Avaliemos na mesma linha a prática do abortamento, caracterizado pelo arrebatamento do serzinho em formação, aninhado no útero materno, pedindo para viver.
Por razões profundamente banais e com injustificáveis desculpas de caráter francamente materialista, apela-se para esse hediondo homicídio, dando a impressão de que somente ao preço da vida serão resolvidas seríssimas questões educacionais, sociais e morais, como quem desejasse saciar a fome de monstros vigorosos com o sangue humano.
O crime do abortamento se torna mais cruel pela razão de a vítima não poder ser consultada, não poder defender-se de nenhuma forma. À revelia das leis humanas ou sob seu patrocínio, subtrai-se a oportunidade promissora de um filho de Deus chegar à luz, dando sequência ao seu processo de evolução por meio de brutal impedimento.
Em contextos do feminismo materialista desses tempos, evoca-se o direito que tem a mulher sobre seu corpo, salientando-se os inconvenientes que lhe poderia trazer a gravidez já iniciada. Em sã consciência, ninguém será capaz de contradizer tal direito feminino. Contudo, ao permitir que se efetue o abortamento, a mulher expõe não o seu, mas o corpinho de seu filho às máquinas ou substâncias da morte, muito embora não se deva perder de vista que, ao consentir a investida criminosa sobre o filho que conduz no ventre, ela também, a mulher, fica à mercê dos riscos, dos perigos, que lhe poderão ceifar o corpo.
Alega-se, em outros momentos, que as leis permitem que se pratique o abortamento, desde que a mulher haja sido vítima de violência carnal que tenha originado a gravidez, naturalmente indesejada, pelas próprias circunstâncias do ocorrido.
Será necessário compreender toda a gama de indignação, de revolta mesmo, que cercará episódios desse tipo, considerando as características da violação e as marcas psicológicas que se imprimem n’alma da mulher.
Vale considerar, contudo, que a prática do abortamento, em tais casos, não remediará o traumatismo, ao contrário, reforçá-lo-á. Com a violência sexual, o violentador deixou-lhe no ventre uma semente de vida, ainda que não desejada.
Com o abortamento a mulher transforma seu útero numa praça de execução, de extermínio.
O homem violento e desrespeitoso maculou-lhe o corpo, perturbou-lhe a emoção, mas deixou-a viver.
Caso perpetre o abortamento, justificando-o com a honra, mostrar-se-á mais cruel do que o violento usurpador, pois manchará, com o sangue do próprio filho, a honra que queria preservar incólume.
Seja qual for o pai, amado ou odiado, a mulher será sempre mãe do filho que leva nas entranhas. E, se o seu caráter não tiver espaço para a sensibilidade materna e o seu anseio maior seja desfazer-se da criança, importante será que não a destrua, não lhe mate o corpinho. Deixe-a nascer e entregue-a a alguma instituição ou a pais adotivos que a desejem cuidar e amar.
Somente assim, pelo amor, é que se reabilita a honra, que não está no corpo violado, mas na alma que sofre as injunções de uma sociedade deseducada, num mundo de expiações e provas, mas que não se afasta da busca de Deus em si mesma.
Não será, jamais, a legalidade de um crime que lhe conferirá foros de moralidade, enquanto as almas estagiarem em Planetas de pequena evolução.
Ademais, passados os dias mais tormentosos da violência, quem poderá garantir que a mulher não se sensibilizará com seu filhinho, mormente quando o ouça choramingar, necessitado de atenção e afeto, nas mãos do obstetra?!
Matar, nunca. Sob qualquer aspecto que se apresente, fora do terapêutico, de decisão médica responsável, o abortamento representa mais um perturbador processo de pena de morte.
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Livro: Justiça e Amor
J. Raul Teixeira, pelo Espírito Camilo
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03 de março
Você deve estar preparado para as maravilhosas mudanças que vão acontecer na Nova Era.
Se você conseguir aceitá-las e simplesmente absorvê-las como um papel mataborrão essas mudanças acontecerão dentro e fora de você com grande paz e harmonia.
Você descobrirá que mudará com as mudanças sem ser afetado estranhamente por elas e viverá e respirará nelas tão naturalmente quanto um peixe na água.
Você será capaz de aceitar seu novo meio ambiente e se ajustará a ele sem esforço.
Uma criança passa de um grau para o outro no colégio sem dificuldades, porque tudo acontece gradualmente e só é necessário dar um passo após o outro, aceitando e se ajustando a cada nova fase; ela se sentiria perdida se fosse jogada do maternal diretamente para o colegial.
Não se preocupe: Eu não farei você avançar depressa demais. Tudo no Meu plano acontece na hora certa.
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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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Mensagem do ESE:
Mundos de expiações e de provas.
13. Que vos direi dos mundos de expiações que já não saibais, pois basta observeis o em que habitais? A superioridade da inteligência, em grande número dos seus habitantes, indica que a Terra não é um mundo primitivo, destinado à encarnação dos Espíritos que acabaram de sair das mãos do Criador. As qualidades inatas que eles trazem consigo constituem a prova de que já viveram e realizaram certo progresso. Mas, também, os numerosos vícios a que se mostram propensos constituem o índice de grande imperfeição moral. Por isso os colocou Deus num mundo ingrato, para expiarem aí suas faltas, mediante penoso trabalho e misérias da vida, até que hajam merecido ascender a um planeta mais ditoso.
14. Entretanto, nem todos os Espíritos que encarnam na Terra vão para aí em expiação. As raças a que chamais selvagens são formadas de Espíritos que apenas saíram da infância e que na Terra se acham, por assim dizer, em curso de educação, para se desenvolverem pelo contato com Espíritos mais adiantados. Vêm depois as raças semicivilizadas, constituídas desses mesmos Espíritos em via de progresso. São elas, de certo modo, raças indígenas da Terra, que aí se elevaram pouco a pouco em longos períodos seculares, algumas das quais hão podido chegar ao aperfeiçoamento intelectual dos povos mais esclarecidos.
Os Espíritos em expiação, se nos podemos exprimir dessa forma, são exóticos na Terra; já viveram noutros mundos, donde foram excluídos em consequência da sua obstinação no mal e por se haverem constituído, em tais mundos, causa de perturbação para os bons. Tiveram de ser degredados, por algum tempo, para o meio de Espíritos mais atrasados, com a missão de fazer que estes últimos avançassem, pois que levam consigo inteligências desenvolvidas e o gérmen dos conhecimentos que adquiriram. Daí vem que os Espíritos em punição se encontram no seio das raças mais inteligentes. Por isso mesmo, para essas raças é que de mais amargor se revestem os infortúnios da vida. É que há nelas mais sensibilidade, sendo, portanto, mais provadas pelas contrariedades e desgostos do que as raças primitivas, cujo senso moral se acha mais embotado.
15. A Terra, conseguintemente, oferece um dos tipos de mundos expiatórios, cuja variedade é infinita, mas revelando todos, como caráter comum, o servirem de lugar de exílio para Espíritos rebeldes à lei de Deus. Esses Espíritos têm aí de lutar, ao mesmo tempo, com a perversidade dos homens e com a inclemência da natureza, duplo e árduo trabalho que simultaneamente desenvolve as qualidades do coração e as da inteligência. É assim que Deus, em sua bondade, faz que o próprio castigo redunde em proveito do progresso do Espírito.
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— Santo Agostinho. (Paris, 1862.)
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
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MUDAR PARA EVOLUIR
A psicóloga e escritora Lourdes Possatto afirma que nós estamos em constante movimento, assim como o Universo. Isso significa que mudanças ocorrem e são necessárias a cada instante. Mas por que somos tão resistentes a elas? (Camilla Salmazi)
Na Doutrina Espírita, a evolução espiritual é uma lei e isso implica que a evolução não acontece por si própria, mas deve ser promovida conscientemente. “Mudar é desadaptar-se, é atualizar-se, é evoluir” explica a psicóloga e espiritualista Lourdes Possatto em seu livro É Tempo de Mudança.
O aperfeiçoamento do espírito é fruto de seu próprio trabalho e, em uma única existência no mundo material, não é possível que todas as qualidades morais e intelectuais sejam adquiridas e que, portanto, ele não necessite de mais mudanças.
Mas a tarefa de evoluir espiritualmente não é tão fácil. Como disse Jesus há mais de dois mil anos: “Estreita é a porta que conduz à verdadeira vida”. O Espiritismo prega que as coisas não estão prontas; o caminho a seguir nem sempre está indicado. Assim, é necessário esforço, trabalho e crescimento através do aprendizado e das mudanças; caso contrário, o espírito terá de aprender e evoluir de maneira dolorosa, pelas doenças, pelas desgraças; enfim, pela dor.
Em entrevista exclusiva a Espiritismo e Ciência, Lourdes Possatto fala sobre a importância das mudanças no processo de evolução espiritual e a dificuldade dos espíritos encarnados em aceitá-las, mostrando que reconhecer a necessidade de mudar é o primeiro passo para sua realização.
A mudança é imprescindível para se progredir? Ou seja, se a pessoa está bem consigo mesma ela precisa, necessariamente, sofrer mudanças para que esteja em processo de evolução?
Sim. A mudança acontece constantemente, em nosso corpo e no universo. É sempre um dia após o outro. E a cada dia, a cada momento, estamos mudando sem que tomemos consciência disso. Se a pessoa está bem consigo mesma, a vida não tem necessidade de dar-lhe sinais ou toques de sofrimento, porque se ela está bem, significa que está agindo de acordo com seu melhor, seguindo de acordo com sua natureza.
A mudança é natural do homem? É possível que algo seja realmente mudado na vida de um ser humano em um curto período de tempo? Como?
Com certeza, e isso eu tenho visto nos meus muitos anos como psicoterapeuta. Tudo que atraímos tem a ver com o padrão de energia em que estamos vibrando. Esta energia está relacionada às nossas atitudes para com nós mesmos. Ao mudá-las, tomando consciência de nossas crenças, por exemplo, mudaremos a nossa vibração, e tudo ao redor de nós muda também.
A dificuldade em mudar de algumas pessoas pode estar ligada com vidas passadas, com carmas?
Sim. A pessoa pode trazer suas crenças desde vidas passadas. Certa vez, trabalhando o perfeccionismo e rigidez em uma paciente, numa sessão de regressão, ela se lembrou de duas vidas em que sua maneira de ser também era rígida e perfeccionista, tanto quanto nesta vida. Até acessar uma vida anterior a estas, quando um episódio que gerou muita culpa nela explicou as crenças e decretos de sobrevivência através das suas cobranças de perfeccionismo e consequente rigidez. Ao tomar consciência desse padrão, ela teve condições de reverter essas atitudes, através da maior auto compreensão, aceitação e amor. Afinal, interna e emocionalmente, sempre se abandonou e tratou-se muito mal, para manter o padrão de perfeição. A aceitação, o amor e a flexibilidade consigo mesma, no sentido de compreender e respeitar sua natureza interna, foram as molas propulsoras para a sua mudança. Quanto ao carma, para mim significa a presença de um determinado índice de sofrimento, que tem a ver com a quantidade de desarmonia que a pessoa criou em sua própria natureza. O resgate é necessário mediante a tomada de consciência de que o sofrimento mostra o caminho errado em que a pessoa se encontra. Compreender como gera seu próprio sofrimento significa assumir a responsabilidade pelo seu próprio carma, a fim de cumprir o darma, que é o seu propósito de vida.
A necessidade de mudanças procurando a perfeição é normal ou prejudicial?
Depende do referencial. O espírito, a natureza em si mesma é perfeita. Cada um é perfeito com relação à sua natureza, que é perfeita. O que não é perfeito é a ego-personalidade. A busca da perfeição, se realizada pelo ego, é extremamente prejudicial, uma vez que causa um estrago imenso dentro da pessoa, gerando resultados nada agradáveis, como por exemplo, desânimo, preguiça e, em longo prazo, depressão, pelo excesso de desrespeito à sua essência ou natureza interna. Imagine a vibração dessa pessoa, o que a fará atrair problemas, encrencas e doenças, tudo isto como “recados essenciais” para mostrar-lhe que o caminho correto não é esse. Quanto a buscar a perfeição do espírito, seria mais interessante acessar esta perfeição e não buscá-la, uma vez que ela já está lá e sempre esteve dentro da pessoa. Aliás, o nosso amadurecimento e a nossa evolução estão ligados justamente a essa constatação.
Como é possível facilitar mudanças?
No meu livro É Tempo de Mudança, há um capítulo “Facilitando a Mudança”. Basicamente, a pessoa precisa aprimorar a percepção de si mesma no aqui-e-agora, percebendo e respeitando o que sente; há também a necessidade de vigiar e reorganizar os pensamentos, uma vez que tudo que pensamos passa para o corpo, e o que sentimos está relacionado com o que pensamos e não necessariamente com o que ocorre ao nosso redor.
A pessoa precisa também se responsabilizar pelo que causa a si mesma. Como sou Gestalt-terapeuta, costumo dizer que somos nós mesmos que causamos os nossos sintomas. Por exemplo, uma pessoa se queixa de estar estressada. Pergunto-lhe: “como é que você está se estressando?” Justamente para que ela tome consciência do que é que está se exigindo, impondo, cobrando. Se não tomar a consciência do que faz consigo mesma e não assumir responsabilidade, como é que essa pessoa vai querer amadurecer, melhorar e mudar?
Para facilitar a mudança, é também muito importante perceber seu livre-arbítrio e rever as escolhas que tem feito, se boas ou más, positivas ou negativas; afinal, ninguém escolhe por você, e se você permite isso, está sendo irresponsável. Se sua vida está ruim demais, por que não usar sua frustração no ousar tentar, mudando o “como” você tem agido?
E, sobretudo, é de vital importância estar de posse do seu melhor, ou seja, é quando se percebe que um caminho é melhor do que o que se tem trilhado. Se não prestarmos atenção no nosso sentir e nas verdades interiores e essenciais, o resultado é sempre sofrimento. Assim, descobrir quais são as mensagens que a vida está lhe dando através das situações que acontecem em sua vida é a forma de crescer, amadurecer, e, é claro, ser mais feliz.
Em seu livro, É Tempo de Mudança, você fala sobre a transformação de um sentimento em seu sentimento oposto. Como isso é possível?
É possível através da percepção de como geramos um determinado resultado em nossa vida. Por exemplo, você faz um bolo de um determinado jeito e sempre sai ruim e feio. Enquanto não observar o “como” está fazendo, você não mudará o resultado, ou seja, o bolo sairá melhor se você revir o procedimento.
No livro, falo como transformar quadros emocionais específicos, explicando as raízes de cada um deles. À medida que uma pessoa compreende as raízes emocionais de sua depressão ou obesidade, por exemplo, ela tem condições de transformar suas atitudes e, com isso, mudar o quadro emocional. E como sempre digo: a mudança só ocorre quando você toma consciência de como procede, de onde isso tem origem e muda suas atitudes. Se só houver uma tomada de consciência, a mudança será facilitada. Porém, somente quando o indivíduo tiver para consigo mesmo atitudes diferentes que preencham as suas carências emocionais, é que haverá a modificação de seu padrão de vibração, e aí sim a mudança ocorrerá plenamente.
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(Extraído da revista Espiritismo e Ciência 13, páginas 22-25)
Postado em Mythos Editora
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Quando tudo parece perdido, misericórdia de Deus nos alcança de formas inusitadas e surpreendentes, mas sabemos exatam o que quer nos mostrar! Deus seja louvado por todo sempre!
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