sábado, 8 de junho de 2024

Escolha das provas

 

“Se pedimos nossas provas,
— Diz você, Joaquim Paixão —
Como é que se vê do Além
O assunto da aceitação?”

“Se há tanta gente na fuga
Do respeito a compromisso,
Diga, Cornélio, o que há,
Como posso entender isso?”

Compreendo, caro irmão,
Seus raciocínios extremos.
No entanto, saiba!… Nós mesmos
Pedimos o que sofremos.

Nos fatos da delinquência
É que a coisa se complica:
Reparação do infrator
É a pena que se lhe aplica.

Sem essa exceção na regra,
Na verdade vista, a fundo,
Rogamos, antes do berço,
As nossas lições no mundo.

Ao fim de cada existência,
Em conta particular,
O espírito reconhece
Os débitos a pagar.

 A gente anota com susto
Quantas faltas ao dever;
Quantos votos a cumprir,
Quanto trabalho a fazer!

 Analisando a nós mesmos,
Em claro e justo juízo,
Pede-se a Deus corpo novo
Para o que seja preciso.

 Aparece a concessão.
Eis que a pessoa renasce;
Por dentro, as tendências velhas
Sob a luz de nova face…

 Aí, começam problemas…
Encontra-se a obrigação.
Entretanto, é muita gente
Nas ondas da deserção.

Se você quer aprender,
Segundo o Reto Pensar,
São muitos os casos tristes
Que podemos relembrar.

Você recorda o Nhô Cássio?
Pediu cegueira comprida:
Ao ver-se na provação,
Matou-se com formicida.

 Aninha rogou viver
Com dois filhos mutilados;
Ao ter dois gêmeos em luta
Fez dois anjos enjeitados.

 Rogou fraqueza no corpo
Nhô Nico Bartolomeu;
Sentindo-se desprezado,
Revoltou-se e enlouqueceu.

Anita pediu o encargo
De proteger João de Tina;
Ao vê-lo pobre e doente,
Largou-se na cocaína.

Na penúria que pedira
Nosso amigo João Vilaça,
Em vez de buscar serviço,
Atolou-se na cachaça.

Pediu nervos relaxados
Nhô Sizínio Rapadura;
Ao ver-se em corpo imperfeito,
Jogou-se de grande altura.

Léo rogou prisão no leito
E, tendo paralisia,
Atirou-se na descrença
E acabou na rebeldia.

 Joana pediu procissões,
Corpo enfermo e vida em brasa,
Quando entrou na provação,
Desprezou a própria casa.

É isso aí… Paciência
Não vive conosco em vão…
Quem se aceita, espera e serve,
Melhora de condição.

 De tudo, aparece um ensino
Que não se deve olvidar:
Dor de quem não se conforma
Tende sempre a piorar.

🥀🍃🥀
Cornélio Pires
Chico Xavier
Obra: Amanhece
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08 de junho

Qual é o seu primeiro pensamento ao acordar?

É um pensamento de pura alegria pelo novo dia ou de desânimo pelo que o dia pode trazer?

Você faz um esforço para se harmonizar e entrar no ritmo desse dia?

Você consegue acordar com uma canção de louvor e agradecimento em seu coração?

Que diferença enorme vai fazer para a sua vida quando você conseguir fazer isso e começar o dia com uma visão rosada do mundo, mantendo essa visão durante todo o correr do dia.

Comece com o pé direito.

Não se preocupe com o amanhã; só hoje importa, o que você faz hoje e o que hoje pode lhe trazer.

Saiba simplesmente que você pode e fará deste dia um sucesso e que tudo que você fi zer será feito com perfeição.

Tudo que você disser será dito com amor, tudo que você pensar será do mais alto nível e somente o melhor virá de você neste dia.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Observai os pássaros do céu (II)

A Terra produzirá o suficiente para alimentar a todos os seus habitantes, quando os homens souberem administrar, segundo as leis de justiça, de caridade e de amor ao próximo, os bens que ela dá. Quando a fraternidade reinar entre os povos, como entre as províncias de um mesmo império, o momentâneo supérfluo de um suprirá a momentânea insuficiência do outro; e cada um terá o necessário. O rico, então, considerar-se-á como um que possui grande quantidade de sementes; se as espalhar, elas produzirão pelo cêntuplo para si e para os outros; se, entretanto, comer sozinho as sementes, se as desperdiçar e deixar se perca o excedente do que haja comido, nada produzirão, e não haverá o bastante para todos.

Se as amontoar no seu celeiro, os vermes as devorarão. Daí o haver Jesus dito: “Não acumuleis tesouros na Terra, pois que são perecíveis; acumulai-os no céu, onde são eternos.” Em outros termos: não ligueis aos bens materiais mais importância do que aos espirituais e sabei sacrificar os primeiros aos segundos.
(Cap. XVI, nº 7 e seguintes.)

A caridade e a fraternidade não se decretam em leis. Se uma e outra não estiverem no coração, o egoísmo aí sempre imperará. Cabe ao Espiritismo fazê-las penetrar nele.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXV, item 8.)
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Semeadores de esperança


Possivelmente não terás pensado ainda no verbo formoso e grave a que todos somos chamados: criar para o progresso.

O Criador, ao dotar-nos de razão, a nós, criaturas, conferiu-nos o poder de imaginar, promover, originar, produzir.

Referimo-nos, frequentemente, à lei de causa e efeito. Sabemos que ela funciona em termos de exatidão. Utilizamo-la, quase sempre, tão-só para justificar sofrimentos, esquecendo-lhe a possibilidade de estabelecer alegrias.

Causamos isso ou aquilo, geramos acontecimentos determinados. Experimentemos essa força que nos é peculiar, na formação de circunstâncias favoráveis aos homens.

Antes do comboio a vapor, a eletricidade já existia. Os transportes arrastavam-se pela tração, mas foi preciso que alguém desejasse criar na Terra a locomotiva, que se converteu a pouco e pouco no trem elétrico, a fim de que a Civilização aprimorasse os sistemas de condução que prosseguem para mais altas expressões evolutivas.

O firmamento era vasculhado pelos olhos humanos há milênios, mas foi necessário que um astrônomo levantasse lentes, para que os povos recolhessem as preciosas informações do Universo, que já havia antes deles.

O princípio é idêntico para a vida moral.

Precisamos hoje e em toda parte dos criadores de harmonia doméstica e social, dos desenhistas de pensamentos certos, dos escultores de boas obras.

O tempo nos ensinará a entender a necessidade básica de se criarem condições para o entendimento mútuo, como já se estabeleceram normas para o trânsito fácil do automóvel.

Inventa em tua existência soluções de conforto, suscita motivos de paz, traça diretrizes de melhoria, faze o que ainda não foi aproveitado na realização da riqueza íntima de todos.

Provavelmente, estamos na atualidade em estágio obscuro de lições, sob a situação imperiosa de ações passadas. Mas não nos será correto esquecer que somos Inteligências com raciocínio claro e que, se antigamente nos foi possível colocar em ação as causas que neste momento e neste local nos infelicitam, retemos conosco a sublime faculdade de idear, planejar e construir.

Ajamos na construtividade de Jesus, sejamos semeadores de esperança.

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André Luiz
Waldo Vieira
Obra: Estude e viva
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