Quase todos os núcleos domésticos conhecem de sobra o ponto nevrálgico da vida familiar.
Muita vez, quando o instituto consanguíneo se revela inatacável em sua dignidade, ei-lo que surge, estendendo incompreensão e pesar, discórdia e desespero.
Aqui, é um filho do ambiente enobrecido pela cultura espiritual, entregando-se a comportamento infeliz para infortúnio dos seus;
ali, é a jovem rebelde criando problemas com que ateia no lar as labaredas da inquietação;
acolá, é o parente que a expiação assinala com o estigma de moléstias difíceis, no círculo de irmãos robustos
e, mais além, é o pai repentinamente esquecido dos deveres que lhe marcam a vida, atraindo em desfavor dos rebentos preocupados, incessantes flagelações.
A ciência materialista descobriu a palavra “atavismo” para acobertar o problema sem abordar-lhe a liquidação, mas sabemos, ante os princípios reencarnacionistas, que nesses corações infelizes e atormentados, encontramos na Terra os instrumentos de nossa regeneração clara e simples.
Pelo berço que a vida entretece, junto de nós recolheremos não apenas as doces afeições de que a nossa esperança se nutre, a caminho das Esferas superiores, mas também os desafetos profundos que deixamos na retaguarda por algemas de ódio que é preciso converter em laços de paz e amor.
Aprendamos a receber no ponto difícil da comunidade familiar a provação que se nos faz necessária ao próprio burilamento.
E, amparando aos companheiros que caem, auxiliando aos que a irresponsabilidade ensandece e, protegendo aqueles que a enfermidade domina, estaremos colaborando em favor de nós mesmos, no justo resgate de que não prescindimos, na própria libertação.
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Emmanuel
Chico Xavier
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MENSAGEM DO ESE:
Preservar-se da avareza
Então, no meia do turba, um homem lhe disse: Mestre, dize a meu irmão que divida comigo a herança que nos tocou. — Jesus lhe disse: Ó homem! quem me designou para vos julgar, ou para fazer as vossas partilhas? — E acrescentou: Tende o cuidado de preservar-vos de toda a avareza, seja qual for a abundância em que o homem se encontre, sua vida não depende dos bens que ele possua.
Disse-lhes a seguir esta parábola: Havia um rico homem cujas terras tinham produzido extraordinariamente — e que se entretinha a pensar consigo mesmo, assim: Que hei de fazer, pois já não tenho lugar onde possa encerrar tudo o que vou colher? — Aqui está, disse, o que farei: Demolirei os meus celeiros e construirei outros maiores, onde porei toda a minha colheita e todos os meus bens. — E direi a minha alma: Minha alma, tens de reserva muitos bens para longos anos; repousa, come, bebe, goza. Mas, Deus, ao mesmo tempo, disse ao homem: Que insensato és! Esta noite mesmo tomar-te-ão a alma; para que servirá o que acumulaste?
É o que acontece àquele que acumula tesouros para si próprio e que não é rico diante de Deus.
(S. LUCAS, cap. XII, vv. 13 a 21.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 3.)
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TEMPO DE LUZ
"Geralmente, todos temos, na Terra ou no Mais Além, certas quotas de tempo específico.
Tempo de lições.
Tempo de mais atividade.
Tempo de repouso.
Tempo de meditação.
Tempo de provas..."
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Emmanuel
Chico Xavier
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