terça-feira, 6 de junho de 2023

No momento de julgar


No momento de julgar alguém, como poderás julgar esse alguém, de todo, se não conheces tudo?

Terá sucedido um crime, estarrecendo a multidão.

Suponhamos que um homem desequilibrado haja posto uma bomba em certa casa, no intuito de destruir-lhe os moradores. Entretanto, por trás dele estão aqueles que fabricaram o engenho mortífero; os que o conservaram para utilização em momento oportuno; os outros que lhe identificaram o perigo, aprovando-lhe a existência; e aqueles outros ainda que, indiferentes, lhe acompanharam o fogo no estopim, sem a mínima disposição de apagá-lo.

 De que maneira medirias o remorso do Espírito de um homem assassinado, na hipótese desse mesmo assassinado haver provocado o seu contendor até que o antagonista lhe furtasse o corpo, num instante de insanidade? E como observarias o pesar do semelhante, às vezes, ilhado no fundo de uma penitenciária, na posição de um vivo-morto, quando o imaginado morto permanece vivo? E com que metro verificarias o sofrimento de um e outro?

 Com que pancadas ou palavras agressivas conseguirias punir, durante algumas horas, a criatura menos feliz que já carrega em si o tormento da culpa, à feição de suplício que lhe atenaza o coração, noite e dia?

 Ante a queda moral de alguém, é mais razoável entrarmos para logo no assunto, na condição de partícipes dela, antes que nos alcemos à indébita função de censores.

 Não precisaríamos tanto de justiça, se não praticássemos a injustiça e nem tanto de medicina se não tivéssemos doença.

 Necessitaríamos, porventura, na Terra, de tantas e tão multiplicadas lições, em torno do bem, se o mal não nos armasse riscos, quase que em todas as direções do Planeta?

E onde estão aqueles que estejam usufruindo a glória da instalação segura no bem, sem o prejuízo de algum mal, ou aqueles outros que atravessam os espinheiros do mal, sem a vantagem de algum bem?

No momento de julgar, peçamos a Inspiração da Providência Divina para os magistrados que as circunstâncias vestiram com a toga, a fim de que acertem, nas suas decisões, em louvor do equilíbrio geral, porquanto é tão delicado o encargo do juiz chamado a interferir no corpo da ordem social, quão difícil é a tarefa do cirurgião convocado a interferir no corpo físico.

E quanto a nós outros, os que não somos trazidos a sentenças de lei, já que não nos achamos compromissados para isso, usemos a sobriedade e a compaixão em todos os nossos processos de vivência pessoal no cotidiano, conscientes, quanto devemos estar, de que os justos são as âncoras dos injustos e de que os bons constituem a esperança para todos aqueles que a maldade ensandece.

 No momento de julgar, ainda que te coloquem no último banco, entre os últimos réus, e mesmo que se te negue o direito de defender a própria consciência edificada e tranquila, a ninguém condenes, nem mesmo àqueles que, porventura, te condenem.

Usa sempre a misericórdia e acertarás.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Chico Xavier pede licença
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06 de junho

Tudo que lhe acontece na vida é resultado da sua consciência.

Eleve sua consciência, seu ser, sua maneira de encarar a vida, e você começará a viver uma vida plena e gloriosa, que é sua herança por direito.

Você pode ouvir falar sobre ela, pode observar outros vivendo por ela, mas nada lhe acontecerá se você mesmo não conseguir aceitá-la conscientemente.

A alma mais simples e infantil consegue aceitar o reino do céu mais facilmente do que a alma intelectualizada que pensa que sabe todas as respostas mentalmente mas não consegue elevar sua consciência.

Cada alma consegue atingir um determinado estado de elevação de consciência, mas é algo que se consegue a partir do próprio interior, da sabedoria interna, da inspiração e intuição que não requerem conhecimento e sabedoria exterior.

Está tudo lá, dentro de cada alma, esperando ser reconhecido e trazido à tona para poder ser vivido.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

VII – A Verdadeira Desgraça

DELPHINE DE GIRARDIN
Paris, 1861

24 – Todos falam da desgraça, todos a experimentaram e julgam conhecer o seu caráter múltiplo. Venho dizer-vos, porém, que quase todos se enganam, pois a verdadeira desgraça não é, de maneira alguma, aquilo que os homens, ou seja, os desgraçados, supõem. Eles a vêem na miséria, na lareira sem fogo, no credor impaciente, no berço vazio do anjo que antes sorria, nas lágrimas, no féretro que se acompanha de cabeça descoberta e coração partido, na angústia da traição, na privação do orgulhoso que desejava vestir-se de púrpura e esconde sua nudez nos farrapos da vaidade. Tudo isso, e muitas outras coisas ainda, chamam-se desgraça, na linguagem humana. Sim, realmente são a desgraça, para aqueles que nada vêem além do presente. Mas a verdadeira desgraça está mais nas conseqüências de uma coisa do que na própria coisa.

Dizei-me se o mais feliz acontecimento do momento, que traz funestas conseqüências, não é, na realidade, mais desgraçado que aquele inicialmente aborrecido, que acaba por produzir o bem? Dizei-me se a tempestade, que despedaça as árvores, mas purifica a atmosfera, dissipando os miasmas insalubres que poderiam causar a morte, não é antes uma felicidade que uma desgraça?

Para julgar uma coisa, é necessário, portanto, ver-lhe as conseqüências. É assim que, para julgar o que é realmente feliz ou desgraçado para o homem, é necessário transportar-se para além desta vida, porque é lá que as conseqüências se manifestam. Ora, tudo aquilo que ele chama desgraça, de acordo com a sua visão, cessa com a vida e tem sua compensação na vida futura.

Vou revelar-vos a desgraça sob uma nova forma, sob a forma bela e florida que acolheis e desejais, com todas as forças de vossas almas iludidas. A desgraça é a alegria, o prazer, a fama, a fútil inquietação, a louca satisfação da vaidade, que asfixiam a consciência, oprimem o pensamento, confundem o homem quanto ao seu futuro. A desgraça enfim, é o ópio do esquecimento, que buscais com o mais ardente desejo.

Tendes esperanças, vós que chorais! Tremei, vós que rides, porque tendes o corpo satisfeito! Não se pode enganar a Deus: ninguém escapa ao destino. As provas, credoras, mais impiedosas que a malta que vos acossa na miséria, espreitam o vosso repouso ilusório, para vos mergulhar de súbito na agonia da verdadeira desgraça, daquela que surpreende a alma enlanguescida pela indiferença e o egoísmo.

Que o Espiritismo vos esclareça, portanto, e restabeleça sob a verdadeira luz da verdade e o erro, tão estranhamente desfigurados pela vossa cegueira. Então, agireis como bravos soldados que, longe de fugir ao perigo, preferem a luta nos combates arriscados, à paz que não oferece nem glória nem progresso. Que importa ao soldado perder as armas, o equipamento e a farda na refrega, contanto que saia vitorioso e coberto de glória? Que importa, àquele que tem fé no porvir, deixar a vida no campo de batalha, sua fortuna e sua veste carnal, contanto que sua alma possa entrar, radiosa, no reino celeste?

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O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
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NÃO DESANIMES


Não desanimes!

Ninguém nasce para se render aos fracassos.

Deus permanece contigo em todos os caminhos.

O obstáculo é exercício de auto-superação.

Existe luz dentro de ti.

Não menosprezes a tua capacidade de ser mais do que és.

Ainda que com dificuldade, avança de ânimo firme.

Com determinação, alcançarás o que almejas.

Não te creias esquecido pela Providência Divina.

Se o desejas, ainda agora poderás tornar-te em instrumento do bem para milhares de criaturas.

Que a descrença à tua volta não te induza à apatia.

Consagra-te ao cumprimento do dever e vencerás.

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Irmão José
Carlos Baccelli
Obra: De Ânimo Firme
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O poder das afirmações


Se você observar o efeito que suas palavras exercem nas coisas e pessoas à sua volta, e principalmente na sua vida, com certeza irá mudar completamente sua maneira de falar, e com isso, naturalmente, sua maneira de agir.

Atente para as pessoas que estão constantemente "de mal" com a vida. Reclamam da família, dos amigos (se é que realmente os tem), do trabalho, do governo, da chuva, do sol, enfim, não há nada que não tenha sempre uma reclamação ou uma crítica a ser feita.

Levam uma vida limitada, monótona e infeliz, aguardando sempre o pior, e mesmo que uma coisa boa lhes aconteça, não se alegram, pois acham que algo ruim virá logo em seguida.
Existem inúmeras pessoas à sua volta com características iguais a esta.

Mas, da mesma forma que "atraem" coisas e fatos negativos, por sua maneira de pensar e falar podem tudo mudar para melhor, apenas criando um novo hábito, evidentemente, positivo e otimista.

Se nosso jeito de pensar e agir está, de certa forma, um pouco próximo do tipo de pessoa que acabamos de analisar, e chegamos à conclusão que podemos e devemos mudar, este é um ótimo momento para iniciarmos.

A princípio poderá parecer difícil, pelo hábito pessimista adquirido através dos anos, mas uma boa e fácil maneira de iniciarmos esse nosso novo processo, é o de fazermos afirmações verbais positivas constantemente.

Escreva, em uma folha de papel ou um cartão, frases que denotem o que você deseja ou o que quer ser, e as repita diariamente, em intervalos regulares.

Você estará dando ordens ao seu subconsciente, e este, com o tempo, as aceitará e tornará esta nova maneira de pensar, um hábito, e os resultados você sentira rapidamente.

Isso funciona!

Dê um crédito e uma chance a você mesmo, experimente, você não vai se arrepender.

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Humberto C. Pazian
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Implosão mental


A cólera é comparável a uma implosão mental de consequências imprevisíveis.

Quando te sintas sob a ameaça de semelhante flagelo, antes de falar ou escrever, usa o método conhecido de permanecer em silêncio contando até cem.

Se os impulsos negativos continuam, afasta-te para um lugar à parte e faze uma oração que te reequilibre.

Notando que a medida não alcançou os fins necessários, busca um recanto da natureza, onde encontres plantas e flores, cujas emanações te balsamizem o espírito.

Na hipótese de não retornares à tranquilidade, procura algum templo religioso e confia-te novamente à prece, esforçando-te para que a paz te fale no coração.

No entanto, se essa providência ainda falhar, dirige-te a um remédio amigo que, com certeza, te aliviará com sedativos adequados, a fim de evitares a implosão de tuas próprias forças.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Luz e vida
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