terça-feira, 14 de dezembro de 2021

LIBERTAR-SE


Muitos sofrem, por fingir o que não são.

Liberte o bom sentimento de sua alma.

Se o Evangelho o convidou à renovação e se, na intimidade, você sente a necessidade do amor fraternal, sublimado, reconstrua a sua vida, comportando-se com equilíbrio.

Não freie o impulso afetivo.

Se ama, não encene os dramas do ímpio.

O nosso mundo, hoje mais que ontem, sofre a inflação de comportamentos exóticos e de um esmagador aumento de rancor. As criaturas, por vezes, primam por apresentar-se quais gladiadores dum circo romano, precipitando dolorosos quadros que chamam de autodefesa.

Não se envergonhe do gesto afável.

Não adie expressões de ternura.

Se fingir uma virtude que não temos é prejudicial para o nosso mundo de relações e para nós mesmos, lembremo-nos de que escamotear uma qualidade que desabrocha no íntimo é mais prejudicial ainda, por ser um falso atestado de nossas convicções e por retardar a marcha do Bem.
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Livro: Intimidade
Roque Jacintho 
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14 de dezembro

Tenha sempre em mente que só o bem resulta de tudo e que cada experiência ajuda você a crescer e se expandir. Perceba que sem experiência, de primeira mão, você não seria capaz de entender e abrir seu coração para os seus semelhantes, mas se manteria à distância julgando e condenando.

 Experiências, não importa quão estranhas ou difíceis, foram impostas a você com um propósito; portanto, tente entender qual é esse propósito. Tente ver Minha mão em tudo, tente entender que nada acontece por acaso e que sorte não existe. Perceba que é você que atrai para si o melhor ou o pior da vida. Pode ser paz, serenidade e tranquilidade, ou pode ser caos e confusão. 

Essa atração vem de seu interior, de seu estado de consciência; portanto, não culpe o ambiente que o cerca. Um caracol carrega tudo consigo, até sua casa. Você contém tudo no seu interior e reflete para o exterior.
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Obra: Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Observai os pássaros do céu (II)

A Terra produzirá o suficiente para alimentar a todos os seus habitantes, quando os homens souberem administrar, segundo as leis de justiça, de caridade e de amor ao próximo, os bens que ela dá. Quando a fraternidade reinar entre os povos, como entre as províncias de um mesmo império, o momentâneo supérfluo de um suprirá a momentânea insuficiência do outro; e cada um terá o necessário. O rico, então, considerar-se-á como um que possui grande quantidade de sementes; se as espalhar, elas produzirão pelo cêntuplo para si e para os outros; se, entretanto, comer sozinho as sementes, se as desperdiçar e deixar se perca o excedente do que haja comido, nada produzirão, e não haverá o bastante para todos.

Se as amontoar no seu celeiro, os vermes as devorarão. Daí o haver Jesus dito: “Não acumuleis tesouros na Terra, pois que são perecíveis; acumulai-os no céu, onde são eternos.” Em outros termos: não ligueis aos bens materiais mais importância do que aos espirituais e sabei sacrificar os primeiros aos segundos. (Cap. XVI, nº 7 e seguintes.)

A caridade e a fraternidade não se decretam em leis. Se uma e outra não estiverem no coração, o egoísmo aí sempre imperará. Cabe ao Espiritismo fazê-las penetrar nele.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXV, item 8.)

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Todo o poder


Todo o poder da alma resume-se em três palavras: Querer, Saber, Amar!

Querer, isto é, fazer convergir toda a atividade, toda a energia, para o alvo que se tem de atingir, desenvolver a vontade e aprender a dirigi-la.

Saber, porque sem o estudo profundo, sem o conhecimento das coisas e das leis, o pensamento e a vontade podem transviar-se no meio das forças que procuram conquistar e dos elementos a quem aspiram governar.

Acima, porém, de tudo, é preciso amar, porque, sem o amor, a vontade e a ciência seriam incompletas e muitas vezes estéreis. O amor ilumina-as, fecunda-as, centuplica-lhes os recursos. Não se trata aqui do amor que contempla sem agir, mas do que se aplica a espalhar o bem e a verdade pelo mundo. A vida terrestre é um conflito entre as forças do mal e as do bem. O dever de toda alma viril é tomar parte no combate, trazer-lhe todos os seus impulsos, todos os meios de ação, lutar pelos outros, por todos aqueles que se agitam ainda na via escura.

O uso mais nobre que se pode fazer das faculdades é trabalhar por engrandecer, desenvolver, no sentido do belo e do bem, a Civilização, a sociedade humana, que tem as suas chagas e fealdades, sem dúvida, mas que é rica de esperanças e magníficas promessas; essas promessas transformar-se-ão em realidade vivaz no dia em que a Humanidade tiver aprendido a comungar, pelo pensamento e pelo coração, com o foco de amor, que é o esplendor de Deus.

Amemos, pois, com todo o poder do nosso coração; amemos até o sacrifício, como Joana d'Arc amou a França, como o Cristo amou a Humanidade, e todos aqueles que nos rodeiam receberão nossa influência, sentir-se-ão nascer para nova vida.

Ó homem, procura em volta de ti as chagas a pensar, os males a curar, as aflições a consolar. Alarga as inteligências, guia os corações transviados, associa as forças e as almas, trabalha para ser edificada a alta cidade de paz e de harmonia que será a cidade de amor, a cidade de Deus! Ilumina, levanta, purifica! Que importa que se riam de ti! Que importa que a ingratidão e a maldade se levantem na tua frente! Aquele que ama não recua por tão pouca coisa; ainda que colha espinhos e silvas, continua sua obra, porque esse é seu dever, sabe que a abnegação o engrandece.

O próprio sacrifício também tem suas alegrias; feito com amor, transforma as lágrimas em sorrisos, faz nascer em nós alegrias desconhecidas do egoísta e do mau. Para aquele que sabe amar, as coisas mais vulgares são de interesse; tudo parece iluminar-se; mil sensações novas despertam nele.

São necessários à sabedoria e à Ciência longos esforços, lenta e penosa ascensão para conduzir-nos às altas regiões do pensamento. O amor e o sacrifício lá chegam de um só pulo, com um único bater de asas. Na sua impulsão conquistam a paciência, a coragem, a benevolência, todas as virtudes fortes e suaves. O amor depura a inteligência, põe à larga o coração e é pela soma de amor acumulada em nós que podemos avaliar o caminho que temos andado para Deus.
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Livro: O Problema do Ser, 
do Destino e da Dor
- Léon Denis -
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HUMILDADE CELESTIAL


Ninguém mais humilde que Ele, o Divino
Governador da Terra.

Podia eleger um palácio para a glória do nascimento, mas preferiu sem mágoa a
manjedoura simples.

Podia reclamar os princípios da cultura para o seu ministério de paz e redenção;
contudo, preferiu pescadores singelos para instrumentos sublimes do seu verbo de luz.

Podia articular defesa irresistível a fim de dominar a governança política; no entanto, preferiu render-se à autoridade, presente em sua época, ensinando que o homem deve entregar ao mundo o que ao mundo pertence, e a Deus o que é de Deus.

Podia banir de pronto do colégio apostólico o amigo invigilante, mas preferiu que Judas conseguisse os seus fins, lamentáveis e excusos, descerrando-lhe aos pés caminho melhor.

Podia erguer-se ao Sol da plena vida eterna, sem voltar-se jamais ao convívio
humilhante daqueles que o feriram nos tormentos da cruz; no entanto, preferiu
regressar para o mundo, estendendo de novo as mãos alvas e puras aos ingratos da véspera.

Podia constranger o espírito de Saulo a receber-lhe as ordens, mas preferiu surgir-lhe qual companheiro anônimo, rogando-lhe acordar, meditar e servir, em favor de si mesmo.

Em Cristo, fulge sempre a humildade celeste, pela qual aprendemos que,
quanto mais poder, mais amplo o trilho augusto aberto às nossas almas para que nos façamos, não apenas humildes pelos padrões da Terra, mas humildes enfim pelos padrões de Deus.
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FONTE: LIVRO ANTOLOGIA MEDIÚNICA DO NATAL
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
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