“Qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim, não pode ser meu discípulo.” Jesus. (LUCAS, 15:27.)
Neste passo do Novo Testamento, encontramos a verdadeira fórmula para o ingresso ao Sublime Discipulado.
“Qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim, não pode ser meu discípulo” –
afirma-nos o Mestre.
Duas atitudes fundamentais recomenda -nos o Eterno Benfeitor se nos propomos
desfrutar-lhes a intimidade – tomar a cruz redentora de nossos deveres e seguir-lhe os
passos.
Muitos acreditam receber nos ombros o madeiro das próprias obrigações, mas fogem ao caminho do Cristo; e muitos pretendem perlustrar o caminho do Cristo, mas recusam o madeiro das obrigações que lhes cabem.
Os primeiros dizem aceitar o sofrimento, todavia, andam agressivos e desditosos,
espalhando desânimo azedume por onde passam.
Os segundos crêem respirar na senda do Cristo, mas abominam a responsabilidade e o serviço aos semelhantes, detendo-se no escárnio e na leviandade , embora saibam
interpretar as lições do Evangelho, apregoando-as com arrazoado enternecedor.
Uns se agarram à lamentação e ao aviltamento das horas.
Outros se cristalizam na ironia e na ociosidade, menosprezando os dons da vida.
Não nos esqueçamos, assim, de que é preciso abraçar a cruz das provas indispensáveis
à nossa redenção e burilando, com amor e alegria, marchando no espaço e no tempo,
com o verdadeiro espírito cristão de trabalho infatigável no bem, se aspiramos a alcançar a comunhão com o Divino Mestre.
Não vale apenas sofrer.
É preciso aproveitar o sofrimento.
Nem basta somente crer e mostrar o roteiro da fé. É imprescindível viver cada dia,
segundo a fé salvadora que nos orienta o caminho.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Palavras de Vida Eterna
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MENSAGEM DO ESE:
Ninguém poderá ver o Reino de Deus se não nascer de novo
Jesus, tendo vindo às cercanias de Cesaréia de Filipe, interrogou assim seus discípulos: “Que dizem os homens, com relação ao Filho do Homem? Quem dizem que eu sou?” — Eles lhe responderam: “Dizem uns que és João Batista; outros, que Elias; outros, que Jeremias, ou algum dos profetas.” — Perguntou-lhes Jesus: “E vós, quem dizeis que eu sou?” — Simão Pedro, tomando a palavra, respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” — Replicou-lhe Jesus: “Bem-aventurado és, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne nem o sangue que isso te revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.” (S. Mateus, cap. XVI, vv. 13 a 17; S. Marcos, cap. VIII, vv. 27 a 30.)
Nesse ínterim, Herodes, o Tetrarca, ouvira falar de tudo o que fazia Jesus e seu espírito se achava em suspenso — porque uns diziam que João Batista ressuscitara dentre os mortos; outros que aparecera Elias; e outros que uns dos antigos profetas ressuscitara. — Disse então Herodes: “Mandei cortar a cabeça a João Batista; quem é então esse de quem ouço dizer tão grandes coisas?” E ardia por vê-lo. (S. Marcos, cap. VI, vv. 14 a 16; S. Lucas, cap. IX, vv. 7 a 9.)
(Após a transfiguração.) Seus discípulos então o interrogam desta forma: “Por que dizem os escribas ser preciso que antes volte Elias?” — Jesus lhes respondeu: “É verdade que Elias há de vir e restabelecer todas as coisas: — mas, eu vos declaro que Elias já veio e eles não o conheceram e o trataram como lhes aprouve. É assim que farão sofrer o Filho do Homem.” — Então, seus discípulos compreenderam que fora de João Batista que ele falara. (S. Mateus, cap. XVII, vv. 10 a 13; — S. Marcos, cap. IX, vv. 11 a 13.)
A reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus, sob o nome de ressurreição. Só os saduceus, cuja crença era a de que tudo acaba com a morte, não acreditavam nisso. As idéias dos judeus sobre esse ponto, como sobre muitos outros, não eram claramente definidas, porque apenas tinham vagas e incompletas noções acerca da alma e da sua ligação com o corpo. Criam eles que um homem que vivera podia reviver, sem saberem precisamente de que maneira o fato poderia dar-se. Designavam pelo termo ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente, chama reencarnação. Com efeito, a ressurreição dá idéia de voltar à vida o corpo que já está morto, o que a Ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já se acham desde muito tempo dispersos e absorvidos.
A reencarnação é a volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele e que nada tem de comum com o antigo. A palavra ressurreição podia assim aplicar-se a Lázaro, mas não a Elias, nem aos outros profetas. Se, portanto, segundo a crença deles, João Batista era Elias, o corpo de João não podia ser o de Elias, pois que João fora visto criança e seus pais eram conhecidos. João, pois, podia ser Elias reencarnado, porém, não ressuscitado.
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IV, itens 1 a 4.)
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Buscando nos conhecer
Será que sabemos realmente quem somos?
Nós nos preocupamos com essa questão ou acreditamos que ela seja apenas para os filósofos e para os livros de autoajuda?
Essa é uma busca fundamental se desejamos ter uma vida mais feliz, se procuramos nos relacionar melhor, se queremos enfrentar a vida e seus desafios com mais coragem.
É igualmente uma busca desafiadora, uma busca no sentido oposto de todas as que fizemos até hoje, uma vez que sempre fomos na direção do mundo exterior.
Fomos exploradores, desbravadores, conquistadores.
Descobrimos novas terras, novas tecnologias, até novos mundos além do nosso. Nossos pés pisaram na lua, o satélite natural da Terra.
Dispomos de instrumentos que nos propiciam observar astros a milhões de anos-luz da Terra. Tornamo-nos extremamente hábeis em olhar para longe.
E olhar para dentro? Será que lembramos de voltar nossa atenção para dentro de nós mesmos?
Há um universo inexplorado na alma humana, universo que precisamos descobrir e conhecer.
Se teremos que conviver conosco por toda a eternidade, uma vez que o Espírito é imortal, que tal convivermos bem?
Que tal convivermos em paz, sabendo o que vai em nosso íntimo, nossas imperfeições e potencialidades, por exemplo?
Comecemos pela essência de tudo: nossa criação.
Somos obra de uma Inteligência Superior, da maior de todas as inteligências, que também é causa primária de todas as coisas.
Assim, podemos afirmar que temos uma origem divina. Nossa origem é importante, é grandiosa. Carregamos em nós a assinatura de uma Inteligência que regula o Universo através de leis perfeitas.
Não somos pouco, somos muito. Fazemos parte de uma engrenagem gigantesca que nossa compreensão ainda não alcança com profundidade, mas que nosso sentimento percebe e se rende, humildemente.
Como consequência disso há um segundo ponto, tão importante quanto esse: nossa destinação certa à felicidade.
Fomos todos criados simples e ignorantes, isto é, sem nenhum saber. A cada nova existência, Deus nos confere determinada missão, com o fim de nos esclarecer e de nos fazer chegar progressivamente à perfeição, pelo conhecimento da verdade.
É na conquista dessa perfeição que vamos construindo naturalmente a pura e eterna felicidade.
Tudo que existe no meio desse caminho são mecanismos, experiências, estradas, que nos levam a esse objetivo.
Alguns o alcançamos facilmente, outros, rebeldes, relutamos e permanecemos tempo mais dilatado em sofrimento. Contudo, são sempre escolhas nossas.
Somos obras divinas criadas para a felicidade.
Buscando nos conhecer vamos entendendo como funcionamos internamente, vamos entendendo nossas emoções, nossos sentimentos.
Buscando nos conhecer vamos percebendo nossas tendências boas e más, reforçando as boas e combatendo as que não mais queremos em nossa vida.
Refletindo diariamente sobre quem somos, vamos nos melhorando, tomando decisões sobre nós mesmos e resistindo à atração do mal.
Assim conquistamos o auto amor, construindo paralelamente o amor ao nosso próximo e, como consequência, entendendo mais do amor ao nosso Criador.
É a reforma íntima o caminho que nos leva ao nosso destino certo.
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Redação do Momento Espírita.
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Formatação e pesquisa: MILTER – 23-06-2019
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