Não olvides que permanecem hoje contigo as sombras que trazes de ontem para a regeneração do próprio destino.
Evidenciam-se, a cada passo, impondo-te os problemas que te assaltam a marcha, propondo-te aprimoramento e progresso, trabalho e melhoria.
São elas, quase sempre:
o berço menos feliz em que renasceste;
o corpo enfermiço que te serve de residência;
o campo atormentado da consanguinidade incompreensiva em que experimentas angústias e solidão;
o posto social apagado e triste, recomendando-te humildade;
o carinho recusado e envilecido pela deserção de quantos te mereceriam afetividade e confiança;
o esposo difícil;
a companheira complicada;
os filhos que se desvairam nos labirintos da ingratidão;
os amigos que fogem;
o trabalho de sacrifício em desacordo com as próprias aspirações;
e, sobretudo, a insatisfação na própria alma,
denunciando-te os desajustes da consciência.
denunciando-te os desajustes da consciência.
À frente de semelhantes sinais, unge-te de coragem e escuda-te na paciência incansável, oferecendo o Bem pelo mal para que a luz vença a treva em teu caminho, porque se a evolução pede esforço, a redenção exige renúncia se quisermos fitar novamente o sol de pensamento tranquilo.
Lembra-te de que a dificuldade de agora é a enquistação dos nossos erros no antes, rogando entendimento e bondade para que a alegria e a vitória venham felicitar-nos depois.
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Emmanuel
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Família
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