quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Como encontrar um sentido para a Vida




O sentido da vida não é algo coletivo, muito embora receba contribuições do pensamento da sociedade na qual se vive ou viveu. Basicamente, o sentido da vida é o viver de forma a esgotar os desejos internos, realizando a personalidade que quer se manifestar em cada ser humano.

Dentro desse propósito, o indivíduo descobrirá as leis de Deus, cuja utilidade se torna importante a cada fase da evolução.

Os caminhos para se encontrar o sentido da vida são múltiplos, variando de pessoa a pessoa e de época a época, razão pela qual as formas padronizadas de buscas do sentido da vida são limitadoras. Cada caminho contém seu próprio aprendizado. Nenhum caminho deve ser sumariamente negado, muito embora se possa alcançar idênticos propósitos por outros. O Espírito sopra aonde quer, pois nasceu livre e para uma liberdade maior caminha.

Neste sentido, as religiões são guias para que se encontre um sentido para a vida.

A seguir, relaciono alguns conselhos para quem deseje encontrar um sentido para a própria vida. São considerações simples, mas que podem auxiliar quem esteja perdido e que necessite estabelecer um sentido maior pelo qual se queira viver.

1. Trace objetivos a curto, médio e longo prazo.
Considere um ano para o curto prazo, cinco anos para médio prazo e o resto da vida para longo prazo. No longo prazo admita inicialmente que viverá até os noventa anos.
São objetivos tudo aquilo que pode ser alcançado a partir de seu próprio esforço pessoal.


2. Relacione metas sociais a serem alcançadas.

Considere as seguintes metas sociais: dar gratuitamente algumas horas na semana em um trabalho caritativo, auxiliar financeiramente uma instituição de caridade, participar de uma organização não governamental, auxiliar alguma família em risco social, ou seja, qualquer ação que tenha como alvo interferir para a melhoria do contexto social.


3. Relacione metas pessoais mínimas, como cidadão, a serem alcançadas.

 Considere as seguintes metas pessoais mínimas: ter um relacionamento amoroso estável, ter um plano exequível de pagamento de dívidas financeiras, estar em dia com obrigações de cidadão (imposto de renda, eleições, etc.), ter um meio lícito de obtenção de recursos financeiros e estabelecer uma boa relação com a família.

4. Relembre seus sonhos juvenis.
 Quais deles são importantes e que poderiam ainda ser realizados. Caso haja algum, faça planos para executá-lo. Verifique se, a partir de um remanejamento de atividades ou planejamento do uso do próprio tempo, seria possível atender à execução daqueles sonhos juvenis.

5. Verifique se existem processos mal resolvidos em sua vida, no que diz respeito a assuntos familiares, cuja solução possa ser atingida com sua iniciativa. Geralmente envolvem mágoas e mal-entendidos. Não postergue decisões a esse respeito, pois tais pendências costumam suprimir energias e reduzir disposições de viver.


6. Utilize de forma produtiva seus dias sabáticos. 
Neles você poderá meditar e planejar mudanças de atitudes na vida. São dias em que você possa se dedicar ao lazer e à contemplação da natureza. Neles você recuperará energias e ganhará disposição para novos propósitos. Evite usar seu tempo disponível, sem trabalho, para atividades Mito pessoal e destino humano que lhe deixem extenuado ou sem real acréscimo de qualidade de vida.

7. Procure o máximo possível ser sincero consigo mesmo e transparente com as pessoas. 
Nada queira delas nem lhes atribua responsabilidades que não possam assumir. Cuide para que não lhes sobrecarregue com culpas ou responsabilidades demasiadas. Seja para os outros aquilo que gostaria que fossem para consigo.

8. Procure ler mais e anotar com frequência suas próprias ideias, a fim de fixá-las melhor.
 Sua memória nem sempre estará totalmente disponível a você. Quanto mais você estudar e conhecer o pensamento de outras pessoas, mais estará preparado para novos desafios. A leitura de hoje será a preparação para a lição de amanhã.

9. Conscientize-se de sua imortalidade pessoal. 
Isso é um grande e importante motor para a vida. É fator de equilíbrio e discernimento a respeito das coisas. Não basta informar-se a respeito da imortalidade ou considerar uma crença religiosa, pois é preciso incorporar à própria essência a consciência da morte da atual personalidade e sobrevivência da individualidade.

10. Acostume-se a dialogar consigo mesmo, de forma madura, considerando que junto a você estão, vez por outra, espíritos que o ajudarão a entender-se e à vida. Perceba a participação sutil de outras inteligências invisíveis aos seus olhos nas experiências de sua vida, pois ninguém está só no Universo.


11. Desenvolva hábitos sadios que contribuam para uma personalidade feliz. 
Aprenda a falar sem demonstrar superioridade, considerando que todos têm algo a ensinar e a aprender. Relacione-se com os outros, ampliando cada vez mais seu círculo de relacionamentos. Desenvolva uma personalidade extrovertida sem perder sua capacidade introvertida, utilizando ambas de forma harmônica e a serviço da própria evolução.

12. Adote uma ética provisória e a aprimore gradativamente na relação com seu semelhante. 
Seja o melhor possível para si mesmo.

Esses conselhos não são absolutos. Devem ser adaptados para cada indivíduo. Nem sempre  podem ser seguidos em sua totalidade, mas quando seriamente realizados, aproximam o indivíduo de um sentido pessoal à sua vida.

Tais conselhos, quando praticados, são geradores de experiências significativas na vida, permitindo a construção de um sentido, para que ela se realize visando o encontro com o Si Mesmo. Cada uma dessas experiências pode levar o indivíduo a conectar-se com sua essência mais íntima, por causa da proximidade com a espiritualidade pertinente a elas.
Adenáuer Novaes



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