A Medicina, de tempos em tempos apresenta o resultado de seus estudos, pesquisas, mostrando à humanidade as novas conquistas granjeadas.
No setor dos medicamentos, essas conquistas têm sido bastante expressivas, principalmente no que tange aos medicamentos para as diversas distonias da mente conhecidos, de um modo global, como psicotrópicos.
Os psicotrópicos de emprego específico para as distonias mentais obedecem a várias categorias e por isso com ação divergentes a depender dos casos a que se aplicam.
Alguns psicotrópicos estão destinados ao tratamento de doenças mentais mais profundas, as psicoses, que no nosso entender são consequências das grandes desordens perispirituais nas zonas nobres da organização cerebral; outro grupo de psicotrópicos atenderia a uma sintomatologia mais leve, que, mesmo vinda das zonas perispirituais, dariam, nos neurônios cerebrais, reflexos menos severos, podendo mesmo responder pelas neuroses em geral, finalmente, outros radicais medicamentosos se destinariam aos distúrbios mais leves, que se situariam nos campos emocionais de superfície.
Para o atendimento de todos esses complexos sintomas, além de alguns medicamentos psicotrópicos bem específicos, teríamos os de qualidades excitantes e os de potencialidades tranquilizantes. Os excitantes com indicação no amparo de certas posições mentais de desânimo, enquanto que os tranquilizantes teriam, como o nome está a dizer, a finalidade precípua da tranquilização.
Daí, tirarmos a conclusão de que esses diversos, múltiplos e variados medicamentos devem obedecer uma orientação médica aplicada a cada caso em particular. Não existe propriamente aquele determinado medicamento para tais sintomas de uma doença, e, sim, um indivíduo com tais sintomas, em determinado momento, que deve utilizar tal medicamento. Em outros termos: atende-se o doente com a sua necessidade e não a doença como entidade particularizada. Nos casos das doenças da mente esta característica deve ser sempre lembrada, porquanto, a doença tem matizes variáveis de acordo com o arcabouço psicológico do próprio indivíduo e da carga pretérita que conduz. Isto equivale a dizer da importância da individualidade, dos fatores próprios a cada criatura na jornada reencarnatória, a que todos estamos submetidos no grande mecanismo da Lei de Causa e Efeito.
As descobertas dos medicamentos para o psiquismo vieram realmente sanar muitas dificuldades, a ponto de, certos doentes, que só poderiam permanecer em Hospitais apropriados, retornem ao seio familiar, mais controlados e algumas vezes curados.
Não obstante, toda conquista, quanto mais importante, maior se faz sua repercussão. Com isso, os tranquilizantes começaram a ser usados, as vezes de modo abusivo pelos seus efeitos quase que imediatos. Pessoas intranquilas, por motivos diversos, diante do médico, exageram, muitas vezes, os seus sintomas para colherem no tranquilizante o alívio que desejam a qualquer preço, esquecendo que as pílulas não podem lutar pelos nossos problemas. A real finalidade dos tranquilizantes é a de auxílio, que nos permite certos controles, a fim de compreendermos como resolver o problema desencadeante das emoções desregradas. Nesta posição, sabemos quão útil tem sido a Doutrina Espírita com seu gigantesco potencial de informações e influência direta na transformação moral do homem, representando aquisições e consequente libertação.
Para muitos, o alívio imediato da aflição psíquica, mesmo as de caráter superficial, deve ser obtido através do psicotrópico tranquilizador. Nem sempre isto é bom, nem correto. Os tranquilizantes devem ser empregados nos momentos oportunos, no atendimento de uma necessidade com avaliação médica.
Não podemos nem devemos escorar-nos com as pílulas, mesmo diante das pequenas aflições. Usar o medicamento nos momentos exatos das intranquilidades de mais difícil controle, como se fora um preparo estratégico, a fim de enfrentar a grande batalha.
Devemos ter certo zelo quanto ao uso dos medicamentos, genericamente, e de modo mais acurado, ainda, no caso dos tranquilizantes, em que muitos deles são empregados por simples informação e sem orientação médica, resultando em graves desequilíbrios emocionais.
Todos nós, no dia-a-dia, apresentamos irritações e intranquilidades, em face dos problemas e das pressões do ambiente social onde vivemos. É natural que o nosso organismo responda com sintomas na esfera nervosa, cuja intensidade das reações está a depender do arcabouço psicológico de cada um. A maioria dessas respostas, porém, na esfera emocional, pode ser avaliada, analisada e mesmo entendida como reações de defesa.
Nos casos comuns de insônia, a corrida para o tranquilizante ainda é bem mais aflitiva. Perguntamos: por que ao termos uma noite de insônia, quase sempre não passando de horas, não procuramos uma leitura amena e construtiva, até que voltemos ao sono normal? Devemos fazer um pouco de sacrifício e entender que esses procedimentos dão forças ao organismo, evitando ser um dependente contumaz das pílulas para o repouso.
Claro que existem casos a merecerem o tratamento adequado ligados, geralmente, a outros problemas que não aqueles facilmente controlados por um pouco de disciplina e boa vontade. Quantas insônias desaparecem diante de atitudes espirituais produtivas, principalmente quando colhemos os eflúvios vigorantes que o dever cumprido pode oferecer ou um ato expressivo de fé pode conseguir.
Em muitas situações não há necessidade de um medicamento específico para que logo tudo passe com rapidez. Às vezes os sintomas menores que precisamos suportar, representam verdadeiras vacinações e escudos, afim de que possamos incorporar defesas para outras agressões maiores.
Por tudo, devemos ter a cautela necessária, no uso dos tranquilizantes, para não submetermos o nosso organismo a uma perene e contínua diminuição de reações, elementos necessários ao equilíbrio da vida. Vida que deve ter um sentido qualitativo em potenciais positivos, a fim de possibilitar a incorporação, nos horizontes infinitos das infinitas dimensões da ternura e do amor da Grande Energia.
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Psiquiatra Jorge Andréa
Obra: Psicologia Espírita
Volume I
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09 de fevereiro
O novo céu e a nova terra já estão aqui.
É só uma questão de reconhecer e aceitar o que está acontecendo e elevar sua consciência de maneira a se tornar totalmente alerta para tudo o que se passa dentro e fora de você.
Se você não está alerta para tudo o que está acontecendo neste momento, isso não quer dizer que não está acontecendo nada.
Significa somente que você se fechou por causa do orgulho e da arrogância que o cegam para as maravilhas à sua volta.
Eleve mais e mais a sua consciência.
Quanto mais alto, mais claramente você verá a verdade, sem nada para bloquear a visão total.
E quando você se aperceber da maravilha dessa visão, traga-a para baixo e viva-a; faça com que ela se torne parte do seu dia a dia.
Uma visão só se torna realidade quando é manifestada em forma.
Eu lhe digo para ver agora Meu novo céu e Minha nova terra manifestados em forma.
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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:
O mandamento maior
Mas, os fariseus, tendo sabido que ele tapara a boca aos saduceus, se reuniram; e um deles, que era doutor da lei, foi propor-lhe esta questão, para o tentar: — Mestre, qual o grande mandamento da lei? — Jesus lhe respondeu: Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito. — Esse o maior e o primeiro mandamento. — E aqui está o segundo, que é semelhante ao primeiro: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. — Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.
(S. MATEUS, cap. XXII, vv. 34 a 40.)
Caridade e humildade, tal a senda única da salvação. Egoísmo e orgulho, tal a da perdição. Este princípio se acha formulado nos seguintes precisos termos: “Amarás a Deus de toda a tua alma e a teu próximo como a ti mesmo; toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.” E, para que não haja equívoco sobre a interpretação do amor de Deus e do próximo, acrescenta: “E aqui está o segundo mandamento que é semelhante ao primeiro” , isto é, que não se pode verdadeiramente amar a Deus sem amar o próximo, nem amar o próximo sem amar a Deus. Logo, tudo o que se faça contra o próximo o mesmo é que fazê-lo contra Deus.
Não podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os deveres do homem se resumem nesta máxima: FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XV, itens 4 e 5.)
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Exaltação à vida
A vida quer que se expresse, é desafio que merece reflexão.
Inata, em todas as coisas, dorme no mineral por milhões de anos até sonhar no vegetal, quando tem início o despertar das suas potencialidades extraordinárias e de difícil apreensão mesmo pelas inteligências mais primorosas.
Atravessando o silêncio dos tempos, adquire maior sensibilidade no animal, por meio do instinto que desvela, desenvolvendo o sistema nervoso que se aprimora, e no ser humano alcança a plenitude espiritual.
Assim considerando, é indispensável investir todos os valores intelecto-morais em favor da sua preservação.
Originada no Psiquismo Divino como um campo primordial de energia, conduz todos os elementos indispensáveis ao seu engrandecimento durante a trajetória que lhe cumpre desenvolver até lograr a fatalidade que lhe está destinada.
Não raro confundida com automatismo ou pulsações caóticas do acaso, é a mais pujante expressão da realidade que dá origem a todas as coisas.
Para onde se direcione o pensamento e se proceda a observação, ei-la que se apresenta enriquecedora, convidando a reflexões acuradas.
Por mais o ser humano se rebele e deseje fugir do fenômeno da vida, mais a defronta, porquanto jamais se extingue.
Impulso que parte da vibração inicial e adquire complexidade, faculta o entendimento de si mesma em penosas circunstâncias, quando atrelada à revolta e à ignorância, ou se dá com ternura e júbilo através da correnteza do amor e seus estímulos.
Desse modo, ama a tudo e a todos, deixando-te arrebatar pela excelência dos acontecimentos, que te constituem razões de aprendizado para aquisição da beleza a que te destinas.
Contribui em favor do seu desabrochar mediante a razão bem orientada e a emoção equilibrada.
És vida e és parte essencial da vida em tudo manifestada.
Oferece a tua contribuição de harmonia, nunca a depredando, nem gerando embaraços que lhe possam perturbar a marcha.
À medida que cresças interiormente, mais entenderás as leis de equilíbrio que a regem e os objetivos elevados que encerra.
Ante o ritmo pulsante do Universo, adapta o passo das tuas realizações e arregimenta forças para seguir no rumo do infinito.
Quanto mais conquistas espaços-luz, mais se te apresentarão outras dimensões a penetrar.
Nunca cessando, a vida te conduz ao Cosmo, em um mergulho de consciência lúcida no oceano da sabedoria.
Respeita a vida em qualquer aspecto que se apresente.
Limpa uma vala, planta uma árvore, semeia um grão, viabiliza uma ocorrência enobrecedora, oferta um copo com água fria, brinda um sorriso, sê útil de qualquer maneira…
A vida transcorrerá para ti conforme a desenvolvas.
Diante de qualquer dificuldade, insiste com amor e aguarda os resultados, sem aflição.
Não blasfemes, nem te rebeles, quando algo não te corresponder à expectativa.
És vida em ti mesmo, e o exterior sempre refletirá o que cultives internamente.
Jamais te evadirás da tua realidade.
Assim, torna enriquecedora e produtiva a tua existência, sendo um hino de louvor e de exaltação à vida.
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Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco
Obra: Sendas luminosas
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