Ninguém poderá carregar o fardo de suas dores.
Eduque-se com o sofrimento.
Ninguém entenderá os problemas complexos de sua existência.
Exercite o silêncio.
Ninguém seguirá com você indefinidamente.
Acostume-se com a solidão.
Ninguém acreditará que suas aflições sejam maiores do que as do vizinho.
Liberte-se delas com o trabalho de auto-iluminação.
Ninguém lhe atenderá todas as necessidades.
Subordine-se apenas ao que você tem.
Ninguém responderá por seus erros.
Tenha cuidado no proceder.
Ninguém suportará suas exigências.
Faça-se brando e simples.
Ninguém o libertará do arrependimento após o crime.
Medite na paciência e domine os impulsos.
Ninguém compreenderá seus sacrifícios e renúncias para a manutenção de uma vida modesta e honrada.
Persevere no dever bem cumprido.
Sábio é todo aquele que reconhece a infinita pequenez ante a infinita grandeza da vida. Embora ninguém possa servi-lo sempre, você encontrará um sublime Alguém, que tem para cada anseio de sua alma uma alternativa de amor.
Por você, Ele carregou o fardo do mundo...
Compreendeu os conflitos da vida...
Caminhou com todos...
Socorreu todos que O buscaram...
Matou a fome, saciou a sede e ouviu as multidões inquietas...
Atendeu à viúva de Naim, ao apelo materno em Caná...
Carregou a cruz da injustiça sem nenhuma reclamação...
Perdoou a traição de Judas, desculpou as negativas de Pedro e a ambos libertou do remorso com a concessão do trabalho em novos avatares...
Compreendeu as lutas da mulher atormentada, sedenta de paz;
esclareceu o enfático doutor do Sinédrio, sedento de saber; arrancou das trevas o cego Bartimeu, sedento de claridade...
Ensinou que diante do amor todos os enigmas do Universo se aclaram, por ser o Pai Celeste a Suprema Fonte do Amor.
Não se imponha, pois, a ninguém.
Embora você dependa de todos, nada aguarde dos outros.
Receba e agradeça o que lhe chegue e como chegue, ajude e passe...
Aprenda que a luta é a lição de cada hora no abençoado livro da existência planetária, e siga adiante com Ele, que "jamais se escusava".
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Autor: Marco Prisco
Psicografia de Divaldo Franco
Obra: Sementeira da Fraternidade
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MENSAGEM DO ESE:
O que se deve entender por pobres de espírito
Bem-aventurados os pobres de espírito, pois que deles é o reino dos céus. (S. MATEUS, cap. V, v. 3.)
A incredulidade zombou desta máxima: Bem-aventurados os pobres de espírito, como tem zombado de muitas outras coisas que não compreende. Por pobres de espírito Jesus não entende os baldos de inteligência, mas os humildes, tanto que diz ser para estes o reino dos céus e não para os orgulhosos.
Os homens de saber e de espírito, no entender do mundo, formam geralmente tão alto conceito de si próprios e da sua superioridade, que consideram as coisas divinas como indignas de lhes merecer a atenção. Concentrando sobre si mesmos os seus olhares, eles não os podem elevar até Deus. Essa tendência, de se acreditarem superiores a tudo, muito amiúde os leva a negar aquilo que, estando-lhes acima, os depreciaria, a negar até mesmo a Divindade. Ou, se condescendem em admiti-la, contestam-lhe um dos mais belos atributos: a ação providencial sobre as coisas deste mundo, persuadidos de que eles são suficientes para bem governá-lo. Tomando a inteligência que possuem para medida da inteligência universal, e julgando-se aptos a tudo compreender, não podem crer na possibilidade do que não compreendem. Consideram sem apelação as sentenças que proferem.
Se se recusam a admitir o mundo invisível e uma potência extra-humana, não é que isso lhes esteja fora do alcance; é que o orgulho se lhes revolta à idéia de uma coisa acima da qual não possam colocar-se e que os faria descer do pedestal onde se contemplam. Daí o só terem sorrisos de mofa para tudo o que não pertence ao mundo visível e tangível. Eles se atribuem espírito e saber em tão grande cópia, que não podem crer em coisas, segundo pensam, boas apenas para gente simples, tendo por pobres de espírito os que as tomam a sério.
Entretanto, digam o que disserem, forçoso lhes será entrar, como os outros, nesse mundo invisível de que escarnecem. É lá que os olhos se lhes abrirão e eles reconhecerão o erro em que caíram. Deus, porém, que é justo, não pode receber da mesma forma aquele que lhe desconheceu a majestade e outro que humildemente se lhe submeteu às leis, nem os aquinhoar em partes iguais.
Dizendo que o reino dos céus é dos simples, quis Jesus significar que a ninguém é concedida entrada nesse reino, sem a simplicidade de coração e humildade de espírito; que o ignorante possuidor dessas qualidades será preferido ao sábio que mais crê em si do que em Deus. Em todas as circunstâncias, Jesus põe a humildade na categoria das virtudes que aproximam de Deus e o orgulho entre os vícios que dele afastam a criatura, e isso por uma razão muito natural: a de ser a humildade um ato de submissão a Deus, ao passo que o orgulho é a revolta contra ele. Mais vale, pois, que o homem, para felicidade do seu futuro, seja pobre em espírito, conforme o entende o mundo, e rico em qualidades morais.
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VII, itens 1 e 2.)
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ESTEJAMOS CERTOS
“Porei minhas leis em seus corações e as escreverei em seus entendimentos.” – Paulo. (Hebreus, 10:16.)
As instituições humanas vivem cheias de códigos e escrituras.
Os templos permanecem repletos de pregações. Os núcleos de natureza religiosa alinham inúmeros compêndios doutrinários.
O Evangelho, entretanto, não oculta os propósitos do Senhor.
Toda a movimentação de páginas rasgáveis, portadoras de vocabulário restrito, representa fase de preparo espiritual, porque o objetivo de Jesus é inscrever os seus ensinamentos em nossos corações e inteligências.
Poderemos aderir de modo intelectual aos mais variados programas religiosos, navegarmos a pleno mar da filosofia e da cultura meramente verbalistas, com certo proveito à nossa posição individual, diante do próximo; mas, diante do Senhor, o problema fundamental de nosso espírito é a transformação para o bem, com a elevação de todos os nossos sentimentos e pensamentos.
O Mestre escreverá nas páginas vivas de nossa alma os seus estatutos divinos.
Tenhamos disso a certeza.
E não estejamos menos convencidos de que, às vezes, por acréscimo de misericórdia, nos conferirá os precisos recursos para que lavemos nosso livro íntimo com a água das lágrimas, eliminando os resíduos desse trabalho com o fogo purificador do sofrimento.
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EMMANUEL
(do livro “Vinha de Luz”
– psic. Chico Xavier)
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Cantiga da tolerância
Quem diz que o verbo se vai,
Qual sol vazio no vento,
Não mostra o espírito atento
Ao que se pensa e se diz;
*
Mormente agora, na Terra,
Em transição apressada,
A frase rude na estrada
Invoca a treva infeliz.*
Anota: às vezes, em casa,
Por simples questão, à-toa
Vem a injúria que atordoa,
Partindo para a agressão;
*
Duras mágoas do passado,
Remexidas de repente,
Parecem bombas da mente,
De explosão para explosão.*
O trânsito, em qualquer parte,
Parece um teste constante,
Exigindo, a cada instante,
Humildade e amor ao bem;
*
Aparece um desafio,
A prolongar-se no insulto,
E o crime que estava oculto
Arrasa os dias de alguém…"
Quanto puderes, evita,
Onde estejas e onde fores,
Queixas, intrigas, clamores.
Ante o mal, silêncio é luz!…
*
Quem serve, eleva e perdoa,
Por mais sinta a vida amarga,
Diminui a luta e a carga
Que pesam sobre Jesus.
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Maria Dolores
Chico Xavier
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