quinta-feira, 29 de agosto de 2019

O FLAGELO SOCIAL DO SUICÍDIO



O suicídio é um grande flagelo social. Já são conhecidos seus efeitos sociais, na família que fica e nos desdobramentos sofridos pelos que a ele se entregam.

As descrições mediúnicas, pela psicografia ou pela psicofonia, notadamente após o lançamento do grande livro Memórias de Um Suicida(1), trazido pela mediunidade de Yvonne do Amaral Pereira, que se traduz num verdadeiro tratado sobre o tema, o suicídio é uma grande preocupação e motivo de aflição, com necessidade de que busquemos estudá-lo e compreendê-lo – até para poder ajudar em sua prevenção.

Pela quantidade diária de ocorrências no Planeta, deve merecer nossa atenção para providências que atenuem essa tendência, despertando a mentalidade humana para o valor da vida, de sua preservação.

Estudiosos espíritas, escritores e palestrantes, médiuns e grupos de estudo estão sempre às voltas com o tema, trazendo explicações bem estruturadas e argumentos sólidos que projetem mais reflexão junto às variadas classes sociais, para que esse mal seja banido da sociedade.

E Chico [Xavier], em diferentes ocasiões, respondeu sobre o tema. Tanto a pergunta quanto a resposta selecionadas do livro Encontros no Tempo(2) para o presente trabalho são bem compactas, mas merecem ser trazidas para ampliar essa reflexão. O médium foi indagado desta forma:

— Se você dispusesse de alguns breves instantes para falar a uma pessoa prestes a suicidar-se, que diria a essa pessoa?

A própria pergunta está muito bem elaborada e desperta atenção pela objetividade de uma situação a que todos podemos enfrentar: estar diante de alguém que ameaça suicidar-se. Imagine o leitor dispor de alguns breves instantes para tentar ajudar alguém nessa situação.

E Chico respondeu com sabedoria. Note o leitor a conclusão da resposta:

— Diria imediatamente, qual já tenho feito em diversas ocasiões, que a morte não existe como extinção da vida e que convém a essa pessoa uma pausa para pensar nas próprias intenções, e revisá-las.

Note a sabedoria do final: “que convém a essa pessoa uma pausa para pensar nas próprias intenções, e revisá-las.”

Essa é uma necessidade geral, de todos nós, nas diferentes situações da vida.

Todos nós precisamos de uma pausa para pensar e revisar as próprias intenções. A recomendação amplia-se para diferentes situações e não se restringe a alguém prestes a suicidar-se. Mas, é claro, que o peso diante de uma pessoa com essa intenção é muito maior.

Farto material de estudo está disponível em O Livro dos Espíritos(3), questões 943 a 957. Busque-se, contudo, O Evangelho Segundo o Espiritismo(4), capítulo V, item 16, e encontrará: “(...) A propagação das ideias materialistas é, pois, o veneno que inocula, em um grande número de pessoas, o pensamento do suicídio (...)”, razão pela qual todos nós estamos conclamados a divulgar a noção geral da imortalidade da alma e da responsabilidade que trazemos perante a vida.
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Livro: Diante da Vida Com Chico Xavier
Orson Peter Carrara
IDE – Instituto de Difusão Espírita


Notas de Fernando Peron (junho de 2019):

(1) Memórias de Um Suicida. Yvonne A. Pereira (obra mediúnica). FEB – Federação Espírita Brasileira. Riquíssima de conteúdo sobre o Plano Espiritual e as Leis de Ação e Reação, é considerada uma das dez melhores obras espíritas do século XX.

(2) Encontros no Tempo. Francisco Cândido Xavier, por Espíritos Diversos, Hércio Marcos Cintra Arantes. IDE – Instituto de Difusão Espírita.

(3) O Livro dos Espíritos. Allan Kardec. Várias editoras.

(4) O Evangelho Segundo o Espiritismo. Allan Kardec. Várias editoras. 
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MENSAGEM DO ESE:

Ação da prece. Transmissão do pensamento

A prece é uma invocação, mediante a qual o homem entra, pelo pensamento, em comunicação com o ser a quem se dirige. Pode ter por objeto um pedido, um agradecimento, ou uma glorificação. Podemos orar por nós mesmos ou por outrem, pelos vivos ou pelos mortos. As preces feitas a Deus escutam-nas os Espíritos incumbidos da execução de suas vontades; as que se dirigem aos bons Espíritos são reportadas a Deus. Quando alguém ora a outros seres que não a Deus, fá-lo recorrendo a intermediários, a intercessores, porquanto nada sucede sem a vontade de Deus.

O Espiritismo torna compreensível a ação da prece, explicando o modo de transmissão do pensamento, quer no caso em que o ser a quem oramos acuda ao nosso apelo, quer no em que apenas lhe chegue o nosso pensamento. Para apreendermos o que ocorre em tal circunstância, precisamos conceber mergulhados no fluido universal, que ocupa o espaço, todos os seres, encarnados e desencarnados, tal qual nos achamos, neste mundo, dentro da atmosfera. Esse fluido recebe da vontade uma impulsão; ele é o veículo do pensamento, como o ar o é do som, com a diferença de que as vibrações do ar são circunscritas, ao passo que as do fluido universal se estendem ao infinito. Dirigido, pois, o pensamento para um ser qualquer, na Terra ou no espaço, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece entre um e outro, transmitindo de um ao outro o pensamento, como o ar transmite o som.
A energia da corrente guarda proporção com a do pensamento e da vontade. É assim que os Espíritos ouvem a prece que lhes é dirigida, qualquer que seja o lugar onde se encontrem; é assim que os Espíritos se comunicam entre si, que nos transmitem suas inspirações, que relações se estabelecem a distância entre encarnados.

Essa explicação vai, sobretudo, com vistas aos que não compreendem a utilidade da prece puramente mística. Não tem por fim materializar a prece, mas tornar-lhe inteligíveis os efeitos, mostrando que pode exercer ação direta e efetiva. Nem por isso deixa essa ação de estar subordinada à vontade de Deus, juiz supremo em todas as coisas, único apto a torná-la eficaz.

Pela prece, obtém o homem o concurso dos bons Espíritos que acorrem a sustentá-lo em suas boas resoluções e a inspirar-lhe idéias sãs. Ele adquire, desse modo, a força moral necessária a vencer as dificuldades e a volver ao caminho reto, se deste se afastou. Por esse meio, pode também desviar de si os males que atrairia pelas suas próprias faltas. Um homem, por exemplo, vê arruinada a sua saúde, em conseqüência de excessos a que se entregou, e arrasta, até o termo de seus dias, uma vida de sofrimento: terá ele o direito de queixar-se, se não obtiver a cura que deseja? Não, pois que houvera podido encontrar na prece a força de resistir às tentações.
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVII, itens 9 a 11.)





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