quinta-feira, 21 de maio de 2020

Cooperação Encadeada


O tema do aperfeiçoamento, imaginai a Terra na condição de grande pirâmide.

Os conhecimentos edificantes descem do ápice para a base, espalhando-se a benefício de todos.

Se já aceitastes a imortalidade da vida e se percebeis a Presença Divina, em todos os recantos da Natureza, propiciando-vos os ingredientes que se vos fazem necessários à evolução, sois chamados a disseminar os valores espirituais a que nos referimos.

Nomeados para auxiliar aos nossos companheiros que ainda se desorientam nas sombras da retaguarda, aceitai os vossos encargos com alegria.

Sendo nós, – amigos desencarnados, – os trabalhadores que recolhem do Mais Alto os ensinamentos que nos são confiados, sois naturalmente os intérpretes da nossa tarefa, com a obrigação de comunicar aos outros, especialmente aos irmãos que se demoram em cegueira espiritual, os conhecimentos que nos impulsionarão para os cimos da vida.

Somos filtros das idéias e lições dos missionários de revelações maiores, enquanto sois os filtros, ao nosso dispor, na obra do auxilio espiritual a milhões de criaturas.

Não vos surpreendais, nem vos assusteis, porque o servidor fiel será sempre digno da assistência que necessite receber.

Iniciai a vossa realização, alijando da própria alma os resquícios de quaisquer sentimentos que vos desunam, entendendo que a união ser-vos-á de harmonia e força.

Não se vos pede sacrifícios para os quais já se sabe que não sois capazes.

Sobretudo, compreendei e amai sempre, transmitindo os vossos recursos de amor a todos os seres da Criação.

Inútil esperar milagres que a lei de seqüência não sanciona.

Tantos quanto nós, os companheiros desencarnados que vos assistem, estamos encarregados de abrir caminho para a sublimação, todos estais convocados para o serviço de auxilio aos irmãos que nos acompanham a trajetória à busca do conhecimento libertador.

Convencei-vos, quanto a isso e trabalhai amando, quanto puderdes, sabendo sempre que os anjos não virão ao mundo para servirem nosso lugar.
🌷🌺🌷
Batuíra
Chico Xavier




MENSAGEM DO ESE:

Parábola da figueira que secou

Quando saíam de Betânia, ele teve fome; e, vendo ao longe uma figueira, para ela encaminhou-se, a ver se acharia alguma coisa; tendo-se, porém, aproximado, só achou folhas, visto não ser tempo de figos. Então, disse Jesus à figueira: Que ninguém coma de ti fruto algum, o que seus discípulos ouviram. — No dia seguinte, ao passarem pela figueira, viram que secara até à raiz. — Pedro, lembrando-se do que dissera Jesus, disse: Mestre, olha como secou a figueira que tu amaldiçoaste. — Jesus, tomando a palavra, lhes disse: Tende fé em Deus. — Digo-vos, em verdade, que aquele que disser a esta montanha: Tira-te daí e lança-te ao mar, mas sem hesitar no seu coração, crente, ao contrário, firmemente, de que tudo o que houver dito acontecerá, verá que, com efeito, acontece. (S. MARCOS, cap. XI, vv. 12 a 14 e 20 a 23.)
A figueira que secou é o símbolo dos que apenas aparentam propensão para o bem, mas que, em realidade, nada de bom produzem; dos oradores que mais brilho têm do que solidez, cujas palavras trazem superficial verniz, de sorte que agradam aos ouvidos, sem que, entretanto, revelem, quando perscrutadas, algo de substancial para os corações. É de perguntar-se que proveito tiraram delas os que as escutaram.
Simboliza também todos aqueles que, tendo meios de ser úteis, não o são; todas as utopias, todos os sistemas ocos, todas as doutrinas carentes de base sólida. O que as mais das vezes falta é a verdadeira fé, a fé produtiva, a fé que abala as fibras do coração, a fé, numa palavra, que transporta montanhas. São árvores cobertas de folhas porém, baldas de frutos. Por isso é que Jesus as condena à esterilidade, porquanto dia virá em que se acharão secas até à raiz. Quer dizer que todos os sistemas, todas as doutrinas que nenhum bem para a Humanidade houverem produzido, cairão reduzidas a nada; que todos os homens deliberadamente inúteis, por não terem posto em ação os recursos que traziam consigo, serão tratados como a figueira que secou.

Os médiuns são os intérpretes dos Espíritos; suprem, nestes últimos, a falta de órgãos materiais pelos quais transmitam suas instruções. Daí vem o serem dotados de faculdades para esse efeito. Nos tempos atuais, de renovação social, cabe-lhes uma missão especialíssima; são árvores destinadas a fornecer alimento espiritual a seus irmãos; multiplicam-se em número, para que abunde o alimento; há-os por toda a parte, em todos os países em todas as classes da sociedade, entre os ricos e os pobres, entre os grandes e os pequenos, a fim de que em nenhum ponto faltem e a fim de ficar demonstrado aos homens que todos são chamados. Se porém, eles desviam do objetivo providencial a preciosa faculdade que lhes foi concedida, se a empregam em coisas fúteis ou prejudiciais, se a põem a serviço dos interesses mundanos, se em vez de frutos sazonados dão maus frutos se se recusam a utilizá-la em benefício dos outros, se nenhum proveito tiram dela para si mesmos, melhorando-se, são quais a figueira estéril. Deus lhes retirará um dom que se tornou inútil neles: a semente que não sabem fazer que frutifique, e consentirá que se tornem presas dos Espíritos maus.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIX, itens 8 a 10.)

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