Mantenha sua mente limpa de qualquer pensamento menos digno.
Só assim conservará a serenidade e a Paz, como base da felicidade que chegará a você.
O corpo é o reflexo da mente.
E a mente é o reflexo de nossa alma, que é o nosso verdadeiro eu.
Pense coisas nobres e elevadas, e seu corpo manterá inalterável a saúde, trazendo-lhe a felicidade
que tanto almeja.
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Carlos Pastorino
Obra: Minutos de Sabedoria
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JUNHO
Eu vi uma porta grande e pesada, difícil de abrir porque as dobradiças estavam emperradas. Eu vi algumas gotas de óleo serem colocadas nas dobradiças e a porta ser delicadamente azeitada até ser possível abri-la apenas com um leve toque. Eu ouvi as palavras:
Use o óleo do amor cada vez mais, porque é o amor que tudo facilita. É o amor que sempre encontra o caminho. Abra seu coração e deixe o amor fluir livremente.
1º de Junho
Por que não transformar em hábito maneira de encarar a vida sempre com o espirito certo, alegremente, alerta e sempre com fé absoluta que somente o melhor vai lhe acontecer?
Eu quero que você tenha tudo de bom nesta vida.
Eu não quero que você passe sua vida com um fardo pesado nos ombros, curvado sob o peso dos problemas do mundo.
Eu preciso de você livre para que Eu possa trabalhar em você e através de você.
Pare de se preocupar e Me entregue seus problemas.
Saiba que o reino do céu está em você esperando que você o reconheça. Você deve descobri-lo, acreditar nele e manifestá-lo.
O reino do céu é um estado de espirito e todos devem procurar por ele. Toda alma tem que ansiar pelo reino do céu antes de encontrá-lo.
O desejo deve existir e deve ser tão forte que não permitirá nenhum obstáculo no caminho.
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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:
Da prece pelos mortos e pelos Espíritos sofredores
Os Espíritos sofredores reclamam preces e estas lhes são proveitosas, porque, verificando que há quem neles pense, menos abandonados se sentem, menos infelizes. Entretanto, a prece tem sobre eles ação mais direta: reanima-os, incute-lhes o desejo de se elevarem pelo arrependimento e pela reparação e, possivelmente, desvia-lhes do mal o pensamento. É nesse sentido que lhes pode não só aliviar, como abreviar os sofrimentos. (Veja-se: O Céu e o Inferno, 2ª Parte — “Exemplos”.)
Pessoas há que não admitem a prece pelos mortos, porque, segundo acreditam, a alma só tem duas alternativas: ser salva ou ser condenada às penas eternas, resultando, pois, em ambos os casos, inútil a prece. Sem discutir o valor dessa crença, admitamos, por instantes, a realidade das penas eternas e irremissíveis e que as nossas preces sejam impotentes para lhes pôr termo. Perguntamos se, nessa hipótese, será lógico, será caridoso, será cristão recusar a prece pelos réprobos? Tais preces, por mais impotentes que fossem para os liberar, não lhes seriam uma demonstração de piedade capaz de abrandar-lhes os sofrimentos? Na Terra, quando um homem é condenado a galés perpétuas, quando mesmo não haja a mínima esperança de obter-se para ele perdão, será defeso a uma pessoa caridosa ir carregar-lhe os grilhões, para aliviá-lo do peso destes? Em sendo alguém atacado de mal incurável, dever-se-á, por não haver para o doente esperança nenhuma de cura, abandoná-lo, sem lhe proporcionar qualquer alivio? Lembrai-vos de que, entre os réprobos, pode achar-se uma pessoa que vos foi cara, um amigo, talvez um pai, uma mãe, ou um filho, e dizei se, não havendo, segundo credes, possibilidade de ser perdoado esse ente, lhe recusaríeis um copo d’água para mitigar-lhe a sede? um bálsamo que lhe seque as chagas? Não faríeis por ele o que faríeis por um galé? Não lhe daríeis uma prova de amor, uma consolação? Não, isso cristão não seria. Uma crença que petrifica o coração é incompatível com a crença em um Deus que põe na primeira categoria dos deveres o amor ao próximo.
A não eternidade das penas não implica a negação de uma penalidade temporária, dado não ser possível que Deus, em sua justiça, confunda o bem e o mal. Ora, negar, neste caso, a eficácia da prece, fora negar a eficácia da consolação, dos encorajamentos, dos bons conselhos; fora negar a força que haurimos da assistência moral dos que nos querem bem.
Outros se fundam numa razão mais especiosa: a imutabilidade dos decretos divinos. Deus, dizem esses, não pode mudar as suas decisões a pedido das criaturas; a não ser assim, careceria de estabilidade o mundo. O homem, pois, nada tem de pedir a Deus, só lhe cabendo submeter-se e adorá-lo.
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVII, itens 18 a 20.)
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Preocupações
Não se aflija por antecipação, porquanto é possível que a vida resolva o seu problema, ainda hoje, sem qualquer esforço de sua parte.
Não é a preocupação que aniquila a pessoa e sim a preocupação em virtude da preocupação.
Antes das suas dificuldades de agora, você já faceou inúmeras outras e já se livrou de todas elas, com o auxílio invisível de Deus.
Uma pessoa ocupada em servir nunca dispõe de tempo para lembrar injúria ou ingratidão.
Disse um notável filósofo: "uma criatura irritada está sempre cheia de veneno", e podemos acrescentar: "e de enfermidade também".
Trabalhe antes, durante e depois de qualquer crise e o trabalho garantirá sua paz.
Conte as bênçãos que lhe enriquecem a vida, em anotando os males que porventura lhe visitem o coração, para reconhecer o saldo imenso de vantagens a seu favor.
Geralmente, o mal é o bem mal-interpretado.
Em qualquer fracasso, compreenda que se você pode trabalhar, pode igualmente servir, e quem pode servir carrega consigo um tesouro nas mãos.
Por maior lhe seja o fardo do sofrimento, lembre-se de que Deus, que aguentou você ontem, aguentará também hoje.
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André Luiz
Chico Xavier
Obra: Sinal Verde
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Preparação familiar
O problema familiar, por mais que nos despreocupemos dele, buscando fugir à responsabilidade direta, constituirá sempre uma das questões fundamentais da felicidade humana.
É um erro tremendo supor que a morte apaga as recordações, à maneira da esponja que absorve o vinagre, na limpeza do vaso culinário. Certamente, os laços menos dignos terminam na sombra do sepulcro, quando suportados valorosamente, e encarados como sacrifício purificador, na existência material. Noventa por cento, talvez, dos matrimônios, infelizes pela ausência de afinidade espiritual, extinguem-se com a morte, que liberta naturalmente as vítimas dos grilhões e dos algozes. O Evangelho de Jesus ensina entre os vivos que Deus não é Deus de mortos, e os que perderam a indumentária carnal, sentindo-se mais vivos que nunca, acrescentam que Deus não é Deus de condenados. Que os Otelos da Terra se previnam, em suas relações com as Desdêmonas virtuosas do mundo, porque, além do cadáver, não poderão apunhalar as esposas livres da carne; e as mulheres ciumentas, desgrenhadas dentro da noite, a gritarem blasfêmias injuriosas contra os maridos inocentes, preparem-se para longo tempo de separação na esfera invisível; onde, na melhor das hipóteses, receberão serviços reeducativos, em seu próprio favor.
A morte seria um monstro terrível se consolidasse as algemas terrestres naqueles que toleraram heroicamente a tirania e o egoísmo de outrem. Além de seus muros de sombra, há castelos sublimes para os que amaram com alma e entesouraram, com o sentimento mais puro, o ideal e a esperança numa vida melhor; e há também precipícios escuros, por onde descem os revoltados, em desespero, por não poderem oprimir e martirizar, por mais tempo, os corações devotados e sensíveis, de que se rodeavam na Terra.
Feita a ressalva, alusiva aos princípios de afinidade que regem a sociedade espiritual, recordemos a missão educativa que o mundo confere ao coração dos pais, em nome de Deus.
Constituiria ato casual da Natureza a reunião de duas criaturas, convertidas em pai e mãe de diversos seres? Mera eventualidade o erguimento de um berço enfeitado de flores?
Diz a Medicina que o fato se resume a simples acontecimento biológico, o estatuto político relaciona mais um habitante a enriquecer o povoamento do solo e a Teologia sustenta que o Criador acaba de formar outra alma, destinada ao teatro da vida, enquanto a instituição doméstica celebra a ocorrência com desvairada alegria, muito bela sem dúvida, mas vizinha da irreflexão e da irresponsabilidade. É razoável que os pais sintam emoções verdadeiramente sublimes e acolham o rebento de seu amor com indefiníveis transportes de júbilo. Todavia, é necessário acrescentar que a galinha e a leoa fazem o mesmo. Certas aves do sul da Europa chegam a roubar pequeninas joias de damas ricas, a fim de adornarem o ninho venturoso pela chegada dos filhotinhos. Por esse motivo, no círculo da Humanidade é preciso instituir serviços eficientes contra o carinho inoportuno e esterilizante.
Os filhos não são almas criadas no instante do nascimento, conforme as velhas afirmativas do sacerdócio organizado. São companheiros espirituais de lutas antigas, a quem pagamos débitos sagrados ou de quem recebemos alegrias puras, por créditos de outro tempo. O instituto da família é cadinho sublime de purificação e o esquecimento dessa verdade custa-nos alto preço na vida espiritual.
É lamentável nosso estado dalma, quando voltamos à vida livre, de coração escravizado ao campo inferior do mundo, em virtude do olvido de nossas obrigações paternais. Em vão, tentaremos ensinar tardiamente as lições da realidade legítima; debalde nos abeiraremos dos corações amados, para recordar a eternidade da vida. Semelhantes impulsos se verificam fora da ocasião desejável, porque a fantasia já solidificou a sua obra e a ilusão modificou a paisagem natural do caminho. Não valem mais o pranto e a lamentação. É indispensável aguardar o tempo da misericórdia, já que menosprezamos o tempo do serviço!
Precatem-se, pois, os pais e mães terrestres, para que não se percam, envenenando o coração dos filhos, a distância do dever e do trabalho. Aniquilem o egoísmo afetuoso que os cega, se não querem cavar o abismo futuro!…
Enquanto escrevo, ouço um amigo, já arrebatado igualmente da vida humana, que me pede endereçar aos companheiros encarnados as seguintes ponderações:
— Bem-aventurados os pais pobres de dinheiro ou renome, que não tolhem a iniciativa própria dos filhos, nos caminhos da edificação terrestre! Através do trabalho áspero e duro, de decepções e dificuldades, ensinam aos rebentos de seu lar que são irmãos dos batalhadores anônimos do mundo, dos humildes, dos calejados, construindo-lhes a ventura em bases sólidas e formando-lhes o coração na fé e no trabalho, antes que venham a perverter o cérebro com vaidades e fantasias! Esses, sim, podem abandonar a Terra, tranquilamente, quando a morte lhes cerrar as pálpebras cansadas… Mas, infortunados serão todos os pais ricos de bagagens mundanas, que desfiguram a alma dos filhos, impondo-lhes mentirosa superioridade pelos artificialismos da instrução paga, carregando-lhes a mente de concepções prejudiciais, acerca do mundo e da vida, pelo exercício condenável de uma ternura falsa! Esses esperem pelas contas escabrosas, porque, de fato, tentaram enganar a Deus, distanciando-lhe os filhos da verdade e da luz divina… Depois da morte do corpo, sentirão a dor de se verem esquecidos no dia imediato ao dos funerais de seus despojos, acompanhando, em vão, como mendigos de amor, os filhos interessados na partilha dos bens, a revelarem atitudes cruéis de egoísmo e ambição!
Com estas palavras de um amigo, finalizo minhas despretensiosas considerações sobre as responsabilidades domésticas, mas duvido que existam pai e filhos na carne com bastante sensatez para nelas acreditarem.
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Irmão X
(Humberto de Campos)
Chico Xavier
Obra: Luz no lar
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