-"Ó monges!
Antes de eu abandonar o mundo, levava uma vida muito feliz. Na casa onde nasci, havia um lago com magníficas flores de lótus.
Meu quarto sempre recendia aos mais delicados perfumes e minhas roupas eram feitas do melhor tecido de Kashi.
Além disso, eu tinha três vilas, uma para residir no inverno, uma para o verão e outra para a primavera.
O verão, chuvoso, eu passava na residência de verão, entretido com cantos e danças, quase não saindo.
Quando saía, sempre ia coberto com um guarda-sol branco.
Ó monges, eu refleti bastante enquanto levava essa vida: os ignorantes, embora fadados a envelhecer, não se lembram disso; e, ao verem pessoas idosas, desprezam-nas e abominam-nas, esquecendo-se de si próprios.
Refletindo bem, eu próprio terei de envelhecer, não podendo escapar à decrepitude. Por isso, não é direito que despreze e abomine as pessoas de idade.
Quando passei a pensar deste modo, ó monges, desapareceu todo meu orgulho por minha juventude.
Além disso, os ignorantes, embora fadados a adoecer, não se lembram disso; e, ao verem doentes, desprezam-nos e abominam-nos, esquecendo-se de si próprios.
Refletindo bem, eu próprio não posso escapar à doença. Por isso, não é direito que despreze e abomine os doentes.
Quando passei a pensar desse modo, ó monges, desapareceu todo o meu orgulho por minha saúde.
E, ainda, os ignorantes, embora fadados a morrer, não se lembram disso; e, ao verem a morte de alguém, sentem asco e repulsa, esquecendo-se de si próprios.
Refletindo bem, eu próprio terei de morrer. Por isso, não é direito que sinta asco e repulsa pela morte alheia.
Quando passei a pensar desse modo, ó monges, desapareceu todo o meu orgulho por minha vida".
Meu quarto sempre recendia aos mais delicados perfumes e minhas roupas eram feitas do melhor tecido de Kashi.
Além disso, eu tinha três vilas, uma para residir no inverno, uma para o verão e outra para a primavera.
O verão, chuvoso, eu passava na residência de verão, entretido com cantos e danças, quase não saindo.
Quando saía, sempre ia coberto com um guarda-sol branco.
Ó monges, eu refleti bastante enquanto levava essa vida: os ignorantes, embora fadados a envelhecer, não se lembram disso; e, ao verem pessoas idosas, desprezam-nas e abominam-nas, esquecendo-se de si próprios.
Refletindo bem, eu próprio terei de envelhecer, não podendo escapar à decrepitude. Por isso, não é direito que despreze e abomine as pessoas de idade.
Quando passei a pensar deste modo, ó monges, desapareceu todo meu orgulho por minha juventude.
Além disso, os ignorantes, embora fadados a adoecer, não se lembram disso; e, ao verem doentes, desprezam-nos e abominam-nos, esquecendo-se de si próprios.
Refletindo bem, eu próprio não posso escapar à doença. Por isso, não é direito que despreze e abomine os doentes.
Quando passei a pensar desse modo, ó monges, desapareceu todo o meu orgulho por minha saúde.
E, ainda, os ignorantes, embora fadados a morrer, não se lembram disso; e, ao verem a morte de alguém, sentem asco e repulsa, esquecendo-se de si próprios.
Refletindo bem, eu próprio terei de morrer. Por isso, não é direito que sinta asco e repulsa pela morte alheia.
Quando passei a pensar desse modo, ó monges, desapareceu todo o meu orgulho por minha vida".
********************
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pelo comentário.