sábado, 10 de setembro de 2022

Prece em desobsessão


Deus de Infinita Bondade!

Na supressão dos conflitos, em que nos inimizamos uns com os outros, induze-nos a ver, na condição de perseguidos, se não temos sido perseguidores.

Em colhendo aflições e lágrimas, faze-nos observar se não temos semeado lágrimas e aflições nas estradas alheias.

Ajuda-nos a receber ofensas por medicação que nos cure as enfermidades do Espírito, e a acolher em nossos adversários instrumentos da vida, que nos experimentam a capacidade de compreender e servir, conforme os preceitos que Jesus exemplificou.

Não nos deixes, oh! Pai de Misericórdia, identificar nos companheiros menos felizes que nos imponham problemas senão irmãos com que necessitamos recompor o próprio caminho, em bases de fraternidade e de paz.

Auxilia-nos a verificar que todo processo de obsessão é compartilhado pela vítima e pelo agressor; leva-nos a reconhecer que unicamente com a luz do bem é que dissiparemos a sombra do mal; e ensina-nos oh! Deus de Infinita Sabedoria, que o amor, — e só o amor, — é a tua vontade para todas as criaturas, em toda parte e para sempre.

Assim seja.

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Albino Teixeira
Chico Xavier
Obra: Paz e renovação
🍃🍄🍃

10 de setembro

Quando você planta uma semente na terra, ela pode se parecer com qualquer outra semente, marrom e seca, sem nenhum sinal aparente de energia vital. 

No entanto, você a coloca na terra com confiança, e no momento certo ela começa a crescer.

 Ela sabe exatamente no que ela vai se transformar. 

Você só sabe o que plantou porque estava escrito na embalagem, mas você acredita que determinada planta vai nascer daquela semente, e é o que acontece. 

Quando você planta ideias e pensamentos certos em sua mente, você deve fazê-lo com absoluta confiança, acreditando que somente o que é perfeito vai nascer.

 A medida que sua confiança se torna mais forte e inabalável, essas ideias e pensamentos construtivos começam a crescer e se desenvolver. 

Assim você alcança o sucesso em tudo.

 É o poder interior presente em cada um de nós que faz o trabalho. SOU EU dentro de você.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

O argueiro e a trave no olho

Como é que vedes um argueiro no olho do vosso irmão, quando não vedes uma trave no vosso olho? — Ou, como é que dizeis ao vosso irmão: Deixa-me tirar um argueiro ao teu olho, vós que tendes no vosso uma trave? — Hipócritas, tirai primeiro a trave ao vosso olho e depois, então, vede como podereis tirar o argueiro do olho do vosso irmão. (S. MATEUS, cap. VII, vv. 3 a 5.)

Uma das insensatezes da Humanidade consiste em vermos o mal de outrem, antes de vermos o mal que está em nós. Para julgar-se a si mesmo, fora preciso que o homem pudesse ver seu interior num espelho, pudesse, de certo modo, transportar-se para fora de si próprio, considerar-se como outra pessoa e perguntar: Que pensaria eu, se visse alguém fazer o que faço? Incontestavelmente, é o orgulho que induz o homem a dissimular, para si mesmo, os seus defeitos, tanto morais, quanto físicos. Semelhante insensatez é essencialmente contrária à caridade, porquanto a verdadeira caridade é modesta, simples e indulgente.

Caridade orgulhosa é um contra-senso, visto que esses dois sentimentos se neutralizam um ao outro. Com efeito, como poderá um homem, bastante presunçoso para acreditar na importância da sua personalidade e na supremacia das suas qualidades, possuir ao mesmo tempo abnegação bastante para fazer ressaltar em outrem o bem que o eclipsaria, em vez do mal que o exalçaria? Por isso mesmo, porque é o pai de muitos vícios, o orgulho é também a negação de muitas virtudes. Ele se encontra na base e como móvel de quase todas as ações humanas. Essa a razão por que Jesus se empenhou tanto em combatê-lo, como principal obstáculo ao progresso.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, itens 9 e 10.)
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A caminho do Alto


Escuta, alma querida,

Quando a prova te alcança

E o sofrimento te golpeia a vida,

Impondo-te cansaço e insegurança;


Quando a aflição te cerca e te subjuga,

Portas a dentro de teu próprio ser,

Sem apelos à fuga

Em que te possas esconder,


Indagas, quase sempre,

De ânimo frustrado

Revelando revolta amarga e triste:

— Se Deus é Amor Eterno e Ilimitado,


Por que razão a dor existe?

Por que ao sonho se seguem, com frequência,

O fel, o desengano, a desventura

Que nos induzem a existência


Ao vasto espinheiral

Em que a nossa esperança se enclausura?

E guardando-te, a sós, sob angústia mortal,

Certas vezes, de anseio em desalinho,

Quererias fugir de teu próprio caminho…


Entretanto, alma boa,

Se algo te feriu, não te agastes, perdoa…

E, sobretudo, raciocina

Que a dor lembra o esmeril da Lei Divina

Que, em nos tocando, nos aperfeiçoa.


Tudo o que te garante o próprio alento

Passou por disciplina e sofrimento.

Sem que a ovelha aceitasse os golpes da tosquia,

Não terias a lã que te guarda o calor;

Sem que o minério padecesse um dia

O fogo abrasador,


Não dispunhas da casa, em fina arquitetura,

Sobre vigas leais de sólida estrutura;

Sem árvores tombando, a rude corte,

Não fruías na própria residência

O ambiente ideal em que se te conforte


A energia precisa às lutas da existência;

A dentes de serrote, a natureza

Formou, em teu auxílio, o refúgio da mesa,

E o trigo que passou pela trituração,

Em qualquer tempo, é a base de teu pão.


Não acuses a dor que te procura

A fim de preparar-te a grandeza futura,

Sem ela que nos frena e regenera,

Estaríamos nós, provavelmente,

Na condição da fera

Sob a selvageria permanente.


Por fim, alma querida, considera:

De heróis que já tivemos,

Almas gigantes na sabedoria,

Corações a brilhar, nos ápices supremos

Da beleza imortal que se irradia

Dos tesouros do amor.


De todos os apóstolos da História

Que apontaram a Vida Superior

De que o mundo conserva algum indício,

Aquele que nos deu, constantemente,

O sentido da dor

Por fonte renascente

De ascensão e nobreza, vida e luz,

Com bases sobre o próprio sacrifício,

Esse herói foi Jesus. 

🍃🍄🍃
Maria Dolores
Chico Xavier
Obra: Caminhos do amor
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A influência dos seres invisíveis na vida humana


A crença na influência de seres invisíveis na vida dos homens existe desde os princípios da história. Os povos antigos, como os romanos, gregos e egípcios acreditavam em deuses de forma humana, que interferiam diretamente em suas ações. Com o passar dos tempos, outras crenças foram se difundindo, como as figuras dos anjos e santos, capazes de promoverem os milagres e protegerem as pessoas, e o chamado diabo, feitor das tentações e do sofrimento da humanidade. Com a chegada da Doutrina Espírita, uma nova interpretação sobre os seres invisíveis foi colocada.

Ensina o Espiritismo que os homens que viveram na Terra, ao deixarem o corpo físico através da morte, continuam a viver em um outro plano, chamado mundo espiritual, onde habitam as almas. Jesus sustenta esta tese quando afirma ser a verdadeira morada do espírito a vida espiritual.

Naquele lado invisível, as almas, ou espíritos, levam o que tiverem acumulado de virtudes ou defeitos adquiridos durante a existência material, ou encarnação. Os homens bons trazem consigo a caridade que praticavam, a paz de espírito e a benevolência. Vivem em um lugar feliz e trabalham constantemente pelo progresso de nosso Planeta. Podem ajudar as pessoas encarnadas que lhes pedem auxílio. São o que o povo chama de anjos, santos ou simplesmente Espíritos bons ou superiores. Quando dirigimos preces a Deus, Ele nos atende através desses seres bondosos, inspirando-nos coragem na vida, fortalecendo-nos nos bons propósitos e, às vezes, trazendo-nos a cura para uma doença ou desequilíbrio psíquico.

Já os homens que quando encarnados se detiveram na prática do mal, levam para o plano espiritual suas más tendências.

Continuam sua atividade perniciosa, inspirando os que continuam na vida material, todos os vícios e defeitos que ainda estão apegados. São os chamados diabos, demônios ou simplesmente maus Espíritos. Podem, com sua maldade e ódio, atrapalhar a vida dos homens, perturbando o sono, a vida familiar, profissional e até causar doenças. Entre a classe dos bons e dos maus Espíritos está a categoria de Espíritos comuns. São seres que quando encarnados não se detinham nem muito no bem, nem tanto no mal. São em maior quantidade, já que assim age a maioria dos homens. Esta classe de Espíritos quase que não tem influência sobre os encarnados. Todo homem sofre constantemente as influências dos bons ou dos maus Espíritos.

Porém, cada um tem a liberdade de ceder ou não às boas ou más inspirações. Depende do indivíduo, com seu livre-arbítrio, dar vazão à interferência dos Espíritos na sua vida. Aqueles que procuram fazer o bem, evitar o vício, praticar a caridade e, principalmente, cultivar bons pensamentos estão mais facilmente ligados aos bons Espíritos. Vivendo dessa forma, dificilmente um Espírito maldoso poderá prejudicá-lo. No entanto, aqueles que convivem normalmente em ambientes viciosos, com o excesso de bebida, cigarro, drogas, sexo desregrado, que se satisfazem na ociosidade terão mais afinidade com seres espirituais atrasados, apropriados a esses vícios materiais. Essas entidades poderão, inclusive, influenciá-los em defeitos mais graves, como o crime, a desonestidade, o adultério, a mentira, enfim, tudo o que leva o homem ao caminho da ruína. Palavras e pensamentos perniciosos, falta de apego a uma religião, o desinteresse pelos problemas alheios, o pessimismo, o orgulho são formas mentais que atraem interferências negativas.
Com elas, o desequilíbrio espiritual e material não tardará a acontecer.

Quando temos esse posicionamento incorreto frente a vida, dificilmente os anjos, ou bons Espíritos, conseguem nos ajudar, por mais que tentem.
Tudo é uma questão de afinidade. Se insistirmos em manter nossos pensamentos voltados para os vícios e prazeres exagerados estaremos impedindo que as boas influências cheguem até nossas mentes.

Diante deste mecanismo de intercâmbio entre o visível e o invisível, onde cada um recebe de acordo com sua conduta diária, precisamos buscar a mudança de nosso comportamento, caso queiramos receber as boas inspirações do mais alto.
Não precisamos, nem conseguiremos, transformarmo-nos em "santos" do dia para a noite.

Imperfeições todos temos. Deus conhece nosso íntimo e sabe o quanto é difícil livrarmo-nos delas.
Porém, para que estejamos aptos a ter a companhia dos bondosos amigos espirituais devemos nos pautar pelas orientações do Evangelho de Jesus Cristo, cultivar amizades sadias, sermos úteis à comunidade da qual fazemos parte e lutarmos contra os maus pensamentos que às vezes tentam nos levar a atitudes incorretas.

Agindo assim, com certeza não deixaremos que influências espirituais perniciosas possam prejudicar nossas vidas.

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Carlos Alexandre Fett
🍃🍄🍃

sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Anotação simples



Você, meu amigo, se declara desalentado e assevera em desconsolo: “Estou positivamente vencido, sem estímulo para trabalhar. Sonhei a realização de tarefas sublimes e vejo tudo acabando em frustração. Depositei confiança e carinho em companheiros que me abandonaram, amigos outros me iludiram, largando-me em penosas experiências. Vivo sitiado pela incompreensão, batido no pó da dificuldade… Que fazer para revigorar-me, sobreviver?”

 Não dispomos, caro irmão, de específico mais adequado para a cura do esmorecimento que a aplicação do Evangelho de Jesus, pois não foi ele mesmo, o divino Mestre, que nos advertiu: “Tende bom ânimo! Eu venci o mundo.”?

 Ainda assim, para a nossa reflexão, recordaremos uma fábula antiga que já ouvi de fontes diversas e que se nos adapta, proveitosamente, ao assunto.

Conta-se que o Espírito das Trevas, certa feita, deliberou efetuar uma liquidação na loja de sua propriedade, colocando à venda as ferramentas de sua atividade usual.

 No balcão, desse modo, jaziam expostas muitas delas com os rótulos que as definiam: “Ódio”, “Maledicência”, “Desespero”, “Inveja”, “Crime”…  Em meio de todas, uma, porém, se sobressaía, em dourado, na forma de cunha, com o nome “Desânimo”.  Semelhante utensílio mostrava enorme desgaste, entretanto era marcado como sendo o mais caro de todos.  E quando alguém indagou quanto ao motivo de preço tão alto o Espírito da Sombra respondeu, simplesmente: “Esta ferramenta é a que uso com mais facilidade e a que me serve muito mais que as outras, porque pouca gente sabe que ela me pertence. 
 É por isso que abro com ela milhares de corações que não consigo descerrar com as outras. E uma vez que me vejo no íntimo dessa ou daquela pessoa posso manejar todas as demais, à vontade, conseguindo alcançar a realização de todos os meus intentos”.

 Como vê, meu caro, estudemos essa fábula simples e procuremos pensar. 

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Irmão X
Chico Xavier
Obra: Cartas do Alto
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09 de setembro

Quando uma alma pretende aproveitar a vida ao máximo sem nada doar em troca, é impossível querer também verdadeira e duradoura felicidade e alegria; porque é pensando nos outros e vivendo pelos outros que se encontra profunda alegria e satisfação interior. 

Ninguém pode viver só para si mesmo e ser feliz.

 Se você se sentir descontente e insatisfeito com a vida, pode estar certo que é porque você deixou de pensar nos outros e se tornou muito envolvido consigo mesmo.

 A maneira de inverter isso é começar a pensar no seu próximo e fazer algo por ele de maneira a esquecer-se de si mesmo. 

Existem tantas almas necessitadas, que há sempre algo que você pode fazer por alguém.

 Então, abra seus olhos e seu coração e deixe que a luz lhe mostre o caminho, deixe que o amor guie as suas ações. 

Deixe Meu amor preenchê-lo e envolvê-lo e sinta-se em perfeita paz.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Ajuda-te a ti mesmo, que o céu te ajudará (II)

Se Deus houvesse isentado do trabalho do corpo o homem, seus membros se teriam atrofiado; se o houvesse isentado do trabalho da inteligência, seu espírito teria permanecido na infância, no estado de instinto animal. Por isso é que lhe fez do trabalho uma necessidade e lhe disse: Procura e acharás; trabalha e produzirás. Dessa maneira serás filho das tuas obras, terás delas o mérito e serás recompensado de acordo com o que hajas feito.

Em virtude desse princípio é que os Espíritos não acorrem a poupar o homem ao trabalho das pesquisas, trazendo-lhe, já feitas e prontas a ser utilizadas, descobertas e invenções, de modo a não ter ele mais do que tomar o que lhe ponham nas mãos, sem o incômodo, sequer, de abaixar-se para apanhar, nem mesmo o de pensar. Se assim fosse, o mais preguiçoso poderia enriquecer-se e o mais ignorante tornar-se sábio à custa de nada e ambos se atribuírem o mérito do que não fizeram. Não, os Espíritos não vêm isentar o homem da lei do trabalho: vêm unicamente mostrar-lhe a meta que lhe cumpre atingir e o caminho que a ela conduz, dizendo-lhe: Anda e chegarás. Toparás com pedras; olha e afasta-as tu mesmo. Nós te daremos a força necessária, se a quiseres empregar. (O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, cap. XXVI, nº 291 e seguintes.)

Do ponto de vista moral, essas palavras de Jesus significam: Pedi a luz que vos clareie o caminho e ela vos será dada; pedi forças para resistirdes ao mal e as tereis; pedi a assistência dos bons Espíritos e eles virão acompanhar-vos e, como o anjo de Tobias, vos guiarão; pedi bons conselhos e eles não vos serão jamais recusados; batei à nossa porta e ela se vos abrirá; mas, pedi sinceramente, com fé, confiança e fervor; apresentai-vos com humildade e não com arrogância, sem o que sereis abandonados às vossas próprias forças e as quedas que derdes serão o castigo do vosso orgulho. Tal o sentido das palavras: buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXV, itens 3 a 5.)
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Mini depósitos


Uma frase de louvor para quem trabalha.

Silenciar reclamações mesmo justas.

Abster-se de falar em momentos de irritação.

Repetir sem alteração de voz qualquer informação para a pessoa que não esteja ouvindo corretamente.

Adicionar esperança e otimismo à conversação.

Omitir as chamadas "verdades desagradáveis" sem benefícios para ninguém.

Evitar perguntas claramente desnecessárias.

Calar os defeitos do próximo.

Ouvir o interlocutor sem desviar-se do assunto.

Silenciar gracejos e ironias.

Falar motivando as criaturas para o Bem.

Cultivar gentileza.

Observar respeito pelas tarefas alheias.

Deixar aos outros o direito de descobrirem as suas próprias realidades, sem qualquer ingerência
nos assuntos que lhes pertençam à vida.

Negar-se a pejorativos e brincadeiras com essa ou aquela dificuldade orgânica, seja de quem for.

Querer os amigos em regime de liberdade.

Prestar serviço espontâneo.

Auxiliar sem ferir.

Admirar sem invejar.

Diminuir a tristeza ou suprimi-la onde a tristeza possa existir.

Compreender as lutas e problemas dos outros sem mostrar-se superior a quem sofre.

Alguns instantes de presença afetuosa onde alguém necessite de reconforto.

Auxiliar a uma criança difícil sem censuras posteriores.

Podar sem alarde problemas que existam ou que possam aparecer.

Evitar complicações.

Experimente lançar estes mini depósitos na Organização Bancária da vida e você receberá lucros surpreendentes pela Carteira do Bem.
 
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André Luiz
Chico Xavier
Obra: Respostas da vida
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COMEÇAR OU RECOMEÇAR ... 


Decisão difícil de ser tomada ou assumida.
Existem épocas em que começamos voluntariamente as mudanças em nossa vida; não porque tenhamos errado em nossas escolhas, mas sim porque já é hora de uma evolução neste sentido.

Nesses momentos nos questionamos e acreditamos em nós mesmos, num impulso de crescimento.
Ou pode ser que a vida faça romper inesperadamente alguma situação que já existia e era parte de nossa rotina. Essa sim nos pega de surpresa e nos obriga, através da dor, a crescer obrigatoriamente.
No momento, nos sentimos como se tudo desabasse sobre nós; como se um grande buraco se abrisse sob nossos pés...

Calma ...

Só com o tempo é que se entenderá essa transformação.
Essa época não é fácil e será necessária a fé para poder acreditar que não se está sozinho ou abandonado.

Acabar uma profissão ou trabalho depois de muito tempo, um casamento ou relacionamento que se rompe ou “perder alguém de que tanto gostamos”, são momentos que já acostumamos a ver outras pessoas passarem, mas quando é na nossa vida que ocorre, o entendimento fica às voltas com uma grande dor, mágoa ou revolta que nos violenta mais ainda.

A fé que dizíamos ter nessa hora desaparece independente da crença de cada um.
Não se pode esquecer que nada acontece por acaso.

Essas situações em que nos sentimos perdidos e feridos nos fará voltar para dentro de nós mesmos para refletirmos e definirmos com maior clareza que rumo ser tomado e termos a confiança em um novo recomeço, um novo renascer; só que agora mais maduro.

Podemos, entretanto, ficar lamentando incessantemente, ao invés de despertarmos para esse novo horizonte que se abre para nós.

Essas situações vêm, muitas vezes, nos fazer valorizar alguma situação que não dávamos a devida atenção e através dessa transformação estaremos aprendendo novos valores.

Quando decidimos recomeçar antes dessas inesperadas transformações é porque já sentimos uma necessidade de crescimento e acabamos nos preparando para uma nova etapa na vida.

Cuidar da autoestima, ter confiança e coragem para esses novos começos facilitarão esse novo recomeço; confiando sempre na força maior "DEUS", que não nos desampara nunca.

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UM IRMÃO DE LUZ
FORMATAÇÃO E PESQUISA: MILTER-08-09-2019
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quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Simplifica


Se desejas a bênção da paz, simplifica a própria vida para que a tranquilidade te favoreça.

Muitos recorrem ao auxílio dos outros, esquecendo a necessidade do auxílio a si mesmos.

Encarceram-se no cipoal das preocupações sem proveito, adquirindo compromissos que lhes prejudicam a senda e acabam suplicando o socorro da caridade, quando, mais avisados, poderiam entesourar amplos recursos para a assistência generosa aos mais desfavorecidos do mundo, empregando o talento das horas nas mais ricas sementeiras de simpatia.

É que se extraviam nas ambições desregradas, buscando para si próprios os grilhões de angústia ou afixando aos ombros frágeis pesados fardos, difíceis de suportar.

Não se contentam em viver com segurança o dia que o Senhor lhes concede.

Preferem sofrer por antecipação as tempestades morais do amanhã remoto que, talvez, jamais sobrevenham.

Não se conformam com o pão abençoado de hoje.

Reclamam celeiro farto para longos anos, à frente da luta que lhes é própria, ignorando se a morte lhes espreita os passos na vizinhança.

Não se alegram com o agasalho valioso de agora.

Exigem guarda-roupa repleto e variado de que provavelmente não mais se utilizarão, enquanto companheiros da marcha humana exibem a pele desnuda e fria.

Não se resignam a possuir o dinheiro prestimoso que lhes soluciona os problemas da hora em curso.

Suspiram pela caderneta de banco, dominadora e invejável, que lhes marque o nome com a melhor expressão financeira, não obstante a penúria que, [muitas vezes,] magoa implacável, o lar alheio.

Aprende a viver o minuto que Deus te empresta no corpo físico, amealhando a luz do conhecimento nobre e fazendo aos outros o bem que possas.

Auxilia, perdoa, trabalha, ama e serve, gastando sensatamente os recursos que o Céu te situou no caminho e nas mãos, como quem sabe que a Contabilidade Divina a todos nos procura no grave instante do acerto justo.

E, simplificando as próprias experiências, reconhecer-te-ás mais leve e mais feliz, habilitando-te, por fim, à libertação espiritual que, infalivelmente, convocar-te-á, hoje ou amanhã, para o regresso à Vida Maior.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Mentores e seareiros
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08 de setembro

Permita-Me trabalhar em você e através de você.

Deixe Minha luz e Meu amor fluírem em você e através de você para o mundo que o cerca.

Perceba que era assim no começo, quando caminhávamos juntos, e que você agora completou todo o círculo e voltou para Mim, tornando-se um coMigo, o Bem-Amado.

Não fique sonhando com isso.

Nem desejando que seja assim; simplesmente saiba que é assim agora e que não existe mais separação.

Você não precisa mais vagar pelo desconhecido, se sentindo perdido e solitário, sem saber que direção tomar.

Acredite que cada passo seu é guiado e dirigido por Mim, e que você jamais se perderá outra vez se você se mantiver cada vez mais consciente de Mim e da Minha divina presença.

Portanto, dê graças eternas e deixe seu coração ficar tão cheio de alegria e gratidão que você as expressará em todos os momentos, e cada respiração Me dirá "Eu lhe agradeço, Bem-Amado".

🌻🍃🌻
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
🌻🍃🌻







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MENSAGEM DO ESE:

Piedade filial (II)

Alguns pais, é certo, descuram de seus deveres e não são para os filhos o que deviam ser; mas, a Deus é que compete puni-los e não a seus filhos. Não compete a estes censurá-los, porque talvez hajam merecido que aqueles fossem quais se mostram. Se a lei da caridade manda se pague o mal com o bem, se seja indulgente para as imperfeições de outrem, se não diga mal do próximo, se lhe esqueçam e perdoem os agravos, se ame até os inimigos, quão maiores não hão de ser essas obrigações, em se tratando de filhos para com os pais! Devem, pois, os filhos tomar como regra de conduta para com seus pais todos os preceitos de Jesus concernentes ao próximo e ter presente que todo procedimento censurável, com relação aos estranhos, ainda mais censurável se torna relativamente aos pais; e que o que talvez não passe de simples falta, no primeiro caso, pode ser considerado um crime, no segundo, porque, aqui, à falta de caridade se junta a ingratidão.

Deus disse: “Honrai a vosso pai e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo na terra que o Senhor vosso Deus vos dará.” Por que promete ele como recompensa a vida na Terra e não a vida celeste? A explicação se encontra nestas palavras: “que Deus vos dará” , as quais, suprimidas na moderna fórmula do Decálogo, lhe alteram o sentido. Para compreendermos aqueles dizeres, temos de nos reportar à situação e às idéias dos hebreus naquela época. Eles ainda nada sabiam da vida futura, não lhes indo a visão além da vida corpórea. Tinham, pois, de ser impressionados mais pelo que viam, do que pelo que não viam. Fala-lhes Deus então numa linguagem que lhes estava mais ao alcance e, como se se dirigisse a crianças, põe-lhes em perspectiva o que os pode satisfazer.

Achavam-se eles ainda no deserto; a terra que Deus lhes dará é a Terra da Promissão, objetivo das suas aspirações. Nada mais desejavam do que isso; Deus lhes diz que viverão nela longo tempo, isto é, que a possuirão por longo tempo, se observarem seus mandamentos.

Mas, ao verificar-se o advento de Jesus, já eles tinham mais desenvolvidas suas idéias. Chegada a ocasião de receberem alimentação menos grosseira, o mesmo Jesus os inicia na vida espiritual, dizendo: “Meu reino não é deste mundo; lá, e não na Terra, é que recebereis a recompensa das vossas boas obras.” A estas palavras, a Terra Prometida deixa de ser material, transformando-se numa pátria celeste.

Por isso, quando os chama à observância daquele mandamento: “Honrai a vosso pai e a vossa mãe”, já não é a Terra que lhes promete e sim o céu. (Caps. II e III.)

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIV, itens 3 e 4.)
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OSTENTAÇÃO


Alarde é ramificação do orgulho, que nos leva à vaidade perigosa.

Aparato é roupa falsa, consigo o amor-próprio.

Arrogância usa todos os meios falsos para dizer o que não é.

Esplendor tem um preço e, quando é verdadeiro, não gosta de mostrar-se; ilumina por si mesmo.

Pompa é requinte exterior, que estraga a economia da coletividade.

Prova de saber é para o pseudo-sábio; o verdadeiro mestre sabe que ainda nada entende da vida que o circunda.

Ruído em demasia somente anuncia uma coisa com bastante nitidez: ignorância.

Apregoar os valores alheios, porque os teus, se os tens, é tarefa de outros anunciá-los, caso queiram.

Mostrar, todo vaidoso gosta de fazê-lo, sendo sempre o que não é; não suporta calar-se, sem anunciar o que pensa fazer.

Autovalorização é cegueira crônica, se comparada aos valores dos outros; aquilo que anunciamos de nós mesmos existe nas outras pessoas que, por vezes, estão em silêncio há muito tempo.

O gazofilácio da tua vaidade não deve ser tocado, para não desmereceres algumas das tuas virtudes. Esquece o eu, e lembra-te do nós, que é a única realidade, e estarás praticando o segundo mandamento anunciado por Cristo.

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João Nunes Maia, pelo Espírito Loester
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Saibamos confiar


“Não andeis, pois, inquietos.” – Jesus. (Mateus, 6:31.)

Jesus não recomenda a indiferença ou a irresponsabilidade.

O Mestre, que preconizou a oração e a vigilância, não aconselharia a despreocupação do discípulo ante o acervo do serviço a fazer.

Pede apenas combate ao pessimismo crônico.

Claro que nos achamos a pleno trabalho, na lavoura do Senhor, dentro da ordem natural que nos rege a própria ascensão.

Ainda nos defrontaremos, inúmeras vezes, com pântanos e desertos, espinheiros e animais daninhos.

Urge, porém, renovar atitudes mentais na obra a que fomos chamados, aprendendo a confiar no Divino Poder que nos dirige.

Em todos os lugares, há derrotistas intransigentes.

Sentem-se nas trevas, ainda mesmo quando o Sol fulgura no zênite.

Enxergam baixeza nas criaturas mais dignas.

Marcham atormentados por desconfianças atrozes. E, por suspeitarem de todos, acabam inabilitados para a colaboração produtiva em qualquer serviço nobre.

Aflitos e angustiados, desorientam-se a propósito de mínimos obstáculos, inquietam-se, com respeito a frivolidades de toda sorte e, se pudessem, pintariam o firmamento à cor negra para que a mente do próximo lhes partilhe a sombra interior.

Na Terra, Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por amor, e tem esperado nossa contribuição na oficina dos séculos. A confiança dEle abrange as eras, sua experiência abarca as civilizações, seu devotamento nos envolve há milênios…

Em razão disso, como adotar a aflição e o desespero, se estamos apenas começando a ser úteis?

🌻🍃🌻
EMMANUEL
(do livro “Vinha de Luz” – psic. Chico Xavier)
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terça-feira, 6 de setembro de 2022

De lá pra cá


 Ninguém julgue que a morte represente salvoconduto para a beatitude celeste.

Muitas existências em que o programa do bem padece frustração pela nossa rebeldia ou indiferença somente recolhem, depois do túmulo, a aflitiva purgação de nossos erros deliberados.

O inferno mental estabelecido por nós, dentro de nossas próprias almas, exige-nos o retorno à matéria densa para que as chamas do remorso ou do arrependimento se apaguem ao contato de novas lutas…

 Aqui, é o usurário que deseja desvencilhar-se da obsessão do ouro usando a túnica da pobreza.

 Ali é o tirano que se propõe a aprender humildade nas linhas do anonimato e da angústia.

Mais além, é o delinquente que suspira por reencontrar as vítimas de ontem a fim de resgatar os débitos contraídos.

 Na conquista, porém, do recomeço, é indispensável se esforcem com devotamento e renúncia, por alcançar a reencarnação que os investirá na posse da oportunidade pretendida.

 Para isso, empenham-se em rasgos de sacrifício, plantando entre os encarnados a bênção da simpatia, o indispensável passaporte para a estação do lar humano, em que se renovarão, à frente do progresso.

 Eis porque, a experiência na Terra não representa mera aventura da alma e sim precioso tempo de aprendizado e serviço que não devemos menosprezar.

 Pela instrumentalidade do Plano Físico, reaproximamo-nos de antigas dificuldades ou de passados desafetos para que a obra do amor se reajuste e se consolide, conosco e junto de nós.

 Não menoscabes o ensejo de elevação que a atualidade te confere.

A máquina fisiológica em que provisoriamente estagias pode ser uma escada para a Esfera superior ou declive sutil para regiões expiatórias, dependendo de ti fazê-la degrau para a luz ou novo salto ao despenhadeiro da sombra.

 Valoriza a existência terrestre e caminha para diante, convertendo a luta redentora em recurso de ascensão.

Recorda que o tempo é o mordomo fiel da vida e se a Bondade do Senhor te concedeu para hoje a riqueza do corpo físico, a justiça d’Ele mesmo, espera-te, amanhã, para a conta imprescindível.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Atenção
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06 de setembro

Viva um dia de cada vez. 

Não tente se apressar, ajeitando as coisas para amanhã, porque amanhã pode nunca vir a ser. 

Aproveite plenamente o dia de hoje: aproveite como se fosse o último.

 Faça todas as coisas maravilhosas que sempre quis fazer, não de qualquer maneira e apressadamente, mas com verdadeira alegria. 

Seja como uma criança que não pensa no amanhã e já esqueceu o que aconteceu ontem, que vive como se só o agora importasse. 

O agora é o momento mais importante que você já viveu, portanto não desperdice nem um segundo dele. 

Viva sempre alerta, pronto para o que der e vier.

 Vivendo assim você estará pronto e aberto para qualquer coisa que aconteça. 

Mudanças virão, e com muita rapidez. 

Eleve seu coração em profunda gratidão à medida que as mudanças forem chegando. 

Enxergue sempre o lado melhor das mudanças que forem acontecendo.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Não vos afadigueis pela posse do ouro

Não vos afadigueis por possuir ouro, ou prata, ou qualquer outra moeda em vossos bolsos. — Não prepareis saco para a viagem, nem dois fatos, nem calçados, nem cajados, porquanto aquele que trabalha merece sustentado.

Ao entrardes em qualquer cidade ou aldeia, procurai saber quem é digno de vos hospedar e ficai na sua casa até que partais de novo. — Entrando na casa, saudai-a assim: Que a paz seja nesta casa. Se a casa for digna disso, a vossa paz virá sobre ela; se não o for, a vossa paz voltará para vós.

Quando alguém não vos queira receber, nem escutar, sacudi, ao sairdes dessa casa ou cidade, a poeira dos vossos pés. — Digo-vos, em verdade: no dia do juízo, Sodoma e Gomorra serão tratadas menos rigorosamente do que essa cidade. (S. MATEUS, cap. X, vv. 9 a 15.)

Naquela época, nada tinham de estranhável essas palavras que Jesus dirigiu a seus apóstolos, quando os mandou, pela primeira vez, anunciar a boa-nova. Estavam de acordo com os costumes patriarcais do Oriente, onde o viajor encontrava sempre acolhida na tenda. Mas, então, os viajantes eram raros. Entre os povos modernos, o desenvolvimento da circulação houve de criar costumes novos. Os dos tempos antigos somente se conservam em países longínquos, onde ainda não penetrou o grande movimento. Se Jesus voltasse hoje, já não poderia dizer a seus aposto-los: “Ponde-vos a caminho sem provisões.”

A par do sentido próprio, essas palavras guardam um sentido moral muito profundo. Proferindo-as, ensinava Jesus a seus discípulos que confiassem na Providência. Ao demais, eles, nada tendo, não despertariam a cobiça nos que os recebessem. Era um meio de distinguirem dos egoístas os caridosos. Por isso foi que lhes disse: “Procurai saber quem é digno de vos hospedar” ou: quem é bastante humano para agasalhar o viajante que não tem com que pagar, porquanto esses são dignos de escutar as vossas palavras; pela caridade deles é que os reconhecereis.

Quanto aos que não os quisessem receber, nem ouvir, recomendou ele porventura aos apóstolos que os amaldiçoassem, que se lhes impusessem, que usassem de violência e de constrangimento para os converterem? Não; mandou, pura e simplesmente, que se fossem embora, à procura de pessoas de boa vontade.

O mesmo diz hoje o Espiritismo a seus adeptos: não violenteis nenhuma consciência; a ninguém forceis para que deixe a sua crença, a fim de adotar a vossa; não anatematizeis os que não pensem como vós; acolhei os que venham ter convosco e deixai tranqüilos os que vos repelem. Lembrai-vos das palavras do Cristo. Outrora, o céu era tomado com violência; hoje o é pela brandura.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXV, itens 9 a 11.)
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SOMOS DE DEUS


“Nós somos de Deus.” – João (I João, 4:6.)

Não nos é fácil desvencilharmos dos laços que nos imantam aos círculos menos elevados da vida aos quais ainda pertencemos.

Apesar de nossa origem divina, mil obstáculos nos prendem à ideia de separação da Paternidade Celeste.

Cega-nos o orgulho para a universalidade da vida.

O egoísmo encarcera-nos o coração.

A vaidade ergue-nos falso trono de favoritismo indébito, buscando afastar-nos da realidade.

A ambição inferior precipita-nos em abismos de fantasia destruidora.

A revolta forma tempestades de ódio sobre as nossas cabeças.

A ansiedade fere-nos o ser.

E julgamos, nesses velhos conflitos do sentimento, que pertencemos ao corpo físico, ao preconceito multissecular e à convenção humana, quando todo o patrimônio material que nos circunda representa empréstimo de forças e possibilidades para descobrirmos nós mesmos, enriquecendo o próprio valor.

Na maioria das vezes, demoramo-nos no sombrio cárcere da separação, distraídos, enganados, cegos…

Contudo, a vida continua, segura e forte, semeando luz e oportunidade para que não nos faltem os frutos da experiência.

Pouco a pouco, o trabalho e a dor, a enfermidade e a morte, compelem-nos a reconsiderar os caminhos percorridos, impelindo-nos a mente para zonas mais altas. Não desprezes, pois, esses admiráveis companheiros da jornada humana, porquanto, quase sempre, em companhia deles, é que chegamos a compreender que somos de Deus.
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EMMANUEL
(do livro “Vinha de Luz” – psic. Chico Xavier
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Anotações de além-túmulo - Memórias de um Suicida -


1 - É o homem um composto de tríplice natureza: - humana, astral e espiritual, isto é - matéria, fluido e essência. Esse composto poderá também ser traduzido em expressão mais concreta e popular, assimilável ao primeiro grau de observação: - corpo carnal, corpo fluídico ou perispírito, e alma ou Espírito, sendo que do último é que se irradiam Vida, Inteligência, Sentimento, etc., etc. - centelha onde se verifica a essência divina e que no homem assinala a hereditariedade celeste! Desses três corpos, o primeiro é temporário, obedecendo apenas à necessidade das circunstâncias inalienáveis que contornam o seu possuidor, fadado à desorganização total por sua própria natureza putrescível, oriunda do limo primitivo: - é o de carne. O segundo é imortal e tende a progredir, desenvolver-se, aperfeiçoar-se através dos trabalhos incessantes nas lutas dos milênios: - é o fluídico; ao passo que o Espírito, eterno como a Origem da qual provém, luz imperecível que tende a rebrilhar sempre mais aformoseada até retratar em grau relativo o Fulgor Supremo que lhe forneceu a Vida, para glória do seu mesmo Criador - é a essência divina, imagem e semelhança - (que o será um dia) - do Todo-Poderoso Deus!

2 - Vivendo na Terra, esse ser inteligente, que deverá evolver pela Eternidade, denomina-se Homem! sendo, portanto, o homem um Espírito encarcerado num corpo de carne ou encarnado.

3 - Um Espírito volta várias vezes a tomar novo corpo carnal sobre a Terra, nasce várias vezes a fim de tornar a conviver nas sociedades terrenas, como Homem, exatamente como este é levado a trocar de roupa muitas vezes...

4 - O suicida é um Espírito criminoso, falido nos compromissos que tinha para com as Leis sábias, justas e imutáveis estabelecidas pelo Criador, e que se vê obrigado a repetir a experiência na Terra, tomando corpo novo, uma vez que destruiu aquele que a Lei lhe confiara para instrumento de auxílio na conquista do próprio aperfeiçoamento - depósito sagrado que ele antes deveria estimar e respeitar do que destruir, visto que lhe não assistiam direitos de faltar aos grandes compromissos da vida planetária, tomados antes do nascimento em presença da própria consciência e ante a Paternidade Divina, que lhe fornecera Vida e meios para tanto.

5 - O Espírito de um suicida voltará a novo corpo terreno em condições muito penosas de sofrimento, agravadas pelas resultantes do grande desequilíbrio que o desesperado gesto provocou no seu corpo astral, isto é, no perispírito.

6 - A volta de um suicida a um novo corpo carnal é a lei. É lei inevitável, irrevogável! É expiação irremediável, à qual terá de se submeter voluntariamente ou não, porque a seu próprio benefício outro recurso não haverá senão a repetição do programa terreno que deixou de executar.

7- Sucumbindo ao suicídio o homem rejeita e destrói ensejo sagrado; facultado por lei, para a conquista de situações honrosas e dignificantes para a própria consciência, pois os sofrimentos, quando heroicamente suportados, dominados pela vontade soberana de vencer, são como esponja mágica a expungir da consciência culposa a caligem infamante, muitas vezes, de um passado criminoso, em anteriores etapas terrenas. Mas, se, em vez do heroísmo salvador, preferir o homem a fuga às labutas promissoras, valendo-se de um auto-atentado que bem revelará a vasa de inferioridade que lhe infelicita o caráter, retardará o momento almejado para a satisfação dos mais caros desejos, visto que jamais se poderá destruir porque a fonte de sua Vida reside em seu Espírito e este é indestrutível e eterno como o Foco Sagrado de que descendeu!

8 - Na Espiritualidade raramente o suicida permanecerá durante muito tempo. Descerá à reencarnação prestamente, tal seja o acervo das danosas consequências acarretadas; ou adiará o cumprimento daquela inalienável necessidade caso as circunstâncias atenuantes forneçam capacidade para o ingresso em cursos de aprendizado edificante, que facilitarão as pelejas futuras a prol de sua mesma reabilitação.

9 - O suicida é como que um clandestino da Espiritualidade. As leis que regulam a harmonia do mundo invisível são contrariadas com sua presença em seus páramos antes da época determinada e legal; e tolerados são e amparados e convenientemente encaminhados porque a excelência das mesmas, derramada do seio amoroso do Pai Altíssimo, estabeleceu que a todos os pecadores sejam incessantemente renovadas as oportunidades de corrigenda e reabilitação!

10 - Renascendo em novo corpo carnal, remontará o suicida à programação de trabalhos e prélios diversos aos quais imaginou erradamente poder escapar pelos atalhos do suicídio; experimentará novamente tarefas, provações semelhantes ou absolutamente idênticas às que pretendera arredar; passará inevitavelmente pela tentação do mesmo suicídio, porque ele mesmo se colocou nessa difícil circunstância carreando para a reencarnação expiatória as amargas sequências do passado delituoso! A tal tentação, porém, poderá resistir, visto que na Espiritualidade foi devidamente esclarecido, preparado para essa resistência. Se contudo vier a falir por uma segunda vez - o que será improvável -, multiplicar-se-á sua responsabilidade, multiplicando-se, por isso mesmo, desastrosamente, as séries de sofrimentos e pelejas reabilitadoras, visto que é imortal!

11 - O estado indefinível, de angústia inconsolável, de inquietação aflitiva e tristeza e insatisfações permanentes; as situações anormais que se decalcam e sucedem na alma, na mente e na vida de um suicida reencarnado, indescritíveis à compreensão humana e só assimiláveis por ele mesmo, somente lhe permitirão o retorno à normalidade ao findar das causas que as provocaram, após existências expiatórias, testemunhos severos onde seus valores morais serão duramente comprovados, acompanhando-se de lágrimas ininterruptas, realizações nobilitantes, renúncias dolorosas de que se não poderá isentar... podendo tão dificultoso labor dele exigir a perseverança de um século de lutas, de dois séculos... talvez mais... tais sejam o grau dos próprios deméritos e as disposições para as refregas justas e inalienáveis!

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Autor: Camilo Cândido Botelho
Psicografia de Yvonne A. Pereira.
Livro: Memórias de um Suicida
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