domingo, 15 de outubro de 2017

EM SINTONIA COM AS PALAVRAS




Enquanto não te vires sob certas necessidades, não saberás o valor que, não raro, assume uma única palavra a qual, no dia-a-dia, talvez estejas cansado de repetir aos outros por mensagem de encorajamento e paz.

Muitos vocábulos, como, por exemplo, o valiosíssimo "paciência", até que necessites dele, te parecerá recoberto de mera formalidade.

Quantas vezes, pela simples força do hábito, já proferiste orações, sem que, no entanto, te afervoraste na prece quanto te afervoraste ao experimentares o maior peso das provações que sobre ti se abateram?

Não desconsideres, pois, a energia espiritual positiva que determinadas palavras encerram e não as pronuncies a esmo, como se fossem termos comuns, destituídos de vida e luz.

Quando te referires à palavra "perdão" e à palavra "amor", dentre outras que enobrecem o vocabulário humano, procura entrar em sintonia com o significado profundo que, ao serem pronunciadas, com ênfase, pelos lábios de Jesus, elas passaram a ter para a redenção de teu espírito.
****************************************
Irmão José
 psic. Carlos Baccelli 
 livro "Ajuda-te e o Céu te Ajudará"



MENSAGEM DO ESE:
A indulgência (II)


Sede indulgentes com as faltas alheias, quaisquer que elas sejam; não julgueis com severidade senão as vossas próprias ações e o Senhor usará de indulgência para convosco, como de indulgência houverdes usado para com os outros.
Sustentai os fortes: animai-os à perseverança. Fortalecei os fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que leva em conta o menor arrependimento; mostrai a todos o anjo da penitência estendendo suas brancas asas sobre as faltas dos humanos e velando-as assim aos olhares daquele que não pode tolerar o que é impuro. Compreendei todos a misericórdia infinita de vosso Pai e não esqueçais nunca de lhe dizer, pelos pensamentos, mas, sobretudo, pelos atos: “Perdoai as nossas ofensas, como perdoamos aos que nos hão ofendido.” Compreendei bem o valor destas sublimes palavras, nas quais não somente a letra é admirável, mas principalmente o ensino que ela veste.
Que é o que pedis ao Senhor, quando implorais para vós o seu perdão? Será unicamente o olvido das vossas ofensas? Olvido que vos deixaria no nada, porquanto, se Deus se limitasse a esquecer as vossas faltas, Ele não puniria, é exato, mas tampouco recompensaria. A recompensa não pode constituir prêmio do bem que não foi feito, nem, ainda menos, do mal que se haja praticado, embora esse mal fosse esquecido. Pedindo-lhe que perdoe os vossos desvios, o que lhe pedis é o favor de suas graças, para não reincidirdes neles, é a força de que necessitais para enveredar por outras sendas, as da submissão e do amor, nas quais podereis juntar ao arrependimento a reparação.
Quando perdoardes aos vossos irmãos, não vos contenteis com o estender o véu do esquecimento sobre suas faltas, porquanto, as mais das vezes, muito transparente é esse véu para os olhares vossos. Levai-lhes simultaneamente, com o perdão, o amor; fazei por eles o que pediríeis fizesse o vosso Pai celestial por vós. Substitui a cólera que conspurca, pelo amor que purifica. Pregai, exemplificando, essa caridade ativa, infatigável, que Jesus vos ensinou; pregai-a, como ele o fez durante todo o tempo em que esteve na Terra, visível aos olhos corporais e como ainda a prega incessantemente, desde que se tornou visível tão-somente aos olhos do Espírito. Segui esse modelo divino; caminhai em suas pegadas; elas vos conduzirão ao refúgio onde encontrareis o repouso após a luta. Como ele, carregai todos vós as vossas cruzes e subi penosamente, mas com coragem, o vosso calvário, em cujo cimo está a glorificação. — João, bispo de Bordéus. (1862.)
****************************************
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, item 17.)


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pelo comentário.