sábado, 3 de julho de 2021

Servir



Ninguém muda hábitos, sem mudar o que pensa.

No entanto, para que o homem mude por dentro, os estímulos vêm de fora da periferia para o centro.

Toda conquista é fruto da perseverança.

A experiência, sem que seja exaustivamente repetida, não se automatiza.

Não há, por exemplo, quem nasça já sabendo amar.

Se o corpo é uma construção milenar da Natureza, com o espírito não há-de ser diferente.

De início, a virtude do perdão é mais afeta
à inteligência do que ao sentimento.

Jesus nos perdoou por amor, mas nós, os homens, quando mutuamente nos perdoamos, ainda o fazemos por conveniência à felicidade pessoal.

Sem que se exercite na bondade, ninguém se tornará bom.

Servir - eis a melhor escola de iniciação para o espírito que já tomou consciência de sua necessidade de aperfeiçoar-se.
🌷🌼🌷
Irmão José
Carlos Baccelli
Obra: Os 3 Passos do Autoconhecimento
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MENSAGEM DO ESE:

De que precisa o Espírito para ser salvo. Parábola do bom samaritano.

Ora, quando o filho do homem vier em sua majestade, acompanhado de todos os anjos, sentar-se-á no trono de sua glória; — reunidas diante dele todas as nações, separará uns dos outros, como o pastor separa dos bodes as ovelhas, — e colocará as ovelhas à sua direita e os bodes à sua esquerda. Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do reino que vos foi preparado desde o princípio do mundo; — porquanto, tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; careci de teto e me hospedastes; — estive nu e me vestistes; achei-me doente e me visitastes; estive preso e me fostes ver.

Então, responder-lhe-ão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? — Quando foi que te vimos sem teto e te hospedamos; ou despido e te vestimos? — E quando foi que te soubemos doente ou preso e fomos visitar-te? — O Rei lhes responderá:
Em verdade vos digo, todas as vezes que isso fizestes a um destes mais pequeninos dos meus irmãos, foi a mim mesmo que o fizestes.

Dirá em seguida aos que estiverem à sua esquerda: Afastai-vos de mim, malditos; ide para o fogo eterno, que foi preparado para o diabo e seus anjos; — porquanto, tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de beber; precisei de teto e não me agasalhastes; estive sem roupa e não me vestistes; estive doente e no cárcere e não me visitastes.

Também eles replicarão: Senhor, quando foi que te vimos com fome e não te demos de comer, com sede e não te demos de beber, sem teto ou sem roupa, doente ou preso e não te assistimos? — Ele então lhes responderá: Em verdade vos digo: todas a vezes que faltastes com a assistência a um destes mais pequenos, deixastes de tê-la para comigo mesmo. E esses irão para o suplício eterno, e os justos para a vida eterna. (S. MATEUS, cap. XXV, vv. 31 a 46.)
Então, levantando-se, disse-lhe um doutor da lei, para o tentar: Mestre, que preciso fazer para possuir a vida eterna? — Respondeu-lhe Jesus: Que é o que está escrito na lei? Que é o que lês nela? — Ele respondeu: Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a tua alma, com todas as tuas forças e de todo o teu espírito, e a teu próximo como a ti mesmo. — Disse-lhe Jesus: Respondeste muito bem; faze isso e viverás. Mas, o homem, querendo parecer que era um justo, diz a Jesus: Quem é o meu próximo?

Jesus, tomando a palavra, lhe diz: Um homem, que descia de Jerusalém para Jericó, caiu em poder de ladrões, que o despojaram, cobriram de ferimentos e se foram, deixando-o semimorto. — Aconteceu em seguida que um sacerdote, descendo pelo mesmo caminho, o viu e passou adiante. — Um levita, que também veio àquele lugar, tendo-o observado, passou igualmente adiante. — Mas, um samaritano que viajava, chegando ao lugar onde jazia aquele homem e tendo-o visto, foi tocado de compaixão. — Aproximou-se dele, deitou-lhe óleo e vinho nas feridas e as pensou; depois, pondo-o no seu cavalo, levou-o a uma hospedaria e cuidou dele. — No dia seguinte tirou dois denários e os deu ao hospedeiro, dizendo: Trata muito bem deste homem e tudo o que despenderes a mais, eu te pagarei quando regressar.

Qual desses três te parece ter sido o próximo daquele que caíra em poder dos ladrões? — O doutor respondeu: Aquele que usou de misericórdia para com ele. — Então, vai, diz Jesus, e faze o mesmo. (S. LUCAS, cap. X, vv. 25 a 37.)

Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, isto é, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho. Em todos os seus ensinos, ele aponta essas duas virtudes como sendo as que conduzem à eterna felicidade:

Bem-aventurados, disse, os pobres de espírito, isto é, os humildes, porque deles é o reino dos céus; bem-aventurados os que têm puro o coração; bem-aventurados os que são brandos e pacíficos; bem-aventurados os que são misericordiosos; amai o vosso próximo como a vós mesmos; fazei aos outros o que quereríeis vos fizessem; amai os vossos inimigos; perdoai as ofensas, se quiserdes ser perdoados; praticai o bem sem ostentação; julgai-vos a vós mesmos, antes de julgardes os outros. Humildade e caridade, eis o que não cessa de recomendar e o de que dá, ele próprio, o exemplo. Orgulho e egoísmo, eis o que não se cansa de combater. E não se limita a recomendar a caridade; põe-na claramente e em termos explícitos como condição absoluta da felicidade futura.

No quadro que traçou do juízo final, deve-se, como em muitas outras coisas, separar o que é apenas figura, alegoria. A homens como os a quem falava, ainda incapazes de compreender as questões puramente espirituais, tinha ele de apresentar imagens materiais chocantes e próprias a impressionar. Para melhor apreenderem o que dizia, tinha mesmo de não se afastar muito das idéias correntes, quanto à forma, reservando sempre ao porvir a verdadeira interpretação de suas palavras e dos pontos sobre os quais não podia explicar-se claramente. Mas, ao lado da parte acessória ou figurada do quadro, há uma idéia dominante: a da felicidade reservada ao justo e da infelicidade que espera o mau.

Naquele julgamento supremo, quais os considerandos da sentença? Sobre que se baseia o libelo? Pergunta, porventura, o juiz se o inquirido preencheu tal ou qual formalidade, se observou mais ou menos tal ou qual prática exterior? Não; inquire tão-somente de uma coisa: se a caridade foi praticada, e se pronuncia assim: Passai à direita, vós que assististes os vossos irmãos; passai à esquerda, vós que fostes duros para com eles. Informa-se, por acaso, da ortodoxia da fé? Faz qualquer distinção entre o que crê de um modo e o que crê de outro? Não, pois Jesus coloca o samaritano, considerado herético, mas que pratica o amor do próximo, acima do ortodoxo que falta com a caridade. Não considera, portanto, a caridade apenas como uma das condições para a salvação, mas como a condição única. Se outras houvesse a serem preenchidas, ele as teria declinado. Desde que coloca a caridade em primeiro lugar, é que ela implicitamente abrange todas as outras: a humildade, a brandura, a benevolência, a indulgência, a justiça, etc., e porque é a negação absoluta do orgulho e do egoísmo.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XV, itens 1 a 3.)

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Este dia


Este dia é o seu melhor tempo, o instante de agora.

Se você guarda inclinação para a tristeza, este é o ensejo de meditar na alegria da vida e de aceitar-lhe a mensagem de renovação de permanente Amor Divino.

Se a doença permanece em sua companhia, surgiu a ocasião de tratar-se com segurança.

Se você errou, está no passo de acesso ao reajuste.

Se esse ou aquele plano de trabalho está incubado no seu pensamento, agora é o momento de começar a realizá-lo.

Se deseja fazer alguma boa ação, apareceu o instante para promovê-la.

Se alguém aguarda as suas desculpas por faltas cometidas, terá soado a hora em que você pode esquecer qualquer ocorrência infeliz e sorrir novamente.

Se alguma visita ou manifestação afetiva esperam por você, chegou o tempo de atendê-las.

Se precisa estudar determinada lição, encontrou você a oportunidade de fazer isso.

Este dia é um presente de DEUS, em nosso auxílio; de nós depende aquilo que venhamos a fazer com ele.
🌷🌼🌷
XAVIER, Francisco Cândido. Respostas da Vida. Pelo Espírito André Luiz. IDEAL.

sexta-feira, 2 de julho de 2021

Afugenta o melindre



Afugenta o melindre da área do teu comportamento pessoal.

Sempre encontrarás pessoas simpáticas como inamistosas pelo caminho por onde segues.

Não vale a pena melindrar-se, remoendo insatisfação.

Toda marcha está sujeita a tropeços e dificuldades, que constituem desafio e emulação para o avanço.

Uma jornada sem problemas torna-se monótona e desmotivadora.

Tu cresces em razão das lutas que enfrentas.

Permanece, pois, de bom humor sempre, mesmo diante das pessoas "congeladoras" ou agastantes.
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Joanna de Ângelis
Divaldo P Franco
Obra: Vida Feliz
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MENSAGEM DO ESE:

Sacrifício da própria vida (II)

– Se um homem se expõe a um perigo iminente para salvar a vida a um de seus semelhantes, sabendo de antemão que sucumbirá, pode o seu ato ser considerado suicídio?

Desde que no ato não entre a intenção de buscar a morte, não há suicídio e, sim, apenas, devotamento e abnegação, embora também haja a certeza de que morrera. Mas, quem pode ter essa certeza? Quem poderá dizer que a Providência não reserva um inesperado meio de salvação para o momento mais crítico? Não poderia ela salvar mesmo aquele que se achasse diante da boca de um canhão? Pode muitas vezes dar-se que ela queira levar ao extremo limite a prova da resignação e, nesse caso, uma circunstância inopinada desvia o golpe fatal.

— São Luís. (Paris, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 30.)

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Paz


Se acreditas no bem
E busca praticá-lo ...

Se não guardas rancor
Contra ninguém ...

Se amas o próximo
Sem nada exigir ...

Se anseias corrigir
Os teus próprios defeitos ...

Se procuras trilhar
Nas pegadas do Cristo ...

É provável que sofras,
No entanto, a paz, será sempre contigo.
🕊️🌼🕊️
XAVIER, Francisco Cândido; BACCELLI, Carlos A.. Crer e Agir. Pelos Espíritos Emmanuel e Irmão José. IDEAL

quinta-feira, 1 de julho de 2021

Opositores


Inegavelmente, se respeitamos os dotes e compromissos do próximo, por que lhe menosprezar as opiniões?

De maneira geral, solicitamos dos outros as qualidades perfeitas que ainda não possuímos e, nesse pressuposto, é natural que os adversários nos dirijam advertências e nos apontem caminhos no intuito de emendar-nos ou combater-nos.

Se os nossos opositores fossem unicamente aqueles que nunca nos desfrutaram a intimidade e que tão só nos hostilizam, em razão dos pontos de vista que abraçam, fácil seria ignorá-los ou esquecê-los.

Entretanto, eles são também e, bastas vezes, aqueles mesmos companheiros que nos comungavam a faixa de ideal, que respiravam conosco debaixo do mesmo teto, que nos asseguravam confiança e ternura ou que nos hasteavam a bandeira de esperança e harmonia.

Modificados superficialmente pelas circunstâncias da vida, quase sempre não mais compartilham conosco objetivos e anseios e, se emitem apontamentos ao redor das atividades em que nos deixaram, muitas vezes expressam-se contrariamente aos propósitos em que procuramos perseverar nas tarefas, cuja execução nos oferece paz e equilíbrio, encorajamento e alegria.

Quando isso ocorrer, que haja de nós para eles o respeito preciso.

O que vemos de um ponto determinado do caminho nem sempre guarda os mesmos característicos se trocamos de posição.

As opiniões dos outros são patrimônios dos outros a reclamar-nos apreço.

Se trazem censuras cabíveis, saibamos acolhê-las, aproveitando-lhes o valor nas corrigendas que se nos façam necessárias; se lavram condenações, respondamos com a bênção; se encerram inverdades, compadeçamo-nos daqueles que as pronunciam; e se exigem de nós atitudes e alterações incompatíveis com a nossa consciência, permaneçamos fiéis aos deveres que esposamos perante o Senhor, formulando votos para que eles — os nossos adversários e irmãos do coração —, quando trazidos ao nosso lugar, possam efetivamente realizar todo o bem que não conseguimos fazer.
🌷🌾🌷
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Alma e Coração
🌷🌾🌷





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MENSAGEM DO ESE:

Fora da caridade não há salvação

Meus filhos, na máxima: Fora da caridade não há salvação, estão encerrados os destinos dos homens, na Terra e no céu; na Terra, porque à sombra desse estandarte eles viverão em paz; no céu, porque os que a houverem praticado acharão graças diante do Senhor. Essa divisa é o facho celeste, a luminosa coluna que guia o homem no deserto da vida, encaminhando-o para a Terra da Promissão. Ela brilha no céu, como auréola santa, na fronte dos eleitos, e, na Terra, se acha gravada no coração daqueles a quem Jesus dirá: Passai à direita, benditos de meu Pai. Reconhecê-los-eis pelo perfume de caridade que espalham em torno de si. Nada exprime com mais exatidão o pensamento de Jesus, nada resume tão bem os deveres do homem, como essa máxima de ordem divina. Não poderia o Espiritismo provar melhor a sua origem, do que apresentando-a como regra, por isso que é um reflexo do mais puro Cristianismo. Levando-a por guia, nunca o homem se transviará. Dedicai-vos, assim, meus amigos, a perscrutar-lhe o sentido profundo e as conseqüências, a descobrir-lhe, por vós mesmos, todas as aplicações. Submetei todas as vossas ações ao governo da caridade e a consciência vos responderá. Não só ela evitará que pratiqueis o mal, como também fará que pratiqueis o bem, porquanto uma virtude negativa não basta: é necessária uma virtude ativa. Para fazer-se o bem, mister sempre se torna a ação da vontade; para se não praticar o mal, basta as mais das vezes a inércia e a despreocupação.

Meus amigos, agradecei a Deus o haver permitido que pudésseis gozar a luz do Espiritismo. Não é que somente os que a possuem hajam de ser salvos; é que, ajudando-vos a compreender os ensinos do Cristo, ela vos faz melhores cristãos. Esforçai-vos, pois, para que os vossos irmãos, observando-vos, sejam induzidos a reconhecer que verdadeiro espírita e verdadeiro cristão são uma só e a mesma coisa, dado que todos quantos praticam a caridade são discípulos de Jesus, sem embargo da seita a que pertençam.

— Paulo, o apóstolo. (Paris, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XV, item 10.)

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Nas Horas Mais Difíceis


Ainda quando te encontres caído sob o peso de grandes provações, levanta-te e caminha para a frente, cumprindo os teus deveres com fidelidade.

Ainda mesmo te sintas sozinho nas lutas de cada dia, não desertes do campo de batalha em que a vida te situa, atendendo às tuas necessidades evolutivas.

Ainda quando te percebas à beira do fracasso, semelhante a abismo que se escancare aos teus pés, não te creias sem forças para continuar, porquanto a Misericórdia Divina a ninguém desampara.

Ainda mesmo te vejas mergulhado em tristeza, qual se a própria existência carecesse de sentido aos teus olhos, deixa que a esperança prossiga te embalando os sonhos de felicidade.

Ainda quando te observes incompreendido pelos afetos mais queridos da alma, silencia e espera, aprendendo a renunciar agora para conquistar depois.

Ainda mesmo te consideres perdido no estranho labirinto dos problemas engendrados pela tua invigilância, não te entregues ao desespero, pedindo aos Céus que te auxiliem a solucioná-los com dignidade.

Haja o que houver e estejas como estiveres, não te precipites em tuas decisões, de vez que é nas horas mais difíceis que tens oportunidade de provar a ti mesmo o valor da própria fé.
🌷🌾🌷
Pelo Espírito Irmão José
XAVIER, Francisco Cândido; BACCELLI, Carlos A.. Confia e Serve. Espíritos Diversos. IDE.

quarta-feira, 30 de junho de 2021

Perdas e Ganhos


Convém que não espereis por ilimitada compreensão alheia em relação às vossas atitudes.

Por vezes, não podereis contar com maior entendimento para as vossas decisões nem mesmo da parte daqueles que vos são mais próximos.

Quase sempre, enquanto não tenham os seus interesses contrariados, as pessoas vos aplaudem, mas, desde que vos colocais em rota de colisão com eles, velhos amigos costumam transformar-se em novos e ferrenhos adversários.

Seja como for, porém, a fim de agradar a esse ou àquele, não tergiverseis com a própria consciência, que, em hipótese alguma, se permite corromper.

Não nos esqueçamos de que ao Senhor a defesa incondicional da Verdade teve por custo a Sua crucificação e, nos primeiros momentos da perseguição implacável, a sumária deserção dos companheiros.

Em vossas escolhas, procurai avaliar as perdas e os ganhos, e sempre que o menor de vossos ganhos possa representar a menor perda para o vosso espírito, não reluteis em perder agora para ganhar depois.

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Livro: Cristo em Nós
Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Bezerra de Menezes
LEEPP – Livraria Espírita Edições Pedro e Paulo
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MENSAGEM DO ESE:

A melancolia

Sabeis por que, às vezes, uma vaga tristeza se apodera dos vossos corações e vos leva a considerar amarga a vida? É que vosso Espírito, aspirando à felicidade e à liberdade, se esgota, jungido ao corpo que lhe serve de prisão, em vãos esforços para sair dele. Reconhecendo inúteis esses esforços, cai no desânimo e, como o corpo lhe sofre a influência, toma-vos a lassidão, o abatimento, uma espécie de apatia, e vos julgais infelizes.

Crede-me, resisti com energia a essas impressões que vos enfraquecem a vontade. São inatas no espírito de todos os homens as aspirações por uma vida melhor; mas, não as busqueis neste mundo e, agora, quando Deus vos envia os Espíritos que lhe pertencem, para vos instruírem acerca da felicidade que Ele vos reserva, aguardai pacientemente o anjo da libertação, para vos ajudar a romper os liames que vos mantêm cativo o Espírito. Lembrai-vos de que, durante o vosso degredo na Terra, tendes de desempenhar uma missão de que não suspeitais, quer dedicando-vos à vossa família, quer cumprindo as diversas obrigações que Deus vos confiou.

Se, no curso desse degredo-provação, exonerando-vos dos vossos encargos, sobre vós desabarem os cuidados, as inquietações e tribulações, sede fortes e corajosos para os suportar. Afrontai-os resolutos. Duram pouco e vos conduzirão à companhia dos amigos por quem chorais e que, jubilosos por ver-vos de novo entre eles, vos estenderão os braços, a fim de guiar-vos a uma região inacessível às aflições da Terra.

— François de Genève. (Bordéus.)
Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 25.)

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POR PAZ


Senhor; tranquiliza o nosso espírito…

Que os nossos pensamentos se acalmem dentro de nós.

Sabemos que, no momento justo, solucionarás todos os nossos problemas.

Que façamos silêncio em nós para escutarmos o que nos aconselhas.

Ouvindo-Te, nada de mal nos sucederá…

Não nos deixes agir precipitadamente.

Que a nossa decisão seja o reflexo da Tua vontade.

Acalma-nos, Senhor, para que tudo se acalme à nossa volta.

Para que emudeçam as vozes agressivas e a tormenta pare de soprar…

Que a Tua paz invada o nosso coração e que, nela, nos deixemos estar, sem que coisa alguma dela nos afaste!
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Irmão José (psic. Carlos Baccelli – do livro “Preces e Orações”)

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Na Vida


Não te queixes de ninguém.

Todos estamos lutando.

Esse enfrenta problemas afetivos.

Aquele sofre limitações.

Outro caminha vacilante.

Na vida, quem compreende sabe mais.

Faze o melhor que possas, esquecendo ingratidões.

Serve, perdoa e avança, olvidando injúrias.

Elege o bem por teu escudo e deixa que as pedras da maledicência caiam à tua volta.

Se procuras Jesus, não tens tempo a perder com os acontecimentos marginais da estrada.
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Pelo Espírito Irmão José
XAVIER, Francisco Cândido; BACCELLI, Carlos A.. Brilhe Vossa Luz. Espíritos Diversos. IDE.

terça-feira, 29 de junho de 2021

HÁ SÉCULOS


A cura não é um processo imediato.

 Muita gente que procura o centro espírita quer sarar depressa... 

Ora, às vezes o problema que queremos resolver se arrasta conosco há séculos – não será através de um único passe que o solucionaremos. 

Precisamos ter paciência e esperar – esperar trabalhando, sem que o nosso desânimo complique ainda mais a situação.
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Chico Xavier
Livro: Orações de Chico Xavier
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MENSAGEM DO ESE:

A lei de amor

O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres; extingue as misérias sociais. Ditoso aquele que, ultrapassando a sua humanidade, ama com amplo amor os seus irmãos em sofrimento! ditoso aquele que ama, pois não conhece a miséria da alma, nem a do corpo. Tem ligeiros os pés e vive como que transportado, fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou a divina palavra — amor, os povos sobressaltaram-se e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.

O Espiritismo a seu turno vem pronunciar uma segunda palavra do alfabeto divino. Estai atentos, pois que essa palavra ergue a lápide dos túmulos vazios, e a reencarnação, triunfando da morte, revela às criaturas deslumbradas o seu patrimônio intelectual. Já não é ao suplício que ela conduz o homem: condu-lo à conquista do seu ser, elevado e transfigurado. O sangue resgatou o Espírito e o Espírito tem hoje que resgatar da matéria o homem.

Disse eu que em seus começos o homem só instintos possuía. Mais próximo, portanto, ainda se acha do ponto de partida, do que da meta, aquele em quem predominam os instintos. A fim de avançar para a meta, tem a criatura que vencer os instintos, em proveito dos sentimentos, isto é, que aperfeiçoar estes últimos, sufocando os germes latentes da matéria. Os instintos são a germinação e os embriões do sentimento; trazem consigo o progresso, como a glande encerra em si o carvalho, e os seres menos adiantados são os que, emergindo pouco a pouco de suas crisálidas, se conservam escravizados aos instintos. O Espírito precisa ser cultivado, como um campo.

Toda a riqueza futura depende do labor atual, que vos granjeará muito mais do que bens terrenos: a elevação gloriosa. É então que, compreendendo a lei de amor que liga todos os seres, buscareis nela os gozos suavíssimos da alma, prelúdios das alegrias celestes.

— Lázaro. (Paris, 1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XI, item 8.)

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Busca o equilíbrio


Este teu cansaço contínuo, acompanhado de insatisfação e de mau humor, é um sinal vermelho de perigo em tua vida.

Resulta da maneira irregular de como vens aplicando os teus recursos e energias, sem o competente refazimento.

Não te bastará dormir, dar descanso ao corpo, se permaneceres emocionalmente
inquieto, ansioso.

Assim, dá um balanço dos teus atos, medita em profundidade e perceberás que te está faltando o "pão do espírito", que nutre e reconforta.

Reorganiza vida e busca o equilíbrio,
enquanto é tempo.
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Joanna de Ângelis

segunda-feira, 28 de junho de 2021

Prazer de Viver


(...)

Cuidemos melhor de nossas vidas. Olhar para os pendores e tendências, entrar em contato com o que sentimos, admitir o que gostaríamos da vida, essas são três das muitas ações a que somos chamados na trilha solitária do autodescobrimento. Após essas iniciativas, perguntemos a nós mesmos: o que fazer com todo o patrimônio que identifica meu ser espiritual? Logo a seguir, adote um projeto de vida que contenha os seguintes ingredientes morais: paciência, humildade para pedir ajuda, oração para visualizar o futuro, coragem para fazer escolhas.

A tormenta na vida espiritual depois da morte não tem raízes apenas nas ações que são registradas nos sagrados fóruns da consciência, mas, igualmente, na sensação infeliz de vazio em razão de não fazer o que já tínhamos condições para fazer, de descobrir o que já estamos prontos para descobrir e de sondar o lado oculto de nós mesmos que, inevitavelmente, há de ser revelado algum dia.

Coragem! O Pai não permitirá carregarmos fardos mais pesados do que possamos suportar.

A esperança de meu coração repousa na intenção de ser útil e consolidar ainda mais a amizade sincera com os amigos e leitores na vida física.
💐🕊️💐
Ermance Dufaux
Prefácio da Obra: Prazer de Viver
  Wanderley S. Oliveiral
💐🕊️💐





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MENSAGEM DO ESE:

Causas atuais das aflições (II)

A lei humana atinge certas faltas e as pune. Pode, então, o condenado reconhecer que sofre a conseqüência do que fez. Mas a lei não atinge, nem pode atingir todas as faltas; incide especialmente sobre as que trazem prejuízo à sociedade e não sobre as que só prejudicam os que as cometem, Deus, porém, quer que todas as suas criaturas progridam e, portanto, não deixa impune qualquer desvio do caminho reto. Não há falta alguma, por mais leve que seja, nenhuma infração da sua lei, que não acarrete forçosas e inevitáveis conseqüências, mais ou menos deploráveis.

Daí se segue que, nas pequenas coisas, como nas grandes, o homem é sempre punido por aquilo em que pecou. Os sofrimentos que decorrem do pecado são-lhe uma advertência de que procedeu mal.

Dão-lhe experiência, fazem-lhe sentir a diferença existente entre o bem e o mal e a necessidade de se melhorar para, de futuro, evitar o que lhe originou uma fonte de amarguras; sem o que, motivo não haveria para que se emendasse. Confiante na impunidade, retardaria seu avanço e, conseqüentemente, a sua felicidade futura.

Entretanto, a experiência, algumas vezes, chega um pouco tarde: quando a vida já foi desperdiçada e turbada; quando as forças já estão gastas e sem remédio o mal. Põe-se então o homem a dizer: “Se no começo dos meus dias eu soubera o que sei hoje, quantos passos em falso teria evitado! Se houvesse de recomeçar, conduzir-me-ia de outra maneira. No entanto, já não há mais tempo!” Como o obreiro preguiçoso, que diz: “Perdi o meu dia”, também ele diz: “Perdi a minha vida”. Contudo, assim como para o obreiro o Sol se levanta no dia seguinte, permitindo-lhe neste reparar o tempo perdido, também para o homem, após a noite do túmulo, brilhará o Sol de uma nova vida, em que lhe será possível aproveitar a experiência do passado e suas boas resoluções para o futuro.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 5.)

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RENOVEMO-NOS NO DIA A DIA


“Transformai-vos pela renovação de vossa mente, para que proveis qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” – Paulo. (Romanos, 12:2.)

Não adianta a transformação aparente da nossa personalidade na feição exterior.

Mais títulos, mais recursos financeiros, mais possibilidades de conforto e maiores considerações sociais podem ser simples agravo de responsabilidade.

Renovemo-nos por dentro.

É preciso avançar no conhecimento superior, ainda mesmo que a marcha nos custe suor e lágrimas.

Aceitar os problemas do mundo e superá-los, à força de nosso trabalho e de nossa serenidade, é a fórmula justa de aquisição do discernimento.

Dor e sacrifício, aflição e amargura, são processos de sublimação que o Mundo Maior nos oferece, a fim de que a nossa visão espiritual seja acrescentada.

Facilidades materiais costumam estagnar-nos a mente, quando não sabemos vencer os perigos fascinantes das vantagens terrestres.

Renovemos nossa alma, dia a dia, estudando as lições dos vanguardeiros do progresso e vivendo a nossa existência sob a inspiração do serviço incessante.

Apliquemo-nos à construção da vida equilibrada, onde estivermos, mas não nos esqueçamos de que somente pela execução de nossos deveres, na concretização do bem, alcançaremos a compreensão da vida e, com ela, o conhecimento da “perfeita vontade de Deus”, a nosso respeito.
🙏🌾🙏
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Fonte Viva 
🙏🌾🙏

domingo, 27 de junho de 2021

SUPORTAR OS DIFERENTES - EXERCÍCIO DE AMOR



(...)

O amor para com esses corações exige um enorme gosto pelo ser humano, uma sensibilidade muito apurada de lidar com diferentes e suas loucas diferenças.

(...)

Minha recomendação ao seu coração bondoso é que comece a cuidar mais das pessoas no mundo físico, aquelas que o senhor pode abraçar e sentir. Evite esse afastamento estéril e que pode ser uma fuga de suas próprias necessidades de ajustamento com seus sentimentos sombrios. Comece por uma ação social em favor do semelhante. Tome contato com a dor alheia, exercite sua afetividade com os encarnados, aprenda a amá-los nas suas diferenças e suporte os diferentes.
🌹🙏🌹
Livro: 1/3 da Vida
Wanderley Oliveira, pelo Espírito Ermance Dufaux
Editora Dufaux
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MENSAGEM DO ESE:

Parábola do mau rico

Havia um homem rico, que vestia púrpura e linho e se tratava magnificamente todos os dias. — Havia também um pobre, chamado Lázaro, deitado à sua porta, todo coberto de úlceras, — que muito estimaria poder mitigar a fome com as migalhas que caíam da mesa do rico; mas ,ninguém lhas dava e os cães lhe viam lamber as chagas.
Ora, aconteceu que esse pobre morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão. O rico também morreu e teve por sepulcro o inferno. — Quando se achava nos tormentos, levantou os olhos e via de longe Abraão e Lázaro em seu seio — e, exclamando, disse estas palavras: Pai Abraão, tem piedade de mim e manda-me Lázaro, a fim de que molhe a ponta do dedo na água para me refrescar a língua, pois sofro horrível tormento nestas chamas.
Mas Abraão lhe respondeu: Meu filho, lembra-te de que recebeste em vida teus bens e de que Lázaro só teve males; por isso, ele agora esta na consolação e tu nos tormentos.

Ao demais, existe para sempre um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que queiram passar daqui para aí não o podem, como também ninguém pode passar do lugar onde estás para aqui.

Disse o rico: Eu então te suplico, pai Abraão, que o mandes à casa de meu pai, — onde tenho cinco irmãos, a dar-lhes testemunho destas coisas, a fim de que não venham também eles para este lugar de tormento. — Abraão lhe retrucou: Eles têm Moisés e os profetas; que os escutem. — Não, meu pai Abraão, disse o rico: se algum dos mortos for ter com eles, farão penitência. — Respondeu-lhe Abraão: Se eles não ouvem a Moisés, nem aos profetas, também não acreditarão, ainda mesmo que algum dos mortos ressuscite.

(S. LUCAS, cap. XVI, vv. 19 a 31.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 5.).

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IGNORÂNCIA EM MASSA



A luz interior é um estado da alma. Muitos andam permanentemente em trevas. A ignorância é cultivada em massa, quando se evita o esclarecimento íntimo. Ante a grandeza da vida, poucos avançam para a lucidez espiritual, que produz a iluminação do ser.


A fase infantil da escalada humana rumo ao infinito ainda não foi superada por muitos. Como crianças na escola da vida, os homens ainda se ocupam com futilidades e brincam de viver. As questões efêmeras permanecem como centro de atenção, e poucos se esforçam por se tornar conscientes ou lúcidos no que se refere à realidade do Universo.


Alguns, que tentam superar os limites estreitos da fase infantil, começam a despertar a luz bruxuleante da consciência de humanidade. Mas, com as imposições da sociedade contemporânea, demoram-se demasiado na fase da adolescência espiritual.


Aí é que se manifestam os conflitos conscienciais e psicológicos, os traumas, medos e ansiedades que emergem do passado espiritual por imposição da lei do carma. O homem encontra-se dividido entre a possibilidade do crescimento espiritual e os apelos do mundo, produto de uma sociedade que submerge nas vagas da mendicância moral.


Aqueles que ousam desafiar o sistema e o estado de coisas reinante logram atingir a iluminação interior. Mas isso não se dá sem os conflitos que são gerados pelo avanço espiritual.


Paulo de Tarso classificou esse estado de conflito íntimo como sendo a batalha da lei do pecado e da morte contra a lei da vida, o homem velho e o homem novo.


Ninguém se engane quanto às condições em que se darão a ascese espiritual. Não há elevação sem lutas, e luz alguma se acende sem incomodar as trevas.


É preciso fazer luz na escuridão de todas as almas que ainda se mantém prisioneiras do passado sombrio. A luz verdadeira é iluminação da consciência e a sensibilização do coração, que produz o equilíbrio íntimo.
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Livro: Serenidade – Uma Terapia Para a Alma
Robson Pinheiro, pelo Espírito Alex Zarthú
Casa dos Espíritos Editora