OSTENTAÇÃO

Alarde é ramificação do orgulho, que nos leva à vaidade perigosa.

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Aparato é roupa falsa, consigo o amor-próprio.

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Arrogância usa todos os meios falsos para dizer o que não é.

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Esplendor tem um preço e, quando é verdadeiro, não gosta de mostrar-se; ilumina por si mesmo.

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Pompa é requinte exterior, que estraga a economia da coletividade.

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Prova de saber é para o pseudo-sábio; o verdadeiro mestre sabe que ainda nada entende da vida que o circunda.

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Ruído em demasia somente anuncia uma coisa com bastante nitidez: ignorância.

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Apregoar os valores alheios, porque os teus, se os tens, é tarefa de outros anunciá-los, caso queiram.

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Mostrar, todo vaidoso gosta de fazê-lo, sendo sempre o que não é; não suporta calar-se, sem anunciar o que pensa fazer.

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Autovalorização é cegueira crônica, se comparada aos valores dos outros; aquilo que anunciamos de nós mesmos existe nas outras pessoas que, por vezes, estão em silêncio há muito tempo.

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O gazofilácio da tua vaidade não deve ser tocado, para não desmereceres algumas das tuas virtudes. Esquece o eu, e lembra-te do nós, que é a única realidade, e estarás praticando o segundo mandamento anunciado por Cristo.

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  João Nunes Maia, pelo Espírito Loester