sábado, 22 de fevereiro de 2020

CARNAVAL E AS INFLUÊNCIAS NEGATIVAS SOBRE A CIDADE DESPROTEGIDA


Eu me referi ao nosso caro Prof. Eru a um incidente ocorrido quando eu estava ainda nos 15 anos de idade e, ainda assim, sem a bênção do Espiritismo em nosso caminho. 

Eu sofria então, naquele tempo, de influências espirituais, às vezes muito deprimentes, e chegou uma semana em que eu sofri um pouco mais aquelas influências, um tanto quanto perturbadoras, que me abateram bastante; era justamente a época do Carnaval. Chegou quinta-feira, passei assim em dificuldade; sexta-feira, a luta de agravou; sábado se agravou muito mais; domingo, segunda, terça, e apenas na quarta-feira encontrei melhoras. Guardei aquela observação, depois da mediunidade, quando o Espiritismo já havia aparecido como Luz nas sombras do meu caminho. 

Então, perguntei a um Amigo Espiritual a razão daquele caso. E ele me explicou que aquele agravo de meus padecimentos, com influências espirituais deprimentes, tinha causa no seguinte: é que na pequena terra onde reencarnei nesta existência, havia somente um Templo de atividades cristãs, e, durante o Carnaval, esse Templo havia cerrado as portas para não se contaminar com as vibrações dos foliões, dos amigos do Carnaval. De modo que, como o Templo havia fechado as portas, a cidade estava como que desprovida do socorro da oração e as forças espirituais perturbadoras como que se assanharam, como que se libertaram com mais intensidade, e as criaturas, que estavam com fenômenos mediúnicos, sem a educação necessária, sofriam naturalmente os efeitos daquele abandono da oração. 

Estávamos conversando, então, sobre oração, pois que nosso Emmanuel diz que nós precisamos cultivar a oração. Agora, cultivar a oração como Jesus cultivou, isto é, trabalhando. Jesus nos ensinou a oração, a orar muitas vezes. Foi quem mais nos falou com tanta grandeza sobre a oração. Mas também não descansou, não procurou o seu próprio bem-estar. Viveu para os outros, de modo que a oração com serviço é o caminho de nosso pensamento nesse mundo.
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Chico Xavier
Livro: Lições de Chico Xavier de A a Z
Adelino da Silveira, Carlos A. Baccelli, Cezar Carneiro de Souza,
Márcia Queiroz S. Baccelli, organizado por Mucio Martins
LEEPP – Livraria Espírita Edições Pedro e Paulo
(*) – Livro: Chico e Emmanuel. Carlos A. Baccelli. Casa Editora Espírita Pierre-Paul Didier. 1ª edição, julho de 1996, pág. 99.



MENSAGEM DO ESE:

Mediunidade gratuita

Os médiuns atuais — pois que também os apóstolos tinham mediunidade — igualmente receberam de Deus um dom gratuito: o de serem intérpretes dos Espíritos, para instrução dos homens, para lhes mostrar o caminho do bem e conduzi-los à fé, não para lhes vender palavras que não lhes pertencem, a eles médiuns, visto que não são fruto de suas concepções, nem de suas pesquisas, nem de seus trabalhos pessoais. Deus quer que a luz chegue a todos; não quer que o mais pobre fique dela privado e possa dizer: não tenho fé, porque não a pude pagar; não tive o consolo de receber os encorajamentos e os testemunhos de afeição dos que pranteio, porque sou pobre. Tal a razão por que a mediunidade não constitui privilégio e se encontra por toda parte. Fazê-la paga seria, pois, desviá-la do seu providencial objetivo.


Quem conhece as condições em que os bons Espíritos se comunicam, a repulsão que sentem por tudo o que é de interesse egoístico, e sabe quão pouca coisa se faz mister para que eles se afastem, jamais poderá admitir que os Espíritos superiores estejam à disposição do primeiro que apareça e os convoque a tanto por sessão.

O simples bom senso repele semelhante idéia. Não seria também uma profanação evocarmos, por dinheiro, os seres que respeitamos, ou que nos são caros? É fora de dúvida que se podem assim obter manifestações; mas, quem lhes poderia garantir a sinceridade? Os Espíritos levianos, mentirosos, brincalhões e toda a caterva dos Espíritos inferiores, nada escrupulosos, sempre acorrem, prontos a responder ao que se lhes pergunte, sem se preocuparem com a verdade. Quem, pois, deseje comunicações sérias deve, antes de tudo, pedi-las seriamente e, em seguida, inteirar-se da natureza das simpatias do médium com os seres do mundo espiritual. Ora, a primeira condição para se granjear a benevolência dos bons Espíritos é a humildade, o devotamento, a abnegação, o mais absoluto desinteresse moral e material.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVI, itens 7 e 8.)

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