sexta-feira, 24 de novembro de 2017

O SOCORRO DO ALTO


Oras e chamas pelo socorro do Alto.
O socorro do Alto, porém, nem sempre te alcança da maneira que desejas.
Antes que obtenha deferimento, cada petição que o homem formula aos Céus é estudada minuciosamente nos tribunais da Divina Justiça.
O doente grave requer imediata intervenção em leito hospitalar ou mesmo inadiável intervenção cirúrgica...

Nem sempre aquilo de que te crês mais necessitado é o de que mais te revelas carente no momento.
Raciocinando por semelhante postura, quantos já não tiveram as suas rogativas atendidas por Deus e nem se deram conta?

Pediste a solução de determinado problema que te angustiava... O problema, que não pôde ser equacionado de pronto, persistiu, mas logo aconteceu que te fez mudar radicalmente em teu modo de vivenciá-lo.

Solicitaste que te visses livre da presença de certa pessoa em tua vida... Muito embora ela continue vinculada a ti, outras pessoas apareceram e se interpuseram no relacionamento enfermiço entre ambos.

Reivindicaste apoio, por exemplo, contra a inclinação ao hábito de beber, que te degrada... No entanto, se não conseguiste ainda a completa isenção da vontade de alcoolizar-te, adoeceste, e a doença adquirida não mais te permite sequer tomar um trago.

A dor, do ponto de vista espiritual, substitui com vantagem certas preocupações que poderiam se fazer causa de dores maiores.

Frustrações e embaraços, desencantos e obstáculos podem ser, para a criatura humana, a incompreensível resposta das preces por ele encaminhadas ao Criador.

Às vezes, no aparente agravamento de uma situação diante da qual o homem se vê sem forças para reagir está a intercessão capaz de operar, sem violência, o prodígio de modificá-lo para melhor.
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Irmão José (psic. Carlos Baccelli)


Companhias Espirituais

Sabendo que a experiência humana é vasta colmeia de luta 
na qual enxameiam desencarnados de toda sorte,
urge saiba ajustar-se à companhia de ordem superior, 
buscando no convívio de Espíritos Benevolentes e Sábios 
o clima ideal para a missão que lhe compete cumprir, 
significando isso disciplina constante
 no estudo nobre e ação incansável 
na beneficência em favor dos outros.
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  Emmanuel
Chico Xavier 




MENSAGEM DO ESE:
Motivos de resignação (I)


Por estas palavras: Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados, Jesus aponta a compensação que hão de ter os que sofrem e a resignação que leva o padecente a bendizer do sofrimento, como prelúdio da cura.
Também podem essas palavras ser traduzidas assim: Deveis considerar-vos felizes por sofrerdes, visto que as dores deste mundo são o pagamento da dívida que as vossas passadas faltas vos fizeram contrair; suportadas pacientemente na Terra, essas dores vos poupam séculos de sofrimentos na vida futura. Deveis, pois, sentir-vos felizes por reduzir Deus a vossa dívida, permitindo que a saldeis agora, o que vos garantirá a tranqüilidade no porvir.
O homem que sofre assemelha-se a um devedor de avultada soma, a quem o credor diz: “Se me pagares hoje mesmo a centésima parte do teu débito, quitar-te-ei do restante e ficarás livre; se o não fizeres, atormentar-te-ei, até que pagues a última parcela.” Não se sentiria feliz o devedor por suportar toda espécie de privações para se libertar, pagando apenas a centésima parte do que deve? Em vez de se queixar do seu credor, não lhe ficará agradecido?
Tal o sentido das palavras: “Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados.” São ditosos, porque se quitam e porque, depois de se haverem quitado, estarão livres. Se, porém, o homem, ao quitar-se de um lado, endivida-se de outro, jamais poderá alcançar a sua libertação. Ora, cada nova falta aumenta a dívida, porquanto nenhuma há, qualquer que ela seja, que não acarrete forçosa e inevitavelmente uma punição. Se não for hoje, será amanhã; se não for na vida atual, será noutra. Entre essas faltas, cumpre se coloque na primeira fiada a carência de submissão à vontade de Deus. Logo, se murmurarmos nas aflições, se não as aceitarmos com resignação e como algo que devemos ter merecido, se acusarmos a Deus de ser injusto, nova dívida contraímos, que nos faz perder o fruto que devíamos colher do sofrimento. É por isso que teremos de recomeçar, absolutamente como se, a um credor que nos atormente, pagássemos uma cota e a tomássemos de novo por empréstimo.



(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 12.)


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