Não pense que o lar se constitui apenas das paredes e dos móveis que o compõem.
Ao lado do ambiente físico, coexiste uma esfera espiritual que também requer cuidados de asseio e higiene.
Esse ambiente tem um padrão de energia equivalente ao padrão moral dos seus moradores.
Não se interesse apenas pela conservação da sua casa, prime também por um clima espiritual positivo para que todos possam viver em paz.
Ao menos na hora da refeição evite gritarias e discussões, pois os alimentos ficarão impregnados de energias negativas oriundas das palavras pesadas dirigidas na mesa.
Muitas perturbações digestivas têm origem no destempero verbal no momento da alimentação.
Não seria invencionice dizer que, nesses casos, toda a família estará ingerindo alimentos deteriorados.
As críticas endereçadas aos nossos familiares, sobretudo quando marcadas por zombaria ou escárnio, bem como a agressividade dentro do lar, provocam descargas energéticas prejudiciais que intoxicam o ambiente doméstico e propiciam o surgimento de muitas doenças na família.
A exibição de filmes de terror e de noticiários sanguinolentos também irradia faixas vibratórias destrutivas, em especial na mente frágil de crianças, fixando na atmosfera psíquica do lar energias deprimentes e perturbadoras de nossa paz.
Se você aprecia andar na escuridão, não acuse as trevas.
A oração dentro do lar se traduz num dos mais eficientes meios de defesa espiritual da família.
Ao lado da prece, o diálogo, a troca de elogios entre os familiares, o bom humor e boa vontade e o amor respondem pela segurança espiritual e da moradia e pela alegria de viver entre quatro paredes.
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JOSÉ CARLOS DE LUCCA
MENSAGEM DO ESE:
A ingratidão dos filhos e os laços de família (II)
Ó espíritas! compreendei agora o grande papel da Humanidade; compreendei que, quando produzis um corpo, a alma que nele encarna vem do espaço para progredir; inteirai-vos dos vossos deveres e ponde todo o vosso amor em aproximar de Deus essa alma; tal a missão que vos está confiada e cuja recompensa recebereis, se fielmente a cumprirdes. Os vossos cuidados e a educação que lhe dareis auxiliarão o seu aperfeiçoamento e o seu bem-estar futuro. Lembrai-vos de que a cada pai e a cada mãe perguntará Deus: Que fizestes do filho confiado à vossa guarda? Se por culpa vossa ele se conservou atrasado, tereis como castigo vê-lo entre os Espíritos sofredores, quando de vós dependia que fosse ditoso. Então, vós mesmos, assediados de remorsos, pedireis vos seja concedido reparar a vossa falta; solicitareis, para vós e para ele, outra encarnação em que o cerqueis de melhores cuidados e em que ele, cheio de reconhecimento, vos retribuirá com o seu amor.
Não escorraceis, pois, a criancinha que repele sua mãe, nem a que vos paga com a ingratidão; não foi o acaso que a fez assim e que vo-la deu. Imperfeita intuição do passado se revela, do qual podeis deduzir que um ou outro já odiou muito, ou foi muito ofendido; que um ou outro veio para perdoar ou para expiar. Mães! abraçai o filho que vos dá desgostos e dizei convosco mesmas: Um de nós dois é culpado. Fazei-vos merecedoras dos gozos divinos que Deus conjugou à maternidade, ensinando aos vossos filhos que eles estão na Terra para se aperfeiçoar, amar e bendizer. Mas oh! muitas dentre vós, em vez de eliminar por meio da educação os maus princípios inatos de existências anteriores, entretêm e desenvolvem esses princípios, por uma culposa fraqueza, ou por descuido, e, mais tarde, o vosso coração, ulcerado pela ingratidão dos vossos filhos, será para vós, já nesta vida, um começo de expiação.
A tarefa não é tão difícil quanto vos possa parecer. Não exige o saber do mundo. Podem desempenhá-la assim o ignorante como o sábio, e o Espiritismo lhe facilita o desempenho, dando a conhecer a causa das imperfeições da alma humana.
Desde pequenina, a criança manifesta os instintos bons ou maus que traz da sua existência anterior. A estudá-los devem os pais aplicar-se. Todos os males se originam do egoísmo e do orgulho. Espreitem, pois, os pais os menores indícios reveladores do gérmen de tais vícios e cuidem de combatê-los, sem esperar que lancem raízes profundas. Façam como o bom jardineiro, que corta os rebentos defeituosos à medida que os vê apontar na árvore. Se deixarem se desenvolvam o egoísmo e o orgulho, não se espantem de serem mais tarde pagos com a ingratidão. Quando os pais hão feito tudo o que devem pelo adiantamento moral de seus filhos, se não alcançam êxito, não têm de que se inculpar a si mesmos e podem conservar tranqüila a consciência. À amargura muito natural que então lhes advém da improdutividade de seus esforços, Deus reserva grande e imensa consolação, na certeza de que se trata apenas de um retardamento, que concedido lhes será concluir noutra existência a obra agora começada e que um dia o filho ingrato os recompensará com seu amor.
(Cap. XIII, nº 19.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIV, item 9.)
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