sexta-feira, 5 de abril de 2019

Não Inventes Problemas

Inventar problemas é não querer partilhar da paz de Deus. 
Há criaturas que, mesmo sem os tais, começam a imaginar embaraços para a sua própria vida, a fim de atrair atenções de compaixão para a sua situação calamitosa, esquecendo-se de que compaixão sem ação não cura os males nascidos da ignorância.
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De certa forma, és criador do teu próprio destino. Se deres abertura à tua imaginação em sentido contrário ao das leis espirituais, sofrerás as consequências dos teus atos impensados, e o remédio para esses males está na tua decisão de modificar o teu modo de ser.
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Aquele que tem prazer de soltar a imaginação em busca de fantasias perigosas, verá que tais fantasias poderão materializar-se como inimigos terríveis, exigindo do seu criador promessas feitas pelos sentimentos.
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Procura limpar da tua mente a ideação negativa, estuda as tuas fraquezas em relação às tuas ideias e extirpa imediatamente esses tumores mentais, para que eles não passem para o físico, transmutando-se em enfermidades de difícil restauração.
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Tu és o que pensas ser e se já trabalhaste muitos anos criando situações perturbadoras para a tua casa mental, é necessário que passes a fazer o contrário. Certamente levarás algum tempo nesta operação-limpeza, mas se não esmoreceres conseguirás, mesmo que a rejeição for atuante em todos os teus caminhos.
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Sê perseverante, orando e vigiando em todos os momentos em que for preciso, no sentido de que tenhas em tuas mãos os frutos dos teus esforços.
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Quem não inventa problemas, deve se posicionar como livre das investidas dos mesmos. Entretanto, não basta somente deixar de imaginar coisas negativas. É indispensável criar dentro, e em torno de nós, condições de viver a positividade da vida.
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Se por força do passado, o carma te cobrar o que fizeste em outra encarnação, nas linhas da justiça, não te revoltes contra a Lei. Cede às evidências e respeita o programa evolutivo através de teu proceder, como aquele que ama até a própria dor, estudando e entendendo as lições, que o peso da cruz será aliviado, de modo a estranhares a melhora e sentires a bondade de Deus em teus caminhos.

A obediência é força imensa a nos ajudar em todos os nossos transes difíceis.

A tua imaginação deve ser aproveitada para a tua felicidade.

Os pensamentos se movem gastando energias divinas, existentes em abundância no grande suprimento.

Entrementes, responderás pela tua cota se gastares, em desacordo com as diretrizes da Lei.
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Se todas as manhãs, ao acordares, a melancolia estiver aflorada em tua mente, com tendência a passar para a tua palavra, luta com ela também, todos os dias, e expulsa-a do teu convívio, pois este estado negativo poderá transformar-se em variadas modalidades de sofrimentos, capazes de levar-te ao desespero.

És um soldado e a tua mente, um campo de batalha. Tu deves ser o vencedor!
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Não estranhes os contrários.
Eles sempre aparecem ante aqueles que desejam estabelecer harmonia no mundo interno e saúde nos corpos. Evita criar problemas e estarás edificando a tua própria felicidade.

 Quando junto aos companheiros, não facilites ambiente propício ao surgimento de problemas, pois mãos invisíveis estarão te ajudando neste abençoado labor de espargir luzes, por onde os teus passos deixarem as marcas doBem.
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Lancellin
João Nunes Maia






 


MENSAGEM DO ESE:
Não vim trazer a paz, mas a divisão


Não penseis que eu tenha vindo trazer paz à Terra; não vim trazer a paz, mas a espada; — porquanto vim separar de seu pai o filho, de sua mãe a filha, de sua sogra a nora; — e o homem terá por inimigos os de sua própria casa. (S. MATEUS, cap. X, vv. 34 a 36.)

Vim para lançar fogo à Terra; e que é o que desejo senão que ele se acenda? — Tenho de ser batizado com um batismo e quanto me sinto desejoso de que ele se cumpra! 
Julgais que eu tenha vindo trazer paz à Terra? Não, eu vos afirmo; ao contrário, vim trazer a divisão; — pois, doravante, se se acharem numa casa cinco pessoas, estarão elas divididas umas contra as outras: três contra duas e duas contra três. — O pai estará em divisão com o filho e o filho com o pai, a mãe com a filha e a filha com a mãe, a sogra com a nora e a nora com a sogra. 
(S.LUCAS, cap. XII, vv. 49 a 53.)

Será mesmo possível que Jesus, a personificação da doçura e da bondade, Jesus, que não cessou de pregar o amor do próximo, haja dito: “Não vim trazer a paz, mas a espada; vim separar do pai o filho, do esposo a esposa; vim lançar fogo à Terra e tenho pressa de que ele se acenda”? Não estarão essas palavras em contradição flagrante com os seus ensinos? Não haverá blasfêmia em lhe atribuírem a linguagem de um conquistador sanguinário e devastador? Não, não há blasfêmia, nem contradição nessas palavras, pois foi mesmo ele quem as pronunciou, e elas dão testemunho da sua alta sabedoria. Apenas, um pouco equivoca, a forma não lhe exprime com exatidão o pensamento, o que deu lugar a que se enganassem relativamente ao verdadeiro sentido delas. Tomadas à letra, tenderiam a transformar a sua missão, toda de paz, noutra de perturbação e discórdia, conseqüência absurda, que o bom-senso repele, porquanto Jesus não podia desmentir-se. 

Toda idéia nova forçosamente encontra oposição e nenhuma há que se implante sem lutas. Ora, nesses casos, a resistência é sempre proporcional à importância dos resultados previstos, porque, quanto maior ela é, tanto mais numerosos são os interesses que fere. Se for notoriamente falsa, se a julgam isenta de conseqüências, ninguém se alarma; deixam-na todos passar, certos de que lhe falta vitalidade. Se, porém, é verdadeira, se assenta em sólida base, se lhe prevêem futuro, um secreto pressentimento adverte os seus antagonistas de que constitui um perigo para eles e para a ordem de coisas em cuja manutenção se empenham. Atiram-se, então, contra ela e contra os seus adeptos.

Assim, pois, a medida da importância e dos resultados de uma idéia nova se encontra na emoção que o seu aparecimento causa, na violência da oposição que provoca, bem como no grau e na persistência da ira de seus adversários.

Jesus vinha proclamar uma doutrina que solaparia pela base os abusos de que viviam os fariseus, os escribas e os sacerdotes do seu tempo. Imolaram-no, portanto, certos de que, matando o homem, matariam a idéia. Esta, porém, sobreviveu, porque era verdadeira; engrandeceu-se, porque correspondia aos desígnios de Deus e, nascida num pequeno e obscuro burgo da Judéia, foi plantar o seu estandarte na capital mesma do mundo pagão, à face dos seus mais encarniçados inimigos, daqueles que mais porfiavam em combatê-la, porque subvertia crenças seculares a que eles se apegavam muito mais por interesse do que por convicção. Lutas das mais terríveis esperavam aí pelos seus apóstolos; foram inumeráveis as vítimas; a idéia, no entanto, avolumou-se sempre e triunfou, porque, como verdade, sobrelevava as que a precederam.

 

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXIII, itens 9 a 13.)

 

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