segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Como chuva generosa


Quando o sol parece castigar a terra com a intensidade dos seus raios, habitualmente, amados e desejados;

quando os dias se sucedem, muito quentes, parecendo que a atmosfera se torna quase insuportável;

quando a terra vai se abrindo em frinchas, parecendo gemer em sentimento de dor;

quando as plantas se deitam sobre o solo, por não conseguirem manter a altivez, pela desidratação sofrida;

quando parece que tudo queimará, secará, findará...

Pensamos nos campos semeados e nos perguntamos se os grãos conseguirão tomar forma, crescer e amadurecer, para abastecer as nossas mesas.

Olhamos para as árvores e nos indagamos se haverá floração para que se transforme em abençoados frutos.

Contemplamos os tímidos filetes d'água, aqui e ali, onde antes se agitavam caudalosos rios, povoados por peixes de variadas espécies.

Adiante, o leito seco deixa entrever as pedras nuas, brilhando ao sol. Adiante, um tronco de árvore deitado, como quem se tivesse agachado para sorver uma última gota d'água do solo seco.

O abastecimento nas residências, fábricas e hospitais sofre interrupções, com danos para a indústria, a saúde, a higiene.

Então, quando o céu escurece e nuvens pesadas se apresentam, todos os olhos se fixam nelas.

Aguardamos. Aguardamos a chuva que, por vezes, desaba forte, tempestuosa.

Seu primeiro objetivo é lavar a atmosfera para que se torne respirável, leve.

E quando as águas atingem o solo, é uma sinfonia, um concerto inigualável de sons.

É o barulho da terra, sorvendo o líquido em largos goles, os rios desejando alargar as margens para a recepção mais ampla.

As cascatas voltam a cantar, as fontes brilham. As plantas bebem por todas as dimensões de si mesmas.

As aves observam dos seus ninhos, os animais de suas tocas, alguns se precipitando para fora para se deixarem banhar...

Sentimos a leveza do ar, depois da chuva torrencial, e agradecemos pelo reabastecimento que se fará gradual, na constância da sua presença.

Chuva, generosa chuva.

Violenta ou branda, caindo mansa, é um benefício.

Quanto dependemos dela.

* * *

Assim como a chuva podemos nos tornar benefício para nossos irmãos. Com o frescor das nossas ideias cristãs, podemos aliviar a sede de consolo e esperança, em almas ressequidas, que vivem a tensão de ambientes domésticos áridos.

Como a chuva que suaviza a atmosfera, podemos abrandar a atmosfera de muitas vidas. São amigos, colegas, companheiros que necessitam de um sutil aroma de ternura.

Aguardam ouvidos que se disponham a ouvir suas mágoas e lhes ofertar algumas gotas de aconchego.

Aliviemos o calor das dores de quem sofre há muito tempo e quase está a perder a esperança.

Como chuva mansa, sirvamo-nos da nossa voz para lhes balbuciar a canção do amanhã que surgirá, renovado.

Pensando no bem, derramemos consolo sobre algumas existências que gravitam ao nosso redor. Participemos delas e tenhamos a certeza de que, na medida certa, obediente às leis de Deus, estaremos promovendo vultosas ondas de amor e de alegrias.

Imitemos a natureza, convertendo-nos em vida para nosso semelhante, como chuva generosa...

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Redação do Momento Espírita, com base no cap. 18, do livro
Rosângela, do Espírito homônimo, psicografia de Raul Teixeira,
ed. FRÁTER.
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25 de setembro

À medida que você aprender a doar, você irá também receber.

Abra seu coração e dê todos os presentes que você recebeu.

Doe de seu amor, de sua sabedoria, de sua compreensão.

Doe do intangível assim como do tangível.

Na verdade, doe e continue doando sem pensar em si mesmo, sem pensar no custo ou no que você vai receber de volta.

A sua doação deve ser de todo coração e cheia de alegria; aí então você vai perceber que cada ato de doação trará com ele alegria e felicidade indizíveis.

Cada alma tem algo a doar, assim, descubra o que você tem para doar, e doe. Nunca se esqueça que existem vários níveis em que você pode doar.

Não doe somente o que é fácil doar, mas também o que é difícil, e assim fazendo cresça e se expanda, porque somente o melhor pode resultar de sua doação.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Parábola do festim de bodas

Falando ainda por parábolas, disse-lhes Jesus: O reino dos céus se assemelha a um rei que, querendo festejar as bodas de seu filho, — despachou seus servos a chamar para as bodas os que tinham sido convidados; estes, porém, recusaram ir. — O rei despachou outros servos com ordem de dizer da sua parte aos convidados: Preparei o meu jantar; mandei matar os meus bois e todos os meus cevados; tudo está pronto; vinde às bodas. Eles, porém, sem se incomodarem com isso, lá se foram, um para a sua casa de campo, outro para o seu negócio. — Os outros pegaram dos servos e os mataram, depois de lhes haverem feito muitos ultrajes. — Sabendo disso, o rei se tomou de cólera e, mandando contra eles seus exércitos, exterminou os assassinos e lhes queimou a cidade.

Então, disse a seus servos: O festim das bodas está inteiramente preparado; mas, os que para ele foram chamados não eram dignos dele. Ide, pois, às encruzilhadas e chamai para as bodas todos quantos encontrardes. — Os servos então saíram pelas ruas e trouxeram todos os que iam encontrando, bons e maus; a sala das bodas se encheu de pessoas que se puseram à mesa.

Entrou, em seguida, o rei para ver os que estavam à mesa, e, dando com um homem que não vestia a túnica nupcial, — disse-lhe: Meu amigo, como entraste aqui sem a túnica nupcial? O homem guardou silêncio. — Então, disse o rei à sua gente: Atai-lhe as mãos e os pés e lançai-o nas trevas exteriores: aí é que haverá prantos e ranger de dentes; — porquanto, muitos há chamados, mas poucos escolhidos.
(S. MATEUS, cap. XXII, vv. 1 a 14.)

O incrédulo sorri a esta parábola, que lhe parece de pueril ingenuidade, por não compreender que se possa opor tanta dificuldade para assistir a um festim e, ainda menos, que convidados levem a resistência a ponto de massacrarem os enviados do dono da casa. “As parábolas”, diz ele, o incrédulo, “são, sem dúvida, imagens; mas, ainda assim, mister se torna que não ultrapassem os limites do verossímil”.

Outro tanto pode ser dito de todas as alegorias, das mais engenhosas fábulas, se não lhes forem tirados os respectivos envoltórios, para ser achado o sentido oculto. Jesus compunha as suas com os hábitos mais vulgares da vida e as adaptava aos costumes e ao caráter do povo a quem falava. A maioria delas tinha por objeto fazer penetrar nas massas populares a idéia da vida espiritual, parecendo muitas ininteligíveis, quanto ao sentido, apenas por não se colocarem neste ponto de vista os que as interpretam.

Na de que tratamos, Jesus compara o reino dos Céus, onde tudo e alegria e ventura, a um festim. Falando dos primeiros convidados, alude aos hebreus, que foram os primeiros chamados por Deus ao conhecimento da sua Lei. Os enviados do rei são os profetas que os vinham exortar a seguir a trilha da verdadeira felicidade; suas palavras, porém, quase não eram escutadas; suas advertências eram desprezadas; muitos foram mesmo massacrados, como os servos da parábola. Os convidados que se escusam, pretextando terem de ir cuidar de seus campos e de seus negócios, simbolizam as pessoas mundanas que, absorvidas pelas coisas terrenas, se conservam indiferentes às coisas celestes.

Era crença comum aos judeus de então que a nação deles tinha de alcançar supremacia sobre todas as outras. Deus, com efeito, não prometera a Abraão que a sua posteridade cobriria toda a Terra? Mas, como sempre, atendo-se à forma, sem atentarem ao fundo, eles acreditavam tratar-se de uma dominação efetiva e material.

Antes da vinda do Cristo, com exceção dos hebreus, todos os povos eram idólatras e politeístas. Se alguns homens superiores ao vulgo conceberam a idéia da unidade de Deus, essa idéia permaneceu no estado de sistema pessoal, em parte nenhuma foi aceita como verdade fundamental, a não ser por alguns iniciados que ocultavam seus conhecimentos sob um véu de mistério, impenetrável para as massas populares. Os hebreus foram os primeiros a praticar publicamente o monoteísmo; é a eles que Deus transmite a sua lei, primeiramente por via de Moisés, depois por intermédio de Jesus. Foi daquele pequenino foco que partiu a luz destinada a espargir-se pelo mundo inteiro, a triunfar do paganismo e a dar a Abraão uma posteridade espiritual “tão numerosa quanto as estrelas do firmamento”. Entretanto, abandonando de todo a idolatria, os judeus desprezaram a lei moral, para se aferrarem ao mais fácil: a prática do culto exterior. O mal chegara ao cúmulo; a nação, além de escravizada, era esfacelada pelas facções e dividida pelas seitas; a incredulidade atingira mesmo o santuário. Foi então que apareceu Jesus, enviado para os chamar à observância da Lei e para lhes rasgar os horizontes novos da vida futura. Dos primeiros a ser convidados para o grande banquete da fé universal, eles repeliram a palavra do Messias celeste e o imolaram. Perderam assim o fruto que teriam colhido da iniciativa que lhes coubera.

Fora, contudo, injusto acusar-se o povo inteiro de tal estado de coisas. A responsabilidade tocava principalmente aos fariseus e saduceus, que sacrificaram a nação por efeito do orgulho e do fanatismo de uns e pela incredulidade dos outros.

São, pois, eles, sobretudo, que Jesus identifica nos convidados que recusam comparecer ao festim das bodas. Depois, acrescenta: “Vendo isso, o Senhor mandou convidar a todos os que fossem encontrados nas encruzilhadas, bons e maus.” Queria dizer desse modo que a palavra ia ser pregada a todos os outros povos, pagãos e idólatras, e estes, acolhendo-a, seriam admitidos ao festim, em lugar dos primeiros convidados.

Mas não basta a ninguém ser convidado; não basta dizer-se cristão, nem sentar-se à mesa para tomar parte no banquete celestial. É preciso, antes de tudo e sob condição expressa, estar revestido da túnica nupcial, isto é, ter puro o coração e cumprir a lei segundo o espírito. Ora, a lei toda se contém nestas palavras: Fora da caridade não há salvação. Entre todos, porém, que ouvem a palavra divina, quão poucos são os que a guardam e a aplicam proveitosamente! Quão poucos se tornam dignos de entrar no reino dos céus! Eis por que disse Jesus: Chamados haverá muitos; poucos, no entanto, serão os escolhidos.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVIII, itens 1 e 2.)
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Imunização espiritual


Se te decides, efetivamente, imunizar o coração contra as influências do mal, é necessário que te convenças:

– Que todo minuto é chamamento de Deus à nossa melhoria e renovação.

– Que toda pessoa tem importância em nosso caminho.

– Que o melhor processo de receber auxílio é auxiliar em favor de alguém.

– Que a paciência é o principal ingrediente na solução de qualquer problema.

– Que sem amor não há base firme nas construções espirituais.

– Que o tempo gasto em queixa é furtado ao trabalho.

– Que desprezar a simpatia dos outros, em nossa tarefa, é o mesmo que pretender semear um campo sem cogitar de lavrá-lo.

– Que não existem pessoas perversas e sim criaturas doentes a nos requisitarem amparo e compaixão.

– Que o ressentimento é sempre foco de enfermidade e desequilíbrio.

– Que ninguém sabe sem aprender e ninguém aprende sem estudar.

– Que, em suma, não basta pedir aos Céus, através da oração, para que baixem à Terra, mas também cooperar, através do serviço ao próximo, para que a Terra se eleve igualmente para os Céus.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Paz e renovação
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Mensagens sobre PAZ

Viver em Paz



Conquista de Paz



Momentos de Paz



Paz e Felicidade



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Perdão Sempre


Quem deseje encontrar paz na vida, perdoe as provas que a vida nos apresenta.

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Se procuramos a paz com os amigos, perdoemos a todos sem reclamar as faltas que nos ofertem.

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Se desejamos a paz com os vizinhos, tratemos a todos eles com a bondade e a distinção com que desejamos ser tratados.

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Se desejamos a paz com a natureza, procuremos agir com ela dentro do equilíbrio com que somos por ela beneficiados.

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Se desejamos obter a paz com os inimigos, abençoemos a todos eles como ansiamos ser por eles abençoados.

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Se queremos a paz com os animais, respeitemo-los como aspiramos ser por eles respeitados.

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Se queremos a paz com a própria saúde, protejamos o corpo que nos serve de moradia como precisamos ser protegidos.

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Se queremos a paz com as criaturas infelizes, tratemo-las todas com o amparo que venhamos a precisar recolher de cada uma delas.

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Se queremos encontrar a paz da felicidade, saibamos repartir com os outros os melhores sentimentos do coração, com a mesma esperança de que algum dia venhamos a precisar do auxílio de qualquer um deles.

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Se sonhamos guardar conosco a paz de Deus, procuremos trazer a nossa consciência ligada ao Amor Infinito, com a fé vigorosa com que somos chamados a viver cumprindo os desígnios de Deus.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Esperança e luz
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Mensagens sobre PERDÃO:


Perdão na Intimidade



Perdão das Ofensas: Uma Atitude Inteligente



Perdão



Orar e Perdoar



O Porquê do Perdão



Perdoar l



Perdoa-te



Perdoar ll


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Vida e futuro

 

Se o mundo não estivesse aguardando profissionais competentes e dignos do progresso, não se entenderia o esforço da escola.

Para que professores e pesquisas, disciplinas e exercícios se não houvesse o futuro?

De certo modo, sucede o mesmo com a Vida no Plano Físico e na Vida Além Morte.

Reconhecendo-se que a Espiritualidade superior espera criaturas habilitadas a concurso efetivo na construção do Mundo Melhor, observa-se claramente o imperativo de tribulações e dificuldades, problemas e conflitos nas áreas do homem, ante a função da existência terrestre como recurso de aperfeiçoamento.

É por isso que nós outros — os amigos desencarnados, — volvemos ao intercâmbio espiritual, a fim de solicitar paciência e coragem aos irmãos corporificados na Terra.

Se te vês engajado numa tarefa que se te afigure superior às próprias forças, suporta com serenidade os deveres que te cabem, evitando reclamações e queixas que simplesmente se te fariam mais espinhoso o caminho a percorrer.

Se convives com familiares doentes ou perturbados, abençoa-os e assiste-os com bondade e tolerância, indagando de ti mesmo se não estarás ao lado daqueles mesmos irmãos que, em estâncias do pretérito, terás talvez atirado às sombras da doença e do desequilíbrio.

Se carregas compromissos que te parecem excessivamente pesados e que tomaste sem lhes sopesar as consequências, permanece neles sem rebeldia, para que não te responsabilizes por lesões e prejuízos no coração dos outros.

Se sofres num corpo enfermiço ou se adquiriste moléstias ou inibições dificilmente reversíveis, suporta com calma semelhantes constrangimentos, procurando reconhecer que te encontras nos resultados de tuas próprias escolhas, em passadas reencarnações.

Em qualquer prova, na qual, porventura, te encontres, arma-te de paciência e coragem e não abandones as obrigações que te competem.

Certifica-te de que o suicídio é sempre calamidade contra quem o executa.

A morte, como aniquilamento do ser, não existe. E a vida hoje para cada criatura será amanhã a continuidade dessa mesma vida com tudo aquilo que a criatura faça de si.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Atenção
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