sábado, 17 de agosto de 2024

Os tesouros da vida


Nosso exemplo de renúncia no lar, ensina aos filhos o valor e o desprendimento;

nosso trabalho digno mostra a eles onde estão os maravilhosos tesouros da vida.

Deus há de ensinar-nos os passos e as aspirações.

Ele que é todo misericórdia e todo Amor, nos protegerá com o manto de sua piedade infinita.

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Margarida Soares
Chico Xavier
Obra:Aceitação e vida
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17 de agosto

Aprenda a ser flexível e adaptável.

Ao mesmo tempo, trabalhe sempre ancorado num conhecimento interior para que você não seja influenciado por circunstâncias e condições exteriores, nem se torne dependente delas.

Perceba que sua vida exterior e sua maneira de viver refletem a sua vida interior.

Quando existe paz interior, você irradia paz para o exterior, pois quando seu coração está transbordante de amor você reflete e irradia esse amor à sua volta.

Você não pode esconder o que está em seu interior, pois seu exterior reflete o que você contém.

O tempo passado em paz e quietude nunca é desperdiçado.

É necessário que cada alma encontre tempo para se recolher e refletir, na quietude, sobre aquilo que existe em seu interior, nas coisas realmente importantes da vida e que fazem da sua vida o que ela é: os caminhos do Espírito.

Não importa se o seu dia é muito ocupado.

Esses momentos de quietude são essenciais e constituem a espinha dorsal de sua vida.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Poder da fé

Quando ele veio ao encontro do povo, um homem se lhe aproximou e, lançando-se de joelhos a seus pés, disse: Senhor, tem piedade do meu filho, que é lunático e sofre muito, pois cai muitas vezes no fogo e muitas vezes na água. Apresentei-o aos teus discípulos, mas eles não o puderam curar. Jesus respondeu, dizendo: Ó raça incrédula e depravada, até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei? Trazei-me aqui esse menino. — E tendo Jesus ameaçado o demônio, este saiu do menino, que no mesmo instante ficou são. Os discípulos vieram então ter com Jesus em particular e lhe perguntaram: Por que não pudemos nós outros expulsar esse demônio? — Respondeu-lhes Jesus: Por causa da vossa incredulidade. Pois em verdade vos digo, se tivésseis a fé do tamanho de um grão de mostarda, diríeis a esta montanha: Transporta-te daí para ali e ela se transportaria, e nada vos seria impossível. (S. MATEUS, cap. XVII, vv. 14 a 20.)

No sentido próprio, é certo que a confiança nas suas próprias forças torna o homem capaz de executar coisas materiais, que não consegue fazer quem duvida de si. Aqui porém unicamente no sentido moral se devem entender essas palavras. As montanhas que a fé desloca são as dificuldades, as resistências, a má-vontade, em suma, com que se depara da parte dos homens, ainda quando se trate das melhores coisas. Os preconceitos da rotina, o interesse material, o egoísmo, a cegueira do fanatismo e as paixões orgulhosas são outras tantas montanhas que barram o caminho a quem trabalha pelo progresso da Humanidade. A fé robusta dá a perseverança, a energia e os recursos que fazem se vençam os obstáculos, assim nas pequenas coisas, que nas grandes. Da fé vacilante resultam a incerteza e a hesitação de que se aproveitam os adversários que se têm de combater; essa fé não procura os meios de vencer, porque não acredita que possa vencer.

Noutra acepção, entende-se como fé a confiança que se tem na realização de uma coisa, a certeza de atingir determinado fim. Ela dá uma espécie de lucidez que permite se veja, em pensamento, a meta que se quer alcançar e os meios de chegar lá, de sorte que aquele que a possui caminha, por assim dizer, com absoluta segurança. Num como noutro caso, pode ela dar lugar a que se executem grandes coisas.

A fé sincera e verdadeira é sempre calma; faculta a paciência que sabe esperar, porque, tendo seu ponto de apoio na inteligência e na compreensão das coisas, tem a certeza de chegar ao objetivo visado. A fé vacilante sente a sua própria fraqueza; quando a estimula o interesse, torna-se furibunda e julga suprir, com a violência, a força que lhe falece. A calma na luta é sempre um sinal de força e de confiança; a violência, ao contrário, denota fraqueza e dúvida de si mesmo.

Cumpre não confundir a fé com a presunção. A verdadeira fé se conjuga à humildade; aquele que a possui deposita mais confiança em Deus do que em si próprio, por saber que, simples instrumento da vontade divina, nada pode sem Deus. Por essa razão é que os bons Espíritos lhe vêm em auxílio. A presunção é menos fé do que orgulho, e o orgulho é sempre castigado, cedo ou tarde, pela decepção e pelos malogros que lhe são infligidos.

O poder da fé se demonstra, de modo direto e especial, na ação magnética; por seu intermédio, o homem atua sobre o fluido, agente universal, modifica-lhe as qualidades e lhe dá uma impulsão por assim dizer irresistível. Daí decorre que aquele que a um grande poder fluídico normal junta ardente fé, pode, só pela força da sua vontade dirigida para o bem, operar esses singulares fenômenos de cura e outros, tidos antigamente por prodígios, mas que não passam de efeito de uma lei natural. Tal o motivo por que Jesus disse a seus apóstolos: se não o curastes, foi porque não tínheis fé.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIX, itens 1 a 5.)
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PACIÊNCIA


Onde estejas, apresentas o nome que te assinala, a ideia que te dirige, a roupa que te acolhe e os sinais que te identificam.

Em teu benefício próprio não olvides carregar onde fores, a energia da paciência que te garanta a serenidade.

Se alguém te anuncia catástrofes iminentes, qual se trouxesse na boca o vozerio das trevas, ouve com paciência e perceberás que a vida permanece atuante, acima de todas as calamidades, à maneira do sol que brilha invariável, sobre todos os aguaceiros.

Quando a provação te visite, a modo de ventania destruidora, sofre com paciência e colherás dela renovado vigor semelhante à árvore que se refaz pela angústia da poda.

Diante do golpe que te alcança as fibras mais íntimas, suporta com paciência as dores do reajuste e cicatrizarás valorosamente as chagas do coração conquistando os louros da experiência.

Padeces inesperada injúria dos entes amados que te devem carinho, no entanto, passa por ela com paciência e, amanhã, ser-te-ão mais afeiçoados e mais amigos.

Tolera a deserção de companheiros queridos que te deixam nas mãos o sacrifício de duras tarefas acumuladas, contudo, prossegue com paciência no trabalho que o mundo te reservou e mais tarde, teus ideais e serviços se erigirão por alimento e refúgio em favor deles mesmos.

Irritação é derrota prévia.

Queixa é adiamento do melhor a fazer.

Reclamar é complicar.

Censurar é destruir.

Em todos os males que te firam, usa a dieta da paciência assegurando a própria restauração.

E toda vez que sejamos induzidos a condenar alguém por essa ou aquela falta, inventariemos nossas próprias fraquezas e reconheceremos de pronto que nos encontramos de pé, em virtude da paciência inexaurível de Deus.

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EMMANUEL
Chico Xavier
Obra: Ideal espírita
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sexta-feira, 16 de agosto de 2024

O melhor para nós


“Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai Celeste vos perdoará.” — JESUS (Mateus, 6.14)

Muito e sempre importante para nós o esquecimento de todos aqueles que assumam para conosco essa ou aquela atitude desagradável.

 Ninguém possui medida bastante capaz, a fim de avaliar as dificuldades alheias.

Aquele que, a nosso ver, nos terá ferido, estaria varando esfogueado obstáculo quando nos deu a impressão disso. E, em superando semelhante empeço, haverá deixado cair sobre nós alguma ponta de seus próprios constrangimentos, transformando-se-nos muito mais em credor de apoio que em devedor de atenção.

Em muitos episódios da vida, aqueles que nos prejudicam, ou nos magoam, frequentemente se encontram de tal modo jungidos à tribulação que, no fundo, sofrem muito mais, pelo fato de nos criarem problemas, que nós mesmos, quando nos supomos vítimas deles.

Quem saberia enumerar as ocasiões em que determinado companheiro terá sustado a própria queda, sob a força compulsiva da tentação, até que viesse a escorregar no caminho? Quem disporá de meios para reconhecer se o perseguidor está realmente lúcido ou conturbado, obsesso ou doente?  Quem poderá desentranhar a verdade da mentira, nas crises de perturbação ou desordem?  E quando a nuvem do crime se abate sobre a comunidade, que pessoa deterá tanta percuciência para conhecer o ponto exato em que se haverá originado o fio tenebroso da culpa?

À vista disso, compreendamos que o esquecimento dos males que nos assediem é defesa de nosso próprio equilíbrio, e que, nos dias em que a injúria nos bata em rosto, o perdão, muito mais que uma bênção para os nossos supostos ofensores, é e será sempre o melhor para nós.

🌻🌾🌻
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Ceifa de Luz
🌻🌾🌻

16 de agosto

Sua atitude é vitalmente importante, muito mais importante do que você imagina.

Portanto, se você não consegue adotar a atitude certa para fazer algo, não faça até mudar de atitude.

Tenha prazer em realizar uma tarefa e entenda que, seja ela qual for, é importante para o bom andamento do todo.

Não tenha medo de assumir suas responsabilidades; pois agindo assim você crescerá em sabedoria e estatura. Saiba que nunca lhe é dado um fardo mais pesado do que você consegue carregar.

É importante que cada responsabilidade assumida o ajude a se expandir um pouco mais.

O objetivo das responsabilidades não é sobrecarregá-lo, mas sim ajudá-lo a crescer.

Não se ressinta das responsabilidades que lhe são entregues, mas seja agradecido a elas.

Saiba que elas não lhe seriam dadas se Eu não soubesse que você é capaz de assumí-las.

Peça Minha ajuda sempre. EU ESTOU sempre pronto a ajudá-lo e guiá-lo. Chame por Mim.

🌻🌾🌻
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
🌻🌾🌻



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Mensagem do ESE:

O sacrifício mais agradável a Deus

Se, portanto, quando fordes depor vossa oferenda no altar, vos lembrardes de que o vosso irmão tem qualquer coisa contra vós, — deixai a vossa dádiva junto ao altar e ide, antes, reconciliar-vos com o vosso irmão; depois, então, voltai a oferecê-la. — (S. MATEUS, cap. V, vv. 23 e 24.)

Quando diz: “Ide reconciliar-vos com o vosso irmão, antes de depordes a vossa oferenda no altar”, Jesus ensina que o sacrifício mais agradável ao Senhor é o que o homem faça do seu próprio ressentimento; que, antes de se apresentar para ser por ele perdoado, precisa o homem haver perdoado e reparado o agravo que tenha feito a algum de seus irmãos. Só então a sua oferenda será bem aceita, porque virá de um coração expungido de todo e qualquer pensamento mau. Ele materializou o preceito, porque os judeus ofereciam sacrifícios materiais; cumpria--lhe conformar suas palavras aos usos ainda em voga. O cristão não oferece dons materiais, pois que espiritualizou o sacrifício. Com isso, porém, o preceito ainda mais força ganha. Ele oferece sua alma a Deus e essa alma tem de ser purificada.

Entrando no templo do Senhor, deve ele deixar fora todo sentimento de ódio e de animosidade, todo mau pensamento contra seu irmão. Só então os anjos levarão sua prece aos pés do Eterno. Eis aí o que ensina Jesus por estas palavras: “Deixai a vossa oferenda junto do altar e ide primeiro reconciliar-vos com o vosso irmão, se quiserdes ser agradável ao Senhor.”

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, itens 7 e 8.)
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NO CAMINHO COMUM


Diz o Egoísmo – exijo.
Diz o Evangelho – cooperarei.

Clama o Egoísmo – eu tenho e posso.
Clama o Evangelho – O Senhor lembrar-se-á de nós com a sua Bênção.

Pede o Egoísmo – entende-me.
Pede o Evangelho – deixa-me auxiliar.

Grita o Egoísmo – sou amado.
Afirma o Evangelho – amo.

Diz o Egoísmo – nunca mais.
Diz o Evangelho – servirei ao bem, sem descanso.

Assevera o Egoísmo – não suportarei.
Assevera o Evangelho – o Céu dar-me-á resistência.

Clama o Egoísmo – jamais perdoarei.
Clama o Evangelho – desconheço o mal.

Diz o Egoísmo – tudo é meu.
Diz o Evangelho – tudo é nosso.

O Egoísmo reclama.
O Evangelho sacrifica-se.

O Egoísmo absorve.
O Evangelho se espalha em doações.

O Egoísmo recolhe para si.
O Evangelho semeia com amor, a benefício de todos.

O Egoísmo precipita-se.
O Evangelho espera.

O Egoísmo toma posse.
O Evangelho auxilia.

O Egoísmo proclama: - eu.
O Evangelho apregoa: - nós.

É fácil conhecer a nossa posição dentro da vida.

Pelas nossas próprias atitudes, no caminho comum, nas relações habituais de uns para com os outros sabemos, em verdade, se ainda estamos na noite do personalismo delinquente ou se já estamos atingindo a alvorada renovadora com o inolvidável Mestre da Cruz.

🌻🌾🌻
André Luiz
Francisco Cândido Xavier
Obra: Apostilas da vida
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quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Limpeza


Onde o bem se mostra por edificação do bem de todos, a limpeza comparece na base de todos os serviços.

A fim de que produza, com segurança, a gleba aguarda o concurso da enxada contra o crescimento da erva daninha.

O laboratório reclama instrumentos esterilizados para que o remédio alcance os fins a que se destina.

O lar espera faxina diária, na preservação da saúde dos moradores.

O livro, verdadeiramente nobre, demanda rigorosa triagem para que se lhe evite, no texto, o prejuízo dos termos chulos.

Nas providências mais simples da vida, surpreendemos semelhante necessidade.

Alimento sadio requisita seleção de produtos.

Água, para servir, quer filtragem.

Roupa não se conserva sem a cooperação da lavadeira.

Vias públicas solicitam esgotos.

Nas mesmas circunstâncias, diante das posições desagradáveis da alma, que, de fato, equivalem a perturbações e moléstias obscuras da mente, é necessário saibamos usar a lixívia da paciência, aclarando raciocínios e renovando emoções, definindo atitudes e policiando palavras, na certeza de que toda cura espiritual exige a limpeza do pensamento.

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Albino Teixeira
(Psicografia de F. C. Xavier)
Ideal Espírita
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15 de Agosto

Se você acha difícil amar os seus semelhantes, não tente se forçar a fazê-lo, porque é impossível obrigar-se a amar alguém.

Mas se você Me procurar e Me pedir ajuda, Eu plantarei a semente do amor em seu coração.

Você, então, só terá que cuidar dela com carinho, dedicação, e observá-la crescer, sem esforço de sua parte.

Querer se forçar a amar alguém é uma batalha vencida.

Você vai descobrir que pessoas semelhantes se atraem e você se sentirá naturalmente mais atraído para umas do que para outras, e você será capaz de se fundir melhor em determinado grupo.

Mas, não se preocupe.

Gradualmente você vai aprender o significado do amor universal e, à medida que você crescer espiritualmente, vai entender o significado do Meu amor divino.

Deixe que ele se desdobre naturalmente, sem esforço de sua parte além de uma enorme vontade interior de amar sempre mais.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Emprego da riqueza (III)

Sendo o homem o depositário, o administrador dos bens que Deus lhe pôs nas mãos, contas severas lhe serão pedidas do emprego que lhes haja ele dado, em virtude do seu livre-arbítrio. O mau uso consiste em os aplicar exclusivamente na sua satisfação pessoal; bom é o uso, ao contrário, todas as vezes que deles resulta um bem qualquer para outrem. O merecimento de cada um está na proporção do sacrifício que se impõe a si mesmo. A beneficência é apenas um modo de empregar-se a riqueza; ela dá alívio à miséria presente; aplaca a fome, preserva do frio e proporciona abrigo ao que não o tem.

Dever, porém, igualmente imperioso e meritório é o de prevenir a miséria. Tal, sobretudo, a missão das grandes fortunas, missão a ser cumprida mediante os trabalhos de todo gênero que com elas se podem executar. Nem, pelo fato de tirarem desses trabalhos legítimo proveito os que assim as empregam, deixaria de existir o bem resultante delas, porquanto o trabalho desenvolve a inteligência e exalça a dignidade do homem, facultando-lhe dizer, altivo, que ganha o pão que come, enquanto a esmola humilha e degrada. A riqueza concentrada em uma mão deve ser qual fonte de água viva que espalha a fecundidade e o bem-estar ao seu derredor. Ó vós, ricos, que a empregardes segundo as vistas do Senhor! O vosso coração será o primeiro a dessedentar-se nessa fonte benfazeja; já nesta existência fruireis os inefáveis gozos da alma, em vez dos gozos materiais do egoísta, que produzem no coração o vazio. Vossos nomes serão benditos na Terra e, quando a deixardes, o soberano Senhor vos dirá, como na parábola dos talentos: “Bom e fiel servo, entra na alegria do teu Senhor.”

Nessa parábola, o servidor que enterrou o dinheiro que lhe fora confiado é a representação dos avarentos, em cujas mãos se conserva improdutiva a riqueza. Se, entretanto, Jesus fala principalmente das esmolas, é que naquele tempo e no país em que ele vivia não se conheciam os trabalhos que as artes e a indústria criaram depois e nas quais as riquezas podem ser aplicadas utilmente para o bem geral. A todos os que podem dar, pouco ou muito, direi, pois: dai esmola quando for preciso; mas, tanto quanto possível, convertei-a em salário, a fim de que aquele que a receba não se envergonhe dela.

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— Fénelon. (Argel, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 13.)
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Eia agora


“Eia agora, vós que dizeis... amanhã...”
(Tiago, 4:13)

Agora é o momento decisivo para fazer o bem.

Amanhã, provavelmente...

O amigo terá desaparecido.

A dificuldade estará maior.

A moléstia terá ficado mais grave.

A ferida, possivelmente, mostrar-­se-­á mais crescida de extensão.

O problema talvez surja mais complicado.

A oportunidade de ajudar não se fará repetida.

A boa semente plantada agora é uma garantia da produção valiosa no porvir.

A palavra útil pronunciada sem detença, será sempre uma luz no quadro em que vives.

Se, desejas ser desculpado de alguma falta, aproxima-­te agora daqueles a quem feriste e revela o teu propósito de reajustamento.

Se te propões auxiliar o companheiro, ajuda­-o sem demora para que a bênção de teu concurso fraterno responda às necessidades de teu irmão, com a desejável eficiência.

Não durmas sobre a possibilidade de fazer o melhor.

Não te mantenhas na expectativa inoperante, quando podes contribuir em favor da alegria e da paz.

A dádiva tardia tem gosto de fel.

“Eia agora” — diz­-nos o Evangelho, na palavra apostólica.

Adiar o bem que podemos realizar é desaproveitar o tempo e furtar do Senhor.

🌸🌿🌸
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Fonte viva
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quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Relações Simpáticas e Antipáticas.


291. Além da simpatia geral, determinada pelas semelhanças, há afeições particulares entre os Espíritos?

— Sim, como entre os homens. Mas o liame que une os Espíritos é mais forte na ausência do corpo, porque não está mais exposto às vicissitudes das paixões.

292. Há aversões entre os Espíritos?

— Não há aversões senão entre os Espíritos impuros, e são estes que excitam entre vós as inimizades e as dissensões.

293. Dois seres que foram inimigos na Terra conservarão os seus ressentimentos no mundo dos Espíritos?

— Não; compreenderão que sua dimensão era estúpida, e o motivo, pueril. Apenas os Espíritos imperfeitos conservam uma espécie de animosidade, até que se purifiquem. Se não foi senão um interesse material o que os separou, não pensarão mais nele, por pouco desmaterializados que estejam. Se não houver antipatia entre eles, o motivo da dissensão não mais existindo, podem rever-se com prazer.

Comentário de Kardec: Da mesma maneira que dois escolares, chegando à idade da razão reconhecem a puerilidade de suas brigas infantis e deixam de se malquerer.

294. A lembrança das más ações que dois homens cometeram, um contra o outro, é obstáculo à sua simpatia?

— Sim, ela os leva a se distanciarem.

295. Que sentimento experimentam, após a morte, aqueles a quem fizemos mal neste mundo?

— Se são bons, perdoam, de acordo com o vosso arrependimento. Se são maus, podem conservar o ressentimento, e por vezes vos perseguir até numa outra existência. Deus pode permiti-lo, como um castigo.

296. As afeições individuais dos Espíritos são suscetíveis de alteração?

— Não, porque eles não podem enganar-se, não usam mais a máscara sob a qual se ocultam os hipócritas e é por isso que as suas afeições são inalteráveis, quando eles são puros. O amor que os une é para eles a fonte de uma suprema felicidade.

297. A afeição que dois seres mantiveram na Terra prossegue sempre, no mundo dos Espíritos?

— Sim, sem dúvida, se ela se baseia numa verdadeira simpatia; mas se as causas de ordem física tiveram maior influência que a simpatia, ela cessa com as causas. As afeições entre os Espíritos são mais sólidas e mais duráveis que na Terra, porque não estão subordinadas ao capricho dos interesses materiais e do amor-próprio.

298. As almas que devem unir-se estão predestinadas a essa união, desde a sua origem, e cada um de nós tem em alguma parte do Universo, a sua metade, à qual um dia se unirá fatalmente?

— Não; não existe união particular e fatal entre duas almas. A união existe entre todos os Espíritos, mas em graus diferentes, segundo a ordem que ocupam, a perfeição que adquiriram: quanto mais perfeitos, tanto mais unidos. Da discórdia nascem todos os males humanos; da concórdia resulta a felicidade completa.

299. Em que sentido se deve entender a palavra metade, de que certos Espíritos se servem para designar os Espíritos simpáticos?

— A expressão é inexata; se um Espírito fosse a metade de outro, uma vez separado estaria incompleto.

300. Dois Espíritos perfeitamente simpáticos, quando reunidos, ficarão assim pela eternidade, ou podem separar-se e unir-se a outros Espíritos?

— Todos os Espíritos são unidos entre si. Falo dos que já atingiram a perfeição. Nas esferas inferiores, quando um Espírito se eleva, já não tem a mesma simpatia pelos que deixou.

301. Dois Espíritos simpáticos são complemento um do outro, ou essa simpatia é o resultado de uma afinidade perfeita?

— A simpatia que atrai um Espírito para outro é o resultado da perfeita concordância de suas tendências, de seus instintos; se um devesse completar o outro, perderia a sua individualidade.

302. A afinidade necessária para a simpatia perfeita consiste apenas na semelhança dos pensamentos e sentimentos, ou também na uniformidade dos conhecimentos adquiridos?

— Na igualdade dos graus de elevação.

303. Os Espíritos que hoje não são simpáticos, podem sê-lo mais tarde?

— Sim, todos o serão. Assim, o Espírito que está hoje numa determinada esfera inferior, quando se aperfeiçoar, chegará à esfera em que se encontra outro. Seu encontro se realizará mais prontamente, se o Espírito mais elevado, suportando mal as provas a que se submetera, tiver permanecido no mesmo estado.

303-a. Dois Espíritos simpáticos podem deixar de sê-lo?

— Certamente, se um deles é preguiçoso.

Comentário de Kardec: A teoria das metades eternas é uma imagem que representa a união de dois Espíritos simpáticos. É uma expressão usada até mesmo na linguagem vulgar, e que não deve ser tomada ao pé da letra. Os Espíritos que dela se servem não pertencem à ordem mais elevada. A esfera de suas ideias é necessariamente limitada, e exprimem o seu pensamento pelos termos de que se teriam servido na vida corpórea. E necessário rejeitar esta ideia de que dois Espíritos, criados um para o outro, devem um dia fatalmente reunir-se na eternidade, após terem permanecido separados durante um lapso de tempo mais ou menos longo.

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VII – Relações Simpáticas e Antipáticas. Metades Eternas (Perguntas 291 a 303-a) – O Livro dos Espíritos.
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14 de Agosto

É contribuindo com suas habilidades e talentos para o bem do todo que o quebra-cabeça da vida será montado, formando um todo perfeito.

Quais são os seus talentos específicos?

Pare de ocultá-los e compartilhe-os, porque eles são todos necessários.

Você pode achar que tem muitas qualidades, ou pode achar que tem pouco ou nada para doar.

Não é bem assim.

Você tem um dom único e específico que ninguém mais pode doar, e esse único dom é necessário.

Cabe a você descobri-lo e entregá-lo.

É preciso todo tipo de atributos para formar o todo.

Cada minúscula mola, rodilha ou engrenagem é necessária para fazer o relógio funcionar.

Cada órgão do corpo, cada ínfima cédula e cada átomo, todos são necessários para formar um corpo perfeito.

Quando você conseguir se ver como parte do todo, você não vai mais querer reter aquilo que tem para doar.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE: 

Dom de curar

Restituí a saúde aos doentes, ressuscitai os mortos, curai os leprosos, expulsai os demônios. Dai gratuitamente o que gratuitamente haveis recebido. (S. MATEUS, cap. X, v. 8.)

“Dai gratuitamente o que gratuitamente haveis recebido”, diz Jesus a seus discípulos. Com essa recomendação, prescreve que ninguém se faça pagar daquilo por que nada pagou. Ora, o que eles haviam recebido gratuitamente era a faculdade de curar os doentes e de expulsar os demônios, isto é, os maus Espíritos. Esse dom Deus lhes dera gratuitamente, para alívio dos que sofrem e como meio de propagação da fé; Jesus, pois, recomendava-lhes que não fizessem dele objeto de comércio, nem de especulação, nem meio de vida.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVI, itens 1 e 2.)
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Parentes complexos


Parece questão simples mas não é: os parentes complexos.

Discutimos, deblateramos no assunto. Entretanto, exceção feita aos portadores de moléstias congênitas, somente erradicáveis nos tratamentos da reencarnação, se encontramos um parente difícil, a verdade é que também seremos para ele um parente difícil, pelo menos, durante o período de tempo, em que se nos perdure o desacordo.

Conservemos serenidade e paciência, à frente dos familiares que se nos mostrem irritadiços ou intolerantes. Quem de nós na Terra, não terá tido determinados momentos de perplexidade ou inquietação?

O olhar amargurado de um pai ou um semblante materno toldado de tristeza, talvez nos escondam graves preocupações para que não nos faltem reconforto e alegria.

O irmão desorientado, a irmã queixosa, o esposo que se patenteie acabrunhado ou a esposa que se revele fatigada e abatida, terão motivos para isso, tanto quanto, mantínhamos as nossas razões para enfado ou aborrecimento, quando no estágio terrestre.

Saibamos respeitar sempre os entes queridos, notadamente quando atravessam tempestades na vida íntima, cujas minudências não nos será lícito investigar. Esperemos que saibam vencer por si mesmos as tribulações que os visitam, evitando os interrogatórios indesejáveis e as perguntas fora de tempo, que estimaríamos dispensar igualmente se estivéssemos no lugar deles.

Compreendamos que, no mundo físico, bastas vezes, somos impelidos a seguir adiante, através de veredas empedradas, em benefício de nossas próprias experiências. E, sobretudo, estejamos convencidos de que não teremos parentes-enigmas e nem seremos familiares-problemas para ninguém se cultivarmos a paz e se tivermos amor.

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Meimei
Chico Xavier
Obra: Esperança e vida
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terça-feira, 13 de agosto de 2024

Silêncio



O silêncio ajuda sempre:

Quando ouvimos palavras infelizes.

Quando alguém está irritado.

Quando a maledicência nos procura.

Quando a ofensa nos golpeia.

Quando alguém se encoleriza.

Quando a crítica nos fere.

Quando escutamos a calúnia.

Quando a ignorância nos acusa.

Quando o orgulho nos humilha.

Quando a vaidade nos provoca.

O silêncio é a gentileza do perdão que se cala e espera o tempo.

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Meimei
Chico Xavie
Obra: Pai nosso
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13 de agosto

Aprenda a pensar e a sentir pelos outros, a fazer por eles o que você gostaria que eles fizessem por você.

Aprenda a compreendê-los e penetre em suas vidas e seus corações, derramando amor e compreensão sobre eles, assim eliminando toda crítica, julgamento e condenação.

Perceba que o amor transforma e transmuta toda amargura e todo ódio, enquanto que a compreensão abre os corações fechados, frios e apáticos.
Pratique estas palavras: "Não resista ao mal, mas supere o mal com o bem".

É mais fácil falar do que fazer, mas até que tenha sido praticado e vivido, não haverá paz e boa vontade para o mundo.

Estas palavras têm sido ouvidas, lidas e pregadas através dos séculos, mas não têm sido vividas; e é por isso que existem guerras, destruição, maldade e ódio no mundo.

E essa situação vai continuar até que a humanidade tenha aprendido a viver a vida, não apenas a falar sobre ela, e tenha aprendido a viver e a fazer vibrar estas maravilhosas palavras no seu dia a dia.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
🌱🌼🌱






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MENSAGEM DO ESE:

Fazer o bem sem ostentação

Tende cuidado em não praticar as boas obras diante dos homens, para serem vistas, pois, do contrário, não recebereis recompensa de vosso Pai que está nos céus. — Assim, quando derdes esmola, não trombeteeis, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Digo-vos, em verdade, que eles já receberam sua recompensa. — Quando derdes esmola, não saiba a vossa mão esquerda o que faz a vossa mão direita; — a fim de que a esmola fique em segredo, e vosso Pai, que vê o que se passa em segredo, vos recompensará. (S. MATEUS, cap. VI, vv. 1 a 4.)

Tendo Jesus descido do monte, grande multidão o seguiu. Ao mesmo tempo, um leproso veio ao seu encontro e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, poderás curar-me. — Jesus, estendendo a mão, o tocou e disse: Quero-o, fica curado; no mesmo instante desapareceu a lepra. — Disse-lhe então Jesus: abstém-te de falar disto a quem quer que seja; mas, vai mostrar-te aos sacerdotes e oferece o dom prescrito por Moisés, a fim de que lhes sirva de prova. (S. MATEUS, cap. VIII, vv. 1 a 4.)

Em fazer o bem sem ostentação há grande mérito; ainda mais meritório é ocultar a mão que dá; constitui marca incontestável de grande superioridade moral, porquanto, para encarar as coisas de mais alto do que o faz o vulgo, mister se torna abstrair da vida presente e identificar-se com a vida futura; numa palavra, colocar-se acima da Humanidade, para renunciar à satisfação que advém do testemunho dos homens e esperar a aprovação de Deus. Aquele que prefere ao de Deus o sufrágio dos homens prova que mais fé deposita nestes do que na Divindade e que mais valor dá à vida presente do que à futura. Se diz o contrário, procede como se não cresse no que diz.

Quantos há que só dão na esperança de que o que recebe irá bradar por toda a parte o benefício recebido! Quantos os que, de público, dão grandes somas e que, entretanto, às ocultas, não dariam uma só moeda! Foi por isso que Jesus declarou: “Os que fazem o bem ostentosamente já receberam sua recompensa.” Com efeito, aquele que procura a sua própria glorificação na Terra, pelo bem que pratica, já se pagou a si mesmo; Deus nada mais lhe deve; só lhe resta receber a punição do seu orgulho.

Não saber a mão esquerda o que dá a mão direita é uma imagem que caracteriza admiravelmente a beneficência modesta. Mas, se há a modéstia real, também há a falsa modéstia, o simulacro da modéstia. Há pessoas que ocultam a mão que dá, tendo, porém, o cuidado de deixar aparecer um pedacinho, olhando em volta para verificar se alguém não o terá visto ocultá-la. Indigna paródia das máximas do Cristo! Se os benfeitores orgulhosos são depreciados entre os homens, que não será perante Deus? Também esses já receberam na Terra sua recompensa. Foram vistos; estão satisfeitos por terem sido vistos. É tudo o que terão.

E qual poderá ser a recompensa do que faz pesar os seus benefícios sobre aquele que os recebe, que lhe impõe, de certo modo, testemunhos de reconhecimento, que lhe faz sentir a sua posição, exaltando o preço dos sacrifícios a que se vota para beneficiá-lo? Oh! para esse, nem mesmo a recompensa terrestre existe, porquanto ele se vê privado da grata satisfação de ouvir bendizer-lhe do nome e é esse o primeiro castigo do seu orgulho.

As lágrimas que seca por vaidade, em vez de subirem ao Céu, recaíram sobre o coração do aflito e o ulceraram. Do bem que praticou nenhum proveito lhe resulta, pois que ele o deplora, e todo benefício deplorado é moeda falsa e sem valor.

A beneficência praticada sem ostentação tem duplo mérito. Além de ser caridade material, é caridade moral, visto que resguarda a suscetibilidade do beneficiado, faz-lhe aceitar o benefício, sem que
seu amor-próprio se ressinta e salvaguardando-lhe a dignidade de homem, porquanto aceitar um serviço é coisa bem diversa de receber uma esmola. Ora, converter em esmola o serviço, pela maneira de prestá-lo, é humilhar o que o recebe, e, em humilhar a outrem, há sempre orgulho e maldade. A verdadeira caridade, ao contrário, é delicada e engenhosa no dissimular o benefício, no evitar até as simples aparências capazes de melindrar, dado que todo atrito moral aumenta o sofrimento que se origina da necessidade. Ela sabe encontrar palavras brandas e afáveis que colocam o beneficiado à vontade em presença do benfeitor, ao passo que a caridade orgulhosa o esmaga. A verdadeira generosidade adquire toda a sublimidade, quando o benfeitor, invertendo os papéis, acha meios de figurar como beneficiado diante daquele a quem presta serviço. Eis o que significam estas palavras: “Não saiba a mão esquerda o que dá a direita.”

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, itens 1 a 3.)
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FÁCIL E DIFÍCIL


Fácil testemunhar a fé nos dias tranquilos.
Difícil testemunhá-la nas horas de provação.

Fácil perseverar no bem quando tudo nos seja incentivo a prosseguir.
Difícil continuar na tarefa quando os próprios companheiros nos desalentam.

Fácil percorrer a estrada do ideal entre as flores do reconhecimento.
Difícil trilhar o caminho do dever pisando os espinhos da ingratidão.

Fácil esquecer os que nos ofendem com mentiras.
Difícil perdoar os que nos dizem a verdade a nosso respeito.

Fácil ceder nas ideias que não nos pertençam.
Difícil renunciar ao próprio ponto de vista.

Fácil tomar a cruz sobre os ombros.
Difícil transportá-la aos apupos da multidão.

Fácil seguir o Cristo.
Difícil imitá-lo em suas atitudes.

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Albino Teixeira
Carlos A. Baccelli
Obra: Irmãos do caminho
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