"Nesse ponto procuravam outra vez prendê-lo; mas ele se livrou das suas mãos."
- João, cap. 10 - v.39
É possível que o homem caia seguidamente...
As trevas, que assomam de si, tentarão enredá-lo repetidas vezes.
Periódicas crises de fé testarão a sua capacidade de resistir à incredulidade.
Não se renda, porém, às cadeias do mal!
Segundo a palavra do Evangelista, Jesus não desistia de se livrar das tramas para prendê-lo.
Escapava às mãos simbólicas do poder e da vaidade...
Subtraía-se aos acenos enganosos da luxúria...
O homem necessita saber o que, realmente, quer da Vida, sem ignorar o que a Vida dele requisita.
As propostas para que se corrompa e se desvie de sua meta superior haverão de assediá-lo a cada passo.
Contudo, a sua mais leve concessão ao erro abrirá brechas irreparáveis em sua cidadela íntima.
Porque tropeçou e retrocedeu um degrau, ninguém carece de rolar escadaria abaixo...
Torne a colocar-se de pé e, com mais cuidado, reinicie a subida.
Saúde mental é também saber aceitar-se com as próprias fragilidades, sem, todavia, com elas se conformar.
Se ninguém surge completamente renovado de um dia para outro, ninguém pode deixar de mudar a cada dia, protelando, indefinidamente, o seu próposito de mudança.
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(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - (Carlos A. Baccelli/Inácio Ferreira)
MENSAGEM DO ESE:
A realeza de Jesus
Que não é
deste mundo o reino de Jesus todos compreendem, mas, também na Terra não
terá ele uma realeza? Nem sempre o título de rei implica o exercício do
poder temporal.
Dá-se esse título, por unânime consenso, a todo aquele que, pelo seu gênio, ascende à primeira plana numa ordem de idéias quaisquer, a todo aquele que domina o seu século e influi sobre o progresso da Humanidade. É nesse sentido que se costuma dizer: o rei ou príncipe dos filósofos, dos artistas, dos poetas, dos escritores, etc. Essa realeza, oriunda do mérito pessoal, consagrada pela posteridade, não revela, muitas vezes, preponderância bem maior do que a que cinge a coroa real? Imperecível é a primeira, enquanto esta outra é joguete das vicissitudes; as gerações que se sucedem à primeira sempre a bendizem, ao passo que, por vezes, amaldiçoam a outra. Esta, a terrestre, acaba com a vida; a realeza moral se prolonga e mantém o seu poder, governa, sobretudo, após a morte. Sob esse aspecto não é Jesus mais poderoso rei do que os potentados da Terra? Razão, pois, lhe assistia para dizer a Pilatos, conforme disse:
“Sou rei, mas o meu reino não é deste mundo.”
Dá-se esse título, por unânime consenso, a todo aquele que, pelo seu gênio, ascende à primeira plana numa ordem de idéias quaisquer, a todo aquele que domina o seu século e influi sobre o progresso da Humanidade. É nesse sentido que se costuma dizer: o rei ou príncipe dos filósofos, dos artistas, dos poetas, dos escritores, etc. Essa realeza, oriunda do mérito pessoal, consagrada pela posteridade, não revela, muitas vezes, preponderância bem maior do que a que cinge a coroa real? Imperecível é a primeira, enquanto esta outra é joguete das vicissitudes; as gerações que se sucedem à primeira sempre a bendizem, ao passo que, por vezes, amaldiçoam a outra. Esta, a terrestre, acaba com a vida; a realeza moral se prolonga e mantém o seu poder, governa, sobretudo, após a morte. Sob esse aspecto não é Jesus mais poderoso rei do que os potentados da Terra? Razão, pois, lhe assistia para dizer a Pilatos, conforme disse:
“Sou rei, mas o meu reino não é deste mundo.”
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. II, item 4.)
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