Presenteie-me com a sensibilidade, para distinguir o que é primário do que é secundário.
Lembre-me que o coração discute frequentemente com a razão.
Envia-me, no momento certo, alguém que tenha o valor de me dizer a verdade, com amor.
Sei que muitos problemas se solucionam sozinhos.
Por favor, ensina-me a ser paciente
Guarda-me da ingênua crença de que na vida tudo deve sair bem.
Presenteie-me com o sensato reconhecimento de que dificuldades e derrotas são acréscimos para a vida, os quais nos fazem crescer e madurar.
Sabes o quanto que necessitamos de amizade. Faça-me digno deste mais valioso e frágil tesouro.
Me dê uma imaginação rica e sabedoria para que eu possa dividir com as pessoas um pouco de calor no lugar certo e no momento adequado,com palavras ou silêncio.
Dá-me o pão de cada dia, para corpo e alma, um gesto de teu amor, um eco gentil e, volta e meia, a emoção de que eu sou necessário.
Preserva-me do receio, Senhor, de que poderia deixar de viver.
Não me dê o que eu peço, mas o que eu necessito.
Ensina-me a arte dos pequenos passos.
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Texto adaptado de de Antoine de Saint-Exupery

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Não tenhais Medo



Filhos, não tenhais medo da vida, nas provas e surpresas do caminho; não tenhais receio do amanhã, que somente a Deus pertence.

Vivei com alegria e destemor, submissos à Vontade Divina em qualquer circunstância.

Combatei os vossos erros, todavia compreendei a necessidade de aprender a lição nos reveses a que ninguém se furta.

Colhei, resignadamente, na gleba que plantastes, sem reclamar dos espinhos que vos dilaceram as mãos que não souberam separar as urzes do bom grão.

Que a revolta silenciosa não vos amargure a existência, determinando as vossas mais veladas atitudes.

Não vos canseis de ser generosos, tolerantes e compassivos.

Amai sem esperar serdes amados.

Cumpri com as vossas obrigações pelo pão de cada dia, recordando-vos de que o Senhor alimenta os pássaros e veste os lírios do campo...

Não leveis a vida de forma leviana e inconsequente, sem atinar que as sombras que rondam os passos alheios também espreitam os vossos.

A dor que nos tira a tranquilidade é a mesma que nos possibilita tomar consciência de nossas fragilidades.

Se, de quando em quando, o sofrimento não visitasse o homem, é possível que ele jamais se interessasse pela transcendência da Vida.

Não vos permitais, pois, concessões de qualquer natureza, na satisfação dos próprios desejos.

Se a ascensão do espírito é infinita, a queda a que voluntariamente se arroja não conhece limites... Sempre haverá como descer a mais fundo, escuro e indevassável abismo de dor.

Filhos, vivei somente com a intenção de fazer o Bem, e em tudo vereis a manifestação da Sábia Providência.

Não tenhais medo e não vos enclausureis na inércia como quem retrocede e se oculta, com o pensamento de que a Vida não o encontrará, mais cedo ou mais tarde, para arrancá-lo ao comodismo e trazê-lo de volta à realidade.
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Bezerra de Menezes  
Carlos A. Bacelli
Obra: A coragem da fé 




terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Uma hora virá



Uma hora virá em que a senda terrestre se te revelará sob nova expressão.

Hora em que te despedirás de todos os patrimônios que desfrutaste no mundo...

Em que compreenderás na Terra a escola que te serviu generosamente...

Em que verás no corpo a armadura bendita a garantir-te o aprendizado...

Em que reconhecerás no ouro e na posse valiosos empréstimos do Divino Poder que detiveste a título precário...

Hora em que desejarias ter sido a melhor das criaturas para que a simpatia dos outros te acalente a alma inquieta...

Em que todos os nobres ideais não cumpridos surgirão a teus olhos, perguntando: -"por que nos esqueceste?..."

Em que a luz da memória te fará lembrar dia por dia, devolvendo-te a plantação do caminho percorrido em forma de colheita...

Hora em que o pensamento, por mais célere, não recuperará os minutos perdidos, em que as mãos, por mais diligentes, não conseguirão retroceder para realizar a tarefa menosprezada e em que a língua, por mais culta, não conseguirá recuar para refazer as palavras irrefletidas...

O aprendiz chega ao dia da aferição de aproveitamento, o operário atinge a ocasião em que será julgado pela obra feita...

Alcançarás, igualmente, a hora inevitável em que cessará tua presença visível entre os homens para que a Terra te julgue.

Vive, assim, de acordo com a simplicidade do amor e com os ditames da verdade, plasmando o bem por onde transites, sem olvidar os tesouros do tempo, de vez que o mal em nosso espírito, ainda mesmo quando estejamos libertos da algema física pela graça da morte, será sempre o inferno que não nos permitirá viver o Céu nos Céus.

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Emmanuel 
Chico Xavier
Obra: Semeador em tempos novos



segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

NA SAÚDE, NA DOENÇA



Em toda circunstância, trate a própria saúde, prevenindo-se da doença com os recursos encontrados em você mesmo.

Cada dia é novo ensejo para adquirirmos enfermidade ou curar nossos males.

O melhor remédio, antes de qualquer outro, é a vontade sadia, porque a vontade débil enfraquece a imaginação e a imaginação doentia debilita o corpo.

Doença do corpo pode criar doença da alma e doença da alma pode acarretar doença do corpo.

Vida atribulada nem sempre significa vida bem vivida.

Conquanto a existência em torno possa mostrar-se febricitante e turbilhonaria, resguarde-se contra as intempéries emocionais no clima íntimo do próprio ser, ajudando e servindo com alegria aos menos felizes, na certeza de que o enfermeiro diligente conserva a integridade mental, muito embora convivendo, dia a dia, com dezenas de enfermos em grandes desequilíbrios.

Somos parte integrante da farmácia do nosso próximo.

Observe as reações que a sua presença provoca no semelhante e pacifique aqueles com quem convive, não só pela palavra, mas até mesmo pela aparência e pelas atitudes, pois com a simples aproximação funcionamos como tranquilizadores ou excitantes de quem nos cerca, aliviando ou agravando os seus padecimentos físicos e morais...

Muitas doenças nascem da suspeita injustificável.

Seja sincero com você e com os outros na apreciação de sintomas que se reportem a desajustamentos orgânicos, tratando de assuntos dessa natureza, sem alarde e sem exagero.

O maior restaurador de forças é a consciência reta que asserena as emoções.

Se o leito de dor é agasalho imposto ao seu corpo enfermo, lembre-se de que a meditação é santuário invisível para o abrigo do espírito em dificuldade e que a prece refunde e sublima as energias da alma.

Doença é contingência natural, inevitável às criaturas em processo de evolução; por isso, esforce-se por abolir inquietações quanto a problemas de saúde física, atendendo ao equilíbrio orgânico e confiando na Vontade Superior.
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André Luiz 
Chico Xavier 
Obra: O Espírito da Verdade 






domingo, 5 de fevereiro de 2017

Respeito ao Próximo



Deus não nos fez desligados da Humanidade.
Somos elos da grande corrente universal e as energias divinas que vão alcançar os outros devem passar por nós, beneficiando-nos e ao nosso próximo.
Carecemos dos outros, qual eles de nós na imensa vinha do nosso Pai Celestial.
Portanto, o nosso segundo dever é amar o próximo, como nos aconselha
o Mestre por intermédio do Seu Evangelho de Luz. E amar é acatar os direitos daqueles que andam conosco no mesmo caminho. Nada fazemos sem a participação dos nossos irmãos. Cada um nos ajuda em algo de que carecemos. Somos devedores da humanidade, como também emprestamos a ela o nosso concurso, e a fraternidade é o caminho mais desejado na área do Bem, ao tratarmos com os nossos companheiros.

As exigências devem ser feitas a nós para com nós mesmos; o apreço, esse deve ser dirigido aos nossos semelhantes.

A imposição é o modo de nos educarmos; a consideração, o ambiente que deve ser feito aos companheiros de labor.

O mando deve ser a disposição na disciplina dos nossos instintos. A cortesia  haverá de ser o meio de comunicar mais agradável com os nossos irmãos.

A imposição é o caminho interno quando nos indica o bem, a fraternidade nos faz atrair companheiros para o mesmo convívio.

A crítica encontra campo frutífero quando exercida no nosso mundo interno.

E a ponderação cresce e faz crescer a nossa amizade em todos os rumos. O mal merecedor de comentário é aquele que fazemos; em referência aos outros, o resguardo nos traz confiança de que todos se esforçam para o melhor.

Se tens alguma educação, aplica-a diante dos outros, e se isso te falta, lembra-te de ti mesmo. O nosso mundo interno é uma lavoura grandiosa que poderá dar muitos frutos e flores compatíveis com o nosso comportamento. Trabalhemos nele.

Quando deixamos o nosso sítio íntimo para analisar e falar mal do que não nos pertence, cresce em nós a erva daninha capaz de sufocar o trigo do Bem, que já havíamos plantado. A energia que nos foi dada deve ser usada na auto-educação, estabelecendo assim, no nosso reino, a verdadeira harmonia espiritual, que se refletirá em todos os outros corpos. Mas, com respeito aos outros, a maior cota que poderemos fornecer para os seus corações é o exemplo dignificante, é a vivência no Amor nos caminhos da Caridade.

Se deres a devida importância ao teu próximo, nunca perderás. Receberás, pelos meios que por vezes ignoras, a atenção que te agradará e te fará feliz.
Respeita os direitos dos outros, que eles, certamente, e por lei, respeitarão os teus; e ainda, a harmonia do Universo compartilhará contigo no Bem que estimas fazer, por necessidade de amar, utilizando o comportamento elevado para ajudar a construir o reino de Deus nos corações, como também o Céu em qualquer lugar em que estiveres.

Confiemos nas forças superiores e também nas nossas, que elas crescerão de acordo com as nossas disposições de melhorar, sem nunca nos esquecermos da deferência para com aqueles que nos seguem, instruindo-nos e aqueles que nos instruem, seguindo-nos.

O respeito é luz, porque ajuda a transformar as trevas em claridades imortais.
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Lancellin
João Nunes Maia 
Obra: Cirurgia moral