quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Maturidade Espiritual



Perguntaram a Jalal ad-Din Muhammad Rumi, mestre espiritual persa do século XIII:

O que é veneno?
– Qualquer coisa além do que precisamos é veneno. Pode ser poder, preguiça, comida, ego, ambição, medo, raiva, ou o que for.

O que é o medo?
– Não aceitação da incerteza. Se aceitamos a incerteza, ela se torna aventura.

O que é a inveja?
– Não aceitação do bem no outro. Se aceitamos o bem, se torna inspiração.

O que é raiva?
– Não aceitação do que está além do nosso controle. Se aceitamos, se torna tolerância.

O que é ódio?
– Não aceitação das pessoas como elas são. Se aceitamos incondicionalmente, então se torna amor.

O que é maturidade espiritual?
  É quando você para de tentar mudar os outros e se concentra em mudar a si mesmo.
  É quando você aceita as pessoas como elas são.
  É quando você entende que todos estão certos em sua própria perspectiva.
  É quando você aprende a “deixar ir”.
  É quando você é capaz de não ter “expectativas” em um relacionamento, e se doa pelo bem de se doar.
  É quando você entende que o que você faz, você faz para a sua própria paz.
  É quando você para de provar para o mundo, o quão inteligente você é.
  É quando você não busca aprovação dos outros.
  É quando você para de se comparar com os outros.
  É quando você está em paz consigo mesmo.
  Maturidade espiritual é quando você é capaz de distinguir entre ” precisar ” e “querer” e é capaz de deixar ir o seu querer.

E por último, mas mais significativo!
  Você ganha maturidade espiritual quando você para de anexar “felicidade” em coisas materiais!”
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MENSAGEM DO ESE:

Será repreensível notarem-se as imperfeições dos outros, quando daí nenhum proveito possa resultar para eles, uma vez que não sejam divulgadas?


Tudo depende da intenção. Decerto, a ninguém é defeso ver o mal, quando ele existe. Fora mesmo inconveniente ver em toda a parte só o bem. Semelhante ilusão prejudicaria o progresso. O erro está no fazer-se que a observação redunde em detrimento do próximo, desacreditando-o, sem necessidade, na opinião geral. Igualmente repreensível seria fazê-lo alguém apenas para dar expansão a um sentimento de malevolência e à satisfação de apanhar os outros em falta. Dá-se inteiramente o contrário quando, estendendo sobre o mal um véu, para que o público não o veja, aquele que note os defeitos do próximo o faça em seu proveito pessoal, isto é, para se exercitar em evitar o que reprova nos outros. Essa observação, em suma, não é proveitosa ao moralista? Como pintaria ele os defeitos humanos, se não estudasse os modelos? — S. Luís. (Paris, 1860.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, item 20.)


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