sábado, 31 de dezembro de 2022

Fazer o bem



1.
HEBE — Chico, você é uma criatura que em toda a sua vida não fez outra coisa senão o bem, doar-se ao próximo. Nunca houve um momento na sua vida em que você dissesse assim: estou cansado, vou parar, não quero mais me preocupar com o meu semelhante...


CHICO — Hebe, a sua bondade é imensa; eu devo dizer que não me sinto na condição de alguém que fez ou faz o bem, mas, durante toda a minha vida, procurei sempre cumprir com o meu dever diante da comunidade e diante da minha própria consciência.

Então, tenho, graças a Deus, muita tranquilidade em minha vida interior.


2. HEBE — Chico, quais as transformações no mundo desde o nascimento de Jesus?


CHICO — Os Espíritos amigos sempre me explicam que as transformações da Terra, desde o tempo de Jesus, são gradativas.

Essas transformações ainda não se complementaram, porque o mundo precisava estabelecer para a sua própria felicidade muitas renovações que eram difíceis e a lei de Deus não permite violência. Então, essas transformações vêm sendo efetuadas de tempos a tempos, de época para época.

Essas transformações que nós vemos, toda melhoria espiritual da Humanidade, decorrem do tempo de Jesus para cá: os hospitais, as penitenciárias, os processos de trabalho, o relacionamento das pessoas umas com as outras, a felicidade na vida doméstica.

Todas essas transformações nós devemos a Jesus, conquanto, muitas vezes, quando estamos nos ápices da inteligência, nós não queiramos reconhecer. Mas as transformações do tempo de Jesus até nós são imensas, mas exigiriam muito tempo para serem minudenciadas.


3. HEBE — Alguém já falou que, ao seu lado a gente tem a sensação de estar em contato com Jesus. Eu gostaria que você transmitisse essa sensação aos nossos telespectadores, porque você é exatamente a conexão da Terra com o Mundo onde estão nossos entes queridos que já partiram…


CHICO — Você é sempre maravilhosa, porque a sua bondade transparece de todas as suas palavras. Eu não posso ter a presunção de um laço tão íntimo assim com Nosso Senhor Jesus-Cristo; eu tenho a fé que o cristão procura e deve cultivar naquele que realmente é a luz dos nossos caminhos.

Logo depois do nascimento de Jesus, houve, existiu uma figura que sempre me impressionou muito; ela é descrita no versículo 25 do capítulo 2 do Evangelho do Apóstolo São Lucas.  É a figura de Simeão que viveu talvez mais de 80 anos esperando Jesus.

Quando soube que uma criança tinha sido levada ao templo para ser registrada, Simeão foi ao templo verificar e quando contemplou os olhos de Jesus, ele, então, disse: — “Senhor, agora despede em paz o teu servo, segundo a tua palavra, porque os meus olhos viram a salvação”

Esse homem se chamava Simeão e era um grande varão do templo apostólico e que passou para a vida espiritual logo depois de fixar os olhos em Jesus, Jesus recém-nascido.

Então, eu penso como teriam sido felizes aqueles que realmente viram os olhos de Jesus, porque, por mais que eu busque no Evangelho alguém que tenha visto diretamente os olhos de Nosso Senhor Jesus-Cristo recém-nato, eu não encontro ninguém, além do grande Simeão que, já numa velhice muito avançada, contemplou os olhos do menino e disse: — “Senhor, despede em paz o teu servo, porque os meus olhos já viram a salvação”.

Eu imagino a beleza e a luminosidade dos olhos de Nosso Senhor Jesus Cristo, mesmo recém-nato, iluminando os nossos caminhos, porque o próprio Simeão, na saudação que pronunciou, disse: — “Eis que Ele veio para alumiar os nossos caminhos”.

E a gente nota que todas as comunidades, todos os grupos sociais que se afastam de Jesus, como que entram numa certa perturbação (parece-nos, mas este verbo não é bem próprio).

A gente compreende que sem Jesus a nossa vida não tem significação, a significação exata que deveria ter e nós nos perdemos, nos tresmalhamos, porque estamos sem aquela bússola que nos indica o caminho.

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Francisco Cândido Xavier
Emmanuel
Entrevistas
Obra: Jesus em nós
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31 de dezembro

Se você der um passo à frente com fé, não olhe para trás, nem se lamente pelo que deixou.

Simplesmente espere pelo futuro mais maravilhoso e observe-o se realizar.

Deixe o que é velho para trás; está acabado.

Seja grato pelas lições aprendidas e pelas experiências por que passou; elas o ajudaram a crescer e aumentaram sua compreensão, mas não se apegue a elas.

O que o aguarda é muito melhor do que aquilo que você deixou para trás.

Nada pode acontecer de errado se você colocar sua vida sob a Minha direção.

Mas se você dá um passo à frente e se pergunta se agiu certo, você permite que dúvidas e temores o invadam, e se curvará sob o peso de sua decisão.

Portanto, solte-se, liberte o passado e caminhe para a frente com o coração repleto de amor e gratidão.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

O mandamento maior. Fazermos aos outros o que queiramos que os outros nos façam. Parábola dos credores e dos devedores

Os fariseus, tendo sabido que ele tapara a boca dos saduceus, reuniram-se; e um deles, que era doutor da lei, para o tentar, propôs-lhe esta questão: — “Mestre, qual o mandamento maior da lei?” — Jesus respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. — Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.” (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 34 a 40.)

Fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos façam, pois é nisto que consistem a lei e os profetas. (Idem, cap. VII, v. 12.)
Tratai todos os homens como quereríeis que eles vos tratassem. (S. LUCAS, cap. VI, v. 31.)
O reino dos céus é comparável a um rei que quis tomar contas aos seus servidores. — Tendo começado a fazê-lo, apresentaram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. — Mas, como não tinha meios de os pagar, mandou seu senhor que o vendessem a ele, sua mulher, seus filhos e tudo o que lhe pertencesse, para pagamento da dívida. — O servidor, lançando-se-lhe aos pés, o conjurava, dizendo: “Senhor, tem um pouco de paciência e eu te pagarei tudo.” — Então, o senhor, tocado de compaixão, deixou-o ir e lhe perdoou a dívida. — Esse servidor, porém, ao sair, encontrando um de seus companheiros, que lhe devia cem dinheiros, o segurou pela goela e, quase a estrangulá-lo, dizia: “Paga o que me deves.” — O companheiro, lançando-se aos pés, o conjurava, dizendo: “Tem um pouco de paciência e eu te pagarei tudo.” — Mas o outro não quis escutá-lo; foi-se e o mandou prender, par tê-lo preso até pagar o que lhe devia.

Os outros servidores, seus companheiros, vendo o que se passava, foram, extremamente aflitos, e informaram o senhor de tudo o que acontecera. — Então, o senhor, tendo mandado vir à sua presença aquele servidor, lhe disse: “Mau servo, eu te havia perdoado tudo o que me devias, porque mo pediste. — Não estavas desde então no dever de também ter piedade do teu companheiro, como eu tivera de ti?” E o senhor, tomado de cólera, o entregou aos verdugos, para que o tivessem, até que ele pagasse tudo o que devia.

É assim que meu Pai, que está no céu, vos tratará, se não perdoardes, do fundo do coração, as faltas que vossos irmãos houverem cometido contra cada um de vós. (S. MATEUS, cap. XVIII, vv. 23 a 35.)

“Amar o próximo como a si mesmo: fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós”, é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem para com o próximo. Não podemos encontrar guia mais seguro, a tal respeito, que tomar para padrão, do que devemos fazer aos outros, aquilo que para nós desejamos. Com que direito exigiríamos dos nossos semelhantes melhor proceder, mais indulgência, mais benevolência e devotamento para conosco, do que os temos para com eles? A prática dessas máximas tende à destruição do egoísmo. Quando as adotarem para regra de conduta e para base de suas instituições, os homens compreenderão a verdadeira fraternidade e farão que entre eles reinem a paz e a justiça. Não mais haverá ódios, nem dissensões, mas, tão-somente, união, concórdia e benevolência mútua.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XI, itens 1 a 4.)
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Diante do tempo


Embora de passos vacilantes, a facear inúmeros obstáculos na jornada, é imperioso que prossigas caminhando.

Por mais ames a quem, rebelando-se contra a marcha, tome a decisão de não seguir à frente, a verdade é que, em solidariedade a ele, não podes e nem deves estacionar à margem.

A semente de trigo que germina e se transfigura em espiga não aguarda que as demais sementes plantadas ao seu lado tomem, igualmente, a decisão de germinar e florescer.

Para cumprir com a finalidade a que se destina, o fruto que amadurece na árvore não espera que os frutos que se dependuram no mesmo galho amadureçam também.

Jamais te esqueças de que diante da inexorabilidade do Tempo, que sempre atropela os indiferentes à sua ação vertiginosa, não avançar significa recuar.

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Irmão José
Carlos Baccelli
Obra: "Amai-vos uns aos outros")
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O amigo injuriado


Certa vez, alguém me contou que havia sido perseguido e injuriado, por muitos anos, por um ferrenho adversário de suas ideias.

Ele vivia sonhando com o dia em que o seu opositor, reconhecendo os equívocos cometidos, o procurasse para pedir perdão…

Imaginava, finalmente, ter o referido adversário aos seus pés, dando a mão à palmatória. Acalentara essa ideia de triunfo em que justiça lhe seria feita.

Pois bem.

Quando já estava com os cabelos quase todos brancos, o adversário de muito tempo, também de cabelos brancos, inesperadamente o procura para o tão aguardado entendimento.

Confessou-lhe os seus excessos, pediu a ele que o desculpasse na inveja e no ciúme que sempre o haviam motivado no combate acirrado, falou de suas lutas pessoais e conflitos de ordem íntima semelhantes aos que exatamente criticara no companheiro…

Conversaram longamente, sem ninguém por perto para testemunhar o diálogo.

O amigo injuriado, que tinha tantas respostas na ponta da língua, que havia decorado o que dizer justamente para quando chegasse a hora inevitável daquele confronto, percebeu, segundo ele próprio me confidenciou, que ele também inutilmente perdera tempo… De repente, sentiu que não havia qualquer razão para o revide… Ambos haviam envelhecido naquela disputa que ninguém saberia identificar como teria começado.

— “Chico — disse-me ele —, eu não tive vontade nenhuma de reagir; é verdade que ele se prevalecera de todas as artimanhas para me prejudicar, mas eu também mentalizara aquele momento, o dia em que, face a face comigo, ele se sentisse humilhado…

Ele estava tendo a grandeza de me pedir perdão; se eu não o perdoasse, ele estaria triunfando sobre mim… Eu nunca teria ido a ele; ele é que estava tomando a iniciativa de vir a mim…

Eu, que anelava fazer uma publicação no jornal, tornando pública aquela hora de retratação, não tive ânimo de contar isso a quem quer que fosse; você é a primeira pessoa que está sabendo — ele desencarnou há mais de um mês!… Hoje, sinto por ele uma afeição que não sei explicar. Reconheci que em muita coisa ele tinha razão a meu respeito…”

Feliz daquele que, na hora de dar o troco, perde a vontade!

Esses encontros com os nossos desafetos mais cedo ou mais tarde acontecerão; se não for nesta vida, será na Vida Espiritual.

Os que nos perseguem, com razão ou sem razão, nos auxiliam a identificar o nosso próprio lugar… Às vezes, nos é muito mais útil um adversário sincero que um amigo bajulador.

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Chico Xavier
O Evangelho de Chico Xavier
— O próprio (Encarnado)
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A hora vazia


Quando as mãos repousam, a mente é defrontada pelo problema da hora vazia.

Se você procura a integração com o Divino Mestre, aprenda a utilizá-la.

Pense no irmão enfermo que reclama socorro espiritual e auxilie com as suas vibrações de carinho, se as circunstâncias lhe não favorecem a visita pessoal.

Plante uma árvore benfeitora.

Busque a companhia do livro edificante e tente fixar-lhe as lições.

Tome um lápis e faça anotações que lhe sirvam à memória ou escreva alguma frase consoladora que possa contribuir na sementeira de reconforto e bom ânimo.

Aproveite o ensejo para uma palestra em que você coopere na ressurreição do companheiro que caiu em desalento.

Comente a grandeza do bem, evitando, no entanto, o diapasão do discurso solene, a fim de que você alcance a intimidade dos ouvintes e consiga renová-los.

Medite, à frente da Natureza que oferece espetáculos prodigiosos da Sabedoria Divina, desde a casa minúscula da formiga até o firmamento cravejado de estrelas, recolhendo no imo do ser a essência imperceptível da instrução celestial.

Fixe a atenção em tudo o que seja útil e nobre, bom e belo, e não se desvie, porque no repouso dos braços, quando chega o problema da hora vazia, os semeadores do mal encontram larga oportunidade ao plantio da discórdia e da incompreensão, junto do qual, você, imperceptivelmente, começará perdendo o tempo, complicando as próprias lutas e sombreando o caminho terrestre, para depois perder inutilmente a própria vida.

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André Luiz
Chico Xavier
Obra: Irmãos unidos
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Um comentário:

  1. Início meu dia com estudos e oração, assim fortaleco minha fé. Desejo 24h de paz e serenidade a todos.

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Obrigada pelo comentário.