sábado, 20 de agosto de 2022

Perdoa e viverás


Alguém te haverá ofendido, entretanto, se não perdoas a esse alguém, criarás em ti mesmo as desvantagens do ressentimento, que se te condensarão na própria alma, por determinado ponto enfermiço.

Antes de qualquer atitude contra o suposto ofensor, considera que, provavelmente, não terá ele tido qualquer intenção de ferir-te e talvez até mesmo ignore qualquer tópico alusivo ao assunto que te aborrece.

Concentrando a mágoa contigo, predisporás alma e corpo à doença e ao desequilíbrio.

 Ainda que não queiras, o ressentimento por ti acalentado estenderá sombra e pesar, no ambiente em que vives, atingindo aqueles que mais amas.

 Pessoa alguma consegue prever os males que surgirão nos entes queridos quando se deixam possuir pelo azedume.

Recorda que amanhã, é possível que estejas necessitando do perdão de teu imaginário ofensor, por faltas mais graves que hajas cometido em momentos de exagerada impulsividade.

Quando não seja em teu próprio favor, talvez chegue o dia, no qual as circunstâncias te aproximarão desse ou daquele desafeto, a fim de rogar apoio, a benefício de criaturas do teu próprio círculo familiar.

Lembra-te, nas crises da vida, de que o ressentimento nunca rendeu paz ou felicidade para ninguém.

 O perdão liberta sempre e restaura, em qualquer tempo, as oportunidades favoráveis à nossa marcha nas trilhas da experiência, para que venhamos a descobrir o Reino de Deus que existe e palpita em nós mesmos.

 Eis por que Jesus recomendou-nos a todos, através do Apóstolo: “Perdoa não sete vezes, mas setenta vezes sete”,  o que equivale a dizer: “Perdoa e realmente viverás”.

💐🌱💐
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Trevo de ideias
💐🌱💐

20 de agosto

Cada alma tem que aprender a autodisciplina e, quanto mais cedo, mais fácil será. 

No começo a autodisciplina pode exigir um grande esforço, porque o obriga a fazer certas coisas que o ego inferior não aceita.

 Você tem que aprender a dizer não para si mesmo e, quanto mais firme você for, mais depressa a paz reinará em seu interior.

 É bom se policiar e de vez em quando, avaliar até que ponto você está sendo fraco, indulgente consigo mesmo. 

Para tanto você precisa ser muito honesto e não tentar se desculpar.

 Escrever as suas falhas pode ajudar você a encarar os pontos onde mudanças são necessárias.

 E ponha-se em ação. 

Se você se acha incapaz de superar certas dificuldades, Eu não exijo que você faça isso sozinho, EU ESTOU sempre aqui para ajudá-lo. 

Por que não Me chamar?

💐🌱💐
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
💐🌱💐





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MENSAGEM DO ESE:

Causas anteriores das aflições (I)

Mas, se há males nesta vida cuja causa primária é o homem, outros há também aos quais, pelo menos na aparência, ele é completamente estranho e que parecem atingi-lo como por fatalidade. Tal, por exemplo, a perda de entes queridos e a dos que são o amparo da família. Tais, ainda, os acidentes que nenhuma previsão poderia impedir; os reveses da fortuna, que frustram todas as precauções aconselhadas pela prudência; os flagelos naturais, as enfermidades de nascença, sobretudo as que tiram a tantos infelizes os meios de ganhar a vida pelo trabalho: as deformidades, a idiotia, o cretinismo, etc.

Os que nascem nessas condições, certamente nada hão feito na existência atual para merecer, sem compensação, tão triste sorte, que não podiam evitar, que são impotentes para mudar por si mesmos e que os põe à mercê da comiseração pública. Por que, pois, seres tão desgraçados, enquanto, ao lado deles, sob o mesmo teto, na mesma família, outros são favorecidos de todos os modos?

Que dizer, enfim, dessas crianças que morrem em tenra idade e da vida só conheceram sofrimentos? Problemas são esses que ainda nenhuma filosofia pôde resolver, anomalias que nenhuma religião pôde justificar e que seriam a negação da bondade, da justiça e da providência de Deus, se se verificasse a hipótese de ser criada a alma ao mesmo tempo que o corpo e de estar a sua sorte irrevogavelmente determinada após a permanência de alguns instantes na Terra. Que fizeram essas almas, que acabam de sair das mãos do Criador, para se verem, neste mundo, a braços com tantas misérias e para merecerem no futuro uma recompensa ou uma punição qualquer, visto que não hão podido praticar nem o bem, nem o mal?

Todavia, por virtude do axioma segundo o qual todo efeito tem uma causa, tais misérias são efeitos que hão de ter uma causa e, desde que se admita um Deus justo, essa causa também há de ser justa. Ora, ao efeito precedendo sempre a causa, se esta não se encontra na vida atual, há de ser anterior a essa vida, isto é, há de estar numa existência precedente. Por outro lado, não podendo Deus punir alguém pelo bem que fez, nem pelo mal que não fez, se somos punidos, é que fizemos o mal; se esse mal não o fizemos na presente vida, tê-lo-emos feito noutra. É uma alternativa a que ninguém pode fugir e em que a lógica decide de que parte se acha a justiça de Deus.

O homem, pois, nem sempre é punido, ou punido completamente, na sua existência atual; mas não escapa nunca às conseqüências de suas faltas. A prosperidade do mau é apenas momentânea; se ele não expiar hoje, expiará amanhã, ao passo que aquele que sofre está expiando o seu passado.

 O infortúnio que, à primeira vista, parece imerecido tem sua razão de ser, e aquele que se encontra em sofrimento pode sempre dizer: “Perdoa-me, Senhor, porque pequei.”

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 6.)
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PROBLEMAS


Em qualquer problema no caminho da vida, a resposta cristã será sempre
desfazer a força do mal pela força do Bem.

O coração aberto às sugestões do bem aclara a consciência, dilatando-lhe a
grandeza.

A consciência sem mancha ilumina a mente, renovando-lhes as
manifestações.

A verdadeira renúncia não é desistência da luta e, sim, o trabalho silencioso no auxílio àqueles que nos propomos auxiliar ou salvar.

Aprendamos a viver para o Bem dos outros, a fim de encontrarmos o nosso
verdadeiro Bem.

💐🌱💐
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Agenda de luz 
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Destinação Divina


Narra-se que um caçador, em terras canadenses, surpreendeu certo dia um ninho de águias, construído em rocha alta, nas vizinhanças da cabana onde se abrigava, durante a temporada de caça.
Resolveu tirar do ninho um dos filhotes e levá-lo consigo. A ave, ainda implume se deixou conduzir.

O caçador, finda a temporada, retornou ao próprio lar e aos demais afazeres de sua vida.

Porque fosse também afeiçoado à criação de algumas espécies animais, mantinha em seu vasto terreiro, um expressivo número de pintinhos.
Foi ali, junto aos demais filhotes de galinha, que a pequena águia passou a viver, esquecendo-se de sua origem.

O tempo passou. As penas cresceram no corpo da ave de rapina, fazendo com que ela se destacasse do grupo.
Contudo, passava os dias a ciscar, tal qual o faziam os pintainhos.

Certo dia, quando a pequena águia repousava tranquila, avistou uma grande águia que sobrevoava o vasto terreno. Observou-lhe o voo majestoso, o domínio dos céus. Era um ponto negro movendo-se pelo anil do firmamento.

Então, uma estranha agitação tomou conta da aguiazinha. Desdobrou as asas, ficou na ponta das suas patas e começou a correr. Depois, soltou um grito estridente e alçou voo, em direção à sua irmã.

Em breve, também ela não passava de um pequenino ponto escuro na linha do horizonte.

Descobrira, enfim, que não nascera para viver nas estreitas vias de um quintal, limitada.

Seu destino era o infinito, a amplidão, conquistar as rochas mais altas, buscar os rochedos agudos. Enfim, era a vida total, plena, de uma águia para lá das nuvens e das tempestades.
* * *
À semelhança da pequena águia, muitos dos que vivemos na Terra nos esquecemos de nossa origem Divina.
Olvidamos que fomos criados pelo amor de Deus e destinados às alturas da perfeição. Consequentemente, da felicidade.

Aquartelamo-nos na estreiteza do mundo material que nos cerca e nos ocupamos com pequenas rixas, disputas por coisas passageiras.
Isso porque, no mundo, os valores que não são reais mudam constantemente, valendo hoje muito e amanhã mais nada.

No entanto, como a aguiazinha, chegará um dia, breve ou distante, em que haveremos de redescobrir nossa filiação Divina e então, atraídos pelas vozes sublimes, desejaremos atingir as amplidões da verdade.

Só assim alcançaremos a felicidade suprema, quando sentiremos nos abrasar pelas chamas do amor de Deus e, qual uma águia empreenderemos o garboso voo rumo à perfeição, para o Alto, para cima.

Você sabia?

Você sabia que é no hemisfério norte que habita a águia que é considerada a rainha dos céus? Chama-se águia real e atinge dois metros de envergadura.
E que a águia-do-mar é a ave símbolo dos Estados Unidos? Ela foi escolhida pela sua coragem e beleza. Pode ser encontrada na América do Norte e na Sibéria.

Mais imponente do que o voo das águias é o da alma, quando se deixa levar pelas grandiosas realizações da vida, que ultrapassam a estreiteza de uma jornada na Terra, curta e breve ante a eternidade. 

💐🌱💐
Redação do Momento Espírita, com base no cap. "A aguiazinha desperta", do livro Lendas do céu e da Terra, de Malba Tahan, ed. Conquista.
FORMATAÇÃO E PESQUISA: MILTER – 18-08-2019
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sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Iniciação



 No anseio da perfeição, não te confies ao êxtase inoperante, à maneira daqueles que se enamoram do Céu, perdendo-se nos labirintos da Terra.

Não menosprezes a iniciação pura e simples para que a vitória te coroe, mais tarde, os votos ardentes.

 O fruto substancioso desabrochou na flor tenra e humilde e o palácio que impressiona pela beleza e majestade foi, um dia, inexpressivo e incipiente alicerce.

Se te propões atingir o poder curativo, amplo e seguro, principia por ajudar ao enfermo da vizinhança, quando não possuas um doente no próprio lar.

 Se aspiras a liderança no amparo à infância desvalida, começa por ajudar na limpeza e na alfabetização dos pequeninos desamparados que te rodeiam o ninho doméstico.

 Se arquitetas para ti mesmo o belo destino do missionário, consagrado à edificação popular, inicia a tua obra, entre as quatro paredes da própria casa, oferecendo ternura e arrimo, segurança e consolo aos parentes menos felizes.

 Se pretendes advogar a causa dos alienados mentais, fazendo-te protetor dos semelhantes que a loucura e a obsessão encarceraram na sombra, estreia o nobre serviço, suportando com alegria o progenitor desequilibrado, a mãezinha demente, o irmão ignorante ou o próprio filho ainda cego para a luz!

Muitos sonham a santidade quando não chegaram ainda a exercitar os menores rudimentos da gentileza e muitos intentam escalar a montanha do heroísmo espetaculoso quando apenas dormem nos impulsos primitivos da natureza, caídos no vale da perturbação a que se acolhem!…

Acordemos para a melhoria justa, antes do acesso aos dons de que nos achamos infinitamente distantes.

Quando todos imaginam grandes feitos sem coragem de atacar os feitos pequeninos, o bem não passa de formosa ilusão no caminho das criaturas.

 Encetemos, hoje, a construção do amor, para que o amor, um dia, reine na Terra, em sublime triunfo…

Uma palavra de estímulo ao cansado, um gesto de carinho que soerga o irmão que tombou, um sorriso de compreensão à vítima do erro, um agasalho à criança nua, um consolo ao velhinho desesperado, um ato singelo de renúncia que nos ajude a própria educação…

O êxito da grande viagem começa nos passos mais simples.

Saibamos, pois, antes de tudo, oferecer a Jesus a migalha de nosso esforço persistente no bem, para que Jesus, desde agora, atenda ao muito de que necessitamos, com o pouco que lhe podemos dar.

🌻🌱🌻
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Intervalos
🌻🌱🌻 

19 de agosto

Por que não começar agora mesmo a receber sua inspiração e orientação espiritual de si mesmo e não através de outra pessoa? 

Você não percebe que tem dentro de si toda a sabedoria, todo o conhecimento, toda a compreensão Você não precisa procurar fora de você, mas precisa somente se aquietar e se recolher para descobrí-los. 

Não há nada mais maravilhoso e compensador que o contato direto coMigo, a fonte de toda a criação. 

Mas você precisa procurar com calma.

 Você tem que atingir um estágio em que você se mantenha constantemente consciente de Mim e da Minha divina presença, em que você esteja disposto a Me incorporar em sua vida e andar e falar coMigo o tempo todo, compartilhando tudo coMigo, suas vitórias e seus fracassos.

 Quando o amor está fluindo, você é um coMigo, e cada vez mais irá desejar compartilhar tudo coMigo.

🌻🌱🌻
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
🌻🌱🌻


🌻🌱🌻

MENSAGEM DO ESE:

A caridade material e a caridade moral

“Amemo-nos uns aos outros e façamos aos outros o que quereríamos nos fizessem eles.” Toda a religião, toda a moral se acham encerradas nestes dois preceitos. Se fossem observados nesse mundo, todos seríeis felizes: não mais aí ódios, nem ressentimentos. Direi ainda: não mais pobreza, porquanto, do supérfluo da mesa de cada rico, muitos pobres se alimentariam e não mais veríeis, nos quarteirões sombrios onde habitei durante a minha última encarnação, pobres mulheres arrastando consigo miseráveis crianças a quem tudo faltava.

Ricos! pensai nisto um pouco. Auxiliai os infelizes o melhor que puderdes. Dai, para que Deus, um dia, vos retribua o bem que houverdes feito, para que tenhais, ao sairdes do vosso invólucro terreno, um cortejo de Espíritos agradecidos, a receber-vos no limiar de um mundo mais ditoso.

Se pudésseis saber da alegria que experimentei ao encontrar no Além aqueles a quem, na minha última existência, me fora dado servir!...

Amai, portanto, o vosso próximo; amai-o como a vós mesmos, pois já sabeis, agora, que, repelindo um desgraçado, estareis, quiçá, afastando de vós um irmão, um pai, um amigo vosso de outrora. Se assim for, de que desespero não vos sentireis presa, ao reconhecê-lo no mundo dos Espíritos!

Desejo compreendais bem o que seja a caridade moral, que todos podem praticar, que nada custa, materialmente falando, porém, que é a mais difícil de exercer-se.

A caridade moral consiste em se suportarem umas às outras as criaturas e é o que menos fazeis nesse mundo inferior, onde vos achais, por agora, encarnados. Grande mérito há, crede-me, em um homem saber calar-se, deixando fale outro mais tolo do que ele. É um gênero de caridade isso. Saber ser surdo quando uma palavra zombeteira se escapa de uma boca habituada a escarnecer; não ver o sorriso de desdém com que vos recebem pessoas que, muitas vezes erradamente, se supõem acima de vós, quando na vida espírita, a única real, estão, não raro, muito abaixo, constitui merecimento, não do ponto de vista da humildade, mas do da caridade, porquanto não dar atenção ao mau proceder de ou trem é caridade moral.

Essa caridade, no entanto, não deve obstar à outra. Tende, porém, cuidado, principalmente em não tratar com desprezo o vosso semelhante. Lembrai-vos de tudo o que já vos tenho dito: Tende presente sempre que, repelindo um pobre, talvez repilais um Espírito que vos foi caro e que, no momento, se encontra em posição inferior à vossa. Encontrei aqui um dos pobres da Terra, a quem, por felicidade, eu pudera auxiliar algumas vezes, e ao qual, a meu turno, tenho agora de implorar auxilio.

Lembrai-vos de que Jesus disse que todos somos irmãos e pensai sempre nisso, antes de repelirdes o leproso ou o mendigo. Adeus: pensai nos que sofrem e orai.

🌻🌱🌻
– Irmã Rosália. (Paris, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, item 9.)
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AGE E VERÁS

Obra: Livro de Respostas
Emmanuel
Chico Xavier











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Aflição vazia


O problema da ansiedade.

Ante as dificuldades do cotidiano, exerçamos a paciência, não apenas em auxílio aos outros, mas igualmente a favor de nós mesmos.

Desejamos referir-nos, sobretudo, ao sofrimento inútil da tensão mental que nos inclina à enfermidade e nos aniquila valiosas oportunidades de serviço.

No passado e no presente, instrutores do espírito e médicos do corpo combatem a ansiedade como sendo um dos piores corrosivos da alma. De nossa parte, é justo colaboremos com eles, a benefício próprio, imunizando-nos contra essa nuvem da imaginação que nos atormenta sem proveito, ameaçando-nos a organização emotiva.

Aceitemos a hora difícil com a paz do aluno honesto, que deu o melhor de si, no estudo da lição, de modo a comparecer diante da prova, evidenciando consciência tranquila.

Se o nosso caminho tem as marcas do dever cumprido, a inquietação nos visita a casa íntima na condição do malfeitor decidido a subvertê-la ou dilapidá-la; e assim como é forçoso defender a atmosfera do lar contra a invasão de agentes destrutivos, é indispensável policiar o âmbito de nossos pensamentos, assegurando-lhes a serenidade necessária.

Tensão à face de possíveis acontecimentos lamentáveis é facilitar-lhes a eclosão, de vez que a ideia voltada para o mal é contribuição para que o mal aconteça; e tensão à frente de sucessos menos felizes é dificultar a ação regenerativa do bem, necessário ao reajuste das energias que desastres ou erros hajam desperdiçado.

Analisemos desapaixonadamente os prejuízos que as nossas preocupações injustificáveis causam aos outros e a nós mesmos, e evitemos semelhante desgaste empregando em trabalho nobilitante os minutos ou as horas que, muita vez, inadvertidamente, reservamos à aflição vazia.

Lembremo-nos de que as Leis Divinas, através dos processos de ação visível e invisível da Natureza, a todos nos tratam em bases de equilíbrio, entregando-nos a elas, entre as necessidades do aperfeiçoamento e os desafios do progresso, com a lógica de quem sabe que tensão não substitui esforço construtivo, ante os problemas naturais do caminho.

E façamos isso, não apenas por amor aos que nos cercam, mas também a fim de proteger-nos contra a hora da ansiedade que nasce e cresce de nossa invigilância para asfixiar-nos a alma ou arrasar-nos o tempo sem qualquer razão de ser.
🌻🌱🌻
Emmanuel
Chico Xavier 
Obra: Encontro marcado 
🌻🌱🌻

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Experiências pessoais


TEMA — Experiências perigosas na esfera dos entes queridos.

 Sustentar a campanha de esclarecimento contra a influência do mal, preservando-nos contra a criminalidade, é dever nosso.

 Em nos referindo, porém, ao plano familiar, surge sempre o instante em que somos constrangidos a ver alguns dos nossos entes queridos à beira de experiências pessoais que consideramos difíceis ou dolorosas.

Nessas ocasiões, supomos perceber toda a extensão dos perigos a que se expõem e costumamos temer por eles; às vezes, caminham na direção de graves riscos que conhecemos de oitiva; noutras circunstâncias, dirigem-se para situações embaraçosas, em cujas correntes de sombra admitimos haver, noutro tempo, sofrido ou navegado.

Que fazer em lances desses, nos quais surpreendemos corações amados, à feição de viajores desprevenidos, escalando o monte agressivo da tentação, ameaçados por avalanches que talvez lhes arrasem as melhores possibilidades da existência?

 Antes de tudo, reconheçamos que nenhuma criatura se sente feliz com as nossas intervenções indébitas, no sentido de lhes cercear a liberdade de tentar, por si mesmas, a construção da própria felicidade.

 Cada um de nós é um mundo por si, porque o Criador nos dotou a cada um de características individuais, inconfundíveis.

 Emoções e pensamentos, tanto quanto as impressões digitais, variam de pessoa a pessoa; consequentemente, determinados caminhos que nos fizeram menos felizes, em outra época, serão provavelmente os mais adequados à edificação da vitória espiritual sonhada pelos entes que amamos, enquanto que certas criaturas que nos parecem menos simpáticas serão possivelmente as mais capazes de resolver-lhes os problemas que, talvez, sem o concurso dessas mesmas criaturas, permanecessem indefinidamente insolúveis. 

 Por outro lado, as circunstâncias que rodeiam agora os seres que abençoamos com a nossa extremada afeição podem não ser idênticas àquelas com que fomos defrontados, nos dias que se foram, e, muita vez, nas condições em que falimos, revelar-se-ão eles muito mais vigorosos que nós mesmos, impondo-se a ocorrências desagradáveis e criando talvez respeitáveis padrões de conduta para o reconforto e a segurança de muitos.

Tenhamos, assim, suficiente cautela para não ferir a independência pessoal daqueles a quem amamos, neles enxergando filhos de Deus, quanto nós próprios, com necessidades semelhantes às nossas, guardando o direito de construir suas vidas, segundo o preço das experiências que se proponham a pagar, no mesmo critério com que temos resgatado o custo das nossas. 

 E sempre que os vejamos em supostos perigos, saibamos que a melhor forma de auxílio que lhes poderemos prestar será invariavelmente o amparo da oração e a bênção da boa palavra com que se sintam encorajados a trabalhar e servir, lutar e vencer com o apoio do Bem.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Encontro marcado 
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18 de agosto

Não se deixe abater pela autocomiseração, ou você perderá as maravilhas desta vida. 

Viva toda a beleza e todos os prodígios da vida.

 Caminhe com os olhos sempre bem abertos e aprecie a beleza que o rodeia. 

Viva um dia por vez e aproveite-o plenamente. 

Preencha cada momento com amor e agradecimento. 

Quando algo desarmonioso surgir, olhe à sua volta e dê um jeito de trocar por algo harmonioso.

 Faça isso rapidamente porque pensamentos negativos crescem como ervas daninhas num jardim e podem sufocar as lindas e delicadas flores. 

Aprenda a controlar seus pensamentos para que eles sejam apenas pensamentos de beleza, harmonia e amor. 

Quando seus pensamentos positivos estiverem bem firmes, automaticamente você procurará enxergar o melhor em cada situação. 

Só então você poderá relaxar e usufruir da alegria e da liberdade do Espírito.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

O egoísmo

O egoísmo, chaga da Humanidade, tem que desaparecer da Terra, a cujo progresso moral obsta. Ao Espiritismo está reservada a tarefa de fazê-la ascender na hierarquia dos mundos. O egoísmo é, pois, o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem apontar suas armas, dirigir suas forças, sua coragem. Digo: coragem, porque dela muito mais necessita cada um para vencer-se a si mesmo, do que para vencer os outros. Que cada um, portanto, empregue todos os esforços a combatê-lo em si, certo de que esse monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho é o causador de todas as misérias do mundo terreno. É a negação da caridade e, por conseguinte, o maior obstáculo à felicidade dos homens.

Jesus vos deu o exemplo da caridade e Pôncio Pilatos o do egoísmo, pois, quando o primeiro, o Justo, vai percorrer as santas estações do seu martírio, o outro lava as mãos, dizendo: Que me importa! Animou-se a dizer aos judeus: Este homem é justo, por que o quereis crucificar? E, entretanto, deixa que o conduzam ao suplício.

É a esse antagonismo entre a caridade e o egoísmo, à invasão do coração humano por essa lepra que se deve atribuir o fato de não haver ainda o Cristianismo desempenhado por completo a sua missão. Cabem-vos a vós, novos apóstolos da fé, que os Espíritos superiores esclarecem, o encargo e o dever de extirpar esse mal, a fim de dar ao Cristianismo toda a sua força e desobstruir o caminho dos pedrouços que lhe embaraçam a marcha. Expulsai da Terra o egoísmo para que ela possa subir na escala dos mundos, porquanto já é tempo de a Humanidade envergar sua veste viril, para o que cumpre que primeiramente o expilais dos vossos corações.

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— Emmanuel. (Paris, 1861.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XI, item 11.)
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CULTIVA A PAZ


“E, se ali houver algum filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; e, se não, ela voltará para vós.” – Jesus. (Lucas, 10:6.)

Em verdade, há muitos desesperados na vida humana. Mas quantos se apegam, voluptuosamente, à própria desesperação? quantos revoltados fogem à luz da paciência? quantos criminosos choram de dor por lhes ser impossível a consumação de novos delitos? quantos tristes escapam, voluntariamente, às bênçãos da esperança?

Para que um homem seja filho da paz, é imprescindível trabalhe intensamente no mundo íntimo, cessando as vozes da inadaptação à Vontade Divina e evitando as manifestações de desarmonia, perante as leis eternas.

Todos rogam a paz no Planeta atormentado de horríveis discórdias, mas raros se fazem dignos dela.

Exigem que a tranquilidade resida no mesmo apartamento onde mora o ódio gratuito aos vizinhos, reclamam que a esperança tome assento com a inconformação e rogam à fé lhes aprove a ociosidade, no campo da necessária preparação espiritual.

Para esmagadora maioria dessas criaturas comodistas a paz legítima é realização muito distante.

Em todos os setores da vida, a preparação e o mérito devem anteceder o benefício.

Ninguém atinge o bem-estar em Cristo, sem esforço no bem, sem disciplina elevada de sentimentos, sem iluminação do raciocínio. Antes da sublime edificação, poderão registrar os mais belos discursos, vislumbrar as mais altas perspectivas do plano superior, conviver com os grandes apóstolos da Causa da Redenção, mas poderão igualmente viver longe da harmonia interior, que constitui a fonte divina e inesgotável da verdadeira felicidade, porque se o homem ouve a lição da paz cristã sem o propósito firme de se lhe afeiçoar, é da própria recomendação do Senhor que esse bem celestial volte ao núcleo de origem como intransferível conquista de cada um.

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EMMANUEL
(do livro “Vinha de Luz” – psic. Chico Xavier)
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ENDEREÇOS DA CRUZ


Por ensinamento vivo e silencioso, o Cristo deixou-nos a cruz por mensagem, destinada a múltiplos endereços.

Para os que buscam elevação - oferece o traço vertical, simbolizando o caminho reto para a Vida Superior.

Para os fortes - convite ao sacrifício pessoal pela felicidade dos outros.

Para os fracos - refazimento.

Para os desvalidos - esperança.

Para os bons - chamamento ao serviço espontâneo em favor do próximo.

Para os maus - apelo à regeneração.

Para os caídos - coluna de apoio para que se levantem.

Para os ociosos - intimação muda ao trabalho.

Para os diligentes - diretriz.

Para os transviados - ponto de retorno ao rumo certo.

Para os que choram - encorajamento.

Para os enfermos - proteção.

Para os solitários - companhia.

Para os cansados - refúgio.

Para os descrentes - desafio.

Para os irresponsáveis - advertência.

Para os perseguidos - socorro.

Para os ofensores - tolerância.

Para os aflitos - reconforto.

Para os desertores - lição.

E para todas as criaturas, quaisquer que sejam, como estejam e onde estejam, a cruz oferece o traço horizontal, expressando, em qualquer tempo, a Infinita Misericórdia de Deus, sempre de braços abertos.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Paz
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quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Auxílio aos que partem


 Não observes a criatura cuja palavra a morte emudeceu como alguém que se aniquilou.

Corpo gasto é apenas veste rota.

 Se ainda ontem oferecias devotamento aos que atravessam as barreiras da sepultura, por que motivo transformarás, agora, as flores do teu amor em espinhos de desespero?

 Quem parte quase sempre transporta consigo aflições e problemas que não consegues imaginar!...

 Muitos daqueles que de ti receberam entendimento e carinho abandonaram a Terra conduzindo consigo as paixões que lhes devastavam o ser, os dissabores em que se cristalizaram, as angústias da separação e as chagas do remorso que adquiriram.

 Não lhes atires fogo à alma inquieta através do pranto inconsiderado.

 Ajuda-os com a prece amiga e faze algo que lhes garanta a libertação, fortalecendo-lhes a esperança ou socorrendo a viuvez e a orfandade que lhes recordam o nome, atenuando o sofrimento e a treva que deixaram na retaguarda.

 Comentando-lhes a passagem no mundo, destaca-lhes os anseios e as qualidades nobres, reportando-te aos elevados desejos que não puderam realizar.

 Não salientes o mal de que foram vítimas, nem te refiras aos enganos a que se acolheram, porque teu pensamento e teu verbo atingem o Mais Além com endereço infalível.

 Não provoques o pranto de quem já chorou em demasia à frente da verdade, nem apagues a chama da fé viva que brilha em favor daqueles que se tresmalham nos labirintos do ódio.

Auxilia-os como puderes e acende o lume da oração junto deles para que se restaurem com segurança.

Não olvides que amanhã serás o indeciso viajante das sombras, supostamente morto para os que ficam, e somente por teu incessante auxílio aos outros é que dos outros receberás o auxílio de amor, luz e paz. 

🌱💐🌱
Emmanuel
Chico Xavier 
Obra: Cartas do Alto
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17 de agosto

Aprenda a ser flexível e adaptável. 

Ao mesmo tempo, trabalhe sempre ancorado num conhecimento interior para que você não seja influenciado por circunstâncias e condições exteriores, nem se torne dependente delas.

 Perceba que sua vida exterior e sua maneira de viver refletem a sua vida interior. 

Quando existe paz interior, você irradia paz para o exterior, pois quando seu coração está transbordante de amor você reflete e irradia esse amor à sua volta. 

Você não pode esconder o que está em seu interior, pois seu exterior reflete o que você contém. 

O tempo passado em paz e quietude nunca é desperdiçado. 

É necessário que cada alma encontre tempo para se recolher e refletir, na quietude, sobre aquilo que existe em seu interior, nas coisas realmente importantes da vida e que fazem da sua vida o que ela é: os caminhos do Espírito. 

Não importa se o seu dia é muito ocupado. 

Esses momentos de quietude são essenciais e constituem a espinha dorsal de sua vida.

🌱💐🌱
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
🌱💐🌱




🌱💐🌱 

MENSAGEM DO ESE:

Poder da fé

Quando ele veio ao encontro do povo, um homem se lhe aproximou e, lançando-se de joelhos a seus pés, disse: Senhor, tem piedade do meu filho, que é lunático e sofre muito, pois cai muitas vezes no fogo e muitas vezes na água. Apresentei-o aos teus discípulos, mas eles não o puderam curar. Jesus respondeu, dizendo: Ó raça incrédula e depravada, até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei? Trazei-me aqui esse menino. — E tendo Jesus ameaçado o demônio, este saiu do menino, que no mesmo instante ficou são. Os discípulos vieram então ter com Jesus em particular e lhe perguntaram: Por que não pudemos nós outros expulsar esse demônio? — Respondeu-lhes Jesus: Por causa da vossa incredulidade. Pois em verdade vos digo, se tivésseis a fé do tamanho de um grão de mostarda, diríeis a esta montanha: Transporta-te daí para ali e ela se transportaria, e nada vos seria impossível. (S. MATEUS, cap. XVII, vv. 14 a 20.)

No sentido próprio, é certo que a confiança nas suas próprias forças torna o homem capaz de executar coisas materiais, que não consegue fazer quem duvida de si. Aqui porém unicamente no sentido moral se devem entender essas palavras. As montanhas que a fé desloca são as dificuldades, as resistências, a má-vontade, em suma, com que se depara da parte dos homens, ainda quando se trate das melhores coisas. Os preconceitos da rotina, o interesse material, o egoísmo, a cegueira do fanatismo e as paixões orgulhosas são outras tantas montanhas que barram o caminho a quem trabalha pelo progresso da Humanidade. A fé robusta dá a perseverança, a energia e os recursos que fazem se vençam os obstáculos, assim nas pequenas coisas, que nas grandes. Da fé vacilante resultam a incerteza e a hesitação de que se aproveitam os adversários que se têm de combater; essa fé não procura os meios de vencer, porque não acredita que possa vencer.

Noutra acepção, entende-se como fé a confiança que se tem na realização de uma coisa, a certeza de atingir determinado fim. Ela dá uma espécie de lucidez que permite se veja, em pensamento, a meta que se quer alcançar e os meios de chegar lá, de sorte que aquele que a possui caminha, por assim dizer, com absoluta segurança. Num como noutro caso, pode ela dar lugar a que se executem grandes coisas.

A fé sincera e verdadeira é sempre calma; faculta a paciência que sabe esperar, porque, tendo seu ponto de apoio na inteligência e na compreensão das coisas, tem a certeza de chegar ao objetivo visado. A fé vacilante sente a sua própria fraqueza; quando a estimula o interesse, torna-se furibunda e julga suprir, com a violência, a força que lhe falece. A calma na luta é sempre um sinal de força e de confiança; a violência, ao contrário, denota fraqueza e dúvida de si mesmo.

Cumpre não confundir a fé com a presunção. A verdadeira fé se conjuga à humildade; aquele que a possui deposita mais confiança em Deus do que em si próprio, por saber que, simples instrumento da vontade divina, nada pode sem Deus. Por essa razão é que os bons Espíritos lhe vêm em auxílio. A presunção é menos fé do que orgulho, e o orgulho é sempre castigado, cedo ou tarde, pela decepção e pelos malogros que lhe são infligidos.

O poder da fé se demonstra, de modo direto e especial, na ação magnética; por seu intermédio, o homem atua sobre o fluido, agente universal, modifica-lhe as qualidades e lhe dá uma impulsão por assim dizer irresistível. Daí decorre que aquele que a um grande poder fluídico normal junta ardente fé, pode, só pela força da sua vontade dirigida para o bem, operar esses singulares fenômenos de cura e outros, tidos antigamente por prodígios, mas que não passam de efeito de uma lei natural. Tal o motivo por que Jesus disse a seus apóstolos: se não o curastes, foi porque não tínheis fé.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIX, itens 1 a 5.)
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PRODÍGIOS AO TEU ALCANCE


Com certeza, ainda não podes, qual o Divino Mestre, transformar a água em vinho, todavia muitos outros prodígios jazem claramente ao teu alcance.

Nada há que te impeça, por exemplo, de enxugar as lágrimas no rosto de quem chora e transfigurar a tristeza em alegria.

Se quiseres, ainda hoje, podes vir a ser a esperança concretizada de uma mão amiga que soerga para a vida a quem se encontra no chão.

Tens o abençoado dom de resgatar à delinquência e conduzir ao banco escolar a criança que os próprios pais esqueceram.

Com o simples gesto de assinar o teu nome num documento, abrirás a porta do trabalho digno a quem, desde muito, se vê impedido de lutar pelo pão de cada dia.

São tantos e tantos os prodígios ao teu alcance, em tuas infinitas possibilidades no bem, que, onde estejas, é como se Deus estivesse operando por teu intermédio.

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Irmão José (psic. Carlos Baccelli - do livro "Pai, Perdoa-lhes!")
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Todos nós


Da beneficência somos todos necessitados.
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Os mais fortes requisitam apoio, a fim de que se lhes acentue a resistência.
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Os mais fracos esperam auxílio para que não desfaleçam.
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Os mais cultos precisam de esclarecimento, de modo que a vaidade não lhes ensombre a cabeça.
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Os ignorantes solicitam o amparo de quem lhes ministre a instrução.
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Os doentes aguardam a enfermagem de quem os medique.
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Os sãos reclamam o concurso de quem lhes recorde o cuidado preciso para que não adoeçam.
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A solidariedade é lei da vida.
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Por isso mesmo, a nosso ver, a caridade não é somente uma virtude simples, mas também uma instituição universal.

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Emmanuel 
Chico Xavier
Obra: Luz e vida
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segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Inferno antes


Reporta-se muita gente ao inferno, além do sepulcro, no entanto, é imperioso lembrar o inferno que nós mesmos criamos antes do berço.

 Em verdade, se somos individualmente examinados depois do túmulo, não será lícito esquecer que a Justiça Divina nos observa igualmente em nossa expressão grupal.

 Dessa forma, nas linhas da experiência doméstica, no campo da luta humana, quase sempre enxameiam, junto aos espíritos encarnados, aquelas almas desprevenidas que com eles se acumpliciaram na delinquência e que, em lhes precedendo os passos na viagem da morte, não se fizeram ausentes.

 E o tempo, o juiz que premia méritos e retifica defeitos, reúne nas telas da vida espiritual antigos companheiros de viciação e de ignorância, investindo cada um na parcela de sofrimento, indispensável à precisa reparação.

 Renteando com a morada terrena, dolorosos processos de purgação e acrisolamento aglutinam os seres imprevidentes que, tomados de aflição e loucura, suplicam a bênção da volta à carne, para o trabalho do recomeço.

Diante disso, o mesmo tempo, em nome de Deus, confere de novo aos desertores do bem a suspirada ocasião para o reajuste, orientando-lhes o retorno através de reaproximações gradativas.

Desse modo, pais e filhos, cônjuges e parentes, superiores e subalternos, irmãos e amigos renascem, uns ao lado dos outros, na hora justa, cada qual suportando o quinhão de dor regenerativa que lhes é adjudicado.

 E enfermidades e provas, separações e amarguras, mutilações e desastres, aleijões e infortúnios surgem, portas adentro das instituições e dos lares, tanto quanto nos elos da consanguinidade e nos laços afetivos.

Fruto do passado delituoso a expiação pede a todos serenidade e renúncia para que o horizonte se aclare na recomposição do destino.

Saibamos render culto constante ao amor fraterno, auxiliando sem paga, porque somente construindo a alegria dos outros é que edificaremos o caminho ditoso que nos liberte, enfim, das algemas da sombra para a bênção da luz.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Vida em vida
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15 de Agosto

Se você acha difícil amar os seus semelhantes, não tente se forçar a fazê-lo, porque é impossível obrigar-se a amar alguém. 

Mas se você Me procurar e Me pedir ajuda, Eu plantarei a semente do amor em seu coração. 

Você, então, só terá que cuidar dela com carinho, dedicação, e observá-la crescer, sem esforço de sua parte.

 Querer se forçar a amar alguém é uma batalha vencida. 

Você vai descobrir que pessoas semelhantes se atraem e você se sentirá naturalmente mais atraído para umas do que para outras, e você será capaz de se fundir melhor em determinado grupo. 

Mas, não se preocupe. 

Gradualmente você vai aprender o significado do amor universal e, à medida que você crescer espiritualmente, vai entender o significado do Meu amor divino. 

Deixe que ele se desdobre naturalmente, sem esforço de sua parte além de uma enorme vontade interior de amar sempre mais.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

O que se deve entender por pobres de espírito

Bem-aventurados os pobres de espírito, pois que deles é o reino dos céus. (S. MATEUS, cap. V, v. 3.)
A incredulidade zombou desta máxima: Bem-aventurados os pobres de espírito, como tem zombado de muitas outras coisas que não compreende. Por pobres de espírito Jesus não entende os baldos de inteligência, mas os humildes, tanto que diz ser para estes o reino dos céus e não para os orgulhosos.

Os homens de saber e de espírito, no entender do mundo, formam geralmente tão alto conceito de si próprios e da sua superioridade, que consideram as coisas divinas como indignas de lhes merecer a atenção. Concentrando sobre si mesmos os seus olhares, eles não os podem elevar até Deus. Essa tendência, de se acreditarem superiores a tudo, muito amiúde os leva a negar aquilo que, estando-lhes acima, os depreciaria, a negar até mesmo a Divindade. Ou, se condescendem em admiti-la, contestam-lhe um dos mais belos atributos: a ação providencial sobre as coisas deste mundo, persuadidos de que eles são suficientes para bem governá-lo. Tomando a inteligência que possuem para medida da inteligência universal, e julgando-se aptos a tudo compreender, não podem crer na possibilidade do que não compreendem. Consideram sem apelação as sentenças que proferem.

Se se recusam a admitir o mundo invisível e uma potência extra-humana, não é que isso lhes esteja fora do alcance; é que o orgulho se lhes revolta à idéia de uma coisa acima da qual não possam colocar-se e que os faria descer do pedestal onde se contemplam. Daí o só terem sorrisos de mofa para tudo o que não pertence ao mundo visível e tangível. Eles se atribuem espírito e saber em tão grande cópia, que não podem crer em coisas, segundo pensam, boas apenas para gente simples, tendo por pobres de espírito os que as tomam a sério.

Entretanto, digam o que disserem, forçoso lhes será entrar, como os outros, nesse mundo invisível de que escarnecem. É lá que os olhos se lhes abrirão e eles reconhecerão o erro em que caíram. Deus, porém, que é justo, não pode receber da mesma forma aquele que lhe desconheceu a majestade e outro que humildemente se lhe submeteu às leis, nem os aquinhoar em partes iguais.

Dizendo que o reino dos céus é dos simples, quis Jesus significar que a ninguém é concedida entrada nesse reino, sem a simplicidade de coração e humildade de espírito; que o ignorante possuidor dessas qualidades será preferido ao sábio que mais crê em si do que em Deus. Em todas as circunstâncias, Jesus põe a humildade na categoria das virtudes que aproximam de Deus e o orgulho entre os vícios que dele afastam a criatura, e isso por uma razão muito natural: a de ser a humildade um ato de submissão a Deus, ao passo que o orgulho é a revolta contra ele. Mais vale, pois, que o homem, para felicidade do seu futuro, seja pobre em espírito, conforme o entende o mundo, e rico em qualidades morais.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VII, itens 1 e 2.)
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ATRITOS FÍSICOS


“Mas se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a outra.” – Jesus. (Mateus, 5:39.)

Alguns humoristas pretendem descobrir na advertência do Mestre uma exortação à covardia, sem noção de respeito próprio.

O parecer de Jesus, no entanto, não obedece apenas aos ditames do amor, essência fundamental de seu Evangelho. É igualmente uma peça de bom senso e lógica rigorosa.

Quando um homem investe contra outro, utilizando a força física, os recursos espirituais de qualquer espécie já foram momentaneamente obliterados no atacante.

O murro da cólera somente surge quando a razão foi afastada. E sobrevindo semelhante problema, somente a calma do adversário consegue atenuar os desequilíbrios, procedentes da ausência de controle.

O homem do campo sabe que o animal enfurecido não regressa à naturalidade se tratado com a ira que o possui.

A abelha não ferretoa o apicultor, amigo da brandura e da serenidade.

O único recurso para conter um homem desvairado, compelindo-o a reajustar-se dignamente, é conservar-se o contendor ou os circunstantes em posição normal, sem cair no mesmo nível de inferioridade.

A recomendação de Jesus abre-nos abençoado avanço…

Oferecer a face esquerda, depois que a direita já se encontra dilacerada pelo agressor, é chamá-lo à razão enobrecida, reintegrando-o, de imediato, no reconhecimento da perversidade que lhe é própria.

Em qualquer conflito físico, a palavra reveste-se de reduzida função nos círculos do bem. O gesto é a força que se expressará convenientemente.

Segundo reconhecemos, portanto, no conselho do Cristo não há convite à fraqueza, mas apelo à superioridade que as pessoas vulgares ainda desconhecem.

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EMMANUEL
(do livro “Vinha de Luz” – psic. Chico Xavier)
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