sábado, 28 de julho de 2018

NA HORA DA DOR



Quando os ventos das dificuldades soprarem mais fortes, permaneça firme no chão da esperança.

O desespero é porta aberta a maiores tempestades.

Não sofremos tanto pelos problemas que nos atingem, mas sim pela inconformação diante deles.

Nas inevitáveis tempestades que atingem indistintamente a todos, aprendamos quanto antes a praticar a resignação, pois sem ela haveremos de cair no abismo de desequilíbrio emocionais de difícil tratamento.

A irresignação dificulta qualquer ensejo de ajuda espiritual. Suporte a dor do momento, ela é passageira e portadora de luz para o seu amanhã desde que você esteja disposto a aprender com as pedras do caminho.

Sem a plena aceitação da realidade, você jamais mudará coisa alguma em sua vida. Aprenda a lidar com as dificuldades em vez de ficar brigando com elas. Encontre soluções para os problemas e não discursos filosóficos de que a vida deveria ser diferente do que tem sido.

Se você quer uma vida diferente, comece agora mesmo a fazer coisas diferentes do que tem feito. O homem não é apenas o que pensa, mas sobretudo o que faz.

Deus, que nos ama, sempre está fazendo o melhor por nós, ainda que nossa visão não consiga enxergar isso à primeira vista.

Ore com mais confiança e intensidade; a prece é um poderoso guarda-chuva espiritual. Você por certo não deixará de se molhar com a chuva das dificuldades, mas com certeza jamais naufragará diante das lições inevitáveis de progresso que a vida lhe apresentou.

Creia, sem hesitar, que, fazendo o melhor ao seu alcance, Deus também fará o melhor por você. Se as coisas caminham mal, entre logo na sintonia do bem.

A oração e o trabalho, sobretudo o trabalho voluntário em favor do próximo, são os mais eficientes recursos para nos tirarem de qualquer crise. Seja qual for o problema que o aflige, lembre-se de que Deus permanece com você, sustentando-o no momento, mas é imperioso que você também se entregue confiante aos processos de renovação espiritual que os obstáculos convidam a todos incessantemente.
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José C. De Lucca



MENSAGEM DO ESE: 
Observai os pássaros do céu

Não acumuleis tesouros na Terra, onde a ferrugem e os vermes os comem e onde os ladrões os desenterram e roubam; — acumulai tesouros no céu, onde nem a ferrugem, nem os vermes os comem; — porquanto, onde está o vosso tesouro aí está também o vosso coração. 

Eis por que vos digo: Não vos inquieteis por saber onde achareis o que comer para sustento da vossa vida, nem de onde tirareis vestes para cobrir o vosso corpo. Não é a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que as vestes?

Observai os pássaros do céu: não semeiam, não ceifam, nada guardam em celeiros; mas, vosso Pai celestial os alimenta. Não sois muito mais do que eles? — e qual, dentre vós, o que pode, com todos os seus esforços, aumentar de um côvado a sua estatura? 

Por que, também, vos inquietais pelo vestuário? Observai como crescem os lírios dos campos: não trabalham, nem fiam; — entretanto, eu vos declaro que nem Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um deles. — Ora, se Deus tem o cuidado de vestir dessa maneira a erva dos campos, que existe hoje e amanhã será lançada na fornalha, quanto maior cuidado não terá em vos vestir, ó homens de pouca fé! 

Não vos inquieteis, pois, dizendo: Que comeremos? ou: que beberemos? ou: de que nos vestiremos? — como fazem os pagãos, que andam à procura de todas essas coisas; porque vosso Pai sabe que tendes necessidades delas.

Buscai primeiramente o reino de Deus e a sua justiça, que todas essas coisas vos serão dadas de acréscimo. — Assim, pois, não vos ponhais inquietos pelo dia de amanhã, porquanto o amanhã cuidará de si. A cada dia basta o seu mal. (S. MATEUS, cap. VI, vv. 19 a 21 e 25 a 34.)

Interpretadas à letra, essas palavras seriam a negação de toda previdência, de todo trabalho e, conseguintemente, de todo progresso. Com semelhante princípio, o homem limitar-se-ia a esperar passivamente. Suas forças físicas e intelectuais conservar-se-iam inativas. Se tal fora a sua condição normal na Terra, jamais houvera ele saído do estado primitivo e, se dessa condição fizesse ele a sua lei para a atualidade, só lhe caberia viver sem fazer coisa alguma. Não pode ter sido esse o pensamento de Jesus, pois estaria em contradição com o que disse de outras vezes, com as próprias leis da Natureza. Deus criou o homem sem vestes e sem abrigo, mas deu-lhe a inteligência para fabricá-los.

Não se deve, portanto, ver, nessas palavras, mais do que uma poética alegoria da Providência, que nunca deixa ao abandono os que nela confiam, querendo, todavia, que esses, por seu lado, trabalhem. Se ela nem sempre acode com um auxílio material, inspira as idéias com que se encontram os meios de sair da dificuldade. 

Deus conhece as nossas necessidades e a elas provê, como for necessário. O homem, porém, insaciável nos seus desejos, nem sempre sabe contentar-se com o que tem: o necessário não lhe basta; reclama o supérfluo. A Providência, então, o deixa entregue a si mesmo. Freqüentemente, ele se torna infeliz por culpa sua e por haver desatendido à voz que por intermédio da consciência o advertia. Nesses casos, Deus fá-lo sofrer as conseqüências, a fim de que lhe sirvam de lição para o futuro.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXV, itens 6 e 7.)



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