No Carnaval...
Era fevereiro. Um bloco carnavalesco avançava pelas ruas da cidade. Cerca de cem integrantes fantasiados cantavam, dançavam, sorriam. O bloco de desencarnados, porém, era muito maior. Aproximadamente quinhentos espíritos acompanhavam o grupo, numa perfeita simbiose.
Em comum entre encarnados e desencarnados, havia o desconhecimento sobre onde acaba a alegria e começa o abuso. Contagiante, o bloco de “vivos” e “mortos” prosseguia.
Um jovem, na casa dos dezesseis anos, observa a folia sentado na sarjeta. Embora nascido em berço de ouro, era desnudo de afeto e subnutrido de educação. Atendendo a ordem de espíritos zombeteiros, um dos integrantes do bloco convida o adolescente a dançar. Oferece-lhe um cigarro recheado com erva alucinógena.
Dança, canta e ri. Não sabe que, mais tarde, seu vício sustentará traficantes, enquanto aproveitadores desencarnados o atirarão em perturbações de consequências imprevisíveis.
Mais adiante, outra jovem assiste a turba. Na véspera, havia sofrido terrível desilusão amorosa, que Ihe destruíra os mais singelos planos de felicidade. Abatida, atira-se ao bloco, numa atitude mais de desespero do que de alegria. Dança, canta e ri. Retorna ao lar e, embriagada e deprimida, põe fim à vida cortando os pulsos.
Num bar de esquina, mais um transeunte se interessa pela algazarra. Depois de alguns goles, atende ao chamado de entidades fanfarronas e junta-se ao bloco. Dança, canta e ri. De volta para casa, encontra a esposa chorando seu abandono. Mantém breve discussão com a companheira para, logo depois, deixar o lar, levado pelo efeito do álcool.
O bloco passa. Todos dançam, cantam e riem. Ninguém sabia, porém, que naquele dia, em menos de uma hora, a cidade ganhara uma suicida, um viciado e um lar destruído.
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Do livro 'Vida e Renovação' - Clayton Levy (ditado por Espíritos diversos)
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Amigos, a Doutrina Espírita nada proíbe ou obriga.
Apenas mostra o caminho, esclarecendo quais são as consequências dos nossos atos, mostrando aos homens o que o mal acarreta, mas respeitando o nosso livre-arbítrio.
O Espiritismo esclarece que o pensamento altera o meio, atrai pensamentos semelhantes.
Aos que gostam do Carnaval, busquem a diversão de forma sadia, sem abusos, tentando manter sempre a integridade psico-espiritual.
Lembremos que a desonestidade, a falsidade, a inveja, o perjúrio, a vingança, a perversidade, o crime, a cólera, o egoísmo, sempre serão nocivos, pois conduzem o homem a grandes sofrimentos, independente da época em que sejam praticados.
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09 de fevereiro
O novo céu e a nova terra já estão aqui.
É só uma questão de reconhecer e aceitar o que está acontecendo e elevar sua consciência de maneira a se tornar totalmente alerta para tudo o que se passa dentro e fora de você.
Se você não está alerta para tudo o que está acontecendo neste momento, isso não quer dizer que não está acontecendo nada.
Significa somente que você se fechou por causa do orgulho e da arrogância que o cegam para as maravilhas à sua volta.
Eleve mais e mais a sua consciência.
Quanto mais alto, mais claramente você verá a verdade, sem nada para bloquear a visão total.
E quando você se aperceber da maravilha dessa visão, traga-a para baixo e viva-a; faça com que ela se torne parte do seu dia a dia.
Uma visão só se torna realidade quando é manifestada em forma.
Eu lhe digo para ver agora Meu novo céu e Minha nova terra manifestados em forma.
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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:
Os inimigos desencarnados
Ainda outros motivos tem o espírita para ser indulgente com os seus inimigos. Sabe ele, primeiramente, que a maldade não é um estado permanente dos homens; que ela decorre de uma imperfeição temporária e que, assim como a criança se corrige dos seus defeitos, o homem mau reconhecerá um dia os seus erros e se tornará bom.
Sabe também que a morte apenas o livra da presença material do seu inimigo, pois que este o pode perseguir com o seu ódio, mesmo depois de haver deixado a Terra; que, assim, a vingança, que tome, falha ao seu objetivo, visto que, ao contrário, tem por efeito produzir maior irritação, capaz de passar de uma existência a outra. Cabia ao Espiritismo demonstrar, por meio da experiência e da lei que rege as relações entre o mundo visível e o mundo invisível, que a expressão: extinguir o ódio com o sangue é radicalmente falsa, que a verdade é que o sangue alimenta o ódio, mesmo no além-túmulo. Cabia-lhe, portanto, apresentar uma razão de ser positiva e uma utilidade prática ao perdão e ao preceito do Cristo: Amai os vossos inimigos. Não há coração tão perverso que, mesmo a seu mau grado, não se mostre sensível ao bom proceder. Mediante o bom procedimento, tira-se, pelo menos, todo pretexto às represálias, podendo-se até fazer de um inimigo um amigo, antes e depois de sua morte. Com um mau proceder, o homem irrita o seu inimigo, que então se constitui instrumento de que a justiça de Deus se serve para punir aquele que não perdoou.
Pode-se, portanto, contar inimigos assim entre os encarnados, como entre os desencarnados. Os inimigos do mundo invisível manifestam sua malevolência pelas obsessões e subjugações com que tanta gente se vê a braços e que representam um gênero de provações, as quais, como as outras, concorrem para o adiantamento do ser, que, por isso; as deve receber com resignação e como conseqüência da natureza inferior do globo terrestre. Se não houvesse homens maus na Terra, não haveria Espíritos maus ao seu derredor. Se, conseguintemente, se deve usar de benevolência com os inimigos encarnados, do mesmo modo se deve proceder com relação aos que se acham desencarnados.
Outrora, sacrificavam-se vítimas sangrentas para aplacar os deuses infernais, que não eram senão os maus Espíritos. Aos deuses infernais sucederam os demônios, que são a mesma coisa. O Espiritismo demonstra que esses demônios mais não são do que as almas dos homens perversos, que ainda se não despojaram dos instintos materiais; que ninguém logra aplacá-los, senão mediante o sacrifício do ódio existente, isto é, pela caridade; que esta não tem por efeito, unicamente, impedi-los de praticar o mal e, sim, também o de os reconduzir ao caminho do bem e de contribuir para a salvação deles. É assim que o mandamento: Amai os vossos inimigos não se circunscreve ao âmbito acanhado da Terra e da vida presente; antes, faz parte da grande lei da solidariedade e da fraternidade universais.
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XII, itens 5 e 6.)
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Sobre o Carnaval
Nenhum Espírito equilibrado em face do bom senso que deve presidir a existência das criaturas pode fazer a apologia da loucura generalizada que adormece as consciências nas festas carnavalescas. É lamentável que na época atual, quando os conhecimentos novos felicitam a mentalidade humana, fornecendo-lhe a chave maravilhosa dos seus elevados destinos, descerrando-lhes as belezas e os objetivos sagrados da vida, se verifiquem excessos dessa natureza entre as sociedades que se pavoneiam com os títulos da civilização. Enquanto os trabalhos e as dores abençoadas, geralmente incompreendidos pelos homens, lhes burilam o caráter e os sentimentos, prodigalizando-lhes os benefícios inapreciáveis do progresso espiritual, a licenciosidade desses dias prejudiciais opera, nas almas indecisas e necessitadas do amparo moral dos outros Espíritos mais esclarecidos, a revivescência de animalidades que só os longos aprendizados fazem desaparecer.
Há nesses momentos de indisciplina sentimental o largo acesso das forças da treva nos corações e, às vezes, toda uma existência não basta para realizar os reparos precisos de uma hora de insânia e de esquecimento do dever.
É estranho que as administrações e elementos de governos colaborem para que se intensifique a longa série de lastimáveis desvios de Espíritos fracos, cujo caráter ainda aguarda o toque miraculoso da dor para aprender as grandes verdades da vida.
Enquanto há miseráveis que estendem as mãos súplices, cheios de necessidades e de fome, sobram as fartas contribuições para que os salões se enfeitem e se intensifique o olvido de obrigações sagradas por parte das almas cuja evolução depende do cumprimento austero dos deveres sociais e divinos.
Ação altamente meritória seria a de empregar todas as verbas consumidas em semelhantes festejos na assistência social aos necessitados de um pão e de um carinho. Ao lado dos mascarados da pseudo alegria, passam os leprosos, os cegos, as crianças abandonadas, as mães aflitas e sofredoras. Por que protelar essa ação necessária das forças conjuntas dos que se preocupam com os problemas nobres da vida, a fim de que se transforme o supérfluo na migalha abençoada de pão e de carinho que será a esperança dos que choram e sofrem? Que os nossos irmãos espíritas compreendam semelhantes objetivos de nossas despretensiosas opiniões, colaborando conosco dentro de suas possibilidades para que possamos reconstruir e reedificar os costumes para o bem de todas as almas.
É incontestável que a sociedade pode, com o seu livre-arbítrio coletivo, exibir superfluidades e luxos nababescos, mas enquanto houver um mendigo abandonado junto de seu fastígio e de sua grandeza ela só poderá fornecer com isso um eloquente atestado de sua miséria moral.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Cartas do Alto
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Trovas e confetes
No Carnaval, o problema
Não é tanto a festa em si:
O problema é de quem chora
Por causa de quem sorri.
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O povo fala e, de fato,
Nos três dias de folia
É que o homem se revela
Ao tirar a fantasia...
* * *
Quem deseja, sobre a Terra,
Ter uma ideia do Umbral
Não necessita morrer:
Basta ver o Carnaval!
* * *
Exibindo nos salões
Fantasias requintadas,
O folião, quase em transe,
Recorda vidas passadas...
* * *
Na visão que tenho agora
Deste outro lado da vida,
O Carnaval me parece
“Sanatório” na avenida.
* * *
Carnaval!... Posso escutar
Ante o tema que futrico:
Em festa de gente viva
Defunto não mete o bico.
* * *
Arte, beleza, alegria –
Carnaval é isso tudo.
Mas sobre o que é além disso
É melhor que eu fique mudo...
* * *
Serpentinas e confetes
Lançados em profusão
São esperanças e sonhos
Que se desfazem no chão...
* * *
O suor do Carnaval,
Se convertido em bondade,
Daria para secar
O pranto da Humanidade.
* * *
Quando chega o Carnaval,
Eu fico pensando nisto:
Não foi numa festa assim
Que mataram Jesus Cristo?!...
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Eurícledes Formiga
Carlos A. Baccelli
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O Espírita e o Carnaval
Muitos espíritas, ingenuamente, julgam que a participação nas festas de Momo, tão do agrado dos brasileiros, não acarreta nenhum mal a nossa integridade psico-espiritual. E de fato, não haveria prejuízo maior, se todos pensassem e brincassem num clima sadio, de legitima confraternização. Infelizmente, porém, a realidade é bem diferente. Vejamos, por exemplo, as conclusões a que chegou um grupo de psicólogos que analisou o carnaval, segundo matéria publicada já há algum tempo no Correio Brasiliense, importante jornal da Capital da República:
“(...) de cada dez casais que caem juntos na folia, sete terminam a noite brigados (cenas de ciúme, intrigas, etc.);
que, desses mesmos dez casais, posteriormente, três se transformam em adultério;
que de cada dez pessoas (homens e mulheres) no carnaval, pelo menos sete se submetem a coisas que abominam no seu dia-a-dia, como o álcool e outras drogas (...).
Concluíram que tudo isto decorre do êxtase atingido na grande festa, quando o símbolo da liberdade, da igualdade, mas também da orgia e da depravação, estimulado pelo álcool leva as pessoas a se comportarem fora de seus padrões normais (...)”.
Um detalhe importante que, provavelmente, eles não sabem, é que no plano invisível a turma do astral inferior também se prepara e vem aos magotes participar dos folguedos carnavalescos.
Na psicosfera criada por mentes convulsionadas pela orgia, os espíritos das trevas encontram terreno propício para influenciar negativamente, fomentando desvios de conduta, paixões grosseiras, agressões de toda a sorte e, ainda, astuciosas ciladas.
No livro “Nas Fronteiras da Loucura”, psicografado por Divaldo Pereira Franco, são focalizados vários desses processos obsessivos, sobre pessoas imprevidentes, que pensavam apenas em se divertir no carnaval do Rio.
Mostra também o infatigável trabalho dos espíritos do Bem, a serviço de Jesus, procurando diminuir o índice de desvarios e de desfechos profundamente infelizes.
Só por essa amostra já dá pra ver como é difícil, para qualquer cristão, passar incólume pelos ambientes momescos. Por maior que seja a sua fé, os riscos de contrariedades e aborrecimentos são muito grandes.
Fiquemos, portanto, com o apóstolo Paulo, que dizia “tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”. (I Cor. 6,12).
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Pedro Fagundes Azevedo
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