sábado, 9 de fevereiro de 2019

Pensamento puro: remédio para toda dor!


O melhor remédio para a enfermidade e o sofrimento é o pensamento puro; em cada amanhecer de tua vida, pense em Deus, agradece a vida, doe amor à humanidade, pense nos doentes do mundo, envie a eles pensamentos de amor, não critique ninguém, nem negues tua bondade aos caídos nos caminhos. 


Se teu coração está triste e traz no peito o efeito de grande dor, apenas por um momento, esqueça a tua aflição, pense na aflição alheia, ore com fervor, faça a tua doação de amor; há muita dor no mundo, por isso esqueça teu sofrimento e envie luzes de esperança para curar a dor alheia.


Enriqueça teu dote de amor, amparado na fé que abençoa, leve a toda parte tua ajuda aos mais infelizes, por que ao esquecer a tua dor, e pensar na amargura da alma sofredora, passas a ser um pequeno Jesus, a curar em toda parte a agonia das almas sofredoras doando com tuas preces, muita paz e muita luz, aos que trazem no coração amargura... E, muito espinho!


A bondade é vida, a compaixão é luz, e quando tu vibras em amor em oração sentida pelos pequenos deste mundo, teu coração se transforma em pousada de luz, aos desabrigados de paz, que pedem um momento de consolo, um instante de amor...

Hoje amada irmã, querido irmão! Eu quero deixar em teu coração um pensamento de luz, uma rosa de amor, uma flama de calor para aquecer a noite enregelada da tua tristeza, e dizer: amiga, amigo! Abre o portal do coração e permita que eu deixe nele uma expressão de ternura, um sorriso de amor.


Hoje se te sentes sem força, busque no coração amargurado uma flor singela de resignação e diga a Jesus: Senhor! Tu sofrestes neste mundo sem merecer, tua dor foi maior que minha dor, e mesmo no sofrimento mais agudo destes ao mundo luzes de bondade, estrelas de perdão, sem reclamar da dor que te afligia o coração; buscastes ainda curar a dor do coração do mundo.
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Ismael de Almeida




MENSAGEM DO ESE:
Candeia sob o alqueire. Porque fala Jesus por parábolas (II)

Se, pois, em sua previdente sabedoria, a Providência só gradualmente revela as verdades, é claro que as desvenda à proporção que a Humanidade se vai mostrando amadurecida para as receber. Ela as mantém de reserva e não sob o alqueire. Os homens, porém, que entram a possuí-las, quase sempre as ocultam do vulgo com o intento de o dominarem.

São esses os que, verdadeiramente, colocam a luz debaixo do alqueire. É por isso que todas as religiões têm tido seus mistérios, cujo exame proíbem. Mas, ao passo que essas religiões iam ficando para trás, a Ciência e a inteligência avançaram e romperam o véu misterioso. Havendo-se tornado adulto, o vulgo entendeu de penetrar o fundo das coisas e eliminou de sua fé o que era contrário à observação.

Não podem existir mistérios absolutos e Jesus está com a razão quando diz que nada há secreto que não venha a ser conhecido. Tudo o que se acha oculto será descoberto um dia e o que o homem ainda não pode compreender lhe será sucessivamente desvendado, em mundos mais adiantados, quando se houver purificado. Aqui na Terra, ele ainda se encontra em pleno nevoeiro.

Pergunta-se: que proveito podia o povo tirar dessa multidão de parábolas, cujo sentido se lhe conservava impenetrável? É de notar-se que Jesus somente se exprimiu por parábolas sobre as partes de certo modo abstratas da sua doutrina. Mas, tendo feito da caridade para com o próximo e da humildade condições básicas da salvação, tudo o que disse a esse respeito é inteiramente claro, explícito e sem ambigüidade alguma. Assim devia ser, porque era a regra de conduta, regra que todos tinham de compreender para poderem observá-la. Era o essencial para a multidão ignorante, à qual ele se limitava a dizer: “Eis o que é preciso se faça para ganhar o reino dos céus.” Sobre as outras partes, apenas aos discípulos desenvolvia o seu pensamento. Por serem eles mais adiantados, moral e intelectualmente, Jesus pôde iniciá-los no conhecimento de verdades mais abstratas. Daí o haver dito: Aos que já têm, ainda mais se dará. 

Entretanto, mesmo com os apóstolos, conservou-se impreciso acerca de muitos pontos, cuja completa inteligência ficava reservada a ulteriores tempos. Foram esses pontos que deram ensejo a tão diversas interpretações, até que a Ciência, de um lado, e o Espiritismo, de outro, revelassem as novas leis da Natureza, que lhes tornaram perceptível o verdadeiro sentido.

O Espiritismo, hoje, projeta luz sobre uma imensidade de pontos obscuros; não a lança, porém, inconsideradamente. Com admirável prudência se conduzem os Espíritos, ao darem suas instruções. Só gradual e sucessivamente consideraram as diversas partes já conhecidas da Doutrina, deixando as outras partes para serem reveladas à medida que se for tornando oportuno fazê-las sair da obscuridade. Se a houvessem apresentado completa desde o primeiro momento, somente a reduzido número de pessoas se teria ela mostrado acessível; houvera mesmo assustado as que não se achassem preparadas para recebê-la, do que resultaria ficar prejudicada a sua propagação. Se, pois, os Espíritos ainda não dizem tudo ostensivamente, não é porque haja na Doutrina mistérios em que só alguns privilegiados possam penetrar, nem porque eles coloquem a lâmpada debaixo do alqueire; é porque cada coisa tem de vir no momento oportuno. Eles dão a cada idéia tempo para amadurecer e propagar-se, antes que apresentem outra, e aos acontecimentos o de preparar a aceitação dessa outra.
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXIV, itens 5 a 7.)

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