Constantemente, nos dias de hoje, os homens são exortados à fraternidade por religiosos, políticos e diversos ideologistas. Entretanto, em muitas ocasiões em que os atos fraternos devem manifestar-se, tal não ocorre. Por que? - Perguntarão muitos. A resposta é simples: falta vigilância.
Os espíritos que reencarnam na Terra têm passado faltoso e vícios milenares que acompanham mesmo os que já se conscientizaram da necessidade de praticar o amor como nos ensinou o Nosso Mestre Jesus. Por isto, verificamos sempre, nos atos dos homens, intolerância, vingança e maledicência, que são sentimentos contrários à fraternidade.
Se você deseja que a fraternidade viva entre os homens, comece por si mesmo - mantenha-se vigilante. Encare os seus irmãos que erram como doentes morais que precisam da sua prece, da sua palavra esclarecedora como o doente do corpo necessita de remédios. Não veja os castigos que recebem os criminosos, como uma vingança quase pessoal, uma vez que é comum ouvir-se alguém dizer que se sentiu aliviado por constatar o castigo ou sofrimento do que se marginalizou no crime.
Fraternidade não significa somente união entre irmãos que professam os mesmos ideais. No sentido amplo, fraternidade é o mesmo que amor por todos os seres hominais, abraçando os que acertam e julgando os que erram como filhos de Deus que encontrarão, um dia, o seu caminho. Vigilância contra os nossos pensamentos maledicentes, vingativos, temerosos e intolerantes, eis o que se faz necessário para sermos fraternos e candidatos a um mundo melhor.
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Ignácio Bittencourt
Edição 71 de “O Cristão Espírita”, de Maio/Agosto de 1983
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28 de novembro
Hoje é um novo dia e só depende de você a maneira como ele vai se desenrolar.
Seus primeiros pensamentos ao acordar podem colorir o dia todo.
Podem ser pensamentos felizes e positivos, ou podem ser tristes e negativos.
Não se deixe influenciar pelas condições externas, pela meteorologia, por exemplo.
Pode estar chovendo, mas se o seu coração estiver cheio de amor e gratidão, sua atitude será de sol e céu azul.
Você percebe a enorme responsabilidade que carrega?
A vida é o que você faz dela, portanto, nunca culpe ninguém pela situação em que você se encontra, porque você é o responsável.
Mude sua atitude e você mudará toda a sua visão do mundo que o rodeia.
Adote uma atitude construtiva em relação à vida.
Selecione somente o que houver de melhor e ignore o resto: não dedique sua energia vital ao que é ruim e ele desaparecerá.
Neste dia espere por Mim em quietude e confiança, e saiba que este dia tem as Minhas bênçãos
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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:
A verdadeira propriedade
O homem só possui em plena propriedade aquilo que lhe é dado levar deste mundo. Do que encontra ao chegar e deixa ao partir goza ele enquanto aqui permanece. Forçado, porém, que é a abandonar tudo isso, não tem das suas riquezas a posse real, mas, simplesmente, o usufruto. Que é então o que ele possui? Nada do que é de uso do corpo; tudo o que é de uso da alma: a inteligência, os conhecimentos, as qualidades morais. Isso o que ele traz e leva consigo, o que ninguém lhe pode arrebatar, o que lhe será de muito mais utilidade no outro mundo do que neste. Depende dele ser mais rico ao partir do que ao chegar, visto como, do que tiver adquirido em bem, resultará a sua posição futura. Quando alguém vai a um país distante, constitui a sua bagagem de objetos utilizáveis nesse país; não se preocupa com os que ali lhe seriam inúteis. Procedei do mesmo modo com relação à vida futura; aprovisionai-vos de tudo o de que lá vos possais servir.
Ao viajante que chega a um albergue, bom alojamento é dado, se o pode pagar. A outro, de parcos recursos, toca um menos agradável. Quanto ao que nada tenha de seu, vai dormir numa enxerga. O mesmo sucede ao homem, a sua chegada no mundo dos Espíritos: depende dos seus haveres o lugar para onde vá. Não será, todavia, com o seu ouro que ele o pagará. Ninguém lhe perguntará: Quanto tinhas na Terra? Que posição ocupavas? Eras príncipe ou operário? Perguntar-lhe-ão: Que trazes contigo? Não se lhe avaliarão os bens, nem os títulos, mas a soma das virtudes que possua. Ora, sob esse aspecto, pode o operário ser mais rico do que o príncipe. Em vão alegará que antes de partir da Terra pagou a peso de ouro a sua entrada no outro mundo. Responder-lhe-ão: Os lugares aqui não se compram: conquistam-se por meio da prática do bem. Com a moeda terrestre, hás podido comprar campos, casas, palácios; aqui, tudo se paga com as qualidades da alma. És rico dessas qualidades? Sê bem-vindo e vai para um dos lugares da primeira categoria, onde te esperam todas as venturas. És pobre delas? Vai para um dos da última, onde serás tratado de acordo com os teus haveres.
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— Pascal. (Genebra, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 9.)
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Inevitável
Em todos os níveis inferiores da Evolução, o Mal se opõe sistematicamente ao Bem; em todos os reinos da Natureza, há uma luta constante, como se a Criação se rebelasse contra o Criador...
Inútil, porém, pois a luz sempre prevalecerá sobre as trevas!
É da Lei que a Verdade termine por se impor, não importando o tempo que decorra para tanto.
À medida que os séculos avançam, a Humanidade se aproxima de sua condição ideal.
Quem conseguirá deter o fluxo do progresso?
Seria o mesmo que intentar barrar a expansão do Universo; tudo tende, inexoravelmente, para a Perfeição...
A Vida é dotada de mecanismos próprios de renovação.
A árvore produz a flor, que produz o fruto, que contém a semente, encerrando a espécie em que se perpetua...
Ontem, na noite milenar de que, aos poucos, emergimos, como alguém a despertar de profundo sono, fomos pedra, vegetal, animal e, por fim, gente, a caminho da angelitude.
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Livro: Amai-vos e Instruí-vos
Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Inácio Ferreira
LEEPP – Livraria Espírita Edições Pedro e Paulo
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TRABALHO, SOBRIEDADE, CONTINÊNCIA
O trabalho é uma lei para as humanidades planetárias, assim como para as sociedades do espaço. Desde o ser mais rudimentar até os Espíritos angélicos que velam pelos destinos dos mundos, cada um executa sua obra, sua parte, no grande concerto universal.
Penoso e grosseiro para os seres inferiores, o trabalho suaviza-se à medida que o Espírito se purifica. Torna-se uma fonte de gozos para o Espírito adiantado, insensível às atrações materiais, exclusivamente ocupado com estudos elevados.
É pelo trabalho que o homem doma as forças cegas da Natureza e preserva-se da miséria; é por ele que as civilizações se formam, que o bem-estar e a Ciência se difundem.
O trabalho é a honra, é a dignidade do ser humano. O ocioso que se aproveita, sem nada produzir, do trabalho dos outros não passa de um parasita. Quando o homem está ocupado com sua tarefa, as paixões aquietam-se. A ociosidade, pelo contrário, instiga-as, abrindo-lhes um vasto campo de ação. O trabalho é também um grande consolador, é um preservativo salutar contra as nossas aflições, contra as nossas tristezas. Acalma as angústias do nosso espírito e fecunda a nossa inteligência. Não há dor moral, decepções ou reveses que não encontrem nele um alívio; não há vicissitudes que resistam à sua ação prolongada. O trabalho é sempre um refúgio seguro na prova, um verdadeiro amigo na tribulação. Não produz o desgosto da vida. Mas quão digna de piedade é a situação daquele a quem as enfermidades condenam à imobilidade, à inação! E quando esse ser experimenta a grandeza, a santidade do trabalho, quando, acima do seu interesse próprio, vê o interesse geral, o bem de todos e nisso também quer cooperar, eis então uma das mais cruéis provas que podem estar reservadas ao ser ,vivente.
Tal é, no espaço, a situação do Espírito que faltou aos seus deveres e desperdiçou a sua vida. Compreendendo muito tarde a nobreza do trabalho e a vileza da ociosidade, sofre por não poder então realizar o que sua alma concebe e deseja.
O trabalho é a comunhão dos seres. Por ele nos aproximamos uns dos outros, aprendemos a auxiliarmo-nos, a unirmo-nos; daí à fraternidade só há um passo. A antiguidade romana havia desonrado o trabalho, fazendo dele uma condição de escravatura. Disso resultou sua esterilidade moral, sua corrupção, suas insípidas doutrinas.
A época atual tem uma concepção da vida muito diferente. Encontra-se já satisfação no trabalho fecundo e regenerador. A filosofia dos Espíritos reforça ainda mais essa concepção, indicando-nos na lei do trabalho o germe de todos os progressos, de todos os aperfeiçoamentos, mostrando-nos que a ação dessa lei estende-se à universalidade dos seres e dos mundos. Eis por que estávamos autorizados a dizer: Despertai, ó vós todos que deixais dormitar as vossas faculdades e as vossas forças latentes! Levantai-vos e mãos à obra! Trabalhai, fecundai a terra, fazei ecoar nas oficinas o ruído cadenciado dos martelos e os silvos do vapor. Agitai-vos na colmeia imensa. Vossa tarefa é grande e santa. Vosso trabalho é a vida, é a glória, é a paz da Humanidade. Obreiros do pensamento, perscrutai os grandes problemas, estudai a Natureza, propagai a Ciência, espalhai por toda parte tudo o que consola, anima e fortifica. Que de uma extremidade a outra do mundo, unidos na obra gigantesca, cada um de nós se esforce a fim de contribuir para enriquecer o domínio material, intelectual e moral da Humanidade!
A primeira condição para se conservar a alma livre, a inteligência sã, a razão lúcida é a de ser sóbrio e casto. Os excessos de alimentação perturbam-nos o organismo e as faculdades; a embriaguez faz-nos perder toda a dignidade e toda a moderação. O seu uso continuo produz uma série de moléstias, de enfermidades, que acarretam uma velhice miserável.
Dar ao corpo o que lhe é necessário, a fim de torná-lo servidor útil e não tirano, tal é a regra do homem criterioso. Reduzir a soma das necessidades materiais, comprimir os sentidos, domar os apetites vis é libertar-se do jugo das forças inferiores, é preparar a emancipação do Espírito. Ter poucas necessidades é também uma das formas da riqueza.
A sobriedade e a continência caminham juntas. Os prazeres da carne enfraquecem-nos, enervam-nos, desviam-nos da sabedoria. A volúpia é como um abismo onde o homem vê soçobrar todas as suas qualidades morais. Longe de nos satisfazer, atiça os nossos desejos. Desde que a deixamos penetrar em nosso seio, ela invade-nos, absorve-nos e, como uma vaga, extingue tudo quanto há de bom e generoso em nós. Modesta visitante ao princípio, acaba por dominar-nos, por se apossar de nós completamente.
Evitai os prazeres corruptores em que a juventude se estiola em que a vida se desseca e altera. Escolhei em momento oportuno uma companheira e sede-lhe fiel. Constituí uma família. A família é o estado natural de uma existência honesta e regular. O amor da esposa, a afeição dos filhos, a sã atmosfera do lar são preservativos soberanos contra as paixões. No meio dessas criaturas que nos são caras e veem em nós seu principal arrimo, o sentimento de nossas responsabilidades se engrandece; nossa dignidade e nossa circunspeção acentuam-se; compreendemos melhor os nossos deveres e, nas alegrias que essa vida concede-nos, colhemos as forças que nos tornam suave o seu cumprimento. Como ousar cometer atos que fariam envergonhar-nos sob o olhar da esposa e dos filhos? Aprender a dirigir os outros é aprender a dirigir-se a si próprio, a tornar-se prudente e criterioso, a afastar tudo o que pode manchar-nos a existência.
É condenável o viver insulado. Dar, porém, nossa vida aos outros, sentirmo-nos reviver em criaturas de que soubemos fazer pessoas úteis, servidores zelosos para a causa do bem e da verdade, morrermos depois de deixar cimentado um sentimento profundo do dever, um conhecimento amplo dos destinos é uma nobre tarefa.
Se há uma exceção a essa regra, esta será em favor daqueles que, acima da família, colocam a Humanidade e que, para melhor servi-la, para executar em seu proveito alguma missão maior ainda, quiseram afrontar sozinhos os perigos da vida, galgar solitários a vereda árdua, consagrar todos os seus instantes, todas as suas faculdades, toda a sua alma a uma causa que muitos ignoram, mas que eles jamais perderam de vista.
A sobriedade, a continência, a luta contra as seduções dos sentidos não são, como pretendem os mundanos, uma infração às leis morais, um amesquinhamento da vida; ao contrário, elas despertam em quem as observa e executa uma percepção profunda das leis superiores, uma intuição precisa do futuro. O voluptuoso, separado pela morte de tudo o que amava, consome-se em vãos desejos. Frequenta as casas de deboche, busca os lugares que lhe recordam o modo de vida na Terra e, assim, prende-se cada vez mais a cadeias materiais, afasta-se da fonte dos puros gozos e vota-se à bestialidade, às trevas.
Atirar-se às volúpias carnais é privar-se por muito tempo da paz que usufruem os Espíritos elevados. Essa paz somente pode ser adquirida pela pureza. Não se observa isso desde a vida presente? As nossas paixões e os nossos desejos produzem imagens, fantasmas que nos perseguem até no sono e perturbam as nossas reflexões. Mas, longe dos prazeres enganosos, o Espírito bom concentra-se, retempera-se e abre-se às sensações delicadas. Os seus pensamentos elevam-se ao infinito. Desligado com antecedência das concupiscências ínfimas, abandona sem pesar o seu corpo exausto.
Meditemos muitas vezes e ponhamos em prática o provérbio oriental: Sê puro para seres feliz e para seres forte!
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Léon Denis
Obra: Depois da Morte
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Poder
Peçamos ao Senhor o poder de amar sem reclamações,
de servir sem recompensa,
de compreender sem exigir compreensão para nós,
de obedecer aos sublimes desígnios,
de vencer as próprias imperfeições,
de abençoar os que nos perseguem,
de orar pelos que nos ferem e caluniam,
de amparar aos que nos criticam,
de estimular o bem onde se encontre,
de praticar a fraternidade legítima,
de aproveitar todas as oportunidades da vida para a edificação do espírito imortal.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Trevo de ideias
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