Espanca a nuvem da queixa com os instrumentos de segurança plena, e apaga a fogueira da impulsividade que te impele aos atos impensados, afastando-te dos deveres para com a vida.
A queixa pode ser comparada a um ácido perigoso que sempre produz dano.
Na reclamação surge a maledicência que encoraja a calúnia, fomentando o desrespeito.
Todos guardamos compromissos com o passado, que ressurgem no presente como espinheiros da aflição, retificando erros, corrigindo distonias, reforçando a segurança.
Em razão disso, toda dificuldade pode ser considerada como favor da Lei Divina, concedendo ensejo à simplificação e ao reajuste da alma.
Aquilo que se nos afigura provação indébita, é somente resgate indispensável.
O obstáculo que nos cerceia o avanço, impedindo-nos o êxito na Terra, embora passageiro, pode ser aceito como dádiva da vida ou favor celeste.
Não vitalizes, desse modo, os próprios problemas com a dilatação da queixa.
Enquanto reclamamos, espalhando o nosso amargor, difundimos o lado negativo da oportunidade de reparação, ofertando desânimo e tristeza.
Cada alma reclama um coração que saiba escutar, e amigos que se disponham a ouvir, num testemunho de solidariedade.
No entanto, enquanto a queixa, em forma de revolta íntima, flui pelos nossos lábios, desperdiçamos o favor da hora, gastando indebitamente o tempo precioso de realizar e produzir em favor de nós mesmos.
O queixoso aclimata-se à lamentação e emaranha-se nos cordéis da teia em que se prende.
Guarda sempre o azedume.
Carrega noite no espírito.
Enquanto se detém no vão escuro do amor-próprio ferido, a pérola dos minutos muda de lugar, deixando-o de mãos vazias.
Reclamar pode ser traduzido na linguagem do dever como rebeldia, e a queixa pode ser interpretada como insubordinação.
Não vale muito fugir ao ressarcimento na dor, complicando o problema, que retornará como fornalha de fogo e aflição para a devida solução. A tarefa não executada volverá, hoje ou amanhã, para o necessário refazimento.
Ultrajado e preso entre zombarias e bofetões, o Senhor desceu do Monte das Oliveiras, cercado por sequazes do poder temporal, que ostentavam varapaus e archotes, para o supremo escárnio, sendo recolhido ao presídio, em absoluto silêncio, no qual buscava comungar com o Pai, haurindo, na Fonte Divina, a força para a vitória final.
Envolve nos tecidos do silêncio as tuas amarguras como Ele mesmo o fez.
Guarda n’alma o compromisso com o sofrimento, serenamente, de espírito robusto e coração confiante, arrimado à tolerância.
A fonte gentil vence a lama do fundo, para atender ao sedento que lhe roga linfa cristalina.
Vence as dificuldades onde quer que as encontres, e atravessa o sítio lodacento em que te demoras.
Não apresentes queixas à cordialidade dos amigos que te buscam.
Não te animarias a oferecer àqueles, a quem amas, borralho e cinza nos vasos da afeição, nem vinagre ou fel na taça da amizade.
A queixa cria pessimismo e estimula a ociosidade.
Ajusta o espírito à disciplina que corrige, para que a espontaneidade enfloresça os teus atos.
Honra os teus amigos com a esperança mediante um sorriso confiante.
Estende a palavra afável a quem te cerca de afeição, porquanto, embora esse coração amigo te pareça um bom ouvinte, abastecido de força e coragem, é, possívelmente, alguém lutando consigo mesmo, à cata de quem lhe oferte o lenitivo que parece possuir, para a dor do coração que se encontra em chaga aberta.
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Joanna de Ângelis
Divaldo Franco
Obra: Messe de amor
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09 de setembro
Quando uma alma pretende aproveitar a vida ao máximo sem nada doar em troca, é impossível querer também verdadeira e duradoura felicidade e alegria; porque é pensando nos outros e vivendo pelos outros que se encontra profunda alegria e satisfação interior.
Ninguém pode viver só para si mesmo e ser feliz.
Se você se sentir descontente e insatisfeito com a vida, pode estar certo que é porque você deixou de pensar nos outros e se tornou muito envolvido consigo mesmo.
A maneira de inverter isso é começar a pensar no seu próximo e fazer algo por ele de maneira a esquecer-se de si mesmo.
Existem tantas almas necessitadas, que há sempre algo que você pode fazer por alguém.
Então, abra seus olhos e seu coração e deixe que a luz lhe mostre o caminho, deixe que o amor guie as suas ações.
Deixe Meu amor preenchê-lo e envolvê-lo e sinta-se em perfeita paz.
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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:
Ajuda-te a ti mesmo, que o céu te ajudará (II)
Se Deus houvesse isentado do trabalho do corpo o homem, seus membros se teriam atrofiado; se o houvesse isentado do trabalho da inteligência, seu espírito teria permanecido na infância, no estado de instinto animal. Por isso é que lhe fez do trabalho uma necessidade e lhe disse: Procura e acharás; trabalha e produzirás. Dessa maneira serás filho das tuas obras, terás delas o mérito e serás recompensado de acordo com o que hajas feito.
Em virtude desse princípio é que os Espíritos não acorrem a poupar o homem ao trabalho das pesquisas, trazendo-lhe, já feitas e prontas a ser utilizadas, descobertas e invenções, de modo a não ter ele mais do que tomar o que lhe ponham nas mãos, sem o incômodo, sequer, de abaixar-se para apanhar, nem mesmo o de pensar. Se assim fosse, o mais preguiçoso poderia enriquecer-se e o mais ignorante tornar-se sábio à custa de nada e ambos se atribuírem o mérito do que não fizeram. Não, os Espíritos não vêm isentar o homem da lei do trabalho: vêm unicamente mostrar-lhe a meta que lhe cumpre atingir e o caminho que a ela conduz, dizendo-lhe: Anda e chegarás. Toparás com pedras; olha e afasta-as tu mesmo. Nós te daremos a força necessária, se a quiseres empregar. (O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, cap. XXVI, nº 291 e seguintes.)
Do ponto de vista moral, essas palavras de Jesus significam: Pedi a luz que vos clareie o caminho e ela vos será dada; pedi forças para resistirdes ao mal e as tereis; pedi a assistência dos bons Espíritos e eles virão acompanhar-vos e, como o anjo de Tobias, vos guiarão; pedi bons conselhos e eles não vos serão jamais recusados; batei à nossa porta e ela se vos abrirá; mas, pedi sinceramente, com fé, confiança e fervor; apresentai-vos com humildade e não com arrogância, sem o que sereis abandonados às vossas próprias forças e as quedas que derdes serão o castigo do vosso orgulho. Tal o sentido das palavras: buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á.
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXV, itens 3 a 5.)
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ALCOOLISMO
Não admitas bebidas alcoólicas em tua casa e, mesmo nas recepções festivas que ofereças, não faças concessão a elas.
O álcool entorpece as faculdades e compromete o aprendizado do espírito.
Se algum de teus familiares é dado a beber em excesso, sem o intuito de pregar moralismo, busca auxiliá-lo a se libertar do vício.
O álcool, mais que as drogas, é responsável pela destruição de muitos lares e são incontáveis os dramas cármicos que engendra na Terra.
A pretexto de descontração e alegria, não tomes o primeiro gole.
A obsessão persistente se prevalece de diminuta fresta de invigilância para se instalar.
No entanto, se bebes, jamais o faças diante dos teus menores, para que não venhas, mais tarde, a te arrepender do que lhes ensinaste.
As crianças tendem a repetir o que observam nos adultos.
Na maioria das vezes, o alcoólatra é um espírito frágil evitando o confronto consigo mesmo.
E quem bebe quase sempre torna-se mais retraído no bem e mais ousado no mal."
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Irmão José
Carlos Baccelli
Obra: Teu Lar
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