quarta-feira, 30 de setembro de 2015

OS SÁBIOS REAIS




"Quem dentre vós é sábio e entendido mostre por seu bom trato as suas obras em mansidão de sabedoria". (Tiago, 3:13)

Milhares de pessoas senhoreiam os tesouros da instrução, multiplicando títulos, no campo
social, para fugirem, incompreensivelmente, do trabalho e da fraternidade.

Aqui temos um bacharel que, por haver conquistado um diploma profissional, declara-se incapaz de efetuar a limpeza da própria roupa, quando necessário; 
ali vemos uma jovem musicista que, por haver atravessado os salões de um conservatório, afirma-se inabilitada para servir as refeições no próprio lar.
 
 Além, observamos um negociante inteligente que, por haver explorado a confiança alheia, recolhe-se nos castelos da finança segura, asseverando-se entediado do contato com a multidão, que lhe conferiu a prosperidade.

Mais adiante notamos religiosos de vários matizes que, depois de se declararem consolados e esclarecidos pela fé, começam a ironizar os irmãos infelizes ou ignorantes que, em nome de Deus, lhes aguardam os testemunhos de bondade e de amor.

Na vida espiritual, todavia, os verdadeiros sábios são conhecidos por ângulos diferentes.

Os verdadeiros amigos da luz revelam-se através da generosidade pessoal. 
 
Sabem que o isolamento é orgulho, que a violência é crueldade, que a exigência descabida é serviço da treva, que o sarcasmo é perturbação... 
 
Reconhecem que a sabedoria é paternidade espiritual, cheia de compreensão e carinho, e, por isso, sem qualquer humilhação a ninguém, auxiliam a todos, indistintamente, acendendo, com amor, na escura ignorância que os cercam, a luz abençoada que brilhará, vitoriosa, amanhã.
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Emmanuel
Chico Xavier 




 

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