sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Oração da Cura



 Pai celestial, que habitais o meu interior, impregna com a Tua Luz vital cada célula de meu corpo, expulsando todos os males, pois estes não fazem parte de meu ser.
 Na minha verdadeira realidade, como filho de Deus perfeito que sou, não existe doença; por isso que se afaste de mim todo o mal, todos os bacilos, micróbios, vírus, bactérias e vermes nocivos, para que a perfeição se expresse no meu corpo, que é templo de Divindade.

Pai teu Divino filho Jesus disse: pedi e recebereis, porque todo aquele que pede recebe, portanto, tenho absoluta certeza de que a minha oração da cura já é a própria cura. 
Para mim agora, só existe esta verdade: a cura total. 
Mesmo que a imagem do mal permaneça por algum tempo no meu corpo, só existe em mim agora a imagem mental da cura e a verdade da minha saúde perfeita.

Todas as energias curadoras existentes em mim estão atuando intensamente, como um exército poderoso e irresistível, visando os inimigos, fortalecendo as posições enfraquecidas, reconstruindo as partes demolidas, regenerando todo o meu corpo. 
Sei que é o poder de Deus agindo em mim e realizando o milagre maravilhoso da cura perfeita.

Esta é a minha verdade mental. Esta portanto é a verdade do meu corpo.

Agradeço-te, oh  pai, porque Tu ouvistes a minha oração.

Dou-te graças, com toda alegria e com todas as forças interiores porque Tua vontade de perfeição e saúde aconteceram em mim, em resposta ao meu pedido.
Assim é e assim será. 
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Dr. Manoel Dantas






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🙏JOVEM SUICIDA🙏

Querida Mamãe, estou pedindo o seu perdão e a sua bênção.
Mais de um ano passou, mas a minha saudade e o meu sofrimento ainda não passaram.
Não chore mais, Mãezinha.
Sei que a minha ingratidão foi grande demais.
Compreendi tudo, mas era tarde.
Creia que amanheci naquela terça-feira, quatro de maio, pensando em descobrir como iria encontrar um presente para o seu carinho no Dia das Mães.
Pensava nas aulas, em minha professora Juvercídia e procurava concentrar-me nos livros para estudar; entretanto, quando vi o veneno, uma força estranha me tomou o
pensamento.
Avancei para o suicídio quase sem conhecimento, embora muitas vezes não ocultasse o desejo de morrer.
Tudo sem motivo, sem base.
A senhora me deu tudo - amor, segurança, tranqüilidade, proteção.
Não julgue que me faltasse isso ou aquilo.
O que eu sentia era uma tristeza que só aqui, no Plano Espiritual, vim a entender...
O assunto é tão longo e o tempo é tão curto.
Se pudesse, desejava formar as minhas letras com lágrimas para que a senhora me perdoasse pelo arrependimento que trago:
Não sei, Mamãe, não sei ainda.
A princípio, me vi numa nuvem com a garganta em fogo e uma dor que não parecia ter fim.
Talvez exagerasse as cousas que eu sentia, talvez guardasse impressões da vida que eu não devia guardar.
O que é mais doloroso é que provoquei a morte do corpo, sem razão.
Sofrimentos no mundo são problemas de todos.
E por isso quando me vi na sombra que me envolvia toda, vozes me perguntavam porque, porque fizera aquilo se eu estava consciente de que a morte não mata ninguém...
Chorei muito, mais do que choro hoje, até que me vi no regaço de uma senhora que me disse ser a Vovó Ana. Ela me ensinou a orar de novo, porque a dor não me deixava trabalhar com a memória. Amparou-me e como que me limpou os olhos para que eu enxergasse a luz do dia.
Então reconheci que as trevas estavam em mim e não fora de mim.
Fui internada numa escola-hospital, onde muitas crianças estão sob a vigilância daquele amigo que nos deu nome à casa de ensino Jerônimo Carlos Prado,- e com a bênção dos muitos amigos que encontrei aqui, vou melhorando.
Faltava-me vir até o seu coração e rogar a sua tolerância de mãe.
Venho pedir-lhe para que não deseje morrer.
Viva, mamãe, e viva tranqüila.
As lutas da vida são lições.
Creio saber que a senhora já sofreu muito.
Sofra agora com a sua filha a pena de não ter sabido esperar.
Para mim, a sua paz será a minha paz.
Nós duas éramos as companheiras uma da outra.
Sei que Teodoro, Divino, Adelícia e os outros corações queridos são todos seus filhos abençoados, mas eu, Mamãe, não
sei porque, fiquei aflita para que o tempo passasse e caí pela rebeldia.
Não soube guardar a fé, mas a sua bondade fará o que não fiz.
Terá a senhora paciência bastante para tudo tolerar e compreender.
Agradeço as suas preces e as orações das amiguinhas que não me esqueceram.
Agradeça por mim a Santa Terezinha e a todas as irmãs o amparo que me enviaram e ainda me enviam.
Por enquanto, trago comigo a faculdade de ouvir todas as repreensões e queixas, perguntas e comentários em torno de mim.
E, particularmente, ouço a senhora constantemente a falar que perdeu o gosto de continuar a viver.
Ajude-me.
Não pense assim.
Dê-me os seus pensamentos de paz e de alegria.
Preciso de você, Mamãe, como a senhora não pode imaginar.
Aqui é um lugar que pode ser distante, mas há um processo de intercâmbio, pelo qual ainda estamos juntas.
Ampare-me, amparando a senhora mesma.
Os Benfeitores daqui me aliviam e me abençoam, mas estou nas dificuldades que criei. Deus, porém, nos sustentará para que,
um dia, eu possa ser útil ao seu carinho.
Mamãe, receba o meu coração de filha faltosa e abençoe-me.
Sua paciência e seu amor são bênçãos que chegam até aqui.
Ore por sua filha e compadeça-se.
Amanhã, serei melhor.
Até lá, preciso de você e de seu amparo, como o faminto sente necessidade de pão.
Não posso escrever mais.
Os amigos que me socorrem e guiam me dizem que é preciso terminar.
Mãezinha, ame-me ainda.
Sou mais necessitada agora do que antes.
E guarde o coração de sua filha faltosa e reconhecida,
Lúcia. 
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(Uberaba, 12 de junho de 1972)
CHICO XAVIER

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