Noras cruéis, genros brutos,
Pai tirânico e violento,
São contas do crediário
Resgatado a sofrimento...
Rusgas, brigas e desgostos
Espinheirais do passado,
Pagamento a prestações
De culpas por atacado...
Nossos erros de outras eras,
Ódio, inveja, tentação,
Retornam pela família
Na lei da reencarnação.
Quem amou, quem deu de si,
Sobe de altura e lugar,
Quem fez sofrer vem sofrer,
Quem bateu vem apanhar.
Quem dos outros fez capacho,
Cria resgate severo,
Quem foge ao próprio dever
Vem de novo á estaca zero.
Parentela é escola santa
Sempre que a vemos daqui,
Cada qual encontra em casa
Aquilo que fez de si.
Ame, perdoe, sirva e ajude
Quanto ao mais, meu caro irmão
Se você sofre em família,
Não reclame, aguente, João.
🌸🍃🌸
Cornélio Pires
Médium: Francisco Cândido Xavier
MENSAGEM DO ESE:
O suicídio e a loucura (III)
O Espiritismo ainda produz, sob esse aspecto, outro resultado igualmente positivo e talvez mais decisivo. Apresenta-nos os próprios suicidas a informar-nos da situação desgraçada em que se encontram e a provar que ninguém viola impunemente a lei de Deus, que proíbe ao homem encurtar a sua vida. Entre os suicidas, alguns há cujos sofrimentos, nem por serem temporários e não eternos, não são menos terríveis e de natureza a fazer refletir os que porventura pensam em daqui sair, antes que Deus o haja ordenado.
O espírita, tem assim, vários motivos a contrapor à idéia do suicídio: a certeza de uma vida futura, em que, sabe-o ele, será tanto mais ditoso, quanto mais inditoso e resignado haja sido na Terra: a certeza de que, abreviando seus dias, chega, precisamente, a resultado oposto ao que esperava; que se liberta de um mal, para incorrer num mal pior, mais longo e mais terrível; que se engana, imaginando que, com o matar-se, vai mais depressa para o céu; que o suicídio é um obstáculo a que no outro mundo ele se reúna aos que foram objeto de suas afeições e aos quais esperava encontrar; donde a conseqüência de que o suicídio, só lhe trazendo decepções, é contrário aos seus próprios interesses. Por isso mesmo, considerável já é o número dos que têm sido, pelo Espiritismo, obstados de suicidar-se, podendo daí concluir-se que, quando todos os homens forem espiritas, deixará de haver suicídios conscientes. Comparando-se, então, os resultados que as doutrinas materialistas produzem com os que decorrem da Doutrina Espírita, somente do ponto de vista do suicídio, forçoso será reconhecer que, enquanto a lógica das primeiras a ele conduz, a da outra o evita, fato que a experiência confirma.
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 17.)
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