"E se sabemos que ele nos ouve, quanto ao que lhe pedimos,
estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito".
- João (I João, 5:15)
Em nos dirigindo ao Senhor, rogando alguma concessão, condicionemo-nos ao Critério
Divino.
Digamos no íntimo do ser:
"Se julgardes, Senhor, que isso nos ajudará a ser melhores para os nossos irmãos, em louvor
dos vossos desígnios..."
"Se considerardes que assim poderemos ser mais úteis em vossa obra..."
E façamos dentro de nós o silêncio preciso, emudecendo qualquer indisciplina mental.
Sintonizemos o coração em ponto certo, ou, melhor, liguemos o pensamento para a Infinita Sabedoria, tendo o cuidado imprescindível para que a estática de nossas paixões e sensações não interfira com a recepção da bênção que nos advirá da Divina Bondade.
Oremos, unindo-nos aos planos do Senhor, sem exigir que os planos do Senhor se submetam aos nossos, e aprenderemos a ver e a aceitar o que seja melhor para nós, asserenando o coração.
Não gritarmos "eu quero..." mas afirmar, em nossa condição de espíritos imperfeitos: “se posso querer”...
Em qualquer setor de organização humana, o benefício solicitado se divide em duas fases essenciais - o pedido e a solução.
Forçoso, porém, reconhecer que, se todo pedido é livre, qualquer solução exige exame.
Empregadores não atendem às requisições dos subordinados sem analisar-lhes a ficha de mérito, sob pena de prejudicarem a máquina administrativa. Professores não satisfarão exigências de alunos sem, antes, lhes observar o aproveitamento, se não querem perturbar as funções educativas da escola.
É licito rogar ao Senhor tudo aquilo de que carecemos e até mesmo tudo quanto quisermos, porquanto na maioria das ocasiões não passamos de crianças caprichosas, mas saibamos implorar Dele a compreensão necessária para recebermos as respostas do Alto, sem prejuízo para a harmonia da vida, porque, se sabemos o meio exato e amplo de pedir, somente Deus - pelos Mensageiros Divinos que o representam, junto de nós - sabe, em nosso favor, como, onde e quando nos atender.
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Emmanuel
Chico Xavier
MENSAGEM DO ESE:
Parábola do Mau Rico
5 – Havia um homem rico, que se vestia de púrpura e de holanda, e que todos os dias se banqueteava esplendidamente. Havia também um pobre mendigo, por nome Lázaro, todo coberto de chagas, que estava deitado à sua porta, e que desejava fartar-se das migalhas que caíam da mesa do rico, mas ninguém lhas dava; e os cães vinham lamber-lhe as úlceras. Ora, sucedeu morrer este mendigo, que foi levado pelos anjos ao seio de Abrão. E morreu também o rico, e foi sepultado no inferno. E quando ele estava nos tormentos, levantando os olhos, viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. E gritando ele, disse: Pai Abraão, compadece-te de mim, e manda cá Lázaro, para que molhe em água a ponta do seu dedo, a fim de me refrescar a língua, pois sou atormentado nesta chama. E Abraão lhe respondeu: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e de que Lázaro não teve senão males; por isso está ele agora consolado, e tu em tormentos. E demais, que entre vós está firmado um grande abismo, de maneira que os que querem passar daqui para vós não podem, nem os de lá passar para cá. E disse o rico: Pois eu te rogo, Pai, que o mandes à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos, para que lhes dê testemunho, e não suceda venham também eles parar a neste lugar de tormentos. E Abraão lhe disse: Eles lá têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. Disse pois o rico: Não, pai Abraão, mas se for a eles algum dos mortos, hão de fazer penitência. Abraão, porém, lhe respondeu: Se eles não dão ouvidos a Moisés e aos profetas, tão pouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite algum dos mortos.
(Lucas, XVI: 19-31).
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O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
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