terça-feira, 30 de março de 2021

Em Família Espiritual


Quanto mais nos adentramos no conhecimento de nós mesmos, mais se nos impõe a obrigação de compreender e desculpar, na sustentação do equilíbrio em nós e em torno de nós.

Daí a necessidade da convivência, em que
nos espelhamos uns aos outros, não para
criticar-nos, mas para entender-nos, através
de bendita reciprocidade, nos vários cursos de tolerância, em que a vida nos situa, no
clima da evolução terrestre.

Assim é que, no educandário da existência,
aquele companheiro: 

que somente identifica o lado imperfeito dos seus irmãos, sem observar-lhes a boa parte;

 que jamais se vê disposto a esquecer as ofensas de que haja sido objeto; 

que apenas se lembra dos adversários
com o propósito de arrasá-los, sem reconhecer-lhe as dificuldades e os sofrimentos;

que não analisa as razões dos outros, a fixar-se unicamente nos direitos que julga pertencer-lhes;

que não se enxerga passível de censura ou de advertência, em momento algum;

que se considera invulnerável nas opiniões
que emita ou na conduta que espose;

que não reconhece as próprias falhas e vigia incessantemente as faltas alheias;

que não se dispões a pronunciar uma só
frase de consolação e esperança, em favor dos caídos na penúria moral; 

que se utiliza da verdade exclusivamente
para ameaçar ou ferir...

Será talvez de todos nós aquele que mais exija entendimento e ternura, de vez que, desajustado na intolerância, se mostra sempre desvalido de paz e necessitado de amor.
🌱🌻🌱
Emmanuel
Chico Xavier
Livro: Ceifa de Luz
🌱🌻🌱





🌱🌻🌱 

MENSAGEM DO ESE:

Será repreensível notarem-se as imperfeições dos outros, quando daí nenhum proveito possa resultar para eles, uma vez que não sejam divulgadas?

Tudo depende da intenção. Decerto, a ninguém é defeso ver o mal, quando ele existe. Fora mesmo inconveniente ver em toda a parte só o bem. Semelhante ilusão prejudicaria o progresso. O erro está no fazer-se que a observação redunde em detrimento do próximo, desacreditando-o, sem necessidade, na opinião geral. Igualmente repreensível seria fazê-lo alguém apenas para dar expansão a um sentimento de malevolência e à satisfação de apanhar os outros em falta. Dá-se inteiramente o contrário quando, estendendo sobre o mal um véu, para que o público não o veja, aquele que note os defeitos do próximo o faça em seu proveito pessoal, isto é, para se exercitar em evitar o que reprova nos outros. Essa observação, em suma, não é proveitosa ao moralista? Como pintaria ele os defeitos humanos, se não estudasse os modelos?

— S. Luís. (Paris, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, item 20.)

🌱🌻🌱 

EUTANÁSIA - história contada por Chico Xavier


Chico visitou durante muitos anos um jovem que tinha o corpo totalmente deformado e que morava num barraco à beira de uma mata. O estado de alienado mental era completo. A mãe deste jovem era também muito doente e o Chico a ajudava a banhá-lo, alimentá-lo e a fazer a limpeza do pequeno cômodo em que morava.


O quadro era tão estarrecedor que, numa de suas visitas em que um grupo de pessoas o acompanhava, um médico perguntou ao Chico:


- Nem mesmo neste caso a eutanásia seria perdoável?


Chico respondeu:


- Não creio doutor. Esse nosso irmão, em sua última encarnação, tinha muito poder. Perseguiu, prejudicou e com torturas desumanas tirou a vida de muitas pessoas. Algumas o perdoaram, outras não e o perseguiram durante toda sua vida. Aguardaram o seu desencarne e, assim que ele deixou o corpo, eles o agarraram e o torturaram de todas as maneiras durante muitos anos. Este corpo disforme e mutilado representa uma bênção para ele. Foi o único jeito que a providência divina encontrou para escondê-lo de seus inimigos. Quanto mais tempo agüentar, melhor será. Com o passar dos anos, muitos de seus inimigos o terão perdoado. Outros terão reencarnado. Aplicar a eutanásia seria devolvê-lo às mãos de seus inimigos para que continuassem a torturá-lo.


- E como resgatará ele seus crimes? – Perguntou o médico.


- O irmão X costumava dizer que Deus usa o tempo e não a violência. - respondeu Chico Xavier
Diante da dor e do sofrimento, ouvimos pessoas dizendo: “Eu não acho justo tanto sofrimento!” Quem afirma isto, está achando indiretamente, que Deus é injusto.


São Luiz, no Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. V, item 28 diz: “Quem nos dá o direito de prejudicar os planos de Deus? (Se aquela pessoa sofre, é porque está ressarcindo no corpo, os débitos e liberta-se dos erros do passado). Será que Deus não pode deixar uma pessoa chegar à beira da morte, para depois curá-la, com a finalidade de fazer com que aquela pessoa examine a si mesmo lhe dando a chance de modificar seu modo de pensar e agir? Ninguém pode dizer que uma pessoa moribunda está perto do fim, porque a ciência, comete erros nas suas previsões. Sabemos que há casos que podemos considerar, desesperador. Mas se não há nenhuma esperança possível, lembremos que há doente que se reanima e recobra suas faculdades por alguns instantes. Essa hora é concedida por Deus, e pode ser de grande importância, porque o Espírito pode ter um súbito clarão de arrependimento que poupam muitos tormentos. Um minuto apenas pode poupar muitas lágrimas no futuro.”


Portanto: Matar nunca!
Nossa encarnação é planejada minuciosamente.
Nós formamos corpos físicos, quem dá vida ao corpo físico é Deus. Por isso, não temos o direito de destruí-la. Seja através do aborto, do suicídio, da pena de morte, eutanásia . . .
"Que os conhecimentos médicos vigentes possam ajudar os que se acham à beira da desencarnação, facilitando-lhe um tranqüilo retorno ao Invisível sem comprometimento negativo de médicos, enfermagem ou familiares." 
🌱🌻🌱
Raul Teixeira
COMPILAÇÃO DE RUDYMARA
Médium
Chico Xavier

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