“Sacrifícios, e ofertas, e holocaustos e oblações pelo pecado não quiseste, nem te agradaram”
– Paulo. (Hebreus, 10:8.)
O mundo antigo não compreendia as relações com o Altíssimo, senão através de suntuosas oferendas e pesados holocaustos.
Certos povos primitivos atingiram requintada extravagância religiosa, conduzindo sangue humano aos altares.
Tais manifestações infelizes vão-se atenuando no cadinho dos séculos; no entanto, ainda hoje se verificam lastimáveis pruridos de excentricidade, nos votos dessa natureza.
O Cristianismo operou completa renovação no entendimento das verdades divinas; contudo, ainda em suas fileiras costumam surgir absurdas promessas, que apenas favorecem a intromissão da ignorância e do vício.
A mais elevada concepção de Deus que podemos abrigar no santuário do espírito é aquela que Jesus nos apresentou, em no-Lo revelando Pai amoroso e justo, à espera dos nossos testemunhos de compreensão e de amor.
Na própria Crosta da Terra, qualquer chefe de família, consciencioso e reto, não deseja os filhos em constante movimentação de ofertas inúteis, no propósito de arrefecer-lhe a vigilância afetuosa. Se tais iniciativas não agradam aos progenitores humanos, caprichosos e falíveis, como atribuir semelhante falha ao Todo-Misericordioso, no pressuposto de conquistar a benemerência celeste?
É indispensável trabalhar contra o criminoso engano.
A felicidade real somente é possível no lar cristão do mundo, quando os seus componentes cumprem as obrigações que lhes competem, ainda mesmo ao preço de heróicas decisões. Com o Nosso Pai Celestial, o programa não é diferente, porque o Senhor Supremo não nos pede sacrifícios e lágrimas e, sim, ânimo sereno para aceitar-lhe a vontade sublime, colocando-a em prática.
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EMMANUEL
(do livro “Pão Nosso” – psic. Chico Xavier)
MENSAGEM DO ESE:
Mercadores expulsos do templo
Eles vieram em seguida a Jerusalém, e Jesus, entrando no templo, começou por expulsar dali os que vendiam e compravam; derrubou as mesas dos cambistas e os bancos dos que vendiam pombos:
— e não permitiu que alguém transportasse qualquer utensílio pelo templo.
— Ao mesmo tempo os instruía, dizendo:
Não está escrito:
Minha casa será chamada casa de oração por todas as nações? Entretanto, fizestes dela um covil de ladrões!
— Os príncipes dos sacerdotes, ouvindo isso, procuravam meio de o prenderem, pois o temiam, visto que todo o povo era tomado de admiração pela sua doutrina.
(S. MARCOS, cap. XI, vv. 15 a 18; — S. MATEUS, cap. XXI, vv. 12 e 13.)
Jesus expulsou do templo os mercadores. Condenou assim o tráfico das coisas santas sob qualquer forma. Deus não vende a sua bênção, nem o seu perdão, nem a entrada no reino dos céus. Não tem, pois, o homem, o direito de lhes estipular preço.
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVI, itens 5 e 6.)
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