quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Indicações da paz


Provável não consigas ser feliz, de imediato, no entanto, não menosprezes a 
paz que, desde agora, podes usufruir. 
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Agitação e barulho talvez te cerquem, por todos os lados, entretanto, ainda assim, se o desejas, consegues ser a ilha da tranqüilidade, onde possas recolher as 
mais nobres inspirações da Vida Superior. 
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Simplifica os próprios hábitos, a fim de liquidar as inquietações. 
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Sem deixar as atividades que te competem, ama o lugar que a Divina Providência te concedeu para servir, sem ambicionar o degrau dos outros. 
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Recorda: toda criatura, neste mundo, tem um recado a dizer. 
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Aprende a ouvir mais, para que as tuas palavras alcancem os ouvidos alheios. 
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Abençoa o trabalho em que te encontras por mais apagado seja ele. 
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Aquilo que fazes é a notícia de tua presença. 
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Cada pessoa com a qual entres em contato é uma página do livro que estás escrevendo com a própria vida. 
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Não desejes regalias que te colocariam acima dos outros e se regalias te buscarem, sem que as solicites, recebe-as com discrição, espalhando os benefícios que 
decorram delas, em apoio dos que te cercam. 
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Age sem apego. 
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Colabora, quanto possível, no bem dos semelhantes, sem exigir remunerações. 
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Não reclames nos outros qualidades que ainda não possuis. 
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Concede aos companheiros o direito de não te estimares, tanto quanto ainda 
não experimentas por todos eles o mesmo grau de afinidade e ternura. 


Não olvides o treinamento de coragem e de bom-ânimo, dos quais necessitarás nos momentos difíceis da vida. 
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Auxilia, com as disponibilidades ao teu alcance, em favor de todos os infelizes, 
reconhecendo que, um dia, é possível estejamos nós estagiando na mesma senda 
em que hoje transitam. 
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Ampara a Natureza, sem retirar dela mais que o necessário à tua própria subsistência, porque, perante a Eterna Sabedoria, todos estamos interligados, - as pedras e as flores, os animais e os homens, os anjos e os astros, - numa cadeia de 
amor infinito. 
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Em toda e qualquer circunstância, conserva a consciência tranqüila, porquanto, 
desse modo, a paz expressando alicerce da felicidade, é uma luz que estará sempre dentro de ti. 
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Colabora, quanto possível, no bem dos semelhantes, sem exigir remunerações. 
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Emmanuel
Chico Xavier





MENSAGEM DO ESE:
Dever-se-á pôr termo às provas do próximo?

– Deve alguém pôr termo às provas do seu próximo quando o possa, ou deve, para respeitar os desígnios de Deus, deixar que sigam seu curso?

Já vos temos dito e repetido muitíssimas vezes que estais nessa Terra de expiação para concluirdes as vossas provas e que tudo que vos sucede é conseqüência das vossas existências anteriores, são os juros da dívida que tendes de pagar. Esse pensamento, porém, provoca em certas pessoas reflexões que devem ser combatidas, devido aos funestos efeitos que poderiam determinar.

Pensam alguns que, estando-se na Terra para expiar, cumpre que as provas sigam seu curso. Outros há, mesmo, que vão até ao ponto de julgar que, não só nada devem fazer para as atenuar, mas que, ao contrário, devem contribuir para que elas sejam mais proveitosas, tornando-as mais vivas. Grande erro. É certo que as vossas provas têm de seguir o curso que lhes traçou Deus; dar-se-á, porém, conheçais esse curso? Sabeis até onde têm elas de ir e se o vosso Pai misericordioso não terá dito ao sofrimento de tal ou tal dos vossos irmãos: “Não irás mais longe?” Sabeis se a Providência não vos escolheu, não como instrumento de suplício para agravar os sofrimentos do culpado, mas como o bálsamo da consolação para fazer cicatrizar as chagas que a sua justiça abrira? Não digais, pois, quando virdes atingido um dos vossos irmãos: “É a justiça de Deus, importa que siga o seu curso.” Dizei antes: “Vejamos que meios o Pai misericordioso me pôs ao alcance para suavizar o sofrimento do meu irmão. Vejamos se as minhas consolações morais, o meu amparo material ou meus conselhos poderão ajudá-lo a vencer essa prova com mais energia, paciência e resignação. Vejamos mesmo se Deus não me pôs nas mãos os meios de fazer que cesse esse sofrimento; se não me deu a mim, também como prova, como expiação talvez, deter o mal e substituí-lo pela paz.”
Ajudai-vos, pois, sempre, mutuamente, nas vossas respectivas provações e nunca vos considereis instrumentos de tortura. Contra essa idéia deve revoltar-se todo homem de coração, principalmente todo espírita, porquanto este, melhor do que qualquer outro, deve compreender a extensão infinita da bondade de Deus. Deve o espírita estar compenetrado de que a sua vida toda tem de ser um ato de amor e de devotamento; que faça ele o que fizer para se opor às decisões do Senhor, estas se cumprirão. Pode, portanto, sem receio, empregar todos os esforços por atenuar o amargor da expiação, certo, porém, de que só a Deus cabe detê-la ou prolongá-la, conforme julgar conveniente.
Não haveria imenso orgulho, da parte do homem, em se considerar no direito de, por assim dizer, revirar a arma dentro da ferida? De aumentar a dose do veneno nas vísceras daquele que está sofrendo, sob o pretexto de que tal é a sua expiação? Oh! considerai-vos sempre como instrumento para fazê-la cessar. Resumindo: todos estais na Terra para expiar; mas, todos, sem exceção, deveis esforçar-vos por abrandar a expiação dos vossos semelhantes, de acordo com a lei de amor e caridade.
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— Bernardino, Espírito protetor. (Bordéus, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 27.)

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DE ÂNIMO FIRME


Não temas as provas de hoje.

Supera o mal com o bem.

Todos temos um amanhã.

No entanto, porque o futuro nos pertença não menosprezes o momento de agora.

Se sofreste desgostos não lhe conserves os remanescentes no coração.

Esquece afronta e ofensas.

O perdão desata quaisquer algemas entre vítima e agressor.

O trabalho dissipa as sombras no espaço da alma.

Serve sempre.

Não cultives enfermidades imaginárias, nem te amofines por aflições que talvez não chegues a conhecer.
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EMMANUEL
CHICO XAVIER

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