terça-feira, 19 de novembro de 2013

A Melhor Vingança é o Perdão




Perdoar, esquecer a ofensa, eis um dos pontos mais difíceis de se pôr em prática.

Entretanto, sabemos que a ofensa que nos é dirigida só pode ter partido de uma alma enferma, corroída pelos micróbios das múltiplas enfermidades que assolam o mundo, e contra as quais, para sermos sinceros, não estamos ainda imunizados.

Quando tomamos a ofensa pela ofensa, quando levamos para dentro de nós o ódio, o desejo de vingança, estamos simplesmente assinando o nosso atestado de criaturas tão ou mais enfermas que aquelas que trouxeram até nós motivos capazes de nos levar a um estado tão negativo.

Sei que não é fácil receber as chibatadas da injustiça, da ingratidão, da injúria, da maledicência e de outros atentados a nossa personal idade, principalmente se não demos motivo para tal.

O mundo profano considera quem já é capaz de reagir com calma e serenamente a qualquer investida dessas almas enfermas como covarde e sem personalidade.

E o que é personalidade, senão ainda o resquício de convalescença da alma que se destacou no mundo da matéria, que se firmou no conceito dos homens, mas que, por isso mesmo, considera-se em posição privilegiada?

Vingar-se, revidando ofensas, é colocar-se no nível ou abaixo do nível do ofensor. 
 
Mas perdoar é subir mais um degrau na grande escala da evolução.

O perdão é a vingança dos fortes.
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Cenira Pinto
 












 

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