sábado, 5 de dezembro de 2015

INFINITO AMOR


Diante daqueles que supunhas transviados, mesmo que se entremostrem cegos no crime, não te confies à maldição.

Nessas horas difíceis, indagas de ti próprio onde a grande razão pela qual Deus tolera semelhantes abusos.
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No entanto, se a inquietação te invade, pensa em teu próprio filho, ao surgirem problemas...
 
Se notas infelizes lhe assinalam o estudo, sabes dar-lhe na escola o curso repetido ou transferes o exame para segunda época.

Se foge à profissão, diligencias sempre atividades novas, para vê-lo correto e ajustado ao dever.

Se aparece doente, angarias remédio, restaurando-lhe as forças.

Se o vício lhe corrompe as fibras da consciência, não lhe cortas os braços, mas buscas na vida os meios necessários para que se reeduque.

Se comete erro grave, não lhe queres a morte, porquanto sentes que a compaixão te sugere outros campos de serviço e de emenda.
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Ainda nas circunstâncias em que o mal te pareça abarcar toda a Terra, pensa no Amor Divino, que sustenta as estrelas e alimenta os insetos, a fim de que percebas, vibrando em toda parte, os apelos constantes do perdão e do auxílio.

Compreenderás, então, que a falta de alguém, hoje, pode ser nossa falta, igualmente, amanhã.

E ao notarmos que nós, Espíritos falíveis, conseguimos amar, embora a imperfeição que nos tisna de sombra, saberemos por fim que Deus é sempre amor, sempre Infinito Amor, na Justiça da Lei.
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Emmanuel
Chico Xavier










sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Apontamentos cristãos




1º) Não te encolerizes.
O punhal da nossa ira alcança-nos a própria saúde, impondo-nos o vírus da enfermidade.

2º) Não critiques.
A lâmina de nossa reprovação volta-se, invariavelmente, contra nós, expondo-nos as próprias deficiências.

3º) Não comentes o mal do próximo.
O lodo da maledicência derramar-se-á sobre os nossos passos, enodoando-nos o caminho.

4°) Não apedrejes.
Os calhaus da nossa violência de hoje tomarão amanhã, por alvo, a nossa própria cabeça.

5°) Não desesperes.
O raio de nossa inconformação aniquilará a sementeira de nossos melhores sonhos.

6°) Não perturbes.
O ruído de nossa dissensão desorientar-nos-á o próprio raciocínio.

7°) Não escarneças.
O fel de nosso sarcasmo azedará o vinho da alegria no vaso de nosso coração, envenenando-nos a existência.

8°) Não escravizes.
As algemas do nosso egoísmo aprisionar-nos-ão no cárcere da loucura.

9°) Não odeies.
A labareda de nosso ódio incendiar-nos-á o próprio destino.

10°) Não firas.
O golpe da nossa crueldade, brandido na direção, dos outros, retornará a nós mesmos, inevitavelmente, fazendo chagas de dor e aflição no corpo de nossa vida.
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André Luiz
Chico Xavier





quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Centre-se no Essencial


Em meio às confusões de uma crise, centre-se no essencial.

Cuidado para que as preocupações com o supérfluo não lhe toldem a razão para a visão do capital.

O maior pecado, o único verdadeiro pecado é não enxergar com precisão, é distorcer a percepção, é perder o senso das proporções, é inverter a ordem das prioridades.

A chave para as perturbações destrutivas dos inimigos invisíveis é desviar o foco do que interessa para assuntos secundários, levando-se à negligência com o que realmente importa.

Limpe sua alma dos melindres bobos, das ofensas pessoais, das disputas de ego.

Concentre-se em seus objetivos.

Polarize sua atenção em grandes princípios, em metas transcendentes, que vão além das discussões mesquinhas do circunstancial.

Agindo assim, poderá, realmente, atingir a verdadeira sabedoria, e, com isso, assumir grandes responsabilidades.
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Anacleto 
Médium: Benjamin Teixeira



quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

BURILAMENTO


Muitas vezes entregas-te a melancólicas reflexões em torno de transformações espirituais que inutilmente intentaste.
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Deste o máximo de abnegação ao filho estremecido para quem planejaste luminoso futuro, sem conseguir talvez arrancá-lo à rebeldia em que persiste;
 ofertaste a própria existência aos pais queridos, ornamentando-lhes o caminho de auxílio e ternura, e, provavelmente, nem de leve pudeste arredá-los da discórdia a que jazem atrelados por longo tempo;
 situaste todo o coração no carinho por este ou aquele companheiro, aguardando-lhes em vão qualquer concurso nas tarefas edificantes que te felicitam a alma;
empenhaste os mais nobres sentimentos na melhoria deste ou daquele grupo de entes amados, seja no lar ou na organização de serviço a que te afeiçoas, e, por maior o esforço despendido, nada colheste até agora, senão amargura e negação.
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Em meio do trabalho absorvente costumas interromper as próprias atividades, indagando de ti mesmo se vale a pena continuar no esforço renovador...
Semelhante introdução ao desespero comumente aparece porque, em muitas ocasiões, experimentas o desencanto de quem cava num monte de pedras procurando debalde o fio d'água que lhe foge à sede, ou a fadiga de quem cruza o deserto, em todas as direções, sem achar caminho para a vanguarda libertadora...
Ainda assim, persevera nos bons propósitos e colabora, quanto possível, pela consecução dos objetivos de fraternidade e aprimoramento a que devemos todos visar.
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Uma pergunta só dar-nos-á reconforto:
se Jesus, há milênios, trabalha por nós, para que tenhamos o pequenino clarão de conhecimento com que hoje tentamos dissipar as sombras que ainda trazemos, por que desanimar na obra de amparo aos que amamos, se apenas agora começamos a servir no terreno da Luz?
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Emmanuel
Chico Xavier




terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Reage


Se a treva se adensa em torno de teus passos, não te desorientes.  
Reage, intensificando a luz que brilha dentro de ti.

Se a maldade busca denegrir-te as obras, não te perturbes. 
Reage, multiplicando a bondade que reside em teu coração.

Se a calúnia tende a insinuar-se nos círculos de tuas relações, não te exasperes.
 Reage, cultuando a Verdade que pontifica no altar de tua consciência.

Se a vaidade procura enredar-te nas teias da ilusão, não te acomodes.
 Reage, amando a simplicidade que jaz na essência de tua vida.

Se a tristeza busca avassalar-te o ânimo, não te abatas. 
Reage, nutrindo-te da alegria que se oculta nas raízes de tua crença.

Se o ódio tenta penetrar o santuário de teus sentimentos, não te aflijas. 
Reage, desdobrando o manto do amor que "cobre a multidão de pecados".

E se, a despeito de tuas reações, vires que o mal resiste, ainda assim reage à infiltração do desânimo, porque um dia chegará em que toda treva se converterá em Luz, todo o mal em Bem, toda tristeza em Alegria, todo ódio em Amor.

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Rubens C. Romanelli






segunda-feira, 30 de novembro de 2015

O Primeiro Desafio



Disposto a esquecer o mal, dedicando-te ao Bem, enfrentas o primeiro desafio.

Incidente doméstico ocorre envolvendo-te emocionalmente.
Tens a impressão que todo o planejamento para o dia se desfaz.
Sentes os nervos abalados e estás a ponto de aceitar a pugna.
Silencia, porém, e age.
O hábito da discussão perniciosa se te instalou no comportamento, e crês que não possuis forças para superar o acontecimento danoso.
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Recorda que estás num clima de efeitos que vêm dos dias anteriores, quando te engajavas nas provocações, reagindo no mesmo tom.
Os familiares não sabem das tuas disposições novas e, porque estão acostumados às querelas e agressões, preservam o ambiente prejudicial.
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Em teu procedimento de homem novo necessitas do autocontrole, reconquistando os familiares, que se surpreenderão com a tua nova filosofia de vida.
Contorna o primeiro desafio, dilui por antecipação e com sabedoria o mal-estar que ele podia gerar.
Este é o passo inicial para o teu dia feliz.
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Joanna de Ângelis 
Divaldo Franco
Obra: Episódios diários 






domingo, 29 de novembro de 2015

Cada Existência




É como se retivesses milenárias esperanças, procurando explodir, e, por essa razão, sofres a impossibilidade transitória de alcançar o ideal a que te propões.

Queres realizar os melhores sonhos, aspiras o estudo edificante do Universo, anseia atingir as culminâncias da Ciência e da Arte, atormentas-te pela aquisição da felicidade e choras pela integração da própria alma no amor supremo...

Entretanto, quase sempre tens ainda o coração preso à dívida física, à feição do diamante engastado ao seixo.

Há problemas que solicitam toda uma existência de renúncia constante, para que o fio do destino se amplie e desembarace.

À vista disso, não desertes da prova que te segrega, temporariamente, na grande tribulação.

O lar pejado de sacrifícios, a família consanguínea a configurar-se por forja ardente, a viuvez expressando exílio, a obrigação qual golilha atada ao pescoço, o compromisso em forma de algema e a moléstia semeando espinho na própria carne constituem liquidações de longo prazo ou ajuste de contas a prestações, para que a liberdade nos felicite.

Resgata, pois, sem revolta, o próprio caminho.

Enquanto há inquietação na consciência, há restos a pagar.

Agradece, assim, as dificuldades e as dores que te rodeiam.

Cada existência no plano físico, pode ser um passo adiante, que te protege na vanguarda da luz.

Misericórdia na Justiça Divina, consolações inefáveis, braços amigos, diretrizes renovadoras e auxílio constante não te faltam, em tempo algum; contudo, está em ti mesmo aceitar, adiar, reduzir, facilitar, ou agravar o preço da tua libertação.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Justiça divina