segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Jesus e Ingratidão



Os sentimentos de amor, justiça, caridade e gratidão são inerentes à natureza humana, herdeira natural do bom, do nobre, do belo. Todavia, porque ainda se demora em crescimento de valores, mais vinculada atavicamente aos instintos primitivos, não se manifestam essas qualidades, que devem ser cultivadas com esforço até que se expressem por automatismos defluentes da sua elevação interior.

Em razão disso, são mais comuns as manifestações agressivas, as rebeldias, as ingratidões que aturdem, mantendo um clima mental e emocional belicoso entre os homens.

A ingratidão, que é desapreço, apresenta-se como grave imperfeição da alma, que deve ser corrigida.

O ingrato é enfermo que se combure nas chamas do orgulho mal dissimulado, da insatisfação perversa. A si todos os direitos e méritos se atribui, negando ao benfeitor a mínima consideração, nenhum reconhecimento.

Olvidando-se, rapidamente, do bem que lhe foi dispensado, silencia-o, mesmo quando não pensa que o recebido não passou de um dever para com ele, insuficiente para o seu grau de importância.

A ingratidão é chaga moral purulenta no indivíduo, que debilita o organismo social onde se encontra.

Assim, os ingratos são numerosos, sempre soberbos, e auto-suficientes, em dependência mórbida, porém, dos sacrifícios dos outros.

Jesus sempre admoestava os ingratos que lhe cruzavam o caminho.

Nunca lhe faltaram no ministério estes infelizes.

No admirável fenômeno de cura orgânica dos dez leprosos, patenteiam-se a ingratidão dos beneficiados e a interrogação do Mestre, diante daquele que havia retornado para agradecer: “Onde estão os outros? Não foram dez os curados?”

Nove se haviam ido, apressados, para o gozo e a algaravia, recuperados por fora, sem liberação da doença interna, que desapareceria somente a partir do momento em que fossem agradecer, modificando-se psicológica e moralmente.

Na tragédia do Calvário, não se encontrava presente nenhum dos que foram beneficiados pelas Suas mãos, e estes haviam sido muitos.

Ele iluminara olhos apagados; abrira ouvidos moucos; ofertara som aos lábios silenciosos; equilíbrio a mentes tresvariadas; movimentos a membros mortos; vida a catalépticos; recuperação orgânica a portadores de males inumeráveis e, no entanto, ficou esquecido por todos eles. Não obstante o bem que receberam, fugindo do reconhecimento, os ingratos viram-se diante de si mesmos, das consciências molestadas pelos remorsos, tornando a enfermar e morrendo, pois que deste fenômeno biológico ninguém escapa.

*
O Mestre conhecia as debilidades morais do homem e sempre se preocupava em alcançá-las, a fim de que as pretendidas curas alcançassem as matrizes das doenças, onde as mesmas se originam, erradicando-as, de modo que não voltassem a produzir miasmas e males perturbadores.

A Sua era uma constante proposta de renovação de metas, de atitudes, de pensamentos.

Sendo o exemplo máximo, pedia que O vissem, isto é, que Lhe tomassem a conduta de desapego das paixões cáusticas e cuidassem de uma só coisa necessária, que é o “reino de Deus” embutido no coração.

Na busca do mais importante, o seu encontro elimina o secundário, que deixa de ter valor, para ceder lugar ao essencial, que é o necessário.

Os homens, porém, na superficialidade dos seus interesses, anelam apenas pelo imediato, que lhes satisfaz num momento, deixando-os ansiosos outra vez.

Por imaturidade espiritual, ceifam a árvore de onde retiram os frutos de hoje, acreditando, com ingenuidade, que não terão fome amanhã. E quando esta se apresenta novamente, não têm onde recolher o alimento.

Assim agem os ingratos.

Toldam a água da fonte que os dessedentou; queimam o trigal que lhes deu o pão; cortam a planta frutífera que os alimentou; afastam o amigo generoso que os socorreu.

Em contrapartida, vivem a sós, amesquinhados em si mesmos por conhecerem o íntimo.

Desconfiados, neurotizam-se; arbitrários, são desamados; soberbos, passam ignorados.

*
Não te preocupes com os ingratos dos teus caminhos de amor.

Prossegue, ofertando luz, sem te inquietares com a teimosia da treva.

Onde acendas uma lâmpada, a claridade aí derramará dádivas.

Os teus beneficiários que te abandonaram, esqueceram ou se voltaram contra ti; aprenderão com a vida e compreenderão, mais tarde, o que fizeram.

Recordarão das tuas atitudes e buscarão passar adiante o que de ti receberam.

Não é, portanto, importante, o tratamento que te deem em retribuição, mas sim, o que prossigas fazendo por eles.

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Pelo Espírito: Joanna de Ângelis
Psicografia: Divaldo Pereira Franco
Obra: Jesus e Atualidade
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20 de novembro

Esteja em paz e descanse no Meu amor.

Você já ouviu estas palavras muitas vezes e fica imaginando o que significam.

Elas são como a água: lentamente desgastam o velho caminho e encontram um caminho novo.

Devagar e sempre elas vão calcando fundo até se tornarem parte de você.

Então, não são mais somente palavras, mas algo vivo que se move e existe em seu interior e com o qual você se percebe convivendo em perfeita paz, baseados no Meu amor.

Não se ressinta com a repetição, mas seja eternamente grato por Meu amor ser tão grande que Eu me disponho a ficar sempre com você, insistindo com paciência e persistência nas Minhas lições.

Eu coloquei Minha mão sobre você e Eu preciso de você.

No Meu vasto plano geral existe um lugar muito especial que é seu e Eu estou esperando que você esteja pronto para que Eu possa revelá-lo a você.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Os órfãos

Meus irmãos, amai os órfãos. Se soubésseis quanto é triste ser só e abandonado, sobretudo na infância! Deus permite que haja órfãos, para exortar-nos a servir-lhes de pais. Que divina caridade amparar uma pobre criaturinha abandonada, evitar que sofra fome e frio, dirigir-lhe a alma, a fim de que não desgarre para o vício! Agrada a Deus quem estende a mão a uma criança abandonada, porque compreende e pratica a sua lei. Ponderai também que muitas vezes a criança que socorreis vos foi cara noutra encarnação, caso em que, se pudésseis lembrar-vos, já não estaríeis praticando a caridade, mas cumprindo um dever. Assim, pois, meus amigos, todo sofredor é vosso irmão e tem direito à vossa caridade: não, porém, a essa caridade que magoa o coração, não a essa esmola que queima a mão em que cai, pois freqüentemente bem amargos são os vossos óbolos! Quantas vezes seriam eles recusados, se na choupana a enfermidade e a miséria não os estivessem esperando! Dai delicadamente, juntai ao benefício que fizerdes o mais precioso de todos os benefícios: o de uma boa palavra, de uma carícia, de um sorriso amistoso. Evitai esse ar de proteção, que eqüivale a revolver a lâmina no coração que sangra e considerai que, fazendo o bem, trabalhais por vós mesmos e pelos vossos.

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— Um Espírito familiar. (Paris, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, item 18.)
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Disseram



DISSERAM:

- que não vencerás em teus empreendimentos;

- que o teu doente querido está no clima da morte;

- que atravessarás longa noite de provações;

- que não mais encontrarás o trabalho que mais desejas;

- que não te recuperarás de certas perdas sofridas;

- que não realizarás os sonhos que acalentas;

- que os entes amados distantes de ti nunca mais te voltarão ao convívio;

- que o desgaste do corpo físico não mais te permitirá as realizações que tanto almejas;

- que, por essa ou aquela falta, andarás sobre a Terra constantemente sobre pedras e espinhos.

Tudo isso disseram...

Entretanto, continua agindo e servindo,
orando e esperando, porque as opiniões de Deus são diferentes.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Momentos de paz
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A VELHICE DE UM CÃO


Seu cachorrinho já lhe terá proporcionado muitas alegrias.

Cuide para que ele tenha um final de vida feliz.

Sempre que for possível, deixe que ele permaneça ao seu lado, pois este será, realmente, um dos poucos prazeres que lhe restarão na velhice. A grande despedida está próxima, e ele por instinto sabe disto.

É natural que deseje a companhia daquele que aprendeu a amar e respeitar durante sua vida. Não o abandone agora. Ele já não será aquele animal bonito de antes. Seu pêlo começa a cair, seu caminhar perdeu a elegância e sua cabeça penderá cansada, sobre suas patas. Somente seu olhar acompanhará os passos do seu dono. Lembre-se que, dentro do peito, ele ainda possui aquele coração que vibrará com o som da voz do seu mestre.

E, chegando o fim, não se envergonhe: chore. Você acaba de perder o mais dedicado dos amigos... o cão.

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Livro: O Weimaraner
Marisa de C. L. Corrêa, Eduardo Victor Costa
Editora Nobel
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Amealhando a riqueza real


Não te despreocupes da verdadeira propriedade, para que a propriedade irrisória não te perturbe o roteiro e encegueça o coração.

Há bens inalienáveis e preciosos que podes perfeitamente conduzir contigo do caminho terrestre para o Mundo Espiritual.

Para isso, é indispensável saibas usar os talentos que a Sabedoria da Vida te confiou.

Cada dia, em toda parte, dispões da riqueza das horas para as mais nobres aquisições.

Conquista com as próprias mãos a experiência do trabalho que te aprimora e te eleva.

Adquire com os próprios olhos a seleção do bem, assegurando a alegria daqueles que te cercam.

Arquiva nos ouvidos a prudência e a serenidade que te conferirão a luz do discernimento.

Entesoura com o próprio verbo a felicidade de auxiliar, vazando do escrínio da própria alma as joias da compreensão e da paz, alicerçando a alegria onde pisem teus pés.

Amealha os valores da educação que te possam içar o espírito aos cimos da cultura e do aprimoramento.

Não olvides que o serviço ao próximo, que o dever bem cumprido, que o estudo edificante e que o gesto de bondade, nas faixas do espaço e do tempo, constituem a bagagem que te aliciará o tesouro da simpatia hoje e amanhã, aqui e além…

Não te limites à caridade do menor esforço que se estende facilmente a preço de supérfluo. O dinheiro que mobilizas para o conforto alheio é uma bênção, mas o esforço que despendes para que a vida se faça melhor com o teu concurso é virtude rara a se te incorporar no próprio caráter.

Dar o que retemos é devolver ao mundo a quota de nosso débito, mas doar a nós mesmos, a benefício dos outros, através de nosso suor, de nossa renúncia, de nosso silêncio ou de nosso sorriso, é realizar o investimento da verdadeira felicidade que nos seguirá da sombra terrestre à Luz Espiritual.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Linha duzentos
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