sábado, 22 de dezembro de 2012

Diante do Dinheiro



Examina em que se transforma o dinheiro nas tuas mãos, afim de que possas ajuizar quanto ao proveito dos recursos passageiros que o Senhor te empresta à vida.

Não é o metal ou o papel da moeda circulante que te impõem prejuízos ao coração, mas sim o próprio sentimento com que deles te vales para imergir a existência na sombra do tédio ou da enfermidade, do remorso ou da indisciplina.
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Observa o que fazes e aprende a dirigir o dinheiro para que o dinheiro não te diriga.
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Com alguns vinténs congregados, podes realmente adquirir a alegria e o socorro de muitos...

O leite à criança enferma e o livro que ampare a alguém...

O pão ao faminto e o remédio ao doente...

O estímulo ao companheiro que luta na solução de inquietantes problemas e a felicidade do irmão em prova, algemado a aflitivos débitos...

Muita gente, porém, mobiliza a posse de alguns dias na aquisição de dor para muitos anos, de vez que, acumulando a prata e o ouro da Terra para dominar e ferir, sujeita-se ao império de arrasadoras paixões, elevando-se pela convenção da moeda humana, à frente do mundo, e caindo em desequilíbrio diante da Eterna Lei.
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Não temas o dinheiro dignamente conquistado, aprendendo, sobretudo, a produzi-lo com teu próprio suor; e, guiando-lhe os movimentos no caminho do trabalho e da luz, da caridade e da educação, terás dele feito não mais o tiranizante senhor a encarcerar-te no estranho reino do azinhavre e da usura, da irreflexão ou da delinquência, mas sim o companheiro leal e o servo amigo, a sustentar-te os passos para o Reino de Deus.
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Emmanuel 
Chico Xavier








sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

A gentileza dos estranhos

 
 
Numa época em que muitos desacreditam da generosidade humana e, pessimistas, dizem que neste mundo é cada um por si, que ninguém se importa com ninguém, é bom ouvir relatos que atestam exatamente o contrário.

Uma senhora que emigrou da Rússia, ainda criança, com sua família, após a segunda guerra mundial, tem recordações bastante agradáveis de uma pessoa que lhes era desconhecida.

Durante o terrível confronto mundial, ela e sua família foram sequestrados e levados a um campo de concentração na Alemanha, onde permaneceram por cinco anos.

Tendo sobrevivido aos rudes tratos, vieram ao Brasil, desembarcando no porto do rio de janeiro, no ano de 1948.

Como imigrantes, receberam o prazo de quatro meses para conseguir emprego e moradia, caso contrário seriam deportados ao seu país.

Dois meses transcorridos, a família resolveu mudar-se para São Paulo em busca de melhores possibilidades.

Encontraram uma senhora alemã, que tinha uma casa para alugar. Contudo, a família não tinha recursos, não poderia indicar avalistas, por ser desconhecida na cidade.

A mãe de família explicou à dona da casa a situação. O prazo para conseguirem moradia e emprego terminaria em dois meses. O insucesso significaria desistir da esperança de melhores dias.

A senhora era uma dessas almas revestidas de bondade e de sabedoria.

Abriu a casa que lhe deveria render algum dinheiro e permitiu que a família ali se alojasse. Pagariam, quando tivessem condições.

Na sequência, apresentou a jovem mãe de família ao açougueiro e ao dono do mercadinho. Como um aval de que pudessem realizar suas compras, a fim de não perecer de fome.

Os pais conseguiram um trabalho 15 dias depois e puderam recomeçar as suas vidas.

É uma das filhas que, entre a gratidão e a emotividade, narra o episódio. Sua vida e de toda sua família foi salva, graças a um coração que acreditou em sua honestidade.

E a família soube aproveitar, com muita vontade, a chance que lhe foi ofertada.

Pense nisso!

Um dia, num país distante, um casal procurou abrigo. Não possuía credenciais, nem cartas de apresentação.

Ele era um Carpinteiro, das bandas de Nazaré. Ela, uma jovem grávida, de aspecto cansado, pela longa viagem.

Seus bens não passavam de um jumento, um boi, roupas para viagem, algumas provisões, umas peças de enxoval para o bebê que deveria nascer em breve.

Uma alma generosa, não tendo outro lugar, cedeu-lhes a gruta onde costumava recolher seus preciosos animais.

E foi ali, na gruta de Belém, que uma Estrela de primeira grandeza surgiu no corpo de um menino.

O nome do homem era José.
 A mulher se chamava Maria. 
E o Menino recebeu o doce nome de Jesus.
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Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no texto a gentileza de estranhos, de Tamara Kaufmann, extraída da Revista Seleções do Reader’s Digest, de dez/2003.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

AMOR E RESPEITO AOS ANIMAIS








Qualquer pessoa pode ser protetora de animais. No dia-a-dia de todos nós, animais compõem a paisagem e, com pequeninos gestos de amor, poderemos agir em benefício deles. Não custa nada amar aos animais e necessariamente o retorno desse amor se fará presente em nossas vidas. Passamos a enumerar algumas situações nas quais nossa opção preferencial de amparo aos animais se constituirá numa atitude digna e principalmente cristã:

1 - Educação infantil

Conta-se que Licurgo foi convidado a falar sobre a educação. O grande legislador de Esparta aceitou, mas pediu um ano para preparar o material que iria apresentar.
- Por que um homem tão sábio ocuparia tanto tempo para compor simples exposição de ideias? Exigência aceita, prazo cumprido, ei-lo diante da multidão que compareceu para ouvir-lhe os conceitos. Trazia duas gaiolas. Numa estavam dois cães; duas lebres na outra.

Sem nada dizer, tirou um animal de cada gaiola, soltando-os. Em instantes o cão estraçalhou a lebre. Libertou em seguida os restantes. O público estremeceu, antevendo nova cena de sangue. Surpresa: o cão aproximou-se da lebre e brincou com ela. Esta correspondeu, sem nenhum temor, às suas iniciativas.

- Aí está, senhores - esclareceu Licurgo -, porque pedi prazo tão extenso, preparando esses animais. O melhor discurso é o exemplo. O que mostrei exemplifica o que pode a educação, que opera até mesmo o prodígio de promover a confraternização de dois seres visceral e instintivamente inimigos.

Se é possível educar animais, mesmo antagônicos, levando-os à convivência pacífica, naturalmente será possível educar as crianças, incutindo-lhes desde cedo o respeito devido a Deus, aos semelhantes e à Natureza - fauna e flora. A criança, em particular, em casa, na escola e na sociedade, deve ser esclarecida quanto às normas cristãs de amor e respeito, aí incluindo-se os animais. Deve ser enfatizado que maus-tratos aos animais embrutecem o homem, pois isso é crueldade, que em nada dignifica a alma. As crianças são sensíveis ao aprendizado e, se lhes for demonstrado que os animais sentem dor como nós próprios, certamente serão protetoras de animais por toda a vida.

O inevitável sacrifício de animais para servir de alimento, em hipótese alguma pode se revestir de pavor, crueldade e dor para com eles: a maneira deve ser a mais rápida e mais indolor possível. Quanto a insetos daninhos (moscas, mosquitos, baratas, escorpiões etc.) devem ser eliminados mas sem características de crueldade, isto é, de um golpe só.

A criança deve ser informada que tais insetos não são "inimigos", mas, sim, seres criados também por Deus: vivendo em rudimentar estágio, estão na Terra em razão de este planeta também abrigar outros seres - nós, inclusive - todos em processo de evolução. Em mundos felizes, certamente, inexistem tais nocivas criaturas, aqui, meros instrumentos consentâneos com a evolução terrena.

A exemplo do que já acontece em outros países, de todo recomendável seria a criação, nas escolas, dos chamados "Grupos de Proteção aos Animais" ou "Grupo de Assistência aos Animais"; pertencer como sócio a um desses grupos é dignificante para a criança, para a família e para a Pátria; com seriedade e ardor, semelhantes aos dos escoteiros que protegem os seres indefesos, os sócios desses grupos muito poderão fazer pelos animais, usando sua natural energia e criatividade. Como sugestão, o coordenador pedagógico ou educador responsável pelo Grupo poderá designar, para cada espécie animal, uma equipe de "advogados de defesa".

A(s) criança(s) proporia(m), na escola toda, algumas questões do tipo:
• como devem ser tratados os cavalos? E os cães? E os gatos?
• você sabia que os sapos são extremamente úteis aos jardineiros e na roça, pois comem pragas?
• você já pensou no benefício que os urubus, gaviões e crocodilos fazem ao homem, comendo animais mortos? Pois, do contrário, esses restos mortais poderiam contaminar o meio ambiente?
• quem gostaria de morar a vida toda numa gaiola ou numa jaula?...

Conquanto a educação aqui preconizada refira-se à criança, esforços deverão também ser envidados - por todos os segmentos sociais, principalmente os escolares e religiosos para que os adultos dêem o exemplo.

2 - Piedade

O sentimento de piedade demonstra elevação espiritual, principalmente quando seguido da respectiva ajuda para a cessação da causa do sofrimento. Só que se deve sentir piedade, não apenas por semelhantes, mas também pelos animais. A emoção piedosa será a mesma, em ambos os casos. A piedade antepõe-se vigorosamente à crueldade, obstando-a, quando não a eliminando. Tanto a piedade quanto a crueldade têm a proprie­dade de se multiplicar; por isso, melhor será sempre in­crementar aquela, com isso banindo esta.

A piedade é a ante-sala do Amor, assim como a crueldade o é da violência.

3 - Animais abandonados


Cães e gatos, principalmente, "sem casa", perambulando perdidos pelas ruas, famintos, arredios, apavorados, nascem pelos mesmos mecanismos divinos da vida, dos demais seres vivos, estando em árduo processo evolutivo. Merecem nossa compaixão e mais que isso: merecem nosso apoio! Sendo possível, devemos alimentá-los, jamais escorraçá-los. Na hipótese de um animal estar acometido de hidrofobia (raiva), eleja não sabe o que faz. Está sofrendo. Normalmente, anda de cabeça baixa e em silêncio, triste. Espuma na boca pode significar duas anomalias distintas: ou "raiva" ou envenenamento cruel.

Nesses casos, deve-se apelar para as autoridades municipais, que apreenderão o animal e, conforme o caso, por inevitável, o sacrificarão. Cabe aqui lembrar que o mundo é lugar destinado também para os animais e isso é decisão divina. Negar-lhes tal direito conflita com o respeito a Deus. O abandono de um animal é condenação certa. O autor desses dolorosos quadros que o cotidiano nos mostra, agindo irresponsavelmente, cedo ou tarde terá que prestar contas à sua consciência.

4 - Eutanásia-animal

A revista mexicana La Voz de los Animales considera que o abandono de animais (de estimação) é para eles o pior castigo; recomenda que é preferível proporcionar-lhes morte piedosa (se possível, sob cuidados de um veterinário). Conquanto a admiração que nutrimos por aquela revista - toda ela dedicada à proteção dos animais -, respeitosamente discordamos. Discordamos porque, como cristãos, jamais poderíamos aceitar um ou outro procedimento, à guisa de tal ser imperativo.

Se é ruim o abandono do animal que conviveu longos tempos sob a proteção do seu dono, pior será sua execução, quando tal proteção não mais seja possível. O fato é que não se deve descartar de um animal de longa convivência doméstica como se desfaz de um chinelo velho: qualquer argumento falecerá ante as regras da vida e da ética. Morte piedosa do animal, talvez, só quando o veterinário atestar que traumas ou doenças sejam irreversíveis, além de acompanhadas de dores insuportáveis.

Obs.: Não podemos confundir fatos e nem devemos nos esquecer que no O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. V, n5 28, consta ser grave equívoco a eutanásia, sob o pretexto de carma sendo esgotado nos casos de doenças incuráveis, com desencarne previsto pela Medicina. O espírito humano tem aí (paciente terminal) preciosíssima oportunidade de reflexão e arrependimento, crescendo às vezes num minuto o quanto não o fez na vida toda.

Quanto ao animal, possuindo também uma alma, embora diferente da humana, não lhe é acometido carma (nem bom, nem mau - por não possuir livre-arbítrio), nem lhe ocorrem reflexão ou arrependimento, em qualquer instante, de atos praticados durante sua vida (por não possuir consciência). Dever cristão é que impõe ao dono ampará-lo até o último sopro de vida, para morrer em paz e para com gratidão ao ser humano chegar às regiões espirituais que Deus lhe concede.

5 - Cemitério para animais

Aqui, muitas pessoas "gente boa" torcem o nariz quando ouvem falar nisso. "Se os cemitérios já andam lotados com gente, era só o que faltava pensar em cemitério para animais..." -argumentam. Não deveriam. Enterrar animais, quando não seja por afeto, por respeito, que seja por questões de higiene ambiental, pois é extremamente perigoso que carcaças de animais mortos destilem líquidos virulentos, que podem infiltrar-se nos mananciais de água ou mesmo contaminar crianças ou outros animais, pelo contato.

Não podemos nos esquecer de que os animais estão na face da Terra há mais tempo que o homem; até o aparecimento deste, a própria Natureza se encarregava de dar fim adequado aos animais mortos: quando nas águas, serviam de alimento a outros animais (crocodilos e peixes em geral); quando em terra, os animais mortos serviam de pasto a predadores, a animais carnívoros, ou às aves "faxineiras" (urubus, gaviões etc.).

Em regiões silvestres, isso ainda ocorre e provavelmente sempre continuará a ocorrer. Posteriormente, com a presença do homem, algumas espécies animais vieram (ou foram trazidas...) para sua companhia, passando a viver e a procriar em cidades. E, nas cidades, inexistem aqueles meios naturais de dar fim às carcaças dos animais mortos (referimo-nos, aqui, particularmente aos animais domésticos). Por essa razão, passou a ser responsabilidade humana, única e exclusivamente, o conveniente destino dos cadáveres de animais das cidades: enterrá-los.

Em Tóquio, num templo zen-budista, todos os dias são realizados enterros de bichinhos de estimação: os ritos para animais começam com toques de sinos, para buscar a presença de Buda, e com um sacerdote de cabeça rapada entoando os sutras; é assim que "outra alma inicia sua longa jornada para o nirvana". O sacerdote informou que no Budismo "todas as coisas vivas são capazes de alcançar a condição de Buda"; e concluiu: "nossos ritos a favor dos animais são idênticos aos feitos para os humanos". O Templo, em Jikkein, subúrbio de Tóquio, crema cerca de dez mil animais todo ano.

Notas: Nos anos 50 foi inaugurado um cemitério para animais no Rio de Janeiro, então capital brasileira, fato que de pronto teve aceitação dos cariocas, bem como numerosos "inquilinos ". Um assessor especial da Prefeitura do Rio de Janeiro propôs (maio/93) a privatização de 63 bens, empresas, entidades e serviços cariocas, neles incluído o Cemitério de Animais Jorge Vaitsman, na Mangueira, Zona Norte do Rio. Desse fato podemos concluir que cemitérios para animais, inclusive, podem ser lucrativos, desde que administrados por empresas particulares.

6 - Agressões e defesa


Se uma pessoa estiver maltratando um animal deveremos intervir, jamais nos omitir - intervenção por altruísmo, educação e amor à Natureza. - Como? - Com brandura e educação, não piorando o ânimo do agressor, o qual, já exaltado, poderá se tornar mais rude ainda com o animal. Podemos tocar-lhe os sentimentos, lembrando que os animais:

• não raciocinam nem sabem falar...;
• sentem dor, sede e fome como nós;
• não têm "salário" nem "sindicato" onde possam se queixar.

Como argumento poderoso podemos citar que foi junto aos animais que Jesus se abrigou ao nascer, abrigo esse negado, ou pelo menos dificultado, pelos racionais, a Ele e a Seus pais.
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Eurípedes Kuhl

Arte e ciência de ajudar





A indiferença ante a dor do próximo é congelamento da emoção, que merece combate.

À medida que o homem cresce espiritualmente, mais se lhe desenvolvem no íntimo os sentimentos nobres.Certamente não se devem confundi-los com os desregramentos da emotividade; igualmente não se os podem controlar a ponto de tornar-se insensível.

No bruto, a indiferença é o primeiro passo para a crueldade, porta que se abre na emoção para inúmeros outros estados de primitivismo.

A indiferença coagula as expressões da fraternidade e da solidariedade, ensejando a morte do serviço beneficente.

O antídoto para este mal, que reflete o egoísmo exacerbado, é o Amor.
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Se não pretendes partilhar do sofrimento alheio, ao menos minora-o com migalhas do que te excede.

Se não queres conviver com a dor do teu irmão, ajuda-o a tê-la diminuída com aquilo que te esteja ao alcance.

Se defrontas multidões de necessitados e não sabes como resolver o problema, auxilia o primeiro que te apareça, fazendo a tua parte.

Se te irrita a lamentação dos que choram, silencia-a com o teu contributo de amizade.

Imagina-te no lugar de algum d’Eles e saberás o que fazer, como efeito natural do que gostarias que alguém fizesse por ti.
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Ninguém está seguro de nada, enquanto se encontra na Terra.

A roda das ocorrências não para.

Quem hoje está no alto, amanhã terá mudado de lugar e vice-versa.

E não só por isso.

Quem aprende a abrir a mão em solidariedade, termina por abrir o coração em amor.

Dá o primeiro passo, o mais difícil. Repete-o, treina os sentimentos e te adaptarás à arte e ciência de ajudar.
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Há quem diga que os infelizes de hoje estão expiando os erros de ontem, na injunção de carmas dolorosos. Ajudá-los, seria impedir que os resgatassem.

É correto que a dor de agora procede de equívocos anteriores, porém, a indiferença dos enregelados, por sua vez, está-lhes criando situações penosas para mais tarde.

Quem deve paga, é da Lei.

Mas, quem Ama, dispõe dos tesouros que, quanto mais se repartem, mais se multiplicam.

É semelhante à chama, que acende outros pavios e sempre faz arder, repartindo-se, sem nunca diminuir de intensidade.

Faze pois, a tua opção de ajudar e o mais a Deus pertence.

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Joanna de Ângelis










quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Anotando Sinceramente



Se meditares sinceramente, nas provas que já venceste, nos problemas que já atravessaste,
 nas dores que já esqueceste e nos obstáculos que, muitas vezes, já contornaste, sem maior esforço de tua parte, reconhecerás que o amparo de Deus esteve e está contigo em todos os momentos, aprendendo a cooperar mais em favor da paz em ti mesmo, consolidando a fé na Providência Divina que nunca nos desampara.
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Emmanuel
Chico Xavier






terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Conversações Infelizes


Quando te vejas envolvido pelo clima das conversações nefastas, muda de assunto, propõe tema diferente, conciliador, edificante, substituindo a vulgaridade e o pessimismo, que devem ceder espaço ao conhecimento da beleza e da verdade.

As conversas vis envenenam aqueles que as sustentam, enquanto desprezam vidas outras que padecem constrições e vivem situações difíceis buscando superá-las a contributo de muito sacrifício.

Seja tua a palavra de gentileza e de esperança em qualquer situação.

Entretece comentários respeitosos e educa os que te compartem as palavras, gerando otimismo e fraternidade a todo momento.
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Joanna de Ângelis
 




domingo, 16 de dezembro de 2012

Reerguei-vos



Filhos, reerguei-vos da queda em que, inadvertidamente, vos arrojastes.

Não permaneçais estirados no chão do desespero e da inércia, aguardando que mãos anônimas e abnegadas tomem por vós a decisão que vos compete de prosseguir caminhando com os próprios pés.

Levantai-vos e continuai, vacilantes embora.

Reconsiderai a trajetória e acautelai-vos contra possíveis novas quedas.

Mantende-vos o tempo todo vigilantes e não vos descureis um só instante da armadilha traiçoeira de vossas mazelas.

Apoiai-vos nos encargos que vos cabe cumprir, em relação ao próximo, e não vos concedais excessivo tempo nas necessidades pessoais.

Esquecei-vos, quanto puderdes, nas tarefas do Bem.

Se magoastes o coração de alguém, não hesiteis em lhe pedir perdão sucessivas vezes, porquanto, se temos a obrigação de perdoar setenta vezes sete a quem nos ofenda, caso sejamos nós os algozes, peçamos às nossas vítimas um perdão ilimitado através de nossas atitudes de regeneração.
A verdade, não vos esqueçais disto, nunca está do lado de quem acusa e fere.

Humilhados por aqueles que vos conheçam os pontos vulneráveis da personalidade, aprendei a contar com a Compaixão Divina que vos ama como sois e não vos aponta o dedo em riste.

Sobre a Terra, a cavaleiro da situação que examina, não há quem possa censurar ninguém ou atirar a primeira pedra.

Por certo, na jornada que cumprimos, muitos tropeços ainda nos esperam, todavia não nos seja isto pretexto para contemporizarmos com o mal ou exercermos excessiva tolerância em causa própria, nos equívocos que perpetramos.

Filhos, que o Senhor vos abençôe e vos fortaleça.

Não olvideis que, se os homens são faltos de misericórdia para com os seus irmãos em Humanidade, Deus não se nega ao perdão a nenhum de seus filhos, mas concede sempre aos que se revelam mais débeis dentre eles a bênção do recomeço no clima da lição.
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Bezerra de Menezes
Chico Xavier